27 julho 2008
A LEI E AS COLMEIAS
Armando Barata, bancário reformado, tem uma quinta na Vela, no concelho da Guarda. Do seu pai herdou o gosto pelas abelhas e desde pequeno consome mel em casa. Por capricho, disse ele ao Jornal A Guarda, lá vai conseguindo manter as cinco colmeias que possui na dita quinta.
Há dias teve que ir a Lisboa, claro que as abelhas tiveram que ficar a trabalhar para o mel. Só que desta vez foram visitadas por uma patrulha da GNR e como não entenderam as razões desta inesperada visita, a GNR teve que regressar ao quartel sem resposta. Uns dias depois, o senhor Armando regressou e claro, ficou ao corrente de tudo. Tratou da papelada que não sabia ser assim tão necessária para que o mel das suas colmeias fosse por si comido. Se tinha que registar as colmeias, pois que assim seja.Mas o seu pai nunca lhe ensinou nem lhe falou dessa coisa da Lei da Apicultura, muito menos em registar o início da actividade apícula...o mel era comido em casa.
Só que a GNR já tinha escrito e deu andamento ao processo de contra-ordenação. O carteiro deixou-lhe a dita cuja e agora aguarda o desfecho da história.
O que aconteceu ao Sr.António Barata pode muito bem suceder a alguns agricultores em Malcata. Como este senhor, muitos tinham e alguns continuam a ter uns cortiços que anualmente forneceam o mel lá para casa. E que bom que é esse mel!
Mas leiam a notícia do jornal A Guarda e aprendam alguma coisa. Como já devem saber, a Lei muitas vezes é cega, surda e é só para alguns arrecadarem a percentagem das coimas.
Jornal A Guarda - 24-07-2008 - Actualidade - Apicultor descontente com actuação da GNR
24 julho 2008
PESSOAS TORTAS COM DIREITOS A MAIS
Hoje ando revoltado com meio mundo. Às vezes tenho pena de não ser dono de um canal de televisão ou de uma estação de rádio. O que anda a acontecer está a dar-me uma volta no meu interior que só me dá vontade de vociferar e pegar numa corneta e causar aos nossos governantes uma daquelas enxaquecas que nem o escuro e o silêncio faz aliviar.
Acontecem coisas no meu país que não deviam acontecer. Enquanto há pessoas que usufruem de subsídios estatais como seja o Rendimento de Inserção Social ( Rendimento Mínimo Garantido ), têm casas taxadas com rendas de quatro euros mensais ( mas que nunca pagaram ), com dívidas de água no valor de 145 mil euros, provávelmente passar-se-á o mesmo com a luz e com telemóveis, não digo telefone, porque isso já não usam e eles gostam de liberdade de movimentos. Têm as suas casas mobiladas, possuem máquinas de lavar roupa, televisores de plasma, leitores de dvd, playstation para os filhos brincarem, provávelmente deslocam-se de mercedes ou passat's e não deixam de beber a sua imperialzita e de fumar o seu malboro. Para viverem em segurança e talvez para que a Segurança Social os não incomodem, dormem de arma ao lado para o que der e vier.
No mesmo país e não muito longe do sítio onde esta gente vive e que não quer continuar a viver, é encontrado um homem de meia idade, sem nome, sem vida, sem parte da perna direita, dentro de um apartamento da Póvoa de Santo Adrião, o mesmo concelho de Loures. Foi o cheiro a cadáver que alertou os vizinhos e ao lado do corpo humano permanecia o seu fiel amigo que depois foi entregue à Câmara de Loures para ser abatido. Será que o animal foi o culpado da morte do seu dono? Ou apenas sentiu que não devia abandonar aquele que sempre lhe passou a mão pelo pêlo e com ele, porque não havia mais ninguém, partilhou as suas angústias, os seus medos, as suas alegrias e os seus sonhos? O cão foi o único que sabia e soube estar onde devia estar e só não acompanhou o seu dono porque o encontraram a tempo. Mas o animal merecia outro destino e não aquele que, geralmente, nestes casos, os humanos crús e secos pensam.
Mas a via sacra não acaba aqui. Em pleno centro da cidade do Porto, a D.Guidinha, já com 95 anos, reformada, com uma pensão de 400 euros, foi encontrada, já cadáver, no meio das suas coisas. A sua cabeça já estava cansada e às vezes chateava os vizinhos. O sr.Américo, o merceeiro da D.Guidinha, dizia que não foi por falta de dinheiro, pois, sempre lhe vendeu o leite, o pão de forma, os iogurtes e umas bolachinhas. Diz ele que a D.Guidinha necessitava era da Segurança Social, para onde ele e os vizinhos, tantas vezes telefonaram e escreveram, mas apoios concretos nunca os viram, apenas promessas de o problema ser solucionado assim que possível.
