1.11.18

CEMITÉRIOS: UM DIA DIFÍCIL DE PASSAR



  

   Dia 1 de Novembro 2018
   Dia de todos os santos.
   Por conveniência, também se costuma ir aos cemitérios lembrar os “fiéis defuntos”. Na aldeia de Malcata, os mortos serão lembrados hoje com a celebração de uma missa pelas 11.30, seguida de romagem ao cemitério.

  
As tradições vão mudando um pouco ao sabor das mudanças e das conveniências da Igreja e os fiéis não têm outro remédio que aceitar.
   Eu, por princípio, não gosto de nada feito por obrigação, ir porque os outros também vão ou ir para depois não ter que explicar porque não fui, não é a minha maneira de agir. Ir ao cemitério, apenas neste dia, vir para casa com a ideia de dever cumprido e talvez com uma “selfie” para mostrar aos amigos que estive lá,
mesmo que a mente tivesse ido passear para bem longe daquele lugar cheio de corpos sem vida. Tenho saudades e muitas da minha mãe e de outras pessoas que passaram pela minha vida e com elas vou mantendo diálogos ao longo da minha vida.
   Cada um de nós deve é tratar bem dos vivos enquanto vivem e não sentir a obrigação de enfeitar aquele espaço com flores de plástico e velas, com cores bonitas mas sem cheiro, sem o cheiro da cera e que em vida, tanto eles apreciaram. E o momento é agora, porque amanhã pode já ser tarde!

                                                   José Nunes Martins
  
                                             

  

14.10.18

OLHAR DE JOLON EM MALCATA

 
 
   A exposição de fotografia
“O Olhar de Jolon – Gentes com história”, do fotógrafo/jornalista Jolon, foi inaugurada no dia 13 de Outubro.
   Esta mesma exposição esteve presente na Biblioteca Municipal de Penamacor, de 3 a 24 de Setembro e agora está patente, até ao dia 22 de Dezembro, na sede da AMCF
 (Associação Malcata Com Futuro), na aldeia de Malcata, na Praça do Rossio.

   As trinta fotografias exclusivas e inéditas, mostram-nos uma visão diferente do nosso passado recente. Rostos típicos de gente simples e humilde, artesãos e gente das nossas aldeias, que nos ajudam a compreenderem melhor o mundo em que vivemos.
   José Lopes Nunes, correspondente do “Jornal do Fundão”, em Penamacor há muitos anos, é conhecido como o biógrafo do povo, cujos textos, sons e fotografias nos transmite histórias ricas de tradições, de saberes e costumes que constituem um valioso património que merece ser preservado.
   Vá dar uma escapadinha, visite a aldeia de Malcata e dedique algum tempo para ver e conhecer o olhar de Jolon.
                                                                                                                 
                               
                                                     José Nunes Martins (Josnumar)                                                                                                 

    

