A cravelha, uma fechadura em madeira, usada na nossa aldeia para fechar as portas das lojas e dos palheiros. Estavam sempre situadas na parte exterior das portas e mais ou menos a meio, do lado direito ou esquerdo, conforme a disposição da porta.
Naqueles tempos, uma porta fechada com cravelha era muito usual e ninguém se preocupava com roubos ou pilhagens.
10 fevereiro 2013
03 fevereiro 2013
UM SONHO QUE PASSOU A REAL
Começaram as obras no antigo Quartel da G.F.
Tudo tem um começo, tudo começa com um sonho. Sabemos que muitos sonhos não passam disso mesmo, sonhos. Há anos que o povo falava da necessidade de dar utilidade ao antigo quartel da Guarda Fiscal. A degradação do edifício era cada vez mais acentuada e alguma coisa havia que fazer.
A Junta de Freguesia de Malcata solicitou à Câmara Municipal que reconhecesse de Interesse Público o referido edifício, pois a Junta tinha um projecto de interesse para a freguesia e aquele espaço era o ideal para a sua concretização. O pedido da Junta de Freguesia foi apresentado na Assembleia Municipal do Sabugal e aprovado em sessão realizada no dia 29 de Abril de 2011.
As obras de recuperação e requalificação já começaram e vão transformar o antigo quartel num novo edifício que vai apoiar turistas e desportistas. Também está nos planos das obras a abertura de um espaço para exposição e venda de produtos locais.
A Junta de Freguesia de Malcata solicitou à Câmara Municipal que reconhecesse de Interesse Público o referido edifício, pois a Junta tinha um projecto de interesse para a freguesia e aquele espaço era o ideal para a sua concretização. O pedido da Junta de Freguesia foi apresentado na Assembleia Municipal do Sabugal e aprovado em sessão realizada no dia 29 de Abril de 2011.
As obras de recuperação e requalificação já começaram e vão transformar o antigo quartel num novo edifício que vai apoiar turistas e desportistas. Também está nos planos das obras a abertura de um espaço para exposição e venda de produtos locais.
17 janeiro 2013
SONHOS POR CUMPRIR
Malcata: Quartel de 1ªLinha da Guarda Fiscal
Há anos que está vazio o edifício que serviu de quartel da Guarda Fiscal. Pertencente à Zona de Intervenção de Vilar Formoso e à 3ªCompanhia da Guarda Fiscal do 4º Batalhão com sede em Coimbra, a delegação do Sabugal manteve o quartel em funcionamento até ao seu encerramento definitivo.
A pedido da Junta de Freguesia de Malcata, a Assembleia Municipal do Sabugal, em reunião realizada em 29 de Abril de 2011, declarou que o Quartel da Guarda Fiscal em Malcata era de Interesse Público.
Na mesma ocasião, o presidente da Junta de Freguesia, Vitor Manuel Fernandes, dava a conhecer uma candidatura ao programa de financiamento PRODER para a recuperação do edifício e adaptá-lo com as condições para exposição de produtos locais, servir de local de apoio aos diversos desportistas que apareçam por Malcata, podendo funcionar como balneário e de espaço para guardar as tralhas dos desportistas e/ou turistas. O projecto incluia também uma sala para exposição de produtos locais, provas gastronómicas e até algumas refeições ligeiras. O projecto das obras foi enviado para os serviços técnicos da Câmara e foi aprovado.
A verdade é que o tempo passou e o sonho continua por cumprir.
A pedido da Junta de Freguesia de Malcata, a Assembleia Municipal do Sabugal, em reunião realizada em 29 de Abril de 2011, declarou que o Quartel da Guarda Fiscal em Malcata era de Interesse Público.
Na mesma ocasião, o presidente da Junta de Freguesia, Vitor Manuel Fernandes, dava a conhecer uma candidatura ao programa de financiamento PRODER para a recuperação do edifício e adaptá-lo com as condições para exposição de produtos locais, servir de local de apoio aos diversos desportistas que apareçam por Malcata, podendo funcionar como balneário e de espaço para guardar as tralhas dos desportistas e/ou turistas. O projecto incluia também uma sala para exposição de produtos locais, provas gastronómicas e até algumas refeições ligeiras. O projecto das obras foi enviado para os serviços técnicos da Câmara e foi aprovado.
