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MALCATA: CASAS DESCASADAS DA PAISAGEM

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       Em Malcata há muitas casas abandonadas e em ruínas. Não há bêco ou rua que não tenha uma casa velha e sem as mínimas condições de habitabilidade. Também nos deparamos com muitas casas recuperadas ou a serem reabilitadas. Infelizmente nem todas têm respeitado as leis de edificação e reconstrução aprovadas pelo Governo e Regulamentadas pelos municípios.    Seria bom que estas reconstruções contribuíssem para melhorar a qualidade do nosso património edificado. Então quando se trate de reconstruções no núcleo histórico da aldeia, aquelas áreas a que vulgarmente chamam “centro histórico”, em que as casas têm ainda muitos traços iguais, estão construídas à “moda antiga”, ou seja, em pedra de xisto, algum granito, muros também em pedra de xisto, os telhados cobertos com telha de um só canal e em barro vermelho, todos devíamos ter o cuidado e a preocupação de saber os direitos e os deveres a ter em conta para que no fim do trabalho acabado todos nos elogiem e nos digam que a obr

MALCATA: JUNTAR PESSOAS E ÁGUA

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    Visita à aldeia de Malcata    O concurso de ideias “Juntar água para a autossustentabilidade” é parte integrante de um projecto muito mais ambicioso conhecido pelo nome de “Malcata-Aldeia Autossustentável”, apresentado em Dezembro de 2016.     Da autoria de José Escada Alves da Costa, presidente da AMCF ( Associação Malcata Com Futuro), homem formado em engenharia, com uma ligação de longa data com a EDP. Entre 1982 e 1995 foi quadro superior do grupo e entre 2004 e 2006 foi também adjunto do conselho de administração da EDP Produção e vogal em sete conselhos de administração de empresas participadas do grupo EDP, nomeadamente a Turbogás, a LBC tanquipor,a Soporgen, a Energin, a Enerfin, a carriço Cogeração e Centro de Biomassa para a Energia.   Licenciado em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico, e mestre em Política, Economia e Planeamento Energético pelos ISEG/IST, este responsável foi ainda, entre 2011 e 2004, vogal executivo do Conselho de Adminis

A VISITA DA SAGRADA FAMÍLIA EM MALCATA

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Sagrada Família 1    Vem de muito longe a tradição em Malcata, em que as imagens de São José, de Nossa Senhora e do Menino Jesus, devidamente resguardados num pequeno oratório, percorrem as casas da aldeia numa verdadeira manifestação de fé.      “No princípio havia só uma imagem. Como muitas pessoas queriam ter a “Sagrada Família”, decidiram comprar outra. Há menos pessoas que pedem para receber as imagens, pois em Malcata ainda existem duas. Habitualmente a permanência da Sagrada Família em cada casa era de 24 horas e no seu percurso, as pessoas vão colocando esmolas num pequeno compartimento. Após ter circulado em todas as habitações, uma zeladora encarrega-se de recolher as ofertas que, por sua vez, as entrega à paróquia para obras de caridade.     Sagrada Família 2     Com a população a diminuir, com muitas casas fechadas por motivos de ausência dos seus proprietários e ainda por muitas das pessoas não mostrarem interesse em receber a

MALCATA: UM BÊCO SEM SAÍDA?

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        A ideia foi apresentada à entidade parceira. Com ela pretendia-se que naquele dia fosse uma excelente oportunidade de negócio para quem os tem. A nossa aldeia necessita de vida, de visitantes, de iniciativas que tragam e acrescentem valor. Quando se planeia um projecto para a nossa aldeia, que vai envolver cerca de 80 pessoas, jovens estudantes universitários e seus professores, que vêm pela primeira vez conhecer o espaço e tudo aquilo que pode ser incluído no “trabalho universitário” e que contribua para uma nota de excelência, nós, os que nos dizemos malcatenhos, só temos de recebê-los bem, como se cada um desses jovens fosse à casa de cada um de nós. Mostrar alegria, convidá-lo para a mesa, conversar um pouco enquanto se vai comendo. Sendo os malcatenhos bons anfitriões, sei que logisticamente falando, ía ser uma trabalheira para todos serem bem recebidos nas casas. Por isso, pensámos noutra ideia mais leve e mais vantajosa, principalmente para o comércio local d

PARTICIPAR E RECLAMAR

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Voar e sonhar é preciso                                       A maior parte dos habitantes da nossa freguesia desconhece ou anda mal informado sobre as competências da nossa junta de freguesia. Basta pensar na participação dos cidadãos nas Assembleias de Freguesia, onde o povo não aparece, mesmo quando há assuntos importantes para a comunidade. Outro indicador desse desconhecimento e desinteresse é o elevado número de pessoas que não vota. Em 1976 dos 306 inscritos, votaram 183 e abstiveram-se 123, ou seja 40,20%. Quarenta e um anos depois, nas últimas eleições autárquicas, realizadas em 2017, dos 435 inscritos, votaram 237 e 198 abstiveram-se, fixando-se a abstenção nos 45,52%. Outro indicador que nos leva à conclusão que os malcatenhos desconhecem as competências da junta de freguesia diz respeito à baixa procura e às poucas reclamações escritas recebidas na junta. Até prova em contrário, penso que o número de reclamações é bastante inferior ao número de pessoas descontentes