7.10.18

MALCATA: UM DIAMANTE ESCONDIDO



Há uns tempos atrás cheguei a pensar que a nossa aldeia tinha um futuro risonho, seria uma terra desenvolvida e bem conhecida pelos portugueses. Pensava assim porque naqueles tempos a juventude partia para a França ou para as escolas universitárias que só existiam nas grandes cidades do nosso país e quando chegassem ao fim dos seus estudos, Malcata arrecadaria alguma vantagem com os saberes e conhecimentos desses rapazes e raparigas. Recordo-me que foi criado um grupo de jovens com muita criatividade e vontade em organizar actividades culturais e recreativas para animar o povo.
   Já o escrevi uma vez e vou voltar a escrever que Malcata tem mais “filhos/as” doutores e engenheiros que vacas ou cabras. E isto tem uma explicação: a par da debandada dos nossos pais, também os filhos abalaram a trabalhar, a estudar bem longe da terrinha. Terminados os cursos, conhecendo a falta de trabalho na naquela nossa região, um território sem muitas oportunidades de trabalho, terras por onde Cristo não tinha passado, desconhecidas por muitos e por alguns que nela nasceram, mas que para as suas carreiras profissionais nada acrescentavam ao currículo, o esquecimento das suas origens só lhes trariam benefícios.
   Eu também faço parte daquele grupo que saiu da aldeia para a cidade estudar. Nunca tive vergonha de revelar onde nasci, onde cresci e aprendi a ler e a escrever. Por cá este
modo de chamar por mim “Ó Malcata”, ou “lá vem o Malcata” é normal nos meus locais de trabalho.
   As pessoas que habitualmente habitam em Malcata, se assim o quiserem fazer, sabem que ainda há pessoas que não vivendo na aldeia a carregam consigo para todo o sítio. A minha impressão é que são poucos e o pior é que para se fazer alguma coisa com substância e valor, desperdiçamos muita energia para as realizar. A falta de apoios, de abertura a novas ideias e novos conceitos de trabalho, o senti o cabelo molhado é suficiente para sabermos que está a chover, sentimos que está mais frio e como não temos casaco, nada mais importa do que estamos a sentir. Quantas vezes paramos para nos interrogarmos porque chove, porque estamos com o cabelo molhado, ou porque estamos com frio? Que maçada, vamos agora pensar assim? Isso é areia a mais para a minha camioneta!-dirão alguns de vós. E quando um malcatenho, seja ele lá quem for, procura saber as razões das coisas, procura ir mais além na busca de compreender e a crença que existe mais para além do que todos vemos à tona da água, aparece sempre quem passe o tempo a discutir se o CR7 fez ou não fez aquilo que se diz por aí que parece que fez. São gente que se desinteressam para umas coisas e são interesseiras para outras. Continuam desinteressados e ignorantes porque escolhem ser assim.
   Porque falo muito sobre e de Malcata? Não fosse esta minha mania de escavar, de buscar e de querer aprender e saber de onde venho e para onde vou, era mais um malcatenho conformado, desinteressado e seria mais um, como alguns “senhores doutores/as” nascido na mesma aldeia, pouco conhecida, pouco atractiva porque não é conhecida e é claro que não se ama aquilo que não sabe que existe, não ama o desconhecido por muito que seja conhecido pelos que lá moram. E Malcata não se dando a conhecer, vai acabar por morrer
sem muitos a terem conhecido.
   Para que vos serve tanta riqueza humana, natural e bons produtos que a terra produz,  se
não forem identificados e dados a conhecer como sendo de Malcata?  
    Olhar para a frente e também para o alto faz-nos pensar e sonhar em grande e alarga-nos os horizontes para lá das margens da albufeira e dos montes da serra da Malcata.
    Atrevam-se os portadores de conhecimento, de experiência e da capacidade de trabalhar para um patrão, uma entidade, pública ou privada e na medida da vossa disponibilidade pegar nas vossas “ferramentas” e apoiar todos os que continuam a escavar porque acreditam que o melhor de Malcata ainda não apareceu à vista de todos.
                                                                                                            José Nunes Martins
                                                                                                              
josnumar@gmail.com
                                                                                                                                                       

24.9.18

REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MALCATA



REUNIÃO
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MALCATA
Dia 24 de Setembro de 2018( hoje)
                                      LOCAL: Junta de Freguesia de Malcata
                                      HORA:  20:00 H