Agora a Segurança Social fica mais rica. Pode continuar a distribuir os subsídios aos senhores necessitados do bairro de Loures ou do Porto ou do Japão. Para o senhor da Póvoa de Santo Adrião e para a D.Margarida Correia da Silva(D.Guidinha, para os vizinhos) já não faz falta nenhuma, muito menos para o cão que sofreu com a morte do dono.
Compreendem, agora, a minha revolta?
Com certeza que no concelho do Sabugal também vivem pessoas na mesma situação da D.Guidinha e do homem de meia idade. Estarão também fora da lista de pessoas referenciadas pela assistência social? Quem conhecer situações destas, por favor, denunciem-nas a toda a gente e a todas as televisões. Porque não basta esperar pela solução "normal" dos técnicos e técnicas que têm como missão transformar vidas tristes, sós e oprimidas em pessoas, em seres humanos que ainda têm o direito à Vida.
21 julho 2008
FLAGRANTES...E ESTA HEM!
São dois "ícones"que podem ser admirados em Malcata. Quem sabe onde estão localizados? Vá, vamos lá andar de olhos bem abertos e descobrir o local onde estas duas fotografias foram tiradas. Vou dar algumas pistas:
-a lata da foto nº1 em dias de festa, principalmente durante o mês de Agosto, não dorme com tanto barulho à sua volta.
-o pilar é testemunho da grandiosidade da família que habita neste local e a água da barragem ali tão perto!
O desafio está lançado e aguardo respostas.
16 julho 2008
OLHOS DE LINCE
Tomás de Montemor escreve semanalmente na revista "Notícias Magazine". Mais uma vez voltou a escrever sobre o lince da Malcata. Eis o seu olho de lince :
"...Ken Henry é um australiano
com um cargo equivalente ao nosso director geral dos impostos, que pediu folga nos dias em que se preparavam umas reuniões importantes sobre o estado da economia australiana. A história não teria muito de insólito, não fossem as férias para o senhor foi tratar de 115 marsupiais (wombats) que estão em vias de extinção. Eu ficaria muito orgulhoso se o ministro Teixeira dos Santos pedisse uns dias para ir garantir a sobrevivência do nosso lince!"
in "Notícias Magazine,nº842,página 74 de 13/07/2008
Os marsupiais são mamíferos, vivem actualmente na região australiana e nas américas. Muitos estão ameaçados ou em perigo de extinção. Os mais conhecidos são o coala(Koala) e o cangúru. Há uma lista de 100 espécies ameaçadas. A destruição do habitat, a caça sem regras e o facto de serem animais exóticos com interesses comerciais levaram a esta situação. Ken Henry, um político australiano, faz a sua parte e as suas férias são para ajudar a salvar os marsupiais do seu país.
Os nossos políticos também têm ido para a Reserva da Malcata tratar dos linces...isso só em sonhos.......
12 julho 2008
FESTA DAS ASSOCIAÇÕES DO SABUGAL
O concelho do Sabugal acolhe uma vez mais a Festa da Europa.
De 25 de Julho a 3 de Agosto as Associações vão estar em festa.
Com esta segunda edição pretendemos oferecer aos habitantes do concelho do Sabugal e a todos aqueles que nos visitam mais um motivo de animação e confraternização.
Com o reencontro de muitos emigrantes e migrantes pretende-se com esta segunda edição da Festa da Europa / Associações em Festa promover o convívio de toda a população, fomentando o intercâmbio cultural.
Este ano temos mais um motivo acrescido de interesse e de convívio que ajudará a divulgar o nome do Sabugal e as suas riquezas patrimoniais e gastronómicas.
Venha festejar connosco.
Surpreenda os sentidos!
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E viva a Festa das Associações!
Pelo cartaz das festas, animação não vai faltar. O Sabugal, felizmente, é um concelho com muitas associações desportivas e culturais. A Câmara do Sabugal tem nesta Festa da Europa a oportunidade de dar a conhecer aos sabugalenses a riqueza cultural, gastronómica e as particularidades que cada associação representa. Ao mesmo tempo, é uma oportunidade de mostrar ao país as potencialidades do concelho, o seu povo com os seus usos e costumes tão genuínos e dar a conhecer a Portugal que também amamos as nossas terras. Tenho a certeza de que vamos viver momentos de muita magia e entusiasmo durante este evento. Há que contar também com a ajuda do S.Pedro, a quem já solicitei uma audiência, para interceder junto do Todo Poderoso para que durante os dias da Festa da Europa os raios de sol não faltem.