09 julho 2018

MALCATA SEGURA-PESSOAS SEGURAS?





   “Aldeia Segura-Pessoas Seguras” é um programa que foi aprovado pelo governo português e está orientado para as aldeias que corram risco de incêndios florestais.
   São as Juntas de Freguesia que têm a responsabilidade de identificar os locais para servirem de abrigo ou refúgio, que é para onde as pessoas da aldeia devem ir em caso de incêndio.
   Li hoje no Boletim Municipal que no passado dia 4 de Maio, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Sabugal, tinha sido apresentado este programa. Nessa apresentação estiveram presentes diversas individualidades a representar diversas entidades dos concelhos do Sabugal, Almeida e Guarda.
   Desde a apresentação até hoje, que eu tenha informação, não foi realizado qualquer exercício prático simulando uma situação real. E a pergunta que tenho para fazer é esta: Quem é o “Oficial de Segurança” da aldeia de Malcata? Como sabemos, a nossa aldeia é uma parte integrante da Reserva Natural da Serra da Malcata. À volta da povoação existe muita floresta, muitos terrenos com matos. Felizmente que muitos dos proprietários de terrenos florestais estão a cumprir as normas da lei e tomaram a peito a limpeza dos seus terrenos. E aqui temos que enaltecer o trabalho da equipa de sapadores florestais de Malcata, pois com as ferramentas que têm, mais não podem fazer. Sei que a Junta de Freguesia tem-se preocupado com que todos os terrenos sejam limpos. Também sei que não se têm poupado a esforços para que os donos das terras ainda por limpar que o devem fazer. Não sei se o município, para além daquela apresentação oficial do programa “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” fez mais. O que eu também sei, depois de consultar na página da Câmara Municipal do Sabugal, o PMEPC (Plano Municipal Emergência e Proteção Civil, muitos dados estão desactualizados, nomeadamente os nomes dos presidentes das juntas de freguesia.
   A informação e sensibilização das pessoas deve ser bem-feita e não basta meter nas caixas de correio o folheto com conselhos. É preciso mais…para que todos saibam o que fazer numa situação de incêndio florestal e outras calamidades. Não deixem que as tragédias aconteçam por falta de prevenção, preparação, de co-responsabilidade do poder autárquico e de cada cidadão.




PMEPC do Sabugal por actualizar( pelo menos na net está!)





04 julho 2018

MALCATA: COM FAMA MAS SEM PROVEITO

                                           
                                             
                                                  SENTADOS NA PRAÇA DO ROSSIO

  

    
A aldeia de Malcata mantém-se no mesmo lugar e a serra lá continua a proteger o povoado. A tranquilidade que se vive nesta aldeia, apesar das eólicas, convida os visitantes a olhar para a paisagem e dali não sair até ao cair da noite. Ao entrar na aldeia os nossos olhares focam-se nas curvas da Serra da Malcata, nas eólicas e no azul da água que enche a albufeira da barragem e em cujas profundezas moram moinhos, lameiros, ponte velha e o nicho da Senhora dos Caminhos.
   O coração de Malcata é um lugar com história e muitas histórias, conversas de rua e de café, de ver quem passa e falar de fulano e sicrano, de cartas e jogos tradicionais, de comércios e de festas, de água fresca e sol e sombra. Para uns é o Rossio, para outros é a Torrinha. E quem olhar para a torre do relógio, ali presente desde 1959, fixar o olhar na pequena pedra em mármore, uns palmos abaixo do painel de azulejos, ao ler Praça do Rossio, não tem que se preocupar porque dos três nomes qualquer deles está bem.
  