 
  Hoje, 24 de Setembro de 2018, pelas 20:00 horas, a Assembleia de Freguesia de Malcata vai reunir. Saberão os malcatenhos a composição deste órgão de poder local? Saberão também os malcatenhos o papel da Assembleia de Freguesia, quer no apoio e controlo das actividades e decisões levadas a cabo pelo presidente de junta, secretário(a) e tesoureiro(a)? E uma última pergunta: saberão os cidadãos, a viver em Malcata, que os membros da Assembleia de Freguesia de Malcata devem funcionar como elo de ligação entre os órgãos do poder local e o povo?
  Entendo eu que, dada a importância da Assembleia de Freguesia, é muito pouco aquilo que se tem feito na nossa aldeia. A lei de facto tem sido cumprida, ou seja, a Assembleia de Freguesia tem-se reunido e a sua convocação através de Edital faz parte dos procedimentos legais obrigatórios. No meu entender não basta afixar um Edital uns dias antes. É muito pouco para querer a presença das pessoas nas reuniões da Assembleia de Freguesia. Cumprir a lei e realizar as reuniões dentro de quatro paredes, geralmente sem a presença de qualquer cidadão e numa sala em que metade dos membros da assembleia ficam sentados de costas para o público, dificultando a compreensão do que dizem, mais razões as pessoas têm para não ir.
  E a divulgação das reuniões da Assembleia de Freguesia de Malcata deve ser tarefa de todos os seus membros, dos membros da Junta de Freguesia e claro, em especial, do Presidente da Mesa da Assembleia de Freguesia.
  Um passo já foi dado com a publicação dos Editais na página Freguesia de Malcata nas redes sociais. Insuficiente e há que ir mais longe.
  O mesmo defendo quanto à “prestação de contas” do que se passou em cada reunião, juntando documentação escrita, fotografias e até gravações do que se passou. Saber que as actas podem ser consultadas na Junta de Freguesia é pouco e penso que serão poucos os que o fazem.
  Alguma vez, os que compõem a Assembleia de Freguesia de Malcata, organizaram uma visita pela freguesia para tomar conhecimento daquilo que realmente acontece na aldeia?
  E alguma vez a Assembleia de Freguesia convidou o executivo ( J.F.: presidente, secretário, tesoureiro) de Malcata a fazer uma visita a toda a freguesia para se apresentarem ideias de projectos, trocar opiniões, observar o nosso património, visitando instituições permitindo que todo o poder local (Junta e Assembleia de Freguesia) conhecesse a realidade?
  É obrigação do poder local cooperar e contribuir para quem tem o poder de mandar executar, facilitando o atendimento dos anseios e pedidos da população de Malcata. Assembleia e Junta devem trabalhar para o mesmo fim. Todos eles foram eleitos porque acreditaram e confiaram que trabalhariam para o bem de todos. Esqueçam os benefícios pessoais, os pedidos dos amigos ou aqueles que vos chegam por oportunismo.
  Lembrem-se sempre dos lemas de cada lista:
  Fazer melhor- PSD
 Trabalhar o presente a pensar no futuro – PS
 LEMBRANÇA: Hoje, 2ªFeira, 24 de Setembro, às 20:00H,
                     Reunião da Assembleia de Freguesia de Malcata.
                     HÁ TEMPO DESTINADO À PARTICIPAÇÃO DO POVO.
                     A SUA PRESENÇA É IMPORTANTE!
                     NÃO DEIXE QUE OUTROS SE SENTEM NA SUA CADEIRA!
                                                                       José Nunes Martins
                    
  
 

7.9.18

PERDÃO


 


   Humildemente, peço perdão ao Tarcísio e esposa e restantes familiares que tenha magoado e ofendido com a maneira que escrevi sobre a obra da rampa na Rua de Baixo, em Malcata, com a insinuação absurda que fiz no meu blog “Malcata.net”, posteriormente, partilhada na minha página que administro na rede social “Facebook”, que tem o mesmo título do meu blog.
  Tratou-se de uma teoria infundada e assumo toda a responsabilidade pelo que escrevi. Estou sinceramente arrependido por ter magoado alguns familiares do Tarcísio, que se sentiram incomodados, dando-me conhecimento através dos comentários que fizeram às minhas palavras.
  No futuro, comprometo-me a ver realmente os factos, recolher mais informação e pensar melhor antes de tornar público esses factos.
  Sou malcatenho da cabeça aos pés e, este apego inexplicável a Malcata, leva-me a cometer alguns erros com os quais vou aprendendo.
   Espero que me perdoem.
   João ( José Nunes Martins)