23.12.07

A IMAGINAÇÃO DOS HOMENS





ÁRVORES DE NATAL, PAIS E MÃES NATAIS E PRESÉPIOS...IMAGINAÇÃO HUMANA



A árvore e enfeites de Natal
As primeiras referências à árvore de Natal datam do século XVI na Alemanha. Mas a origem mais antiga é anterior ao nascimento de Jesus Cristo, surgindo entre o segundo e o terceiro milénio, pelos povos indo-europeus. Nessa época era rendido um culto à árvore, sendo o carvalho, considerado a rainha das árvores. No Inverno, quando as suas folhas caíam, os povos antigos costumavam colocar diferentes enfeites para atrair o espírito da natureza, que se pensava que tinha fugido.

Assim, os enfeites que hoje em dia fazem parte da decoração das árvores de Natal, representam as primitivas pedras, maçãs, entre outros. Cada um destes enfeites tem um significado:
· as velas (antes de serem substituídas pelas coloridas luzes de natal) simbolizam a purificação;
· as pinhas como símbolo da imortalidade;
· os sinos como mostra do júbilo natalício;
· as maçãs e as bolas de cores (que no século XVIII foram desenvolvidas pelos sopradores de vidro da Boémia) simbolizam a abundância;
· a estrela que se coloca no cimo da árvore de Natal anuncia o nascimento de Jesus, a estrela de Belém.

A lenda do pai Natal
Pai Natal: homem bonacheirão e gorducho de faces rosadas e barba branca, vestido de fato vermelho, a conduzir um trenó, pelos céus, puxado a oito renas. Que segundo reza a história, desce pela chaminé e deixa presentes na árvore de Natal, no sapatinho e nas peúgas de todas as crianças bem comportadas,...! Esta foi a imagem criada pela Coca-Cola em 1931 e que persiste no espírito de todas as crianças.
Mas o pai Natal já existia anteriormente. Foram os holandeses que levaram para os Estados Unidos da América a lenda de Santa Claus (São Nicolau) no século XVII, na Alemanha a partir do século XIX, embora as suas raízes remontem ao século IV.
São Nicolau foi um bispo da Ásia Menor, que viveu no século IV, celebrizou-se pela sua bondade. A ele estão associados milagres e gestos de grande generosidade, sobretudo para com as crianças. Como resultado, foi considerado santo pela Igreja Católica e foram criadas inúmeras lendas folclóricas. A ele está associada a lenda de entregar sacos de ouro pela chaminé.
Por toda a Europa o dia de São Nicolau passou a ser festejado no dia 6 de Dezembro, mas a tradição de presentear as crianças neste dia, foi lentamente transferida para o dia 25 de Dezembro pela Inglaterra e posteriormente por alguns países como o caso de Portugal.
Hoje em dia esta imagem está associada a um consumismo desmedido, esquecendo a verdadeira intenção de São Nicolau: dar amor, carinho e generosidade.


A Missa do Galo
Conhecida também pela Missa da Meia noite, celebra o nascimento de Jesus Cristo. Este costume começou no século V, através dos romanos católicos. A denominação de Missa do Galo provém de uma lenda que diz que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento do menino Jesus, ficando encarregue de anunciá-lo ao mundo através do seu canto.

A origem do presépio:
Segundo a tradição católica o presépio surgiu no século XIII, pela mão de S. Francisco d’Assis que quis celebrar o Natal da forma mais realista: montou um presépio de palha, com uma imagem do menino Jesus rodeado de animais reais.
O sucesso desta representação na noite de Natal de 1223 foi tal que rapidamente se estendeu por toda a Itália e posteriormente pela Europa e América Latina.

20.12.07

PADRE CÉSAR CRUZ E O NATAL

A internet, quando bem utilizada, serve de veículo para levar as boas notícias aos quatro cantos do mundo. E com um simples clicar no botão temos acesso a pensamentos e exemplos de vida que nos ajudam a levar uma vida mais humana e mais cristã.
César Cruz é um mensageiro da Boa Nova de Jesus e presentemente tem a cargo a orientação espiritual(para além de outras comunidades) da comunidade de Malcata.E aproveitando bem a internet para a divulgação da Mensagem de Cristo ao mundo, publica no seu blog, mensagens, pensamentos e opiniões que têm contribuido para a minha felicidade e de muitos que por lá passam.Tomei a liberdade de "copiar" as palavras que o Pe.César publicou recentemente fazendo delas uma "mensagem" de Natal para todos os que visitam o Malcata.net.Aconselho uma visita ao blog "Pe.César Cruz" em www.pecesarcruz.blogspot.com.
Então, dou o espaço ao Pe.César:


