No próximo domingo a banda filarmónica da Sociedade Filarmónica Bendadense, mais conhecida pela Banda da Bendada, vai abrilhantar a festa da aldeia de Malcata. Lembro que este ano a banda está a comemorar 140 anos de vida. Desde 1870 que esta banda anima festas, feiras, touradas e muitas actividades de animação musical para onde são requisitados. É a única banda no concelho do Sabugal, daí o Presidente da Câmara a ter chamado de "pérola" do concelho.
A Banda Filarmónica foi fundada em 1870, por António Nunes da Fonseca Faria, primeiro professor primário da Bendada. Inicialmente a Banda dava mais importância à música vocal, porém em 1881 conseguiu o seu primeiro instrumental, convertendo-se num agrupamento exclusivamente constituído por instrumentos de sopro e de percussão.
Rui Chamusco e Luís Andrade(maestro da banda)
A sua existência é muito valorizada por todos os locais e foi nesse sentido, de prestar tributo à banda filarmónica do concelho, que a Câmara Municipal do Sabugal programou um concerto que se realizou no dia 5 de Junho de 2010, no Auditório Municipal, onde também marcou presença o Grupo de Cantares do Sabugal, dirigido pelo nosso conterrâneo Rui Chamusco.
Elementos da Banda da Bendada na Serra da Malcata
Já não têm conta as vezes que esta banda filarmónica veio a Malcata. Este ano regressa para animar o dia principal das festas de Verão. Daí a que já exista um certo carinho e empatia entre algumas pessoas de Malcata e os elementos desta banda. Os 140 anos de vida estão a ser comemorados ao longo do ano. Está já marcado para o próximo dia 11 de Agosto mais um evento a celebrar esta efeméride. Eis o programa:
Actualmente, a banda tem um projecto para construir uma Casa da Música, sonho que demora a ser concretizado, mas nos últimos tempos o interesse da Câmara Municipal tem vindo a ser maior.Mas mesmo sem a Casa da Música aberta, os ensaios continuam e o trabalho não lhes tem faltado.
Malcata tem que se sentir orgulhosa por receber a Banda da Sociedade Bendadense, que comemora 140 anos de vida. Não ficava nada mal que fosse homenageada, talvez os mordomos tenham ideias para durante o domingo da festa marcar as festas de Malcata e a vida da Sociedade Filarmónica Bendadense.Sugiro que alguém converse com o Rui Chamusco, homem ligado à música e que conhece bem a banda.Parabéns para todos os elementos da Banda da Bendada.
Há dias, o Parlamento da Catalunha, aprovou uma proposta assinada por 180 mil pessoas que proíbe as touradas naquela região a partir de Janeiro de 2012. Touradas em Espanha são uma tradição secular, mas que aos poucos vai tendo gente que pensa de forma diferente. E a votação do Parlamento foi o resultado de uma petição levada ao Parlamento por um grupo de cidadãos liderados pela plataforma Prou. A principal praça de touros de Barcelona, uma das mais antigas de Espanha, vai ficar vazia, uma vez que o apoio à petição ganhou tanta força que marcou a diferença. O movimento de cidadania ( não de pessoas irresponsáveis ), foi determinante na mudança da lei, como o também podia ser o movimento "Vamos Salvar Sortelha" caso houvesse mais vontade das autoridades em aceitar que por vezes erram nas suas decisões.
Esta decisão tomada pelo Parlamento da Catalunha é um exemplo para que "todos os cidadãos que acreditam e lutam que vale a pena exercer o direito de apresentar, individual ou colectivamente, aos orgãos de soberania. aos orgãos da nossa região ou a quaisquer outras autoridades petições, representações, reclamações ou queixas para a defesa dos seus direitos, da Constituição, das leis ou do interesse geral e, bem assim, o direito de serem informados, em prazo razoável, sobre o resultado da respectiva apreciação".-Artº52º(Direito de Petição e Direito de acção popular).
O movimento cívico "Vamos Salvar Sortelha" continua com uma petição online, tendo até este momento recolhido 1122 assinaturas, todas com o intuito de impedir a destruição da envolvente paisagística e histórica de Sortelha. As obras do parque eólico nas imediações da Aldeia Histórica de Sortelha estão a avançar a um ritmo assustador e têm recorrido ao uso de explosivos para destruir o meio ambiente, mesmo que de rochas se tratem. Não é uma obra no litoral algarvio, porque aí todos os lobbys do turismo sairiam em defesa dos seus hotéis, condomínios luxuosos ou montes paradisíacos dado que iriam afastar os turistas. Mas, Sortelha fica no interior, não há interesses a defender e fiados nas ilusões dos investidores baixam os braços e aceitam umas notas de euros para que os terrenos rendam já que o trabalho dá muita canseira.
Em Sortelha, pelos caminhos que servem as eólicas, o Presidente da Câmara do Sabugal, engenheiro, já rabiscou um projecto de por exemplo, cito frase da entrevista dada ao Capeiaarraiana:"para um centro interpretativo da energia ao longo da história".Fim de citação.
