23 novembro 2016

O PAPEL DAS ASSOCIAÇÕES

As formas de viver e entender a vida
em Malcata estão a mudar
   Associativismo para os malcatenhos não soa a uma simples palavra da nossa língua. Quando falamos em associativismo vem-nos à cabeça uma série de nomes de associações que há na nossa pequena terra. E com tantas associações não é de estranhar que um cidadão seja associado delas todas ou de uma pelo menos.
   Cada associação tem o seu começo, tem a sua visão, o seu caminho e os seus objectivos. E ao longo dos anos cada associação experimenta sucessos e insucessos, recuos e avanços. A verdade é que quando se é associado, a pessoa deixa de viver isolada e por vezes o seu envolvimento nas causas comuns aumenta a sua capacidade de realização pessoal e ao mesmo tempo ajuda ao fortalecimento da própria comunidade.
   Que balanço fazem os malcatenhos das associações?
   Qual  tem sido o seu contributo para o fortalecimento da comunidade?
   As associações de Malcata são abertas e transparentes, dinâmicas e participativas?
   Como é que podemos fortalecer o movimento associativo e cada uma das associações?
   Que formas de relação devem existir nas relações entre as associações e a Junta de Freguesia?
   Com estas perguntas pretendo partilhar convosco aquilo que penso sobre o papel das associações, particularmente as que há em Malcata, como forma acertada e privilegiada na participação cívica da vida pública da nossa aldeia.
 

22 novembro 2016

A VERDADE E A MENTIRA A 100 METROS DE DISTÂNCIA

Foto retirada da página da internet da Ofélia Club

(Residência Ofélia Club-Sabugal)

O Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal foi aprovado no ano de 2008 e lá continua engavetado a aguardar a sua implementação no terreno.
A zona que envolve a albufeira tem potencialidades turísticas e até agora tudo está por fazer. Se excluirmos a manutenção dos caminhos que ladeiam a albufeira, mais nada está realizado.
   Em Abril de 2015, por pressão da Câmara e Assembleia Municipal do Sabugal, foi aprovada aquela pequena, mas enorme barreira que limitava enormemente a construção do Ofélia Club, a construir pela Existence, SA, em terrenos de Malcata. O empecilho que impedia o avanço do empreendimento estava apenas, aparentemente, nos 250 metros de distância do Nível Pleno de Armazenamento da albufeira e que só a partir desse ponto era permitido o licenciamento para construir fosse o que fosse. Essa pequena mas importantíssima alteração foi acolhida e aprovada, publicada em Diário da República permitindo construir a uma distância de 150 metros.  
   É importante recordar que se aproximavam umas eleições autárquicas e este empreendimento, a que chamaram Ofélia Club, apareceu como a ideia mais forte e verdadeira para finalmente o concelho do Sabugal mostrar a sua capacidade e vontade de investir, desenvolver e criar postos de trabalho. Na apresentação do Ofélia Club foi prometido a criação de centenas de postos de trabalho. A Câmara Municipal aprovou em Janeiro de 2009 a escolha de Malcata e iniciou a aquisição dos terrenos necessários para que a obra se fizesse. Realizaram-se reuniões entre a Câmara Municipal, Junta de Freguesia e proprietários dos terrenos abrangidos. No final a Câmara Municipal pagou 0,60€/m2, preço muito contestado, mas que se acabou por aceitar porque nenhum proprietário quis impedir o avanço da grandiosa obra. Também ficou esclarecido que, se a obra não se concretizasse, da indemnização que a Câmara Municipal recebesse do investidor ( valor em dobro ), 50% desse valor seria distribuído por todos os proprietários dos terrenos entretanto vendidos, sendo que os terrenos ficariam sempre propriedade da Câmara Municipal.
   Hoje sabemos todos que a obra nem sequer começou. Os terrenos estão como estavam e ninguém conhece qualquer investimento para ocupar esse espaço a que vulgarmente os malcatenhos chamam Rasa.
   Alguém sabe dos planos que o senhor António Reis e da Existence SA tem para aqueles terrenos?
   Têm ou não razão os proprietários desses terrenos o direito a reclamar e receber aquele dinheiro que lhes foi prometido?
   A Junta de Freguesia de Malcata e os proprietários dos terrenos que venderam para a construção do Ofélia Club não devem deixar de defender os seus legítimos interesses.
  
