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MALCATA TEM ONDE COMER E ONDE DORMIR E MUITO MAIS

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     Ainda pode comer nos Minimercados Armindo e Cantinho do Ludo, ou no Bar da Zona de Lazer, naturalmente! Alojamentos locais e espaço para autocaravanas    Na aldeia os cafés e os largos sempre desempenharam um papel importante para a vida social das pessoas. E apesar de todas as dificuldades económicas, de contínua saída de gente para fora, mesmo com o que se aguentou por causa da pandemia, das guerras e a subida dos preços em tudo, sejam em bens e/ou serviços, na nossa terra continuam todos com as portas abertas. Como nem toda a gente vai até à Zona de Lazer, na falta de outros espaços com condições para conviver descansadamente resguardados do calor, vão para os cafés a fazer o que é costume. Os homens jogam às cartas, seja ao “jogo da sueca”, à “bisca de 3 ou de 9” e quem sabe, joga ao “invido” ou  “imbido” que os emigrantes argentinos espalharam pela terra. Como não jogam a dinheiro, os que perdem pagam os copos que ao longo da tarde se vão despejando.  Já  com as mulheres, qu

MALCATA: SÃO JOÃO É NA MOITA

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    Festejar para não esquecer          Recordo-me dos meus tempos de garoto na aldeia, onde se celebrava o São João, popular santo e que o povo gostava de festejar. Nesses anos sessenta, na aldeia sentia-se e vivia-se aquele espírito de “povo unido” e pronto para festa ou trabalho. Talvez por esses motivos as festas eram tão alegres e divertidas.    E o São João, esse popular festivaleiro, punha toda a aldeia em alvoroço durante pelo menos um mês antes de 23 de Junho. As noites eram para cada rua juntar os seus moradores e fazerem os arcos mais bonitos e mais vistosos para a festa. O empenho era muito e todo o trabalho era feito em segredo, isto para que as outras ruas não copiassem as ideias da nossa! Noite após noite, à luz das candeias e dos candeeiros, entre montes de papeis coloridos, tesouras e cordões, a sala ou lá onde fosse, transformava-se num atelier de costura e artesanato de papel. Era preciso muitos cuidados na Confecção e principalmente no enrolar dos arcos. Um mal enr

MALCATA DESPERTA PARA O TURISMO DA NATUREZA

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        Malcata Naturalmente Alojamento (Foto JFM)                                                                                     Eu sou a favor do alojamento local, contudo, sou contra a gestão desse alojamento local vir a ser da responsabilidade da Junta de Freguesia. Mesmo que esta decisão tenha sido assumida com a melhor das intenções, estamos perante a forte possibilidade de se fazer uma concorrência desleal aos outros alojamentos locais que já estão no mercado e aos que possam vir a surgir. Porquê? Por diversas razões que me escuso de referir, lembrando apenas aquelas que me parecem importantes: prácticas e preços. Basta que estes dois factores não reflictam os custos verdadeiros, os custos reais e são mais que suficientes para retirar clientes dos privados para o alojamento da autarquia.    E a Junta de Freguesia, que me pareceu bem aquilo que fez em relação à exploração do Bar da Zona de Lazer a empresas privadas, anunciando concurso e depois assinando um protocolo, podi

EM MALCATA : NÃO HÁ REBANHO SEM PASTOR

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       Foi em Junho de 2019, durante a Agro-Raia realizada em Malcata, anunciado, pelo senhor presidente da Junta de Freguesia de Malcata, João Vítor Nunes Fernandes, a aprovação da candidatura de instalação do rebanho de cabras nos baldios da freguesia.    Ler aqui:  https://www.noticiasaominuto.com/pais/1275658/freguesia-da-malcata-no-sabugal-promove-projeto-de-cabras-sapadoras     Passados quase três anos do anúncio oficial da obra o que foi concretizado? No meu entender, o cidadão comum, que vive em Malcata ou que a ela se encontra ligado por laços afectivos, familiares ou de negócios, a autarquia devia sentir o dever e a obrigação de divulgar informação sobre o andamento do projecto. E se isso acontecer, muitas das dúvidas e críticas que sobre ele possam ser ditas, ficavam esclarecidas para a esmagadora maioria da população. É que a prática que esta Junta de Freguesia nos habituou, que herdou de juntas anteriores, tem sido o silêncio sobre as suas actividades e a evolução das m