E que pensa fazer com os outros caminhos dos outros parques eólicos de Malcata, Aldeia Velha, Fóios...as aldeias estão a entrar num autêntico campeonato para ver quem consegue exibir mais torres eólicas!!! Nestes últimos tempos tenho visto nascer à volta das serras do concelho do Sabugal mais torres eólicas do que crianças nas maternidades da região. É duro, é triste, mas a realidade é mesmo esta. E eu não sou contra as energias renováveis. Eu sou contra a forma como estão a aparecer os parques eólicos, escondidos nos sub-parques, fugindo assim, a muitas condicionantes que reprovariam a construção dos mesmos. O pior é que as autoridades sabem destas jogadas e aprovam com pareceres favoráveis. O preço destas irresponsabilidades e destas "engenharias" vai ser muito caro e além do impacto visual e ambiental, a região poucos benefícios directos da energia eólica irá beneficiar. São os consumidores das grandes cidades do litoral, que são os grandes consumidores de energia, que beneficiarão, mas são as pessoas do interior a aguentar e a suportar os estragos. Infelizmente, muitas pessoas do interior, muitas pessoas das nossas aldeias beirãs, continuam a acreditar que o desenvolvimento está em ter barragens, auto-estradas, centros comerciais, parques eólicos. Aqueles que vivem no interior vivem demasiado concentrados a compararem-se com os que vivem no litoral. As pessoas do interior deviam era lutar pela vida, pelo aumento da natalidade, porque sem pessoas de nada serve tudo o que nos rodeia. Deviam lutar pela melhoria das estradas nacionais, por exemplo, a Nac.233(Sabugal-Guarda) e outras, pela coesão do concelho, pelo desenvolvimento das estruturas já existentes. O turismo é uma das alavancas para salvar a nossa região. Apoiar os empresários da nossa região, acarinhar e incentivar aqueles que diariamente trabalham para que as pessoas que nos visitam se sintam bem recebidas, comam e levem as nossas tradições, a nossa cultura e voltem mais vezes, simplesmente porque foram amados.
A região já tem as barragens e os parques eólicos suficientes. Abandonem esse campeonato de ser a aldeia que mais eólicas tem na sua terra. Preservem a paisagem, as culturas, as tradições e a história.
Mas será mesmo isso que todos queremos?
As obras de requalificação da zona envolvente à Igreja Matriz de Malcata estão terminadas. A igreja, construía em 1885, ficou agora mais valorizada com este melhoramento que consistiu na substituição do piso de cimento por pequenos cubos de granito, lavagem das pedras à frente da porta da igreja e recolocação de novas pedras, combinando com cubos de granito. Foi também retirada a "rampinha" que tinham feito do lado direito e agora temos uma rampa do lado esquerdo, esta sim, com medidas e inclinação para ser utilizada. Aqui deixo algumas fotografias:
Adro da Igrejacom cara nova
Vista lateral da igreja
Vista das traseiras da igreja
Rampa de acesso à igreja
Pedras velhas e pedras novas
Com este melhoramento, a Igreja paroquial de Malcata ficou mais bem apresentada e mais bonita. O adro apresenta-se de cara lavada e veio contribuir para melhorar o bem estar de todos. Contudo, tenho duas sugestões a fazer: a primeira das sugestões era a de retirar a caixa do correio do local onde agora está ( numa parede lateral ) e sugeria que se colocasse na porta da sacristia ( fazer um rasgo na porta e a caixa ficava no interior). Onde está, está à mercê de pessoas mal intencionadas e não é agradável olhar para ela quando passamos por ali. A outra sugestão era a retiradas dos números que estão cravados na pedra da igreja, mesmo na esquina do lado da casa mortuária. Talvez sejam mesmo necessários, mas arranjem outro sítio para as colocar porque ali, além de mal nivelados, não gosto de os ver ali.Vejam as fotos e pensem:
Caixa de correio à mão dos amigos do alheio
Aqui não, mas noutro sítio sim
São duas sugestões que penso serem partilhadas por mais pessoas. Eu aproveito as tecnologias da informática para lançar estas sugestões. Outros, com certeza que falam uns com os outros e provavelmente até já se pensou na alteração destas duas situações. Aqui fica a minha contribuição para o melhoramento da aldeia e Malcata.
"A Associação Raia Sabugalense é composta por dez freguesias: Aldeia do Bispo, Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Alfaiates, Fóios, Forcalhos, Malcata, Nave, Quadrazais e Vale de Espinho.
Em reunião havida em Alfaiates com os Presidentes das Juntas de Freguesia que compõem esta associação e, uma vez que só o Presidente da Junta de Freguesia de Vale de Espinho não pôde estar presente, existiu quórum para discutir os assuntos da ordem de trabalhos e tomar decisões.
Assim, em primeiro lugar, definiram-se quais os critérios a tomar em consideração para escolher onde ficaria a sede da Associação. Decidiu-se que os preceitos a ter em conta seriam a centralidade da freguesia e a capacidade da mesma em criar condições adequadas para o funcionamento desta Associação.
Por: RM
Podem ler aqui a notícia completa e com fotografias:
Foi assim que eu vi as águas do Rio Côa, aquele que passa ao lado do Castelo do Sabugal, o único com uma torre de cinco quinas.
E se as imagens não são esclarecedoras, aqui vai um pequeno filme feito na manhã de 23 de Julho :
A poluição é visível a quem olha para o leito do rio. Essas substâncias oleosas vêm de algum lado, disso ninguém pode duvidar. Há que investigar e acabar com este atentado ao meio ambiente. E já agora, para quando a requalificação das margens do Rio Côa? Tanta beleza natural desperdiçada e sem utilidade para as pessoas que bem podiam passar uns momentos agradáveis à beira rio, desfrutando de um passeio, de uma sombra ou simplesmente ver as pedras polidas no fundo do rio e ouvir o chilrear dos pássaros.