 

18 novembro 2016

A.M.C.F. - TRABALHAR PARA O BEM DA COMUNIDADE DE MALCATA

  

Nem sempre é fácil avaliar o trabalho e o impacto das actividades realizadas pelos movimentos associativos locais. Na nossa aldeia todos sabemos da existência de associações, umas mais antigas que outras e umas mais dinâmicas que outras. Hoje venho-vos aqui lembrar a mais nova associação: AMCF-Associação Malcata Com Futuro, da qual também sou associado e um dos membros dos corpos gerentes.
   A AMCF, nome abreviado da associação, no seu breve tempo de vida já por diversas vezes levou Malcata a todo o país e até terras de Espanha, França e Argentina. No concelho do Sabugal também conseguiu deixar marcas do seu trabalho e lançou algumas sementes que se forem devidamente tratadas lá chegará a altura de colher  os frutos dessa sementeira.
   Há muito trabalho realizado e sempre pensado e apresentado com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento do nosso território, da nossa terra e na procura de novos desafios que tragam mais bem estar e felicidade a todos. Sei e todos os associados da AMCF também sabem, que ainda há muito caminho a andar e novos desafios a alcançar. Foi bom e importante o que foi realizado, mesmo aqueles projectos que não avançaram porque outros não souberam olhar mais longe e a longo prazo. Mesmo assim, o trabalho não foi dado por perdido e tenho a certeza que um dias será realidade, talvez não em Malcata, com muita pena da minha parte, mas o importante é que beneficiará a vida dos que ousaram acreditar e arriscar no bem comum.
   Ah se todos trabalhássemos e caminhássemos lado a lado, encarando os problemas e procurando encontrar as melhores soluções em conjunto!!!!
   Ah se todos fizéssemos o trabalho de casa em prol dos interesses da comunidade e das convergências de factores do aprofundamento da cooperação institucional, teríamos mais razões para estar mais optimistas quanto ao futuro de Malcata.
   Aqui vos deixo a pegada da AMCF:
   

https://www.facebook.com/malcatacomfuturo/?fref=ts



11 outubro 2016

OS PORTUGUESES FESTEJARAM 100 ANOS




 







   OS PORTUGUESES FESTEJARAM OS SEUS 100 ANOS
                    COM UMA GRANDE FESTA

 
  
Mais de 500 comensais, na sua maioria descendentes dos primeiros portugueses que chegaram a terras argentinas  no princípio do século passado, reuniram-se no sábado à noite para encerramento das celebrações dos 100 anos da Associação Portuguesa de Salliqueló.

   Na noite de sábado o pavilhão gimnodesportivo do Club Roberts brilhava maravilhosamente enfeitado com as cores da bandeira portuguesa e argentina. O motivo era a celebração dos 100 anos de vida da Sociedade Portuguesa de Salliqueló. Ali marcaram presença mais de 500 comensais sendo a sua maioria descendentes dos primeiros portugueses que chegaram a estas terras nos inícios do século passado.
   Estiveram também presentes nesta importante celebração representantes enviados pelo Governo português, membros de outras associações vindas de toda a Argentina, familiares dos sócios fundadores que não residem nesta localidade, autoridades locais e público.

   Numa emotiva celebração, que abriu com umas sentidas palavras por parte de um dos descendentes do primeiros emigrantes, foram desfilando pelo palco diversas  apresentações artísticas que incluíram danças argentinas com a apresentação dos artistas locais Eugénia Sueldo e Martin Palomino de “Esencia de mi Tierra”, com a participação do grupo local “Saudades Lucitanas” e o prato forte foi a apresentação do “Rancho Folklórico Mocedade Portuguesa del Club Portugués del Grand Buenos Aires”, que interpretou várias cantigas portuguesas ao ritmo da orquestra típica que arrancou algumas lágrimas nos presentes talvez recordando a terra que deixaram para trás.
  
