20 novembro 2009

MALCATA SERÁ O NOME DO PRÓXIMO LINCE A CHEGAR A PORTUGAL?

Azahar já cá está e agora acompanhado pelos amigos Erica, Daman, Ébano, Espiga, Enebro,Erra,Fado, Fresco, Fresa...já só falta que baptizem o próximo com o nome "Malcata". Porque não?


19 novembro 2009

HÁ COGUMELOS QUE MATAM


   OS COGUMELOS SILVESTRES MATAM
   Continuando a escrever sobre cogumelos, hoje o Jornal de Notícias publica a opinião do Dr.Linhares Furtado e podemos ficar a saber que segundo ele que "os cogumelos venenosos podem provocar uma hepatite aguda, que dá origem a uma insuficiência hepática de tal modo grave que, por vezes, é impossível salvar os doentes. Ou há a oportunidade de transplantar imediatamente as vítimas - o que não é assim tão fácil, porque não há dadores de fígado ao dobrar da esquina e as compatibilidades dificultam ainda mais os transplantes - ou elas morrem. Apesar de tudo, ainda há muitos doentes que escapam com vida apenas com tratamentos médicos.
   É por isso que eu só como cogumelos de cultivo e nunca silvestres. Não arrisco, porque sei que os cogumelos venenosos não só danificam o fígado, como, por vezes, danificam de forma tragicamente irreverssível, todos os orgãos que estão à volta. As pessoas têm de ser mais responsáveis, mais ponderadas e não devem dar tiros no escuro".

   Ora aqui temos um bom conselho. Se o senhor António Pires, de 80 anos e a sua mulher Maria tivessem tido mais cuidado com os cogumelos silvestres que foram apanhar e os cozinharam para comer no sábado ao jantar, talvez eles e família evitassem o sofrimento e a morte.
   "Os meus pais sempre comeram cogumelos, desta vez alguma coisa correu mal"
   "O tacho ainda estava em cima da mesa" 
   Foi assim que o filho deste casal comentou o trágico desfecho dos seus pais. E a minha mãe, que todos os anos ia apanhar cogumelos e com tanto cuidado e carinho os arranjava para quando eu fosse à aldeia os trazer para a minha casa. De facto são saborosos, são algo de especial...mas acho que agora vou seguir o conselho do doutor Linhares Furtado.

OS MÍSCAROS DOS DEUSES


A tradição de comer cogumelos silvestres já vem de muito longe. Por toda a Beira Interior e claro na aldeia de Malcata as pessoas da aldeia rebuscam todos os pinhais e campos em busca destes "camarões" do campo.
Realizou-se há bem pouco tempo nos Fóios uma Jornada Micológica. Os participantes para além de apanharem os cogumelos, com a ajuda do engenheiro Gravito, aprenderam a melhor forma de os apanhar e deixar aqueles que são tóxicos para a saúde humana.
Aos cogumelos silvestres muitos chamam também "míscaros", sendo o miscaro amarelo um dos mais apanhados e consumidos.
Em Espanha este cogumelo conhecido pelo nome de Tricholoma Equestre, passou a ser proibida a sua apanha e a sua comercialização. Em Portugal, segundo as palavras do Engº.Gravito, está quase pronta a legislação que vai também proibir o seu consumo por humanos. As razões desta medida são as de que é um cogumelo, quando consumido ao longo de muitos anos e muitas vezes, pode ser venenoso, pois, os efeitos maléficos podem até só manifestarem-se ao fim de uma vintena de anos...e acredita-se que às vezes não se associam as mortes humanas ao consumo deste cogumelo por causa desta particularidade ser tão espalhada no tempo.

Tricholoma Eqestre ( Míscaro amarelo )
Esta informação não deve ser ignorada e como medida cautelar, desaconselha-se o seu consumo. Mas caso tenha consumido cogumelos e se sinta mal, não deve hesitar e contactar o Centro de Informação Anti-venenos:
 Clicar em cima da imagem para ler melhor


CIV ( Centro Informação Anti-Venenos )
   É que quem consome cogumelos tem de ter em conta que existem algumas espécies que só se consomem uma vez na vida...porque depois da primeira vez já não está vivo para repetir a dose.
   Infelizmente, em Portugal as mortes causadas pelo consumo de cogumelos venenosos é uma realidade. Leia esta notícia vinda na comunicação social:

   Os cogumelos são, apesar de tudo, um alimento natural, um excelente produto de culinária e quem desejar saber algumas receitas aqui deixo um sítio seguro e interessante:


Chefe Valdir Lubave

Ainda a propósito da Jornada Micológica dos Fóios, aqui publico algumas fotografias do evento que contou com a participação de cerca de 70 pessoas, estando também esta gente de Malcata:


















José Manuel Campos satisfeito com a iniciativa
   Foi um sábado diferente!

14 novembro 2009

BOM EXEMPLO A SEGUIR


      Casa na Rua do Meio, nº2 que foi restaurada e agora tem uma apresentação bem melhor.

10 novembro 2009

MALCATA: AINDA HÁ SONHOS?


Este pequeno filme mostra uma aldeia, as suas ruas,a serra que lhe deu o nome, das pessoas que ainda lá vivem durante todo o ano. Também revela a "outra" aldeia durante o mês de Agosto, com muita gente que aqui vem passar as suas férias. O Tempo não pára de avançar e os anos transformam as pessoas e as coisas e o passado vai-se esquecendo porque o presente ocupa-nos o dia a noite. Começo a ficar preocupado com a aldeia onde nasci. A vida mudou e muito. As ruas estão calcetadas e limpas. Na minha infância não havia rua que não tivesse vestígios da passagem das juntas de vacas, dos rebanhos de cabras e ovelhas e das galinhas em plena liberdade pela rua. Ainda me recordo daquela tarde de Verão em que uma patrulha da Guarda Republicana multou a Ti Ana por causa das galinhas que andavam na rua. Agora, galinhas com essa liberdade, só conheço as da Ascenção e coitadas, ficam encerradas no galinheiro sempre que levo os meus cães quando vou visitar o meu pai.
O Mundo continua redondo e Malcata continua a ser aquela aldeia perdida e esquecida pelos empreendedores deste país. Ah, se os sonhadores, soubessem o valor que tem Malcata, saberiam onde realizar os seus sonhos e ganhar uma vida de felicidade. Venham, visitem a aldeia, subam até ao cimo da Serra da Malcata e sonhem de olhos abertos ao mesmo tempo que observam o reflexo do sol nas águas tranquilas que a nascente do Côa vai levando até à albufeira da barragem. Se os olhos gostam...se os ouvidos gostam...se o nariz gosta...é porque vale a pena ocupar assim o pensamento.