Quando for Natal vamos viver em harmonia e em paz! Quando for Natal a humanidade pode enganar-se falando de tempos esquecidos e já quase não vividos… Enfim, quando for Natal podemos viver o que não vivemos durante o resto do ano! Será este o Natal que desejamos, ou será que o resto do ano é que anda às desavenças com aquilo que verdadeiramente queremos? Sempre que celebramos o Natal ou tentamos encetar a tarefa de lhe dedicar algumas palavras, tentamos escolher adjectivos e verbos para fazer sobressair a época festiva. Falamos de harmonia, paz, alegria... tantas palavras que soam tão bem nesta época natalícia. Pois é... tentamos criar em alguns dias do ano a ilusão de que todo o ano é assim vivido. Ficamos com o nosso íntimo pleno de satisfação por enfeitarmos uma árvore de Natal com arrebiques coloridos e transportamos para o nosso ser essa ilusão: adornamos os nossos sentimentos e o nosso ser nesta altura do ano. Podemos viver numa aversão total aos valores natalícios durante o ano mas nesta altura, sim, nesta altura parece bem! Há uma expressão de âmbito popular que diz que o Natal é sempre que o Homem quiser. Enfim, será mesmo assim? Quando era mais novo recordo-me de ter visto uma história emblemática em desenho animado. Dois bonecos simbolizavam dois povos em guerra. Estavam de costas voltadas e de armas na mão. Quando se aproximava o Natal estes dois bonecos animados voltaram-se e abraçaram-se. Durou pouco este acontecimento, pois, mal a época natalícia findou, voltaram a pegar nas suas armas e virar as costas. Esta pequena história faz-nos pensar. Temo que na nossa vida o Natal também seja assim vivido. Fala-se constantemente em mudanças e de progresso mas será legitimo julgar que o mundo pode ser mudado e nós ficarmos pávidos e serenos diante da nossa condição? Pois é... O Natal está próximo. Sentimentos e desejos para esta festa? Sim, há muitos... Mas gostaria de expressar um só neste ano: que cada dia seja vivido com a verdadeira alegria cristã do nascimento de Jesus Cristo. Que a paz e comunhão transmitidas por este tempo festivo se estendam por todo o ano. Um santo e feliz Natal para todos.
in www.pecesarcruz.blogspot.com

19.12.07

OS TRÊS NATAIS DE BELÉM


BELÉM, ANO 2007 d.c.

Belém,a cidade dos conflitos.
A terra onde Jesus nasceu é hoje um local dos mais conflituosos do Mundo. Nada se compara com a Belém dos Evangelhos e o imaginário que os Cristãos temos desta terra.

Hoje, José e Maria antes de entrar em Belém tinham que aguardar junto a um muro de cimento com uma altura de três andares e revestido com arame farpado. E se os documentos não estivessem em ordem ou se os alforges não servissem para esconder material "ilegal" do género "burro-bomba" e só depois dos soldados israelitas terem recebido ordens superiores para os deixar entrar...então podiam ir a Belém procurar uma hospedaria.



Este muro de betão, segundo o governo israelita,está a ser erguido para manter os terroristas afastados de Jerusalém. Belém fica a 9,5 quilómetros de Jerusalém.
Belém localiza-se na Cisjordânia, em território tomado por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967. É uma cidade palestiniana, com uma maioria de moradores muçulmanos(90%). Mas em 1900, mais de 90% eram cristãos. Hoje cada vez são menos e a "aldeia"mais venerada durante o Natal, é um dos lugares com mais conflitos.
No interior do muro , ao longo das fronteiras de Belém, ficam três campos de refugiados palestinianos.
Ao lado do muro, mas fora dele, dominando os pontos mais altos e as colinas circundantes, avistam-se colonatos judaicos em expansão.
No cume da colina principal de Belém, situa-se a Praça da Manjedoura, em frente à Igreja da Natividade.
Praça da Manjedoura
A Igreja da Natividade está quase escondida. A entrada foi ficando mais pequena ao longo dos tempos, talvez para impedir o acesso aos cavalos e camelos dos viajantesO visitante tem de se dobrar para entrar.


Nas zonas rurais de Belém, hoje como há 2007 anos, as grutas são utilizadas para guardar animais de criação, com manjedouras escavadas na rocha.Aqui,no centro deste lugar instável, circundada de colonatos judaicos, aprisionada dentro de um muro, rodeada de campos de refugiados, escondida e aconchegada debaixo do chão de uma antiga igreja, há uma estrela de prata. Foi aqui, segundo se crê, que Jesus nasceu.

Aqui, até os próprios cristãos não são imunes às lutas intestinas. Cada metro quadrado da Igreja da Natividade é literalmente disputada pelos ortodoxos gregos, os católicos romanos e pelos ortodoxos arménios. Os homens santos das três confissões brigam entre si para decidir quem deve limpar cada parede sagrada ou quem pode andar por cada espaço da nave da igreja.
Em Belém, nnem sequer há acordo sobre o dia de Natal. Em que data é celebrado o dia sagrado na Igreja da Natividade? Os ortodoxos gregos, guiados pelo calendário juliano, celebram a missa do Dia de Natal a 6 de Janeiro(13 dias depois do calendário gregoriano). A missa da Véspera de Natal em Belém, transmitida pelas televisões mundiais, no dia 24 de Dezembro, é celebrada na recente Igreja de Santa Catarina, administrada pelos católicos romanos. Os arménios celebram o Natal na sua ala da igreja no dia 18 de Janeiro.
Por isso, em Belém, celebra-se o Natal três vezes por ano!
Seja qual for a confissão professada por cada homem, há algo naquela gruta que os une em oração, em cânticos e em emoção.