  Depois chegou o momento do reconhecimento aos familiares dos que integraram a primeira comissão da associação. A quem lhes foi entregue uma placa comemorativa para dar em seguida lugar às alocuções às entidades presentes. O primeiro orador foi o presidente da Associação Portuguesa de Salliqueló, Leonel Fernandes Chamusco, que proferiu palavras sentidas e explicou o que representava ser um emigrante e estar a comemorar o centenário desta associação.
Seguiram-se as palavras e a mensagem do presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas na Argentina D.José Joaquim de Sampaio. Seguiu-se Jorge Hernández, intendente, que agradeceu a visita de todos aqueles que tinham chegado à cidade para a celebração deste centenário e encorajou os membros desta associação a seguir a trabalhar como o têm feito até agora. O fecho das alocuções esteve a cargo da conselheira Maria Violanteou  Martins, que em representação do Governo português, deixou uma mensagem e destacou a importância que uma associação de uma terra tão pequena tenha podido manter-se ao longo destes 100 anos.
   Para o final da festa ficou o partir do bolo e o brinde com todos os presentes ao som do Parabéns. Como encerramento, realizou-se a eleição da rainha deste centenário, escolha que recaiu na jovem Josefina Corceiro, como vice-rainha foi eleita Florencia Joaquin, primeira princesa foi Milagros Landriel e como segunda princesa Yanet Nuñez.

Notícia traduzida daqui:
http://www.veradia.com/nota.php?id=8925om



FOTOGRAFIAS DA FESTA DOS 100 ANOS



















 
                                               PIONEIROS




   

   Parabéns.

03 outubro 2016

AS CONTRAPARTIDAS NO MEU PONTO DE VISTA

                                                                 Rua da Capela em obras
                                                            (Foto da J.Freguesia Malcata)



   A construção da Barragem  e do Parque Eólico mudou para sempre a vida dos malcatenhos.
   Hoje Malcata tem bons arruamentos no povoado. Aos poucos os caminhos de terra batida foram substituídos por calçadas em pedra. Quem se recorda da Rua do Carvalhão, da Rua da Fonte Velha, da Rua da Escola Primária, da Rua da Tapadinha, Rua do Cabeço ou o Bêco da Tapada, Bêco da Courela, etc, etc.  Agora são ruas sem terra, lama ou pó, mas são pedras pouco polidas porque em Malcata são cada vez menos pessoas e animais a caminhar pelas calçadas. A Junta de Freguesia acabou de calcetar a Rua da Capela. Uma obra “negociada entre a Tecneira e a Junta de Freguesia por contrapartida da ampliação do parque eólico” como muito bem está anunciado no local da empreitada.
   Olhando para as ruas e em particular para a Rua da Capela acabadinha de arranjar, interrogo-me se  Malcata precisava realmente desta beneficiação! O que falta mesmo em Malcata? Mais calçadas novas ou empregos para quem vive na terra? É claro que todos apreciamos e gostamos de viver numa aldeia com bons arruamentos e uma boa estrada. E isso Malcata já possui, graças ao bom trabalho já desenvolvido. Mas, EMPREGO ajudaria muito mais as pessoas a manterem-se na nossa aldeia. Como já referi, a obra da Rua da Capela vem facilitar a ida até à Capela de São Domingos, ou até ao moinho de água. Mas, dou comigo a pensar que talvez este dinheiro das contrapartidas da ampliação do parque eólico poderia ser melhor aplicado na criação de empregos. Por exemplo, apostando na pastorícia, na carne de cabrito, na apicultura. Outro exemplo, poderia ser na ajuda à instalação de um bom Restaurante aquele malcatenho que quisesse voltar à terra, que após muitos anos lá por fora, onde fez dinheiro e deseja voltar mas a quem lhe falta apoio e incentivo para investir na sua terra…temos a Floresta que também é uma área com grande potencial de criação de emprego. Isto sim seria uma boa aposta e um bom investimento do dinheiro das contrapartidas recebidas, uma aposta no desenvolvimento de Malcata e que traria mais bem estar e mais futuro a toda a comunidade. Sem pessoas as ruas não servem para nada. Se em Malcata não se potenciar a fixação de pessoas através da criação de empregos as ruas serão calçadas sem sentido.