A verdade é que o tempo passou e o sonho continua por cumprir.
05 janeiro 2013
SUBSÍDIOS E ASSOCIAÇÕES
Estes dias ao ler a Acta da Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Sabugal realizada no passado ano, a 7 de Novembro, chamou-me à atenção este ponto relativo à atribuição de subsídios extraordinários a seis associações do nosso concelho, sendo que cada associação recebeu 15.000€ . Ora, o que me chamou a atenção foi a existência da Carqueijinha em Malcata. Eu desconheço que tal entidade exista. Posso estar enganado mas se alguém dessa associação desejar esclarecer e divulgar a sua existência legal seria bom.
Extracto da Acta da Reunião da Câmara Municipal do Sabugal
Flor de carqueja
01 janeiro 2013
MALCATA: O NOSSO NATAL
Maria e o Menino
Mais uma grande prova de vitalidade da Associação Cultural e Desportiva de Malcata, liderada pelo seu digníssimo presidente, Rui Chamusco ( o Rui da Ti Laurentina ). Uma festa com o povo e para o povo da nossa terra. E para que o acontecimento fique gravado para memória futura, o Rui escreveu este pequeno texto que enviou para publicação no Jornal "Cinco Quinas":
"Como os
profetas anunciaram, às 15.00 horas do dia de Natal chegou a Malcata, vindos de
Belém, a Sagrada Família, acompanhada de anjos, pastores e rebanhos,
camponeses, reis magos. Chegaram com algum atraso (até chegamos a pensar que se
teriam enganado no caminho ou talvez tivessem sido desviados para outra terra).
Mas chegaram!… Na Torrinha / Rossio, um bom grupo de pessoas lá estava
ansiosamente à sua espera. Alguém os avistou ao longe e clamou. “Já lá vêem!…”
A curiosidade, o entusiasmo, invadiram então os presentes. Uma onda de alegria
espaireceu na multidão que, em cortejo, se integrou na comitiva, fazendo a sua
caminhada até ao Pavilhão da ASSM (Associação de Solidariedade Social de
Malcata) onde se prestou a merecida homenagem. Uma tarde cheia de música
natalícia, em que os artistas e o povo se confundem pois todos eles são filhos
desta terra, por natureza ou por adopção. Malcata mais parecia a cidade de
Belém da Judeia que uma aldeia do interior de Portugal. O bom acolhimento, a
generosidade, a alegria, as músicas e os cantares, as paisagens, as crianças
encantaram a sagrada família que nos prometeu voltarem para o próximo ano, caso
o mundo não acabe. A ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata)
encarregar-se-á de os lembrar e de lhes dirigir de novo o convite.
Perante o sucesso deste evento, mais uma vez tenho vontade de agradecer e de cantar a simplicidade e a originalidade de cada natal, desejando a todos a continuação de Festas Felizes.
“Tudo seria bem melhor, se o Natal não fosse um dia, e se as mães fossem Maria, e se os pais fossem José. E se agente se parecesse com Jesus de Nazaré.”
Perante o sucesso deste evento, mais uma vez tenho vontade de agradecer e de cantar a simplicidade e a originalidade de cada natal, desejando a todos a continuação de Festas Felizes.
“Tudo seria bem melhor, se o Natal não fosse um dia, e se as mães fossem Maria, e se os pais fossem José. E se agente se parecesse com Jesus de Nazaré.”
Rui Chamusco
Copiado daqui: http://www.cincoquinas.net/?p=3690
19 dezembro 2012
UM BÊCO EM EVOLUÇÃO
1-Bêco da Corela antes das obras
NOVA CARA DO BÊCO DA CORELA
A nova calçada do Bêco da Courela está quase pronta. Este arruamento, com início na Rua do Carvalhão e fim na Rua da Fonte, foi alvo de obras de melhoramento levadas a cabo pela Junta de Freguesia. Aquela via era há uns anos atrás uma vereda de acesso aos campos. No início deste ano a Junta de Freguesia meteu mãos ao trabalho e com a ajuda das máquinas da Câmara Municipal alargou a vereda de forma a facilitar a circulação de pessoas e melhorar os acessos aos terrenos do Vale da Fonte Velha.