Nota:Este texto foi baseado num artigo intitulado "Belém, Ano 2007"publicado pela revista
"National Geographic", Dezembro 2007, págs.28 a 53. Comprei e li e aconselho outros a fazer o mesmo. Depois da leitura do artigo ficamos melhor informados da Belém 2007 d.c.(www.nationalgeographic.pt)

18.12.07

O DINHEIRO DO QREN PARA O SABUGAL VAI SER GERIDO PELA COMURBEIRA

O Plano Estratégico da Comurbeiras tem uma lista de mais de 500 investimentos ambicionados para a região e já discutidos por cada um dos municípios envolvidos, no valor de 996milhões de euros.
Destes 500 projectos do Plano, vão ser seleccionados os que vão passar à versão final nos próximos meses.
A Comunidade Urbana das Beiras(Comurbeiras) da qual faz parte o Município do Sabugal, é constituida pelos nove municípios da NUT Beira Interior Norte. Esta NUT é uma subregião estatística portuguesa, parte da Região Centro e do Distrito da Guarda.





Belmonte: Nasceu aqui a Comurbeiras

PORTUGAL E AS NUT's


Uma grande parte das pessoas interroga-se sobre o que sejam as NUT.
As NUT (ou Nomenclaturas de Unidades Territoriais) designam as regiões ou sub-regiões em que se divide o território da União Europeia para efeitos estatísticos.

Em Portugal há 3 NUTs:
NUT I (Portugal Continental, Açores e Madeira),
NUTs II: 7 (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve, Açores e Madeira).
NUTs III: 28 (Minho-Lima, Cavado, Grande Porto, Alto-Trás-os-Montes, Douro, Ave, Tâmega, Entre Douro e Vouga, Baixo Vouga, Baixo Mondego, Dão-Lafões, Serra da Estrela, Beira Interior Norte, Cova da Beira, Beira Interior Sul, Pinha Interior Norte, Pinhal Interior Sul, Pinhal Litoral, Oeste, Médio Tejo, Alto Alentejo, Alentejo Central, Lezíria do Tejo, Grande Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo Litoral, Baixo Alentejo e Algarve).
Nota importante:A negociação do valor e a assinatura do contrato financeiro para os seis anos de vigência do QREN deverá acontecer durante o primeiro semestre de 2008.

MENSAGEM DE NATAL DE D.MANUEL FELÍCIO(BISPO DA DIOCESE DA GUARDA)


O Diário XXI divulga a mensagem de natal de D.Manuel Felício:

Diário XXI:

Bispo quer ver Interior a agarrar fundos europeus



Numa mensagem de Natal

que vai além de aspectos religiosos,

D. Manuel Felício pede uma aposta no Quadro de Referência Estratégico Nacional e faz um alerta renovado sobre os efeitos nefastos da desertificação.

D. Manuel Felício, Bispo da Diocese da Guarda, considera urgente “que os políticos e outros responsáveis pela vida pública assumam a coragem de construir um futuro equilibrado, de tal maneira que sejamos um País e uma nação onde todos têm vez e voz”.
Numa mensagem de Natal que denota preocupação pelo desenvolvimento da região, D. Manuel Felício entende que “é necessário assumir a coragem de promover a discriminação positiva para as regiões mais pobres de meios promotores do desenvolvimento, como a nossa, e com essa finalidade saber aproveitar a oportunidade única constituída pelo aproveitamento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que vigora nos próximos seis anos”.
O Bispo da Guarda faz a analogia entre a história bíblica de Jesus, nascido num curral, por não haver lugar para ele numa cidade a viver a azáfama do recenseamento, e os dias de hoje, onde há “os bem incluídos no processo e nos programas do desenvolvimento, como também os que deles ficam excluídos”.

“LEGÍTIMAS QUEIXAS”
O Bispo da Guarda dirige uma palavra “especialmente aos responsáveis pela condução da nossa vida pública, pedindo-lhes que olhem preferencialmente para os que são parentes pobres do desenvolvimento” e recorda “as legítimas queixas feitas recentemente pelos autarcas do distrito da Guarda” ao Presidente da República, a lembrar-lhe “o drama da desertificação humana dos nossos ambientes”. “Compreendemos que o senhor Presidente da República tenha ficado sem palavras para responder, de imediato, com as medidas adequadas a esta situação preocupante. Mas já não compreendemos que a máquina da organização política, subordinada a interesses de crescimento económico fácil, não dê ouvidos a este apelo”, sublinha.



Desertificação: “Um drama de proporções alarmantes”
O problema da desertificação, segundo D. Manuel Felício, é “um drama de proporções alarmantes, que põe em risco a sobrevivência de muitas das nossas aldeias e obriga as populações locais a deixar as suas terras”. “Mas é também um drama que todo o País precisa de sentir como seu, pois sem o desenvolvimento das potencialidades que nos são próprias, todo o País fica mais pobre e a qualidade de vida de todos os portugueses irremediavelmente prejudicada”.

in Diário XXI, por Susana Margarido