A MINHA HORTA NA ALDEIA

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    Todas as famílias tinham uma horta, mesmo pequena era o que se podia arranjar mais perto da habitação, com água por perto para garantir as regas necessárias para dali colher as hortícolas com que completavam as refeições. E mesmo quando a horta é pequena, exigem-se muitos cuidados e conhecimentos no momento de plantar, semear, regar e manter a horta arrumada e produtiva.   Na minha família quem tratava dos cuidados da horta era a minha mãe. Ficava a cinco minutos da casa, no chão do Vale da Fonte Velha. Ao fundo do chão a minha mãe reservava sempre umas leiras de terra para ali fazer a horta. Naquele sítio a água provinha da bica da Fonte Velha, que entre pedras e ervas descia barroca abaixo até ao lugar do chão e através de um buraco feito na parede entrava na terra para prosseguir a rega. E como todas as hortas, na nossa havia feijão verde, ervilhas de quebrar, alfaces variadas, cebolas, cenouras, tomateiros, pimenteiros, alho francês, morangos, etc…   As flores também havia se

QUEM CABRIL CONSTRÓI E CABRAS NÃO TEM...

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     O cabril está feito, agora faltam as cabras e pastores    A ideia de criar um rebanho de cabras/ovelhas para limpar a floresta já tem alguns anos e na nossa aldeia há muito tempo que este assunto é falado.    A primeira vez que ouvi ou li sobre as cabras bombeiras foi quando foi anunciado, aos quatro ventos, o programa “SELF PREVENTION” que pretendia que o Distrito da Guarda recebesse rebanhos de cabras “bombeiras” ou também baptizadas de “cabras sapadores”! Esses rebanhos seriam levados para o monte ou os baldios para ali se desenvolver um trabalho de limpeza de matos e contribuir dessa forma para a diminuição do número de fogos florestais.    E a ideia estava pensada, estudada e planeada pelo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro, (AECT-Duero-Douro).    Qual era o plano?    Os parceiros, ou sócios da AECT-Duero-Douro), ou seja, as pessoas da região abrangida pelo programa, as Câmaras Municipais, as Juntas de Freguesia, cada uma destas entidades contribuir

À DESCOBERTA DE MALCATA

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                                                             MALCATA e as minhas histórias Praça do Rossio-Casa de habitação    Malcata é uma freguesia situada no Concelho do Sabugal, Distrito da Guarda, no com cerca de 330 habitantes. Era no passado composta pelos seguintes lugares: Rua de Baixo, Rua da Ladeirinha, Rua do Meio, Praça do Rossio, Moita, Rasa, Tapadinha, Barreirinha, Courela, Fonte Velha, Camões, Soitinho, Carvalhão, Cabeço, Fontainhas, Eiras, Vazão, Fraga, São Domingos, Bradará, Ferrerias, Cholrreira, Chãos da Presa, Cabeço Castanheiro, Veigas, Apartadeira, Vale da Ursa, Curral dos Porcos, Rebiacé, Ribeiro Grande, Várzea, Cavadas, Gorgulão, Pradinho, Ninho das Corças, Relva das Casas, Poceirão, … e tantos outros… Hoje, muitos destes lugares deram lugar a ruas e algumas continuam como estavam. Lembro que a electricidade foi ligada pela primeira vez à Fonte Velha, que era onde estava a primeira “cabine”! Um dia também chegou à casa dos meus pais! Nem toda a gente aderi