José Nunes Martins
josnumar@gmail.com

02 julho 2018

FARMÁCIAS DO SABUGAL COM SERVIÇO DE DISPONIBILIDADE

Farmácias do Sabugal  com Serviço de Disponibilidade até 7 de Julho 2018


   Carolina Maria Ferreira dos Santos Mosca, apresentou uma petição individual, dirigida ao Presidente da Assembleia da República, na qual dava conta das “muitas e difíceis situações e opções que os utentes são obrigados a tomar por imperativos económicos e sociais”. Noutro ponto da sua petição, Carolina chama a atenção para a importância de se “dar a conhecer o poder de compra do concelho do Sabugal”, tendo em conta as alterações e obrigações que têm as farmácias.
    Desconheço se esta petição já foi aceite para que os deputados se pronunciarem sobre o assunto. Este acto de cidadania proactiva tem que merecer o nosso apoio e o nosso agradecimento à sua autora.
    Tudo isto para trazer até aos sabugalenses o tema dos horários das farmácias no nosso país, em especial as farmácias do concelho do Sabugal. As alterações que foram feitas levaram ao encerramento das farmácias durante a noite, deixou de haver a “Farmácia de Serviço Permanente” e passámos ao regime de “Disponibilidade” em municípios com pouca população, como o nosso concelho. Ou seja, às noites a farmácia que está com o serviço de “Disponibilidade” assegura o atendimento de situações urgentes e avia as receitas médicas por chamada telefónica, para um número que é afixado na porta da farmácia.
   Portanto, quando algum de vós precisar de aviar uma receita depois das 20:00 nas farmácias do concelho do Sabugal, se tiver internet consulte primeiro, por exemplo,
aqui: http://www.atlasdasaude.pt/farmacias-de-servico?field_typo_tid=4044&field_data_servi_o_value%5Bvalue%5D%5Bdate%5D=&shs_term_node_tid_depth=48483&page
 Ou então dirijam-se a uma das farmácias mais perto e depois de verificar qual a farmácia que está a assegurar o serviço “Disponibilidade”, com telemóvel ou do telefone fixo, ligar e aguardar que do outro lado da rede ou da linha lhes digam o que fazer para aviar a receita médica. Para que não desespere, aconselho levar dinheiro, a receita a aviar, um telemóvel com saldo ou conhecer um local com telefone fixo.
    E assim vai o nosso país.
   
    José Nunes Martins
www.josnumar@gmail.com

30 junho 2018

APRENDAMOS A BEM RECEBER

   Quando passamos a nova ponte, damos de caras com uma placa indicativa da existência na nossa aldeia uma creche infantil, uma escola primária, uma queijaria tradicional. Todos os habitantes em Malcata sabem que isso já não existe. Sabem porque vivem na aldeia ou porque lá vão muitas vezes durante o ano.
   O problema coloca-se para todos aqueles que vão a Malcata e não conhecem a aldeia, a região e que facilmente podem ser levados ao engano, sempre que lerem aquelas placas. Por exemplo: Jardim de Infância, Queijaria Artesanal, Escola Primária e a mais visível com o   erro “BENVINDOS” em vez de Bem Vindos!
   E verifico que as minhas chamadas de atenção quanto aos erros que esta placa possui, nada têm adiantado e continuam a manter-se os mesmos erros, a mesma informação errada e sinceramente, será que não há mais gente a preocupar-se com esta situação?
Desejo muito sinceramente que a placa seja retirada e substituída por outra sem erros, com a informação certa e actualizada.

José Nunes Martins
www.josnumar@gmail.com

20 maio 2018

MALCATA: TEMOS VALOR


 
                 SOMOS TODOS POR MALCATA
   Desde que entrei para lá, já estive muitas vezes ao lado deles, sentado à sua frente, eles em cima do palco e eu na cadeira da plateia, eles a fazer as coisas que sabem e gostam e eu também a escutar e a assimilar os seus conhecimentos e a aprender com os seus ensinamentos. Às vezes, em certas e importantes ocasiões, tive oportunidade de os fotografar para memórias futuras e também por gostar de fotografar a nossa vida.
   Muitas vezes a distância que nos separa não parece existir nas nossas conversas, graças ao uso de ferramentas tecnológicas até parece que estamos no mesmo sítio. É apenas uma sensação, pois na realidade estamos separados por centenas de quilómetros, serras e até oceanos. É sempre bom quando conseguimos encontrar-nos sentados no primeiro andar, sentados na mesma mesa da associação, na esplanada do café ou até ao lado e na mesma mesa das reuniões da junta de freguesia da aldeia, para trabalhar, escutar, responder, decidir acções para o bem comum.
   Durante este tempo e já são anos, tenho uma relação mais próxima com uma dessas pessoas, sei que outras nos seguem atentamente e disso nos têm dado conta, ao invés de quem vive neste jardim à beira-mar plantado.    Levamos tantos minutos de conversa, via telemóvel e troca de e-mail’s, que já lhe perdi a contagem do tempo. Desta troca de palavras fiquei a saber muito sobre ele e ele sobre mim e sabemos os dois o que cada um de nós deseja para os próximos tempos. O tema das nossas conversas tem um assunto comum a todos nós: Malcata.
  
