Mensagens

MALCATA: QUE FUTURO?

Imagem
   O malcatense  tem tanto amor à sua terra que é bem capaz de defender as suas leiras até à morte. Estes últimos anos, principalmente nos meses de Verão, a Repartição de Finanças do Sabugal  fica atulhada com as  pessoas à procura do que lhes pertence.    A predominância de uma agricultura de minifúndio e as dificuldades de comunicação com os grandes centros do país, forjaram o carácter individualista dos habitantes da aldeia. Ainda hoje, tentam por todos os meios, bastar-se a si próprios e cultivam tudo aquilo que precisam para o seu sustento. O desconhecimento de melhores condições de vida, de cultivar a terra, faz com que se considerem ricos com o pouco que têm. Todos têm casa própria e a regra hoje é cada um ter um tractor e as respectivas alfaias e ferramentas. Já não há juntas de vacas, nem sequer uma vaca leiteira. O tractor substituiu a força animal e na aldeia vêem-se mais tractores do que os necessários para o trabalho. Apesar do regresso de alguns emigrantes, a acelerada

A PRAÇA NÃO ASSINALADA

Imagem
Os taxistas da Praça de Táxis do Sabugal no Largo  da  Fonte,   ainda não trabalham em harmonia e o clima continua crispado. Tudo por causa da não existência de um sistema de chegada e saída  dos  táxis   da  dita praça. Ao contrário da maioria das outras praças de táxis do país e do Regulamento Municipal do Transporte Público e Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros – Transporte em Táxi, a praça do Sabugal  não possui os locais destinados ao estacionamento dos oito táxis “devidamente assinalados através de sinalização horizontal e vertical” ( Artº8, nº3).  Ora, para mim, os locais não estão devidamente assinalados porque, apesar da sinalização existir, não permite uma clara definição de qual é o táxi que está primeiro. Ou seja, se repararem bem, o estacionamento das viaturas não é feito em fila. Portanto , os passageiros quando chegam à praça dos táxis não conseguem saber quem está primeiro para sair. Observem algumas fotografias de outras praças de táxis em Portugal e vejam a

ELAS ACONTECEM A TODOS

Imagem
       Os acontecimentos, uns bons e outros maus, têm sempre uma mensagem a que devemos prestar atenção e reflectir sobre os ensinamentos que essas ocorrências trazem para a nossa vida.    Há umas semanas atrás parti o pé direito. O pé partido não me tem permitido grandes movimentos, mesmo dentro de casa, mas trouxe algumas vantagens. Começou por me obrigar a ficar em casa, de baixa, posso dizer que não é uma vantagem, mas pensei que seria uma oportunidade que tinha nas mãos para ordenar as minhas ideias e os meus pensamentos, uma vez que ultimamente pareciam andar um bocado à deriva na minha vida.    O meu pé partido ensinou-me que o dia de hoje pode não ser o mesmo amanhã. Hoje estamos a trabalhar, amanhã não sabemos onde e o que estaremos a fazer. Entendi que apesar de necessitar de trabalhar e de exercer a função de auxiliar de acção médica com paixão e dedicação num hospital, há mais vida do que a que vemos no nosso quotidiano. Quando parti o pé só me preocupei com o facto de n

A IMPORTÂNCIA DA FACE

O regresso às aulas Publicou o Jornal de Notícias mais uma crónica escrita pelo ilustre escritor e jornalista sabugalense, Manuel António Pina. Mais uma vez acertou na face daqueles  se consideram trabalhadores exemplares, mesmo qunado espiam colegas, esquecendo os defeitos dos seus cérebros. "A TAP convocou nove pilotos para um "curso de ética" alegadamente por estes terem mantido no Facebook um diálogo privado em que terão abordado assuntos relacionados com a empresa. Para o Sindicato dos Pilotos, tal curso, que envolverá custos elevados, visa apenas humilhar e intimidar os referidos pilotos. A medida abre, porém, perspectivas estimulantes e não parece, por isso, uma ideia má de todo. Assim, pode ser que, agora, quando os gestores da TAP se atribuírem chorudos prémios e contemplarem com viaturas topo de gama apesar da situação deficitária da companhia, sejam chamados a frequentar um curso rápido, já não digo de gestão, mas tão só de economia doméstica; que, quand

O PODER DOS CIDADÃOS RESPONSÁVEIS E SÉRIOS DO CONCELHO DO SABUGAL

Imagem
O http://www.autarquias.org/   oferece aos cidadãos a possibilidade de alertar os municípios para as mais variadas situações , desde lixos na via pública, postes de iluminação que não funcionam, buracos na via pública, equipamento danificado, problema nos abastecimentos, ou outros tipos de problemas, que muitas vezes as Câmaras Municipais não têm conhecimento. Os cidadãos podem acompanhar as respostas das autarquias aos alertas , aos pedidos e aos debates apresentados por outros cidadãos, bem como participar nesses mesmos temas adicionando comentários. Ora, aqui está uma boa oportunidade para, com seriedade e responsabilidade, alertar a Câmara Municipal do Sabugal daquelas situações que nos incomodam ou que sentimos não estar bem e desejríamos ver resolvidas. O nosso alerta pode muito bem evitar aquelas desculpas dadas muitas vezes pelas autarquias de que "não temos conhecimento da situação" ou "ninguém nos avisou". E como no "autarquias.org" h

MÃE

O Teu Rosto Mãe O teu rosto, mãe, dava-me Esperança O teu rosto, mãe, era de uma Santa. Ainda que o espaço nos separe, Ainda que a vida se acabou ... O teu rosto, mãe, é harmonia O teu rosto, mãe, dá-me alegria. Ainda que de ti me afastei, Ainda que o perigo me persiga... És mãe, sempre mãe, és mãe, minha mãe...

A MINHA RUA

Imagem
Durante muitos anos o mundo para mim acabava no Sabugal. Fui crescendo e descobri que se queria continuar os estudos tinha que descobrir outro mundo. Esqueci a minha rua e parti à procura do outro mundo. E de facto encontrei outro Mundo. O outro Mundo é tão grande que me perdi nele e  nunca mais vivi na minha rua. Mas sinto saudades da minha rua. É que a minha rua não era só o chão de terra batida, o muro de pedra, os três enormes carvalhos e as casas em volta. A minha rua era muito mais do que isso. Hoje já não vive lá o carpinteiro que fazia os carros de vacas, as grades para alisar a terra e as janelas de madeira para as casas. Os sapatos deixaram de ser arranjados pelo Ti Quim e também já não vai com a sua mulher, a Ti Rosa, levar o centeio e o trigo ao moinho de água. Hoje, não há moleiros e os moinhos jazem na água da barragem. Hoje a minha rua já não é a mesma, até o nome lhe tiraram. Eu conhecia-a por Rua do Carvalhão e os três carvalhos serviam de testemunho. Agora, di