A curva da discórdia
Chegada à Rua da Fonte
Como podem ver pelas fotografias, a via vai ficar com outro visual e com melhor piso. Foi pena a não eliminação da curva junto ao portão. Depois de ali ter passado, olhando para a obra, não posso deixar de sugerir à Junta de Freguesia que construa um muro de suporte naquela zona antes da curva, mais concretamente, ao fundo do chão do Ti Zé Martins ( meu pai ). As terras e as pedras se assim continuarem, mais tarde ou mais cedo vão acabar por cair e obstruir a passagem. Outra sugestão que tenho a fazer é a mudança da placa toponímica "Bêco da Courela" que se encontra colocada noutro beco mais acima, mesmo ao lado da casa do Raul Coelho e colocá-la onde de facto termina o "Bêco da Corela" ao chegar à Rua da Fonte, ali ao pé da casa da minha Ti Esperança. E para terminar as minhas sugestões, apresento mais uma respeitante à circulação nesta rua: decidir que tipo de veículos podem ou não ali circular, colocando placas informativas.
30 novembro 2012
MEMÓRIAS DE MALCATA: JORNADAS DO CARVÃO
Cartaz da Jornada do Carvão
OS CARVOEIROS DE MALCATA
Quem ainda se lembra dos carvoeiros de Malcata?
Em termos
económicos, por volta dos anos sessenta, o negócio do carvão foi uma actividade
que teve bastante importância na freguesia. Eram célebres os carvoeiros que
exploravam a serra da Malcata e que se deslocavam de burro para comercializarem
o seu produto nas freguesias vizinhas, e tinham como alvo preferencial os
ferreiros. Antes do fenómeno da emigração na década de 60, que afectou
bastante a freguesia e toda a região, era frequente o contrabando de alguns
produtos, como azeite, ferramentas, tecidos e outros, comprados em Espanha e
vendidos em Malcata por habitantes da aldeia, geralmente com grandes
dificuldades económicas. O transporte dos produtos era feito a pé ou utilizando
o burro. Além do caminho ser muito árduo, havia ainda o perigo de serem
apanhados pela guarda fiscal. A mercadoria apreendida aos contrabandistas
era leiloada em praça pública.
Braseira a carvão
(Museu de Malcata)
Braseira a carvão
(Museu de Malcata)
Eram tempos em que a aldeia ainda não tinha electricidade e o carvão era muito utilizado no Inverno, tempo sempre frio e chuvoso. Para além do carvão que vendiam aos ferreiros, em quase todas as casas havia uma braseira que era alimentada a carvão. Lembro-me ainda vagamente de algumas mortes causadas pelo mau uso deste método de aquecer as casas e os serões passadas com os pés em cima da braseira e o candeeiro de petróleo aceso.
O meu avô, o Ti João Pires, chegou ainda a falar das viagens que ele fazia com o seu burro carregado de carvão. Tive ainda a feliz oportunidade de assistir um dia ao fabrico do carvão. Lembro-me de termos ido lá para os lados da Porqueira, arrancou uns toros, fez um buraco na terra e despejou lá a lenha dentro. Deitou-lhe o fogo e lentamente tapou tudo com terra. A lenha ali ficou a queimar e eu a ver o fumo a sair debaixo da terra. Mais tarde, não sei depois de quantas horas, o meu avô retirou a terra e ali estavam os troncos negros, sujavam as mãos todas de preto e vai de meter nas sacas de pano e depois do burro carregado regressámos a casa.Esta é uma memória minha, talvez até nem tenha sido mesmo assim, mas por alguma razão eu tenho estas imagens na minha mente. Outras pessoas terão outras memórias e que seria importante recolher e guardar para memórias futuras. Louvo esta iniciativa da Associacção Cultural e Desportiva de Malcata, que com a ajuda da Junta de Freguesia decidiram organizar esta jornada.
Mais uma vez não vou poder estar a participar, com muita pena minha. Contudo, bem que adorava que algum dos participantes recolhesse fotografias, vídeos e até histórias de pessoas que viveram estas coisas e que ainda estão entre nós.
Desejo que corra tudo bem e que o reviver desta jornada dos carvoeiros contribua para uma maior aproximação das pessoas da aldeia. Por Malcata, sempre!
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