Há alguns assuntos que ao conversar um com o outro, ajudamo-nos um ao outro, num clima de abertura mental, tranquila e que nos dá energias para continuar a trabalhar. Às vezes os resultados do nosso trabalho não alcançam os resultados ambicionados, mas graças à nossa forma de estar e sentir e à nossa crença e ajuda mútua, conseguimos levantar a cabeça e retomar o caminho. Nesta relação de trabalho associativo, mesmo sabendo que algumas vezes não estamos de acordo, em que os outros elementos também não, sabendo todos que não somos deuses divinos e portanto como acontece em qualquer relacionamento de trabalho, seja trabalho profissional, vida conjugal ou assuntos do associativismo, por vezes, também discordamos uns dos outros e às vezes até ficamos sentidos e magoados. E por vezes ficamos com aquela espinha atravessada na garganta e não somos capazes de logo ali expressar a nossa opinião.
   Associação viva é uma entidade activa, dinâmica, com agenda escrita e actividades marcadas para cada ano, recorrendo, sempre que for necessário,
aos apoios externos e internos. É com esta flexibilidade de acção que as entidades públicas e associativas melhor se conseguem encaixar na comunidade onde trabalham e na sociedade em geral, não esquecendo que também por causa do associativismo e da acção das associações, as nossas famílias, muitas vezes, acabam por vir de arrasto e ao sabor das actividades associativas.
   Alegra-me e deixa-me feliz quando estou próximo de pessoas que até me são algo familiares, nasceram na mesma aldeia ou muito perto, em quem confio e deposito confiança. São elas que muitas vezes me animam e encorajam a enfrentar as tempestades e as ameaças de gente que não quer mudar e não gosta daquelas que têm opiniões, ideias e gostos diferentes. Mesmo que essa ideia ou opinião possa ser melhor, boa e viável na sua aplicação.  
   A mim o que me faz continuar a trabalhar no associativismo é reconhecer e ter a minha convicção que o presidente é pessoa de bem, sabe trabalhar as matérias, sabe que é importante ser pró-activo, ser bom estratega, sabe como trabalhar bem os assuntos e como dá-los a conhecer aos decisores e sabe que o seu know how, a sua experiência profissional beneficia e credibiliza muitos dos projectos em curso.
   Já é tempo de as entidades e instituições do nosso concelho e da nossa terra se interessarem, desinteressadamente, pela vida de toda a comunidade, pela vida do povo. Valorizar e saber reconhecer o trabalho técnico de pessoas como esta a que me refiro, pessoa com inteligência, técnicas adquiridas, aplicadas na prática e com resultados económicos elevados, graças ao trabalho da concepção, administração e acompanhamento e liderança.
   Tomaram muitas terras ter na sua comunidade pessoas assim. Em Malcata a comunidade tem essa pessoa e todas as instituições, caso considerem que é importante o trabalho e actividades das instituições que dirigem, que há entre nós pessoas com saber e vontade de trabalhar, a vida das instituições associativas, empresariais ou junta de freguesia, ao aceitar a colaboração, o trabalho ficaria mais produtivo, menos cansativo, mais eficaz e mais aliciante. Mais: as energias e sinergias à disposição, aumentariam a potência para colocar em marcha projectos importantes e necessários para alcançar uma melhor qualidade de vida de todos os malcatenhos.
   Está para breve um evento a realizar na nossa aldeia. A reunião com a Junta de Freguesia, que foi solicitada pela AMCF, teve como resultado o apoio e concordância da autarquia ao concurso floral a realizar em breve na nossa aldeia. Foi um avanço e um reconhecer da importância e do aumento de entusiamo e maiores ganhos para a freguesia, quando de ambos os lados existe abertura, compreensão e colaboração nas actividades e nas relações institucionais. O trabalho, a persistência, a partilha de ideias e projectos, partiu da iniciativa do presidente da AMCF, a quem acompanhei nessa reunião e disso vos deixo aqui o meu testemunho.
   Todos queremos o mesmo.
   Reconhecer que o importante é todos estarmos mais perto e unidos naquilo que é importante para Malcata, para a autarquia, para as associações, onde se inclui a paróquia, é um passo grande e não pode ser de outra forma porque todos trabalhamos para o bem da comunidade malcatenha.
    Termino com o meu agradecimento pessoal aos membros da direção da AMCF, destacando três pessoas importantes para mim: Rui Chamusco, José Escada e José Lucas.