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O ENFADO NÃO ACONTECE POR ACASO

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O falatório mais ouvido destes últimos nas ruas e cafés é sobre a antena de telemóveis.    “ O problema começa em Novembro, em que a Junta não teve o discernimento de comunicar antecipadamente à população do que iria acontecer “, diz um cidadão, enquanto com a colher de café na mão direita mexe o açúcar que acabou de despejar para dentro da chávena.    Pois, isto de fazer e depois informar trouxe desconforto e perguntas que podiam ser evitadas. É que todos acabamos por participar nessa excitação e o ruído aumenta de intensidade porque, como em qualquer povo das nossas aldeias, as notícias sejam boas ou más, depressa são conhecidas.    É verdade que o assunto das antenas já não é de agora, ou seja, não foi neste início de Fevereiro que os acordos foram conhecidos pela junta de freguesia. Também é verdade que não se trata de um pedido da junta para que a NOS instale a antena em Malcata e nem tão pouco da Câmara Municipal do Sabugal. Duvidam? Então informem-se na Anacom e pergu

TODOS OS PROBLEMAS TÊM SOLUÇÃO

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      Quando a Junta de Freguesia toma uma decisão, como esta da instalação da antena, devia ter a consciência das outras decisões que podiam ser tomadas em alternativa?    A actuação da Junta de Freguesia, neste caso concreto das antenas, ao não reconhecer que errou e lançar as culpas para os cidadãos que se opuseram e à AMCF, a quem alguns malcatenhos pediram ajuda, só vem provar a falta de capacidade de diálogo com as pessoas que, sendo malcatenhos como os outros que não se manifestam, não sabem e nada querem saber, que pensam que como vivem fora da aldeia, não têm que se meter nas coisas que vão acontecendo em Malcata, pois quem vive dia a dia na terra é que tem voto na matéria e não é nada com os que lá não estão a viver, deixa-me preocupado e triste. Que fique bem claro que eu, José N. Martins, os malcatenhos que se mostraram contra esta decisão da Junta de Freguesia e a AMCF, em particular os membros da direcção, bem como os malcatenhos que através das redes sociais s

ANTENA DE TELECOMUNICAÇÕES AQUI, NÃO!

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No jardim da Junta de Freguesia e ao lado do parque infantil, estão a instalar uma antena de telecomunicações. A poucos minutos de começar a reunião no Salão da Junta de Freguesia de Malcata, onde vão ser prestados esclarecimentos à população sobre a obra de instalação de antena de telecomunicações, cuja obra decorre sem que dela o povo soubesse. Na impossibilidade de estar presente e dada a importância do assunto, quero deixar aqui o texto que tinha preparado para apresentar nessa reunião. Sou a favor de melhores comunicações na nossa aldeia, não concordo é que seja a qualquer preço e em opções económicas que não têm em consideração os valores da saúde, do património, do impacto na paisagem, sem sequer analisar outras soluções mais favoráveis para todos e salvaguardando os interesses de todos. SOMOS MALCATA

VALE A PENA PENSAR NO PRESENTE E LUTAR PELO FUTURO

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   Agostinho da Silva, filósofo, um dia contou uma história, aí pelos anos 60, passada numa aldeia da Serra da Malcata e havia nessa aldeia cinco famílias. Três dessas famílias emigraram para a Alemanha e a França, sem saberem a língua, com os costumes rurais que tinham, a mentalidade da Nossa Senhora de Fátima, mas tiveram a ousadia e a coragem de irem a salto para esses dois países europeus. Quando mais tarde regressaram triunfantes, com uma família, um carro, uma casa, quem dominava a aldeia? Aqueles que não tiveram a coragem de partir. Dominavam a sacristia, o comércio, a serração de madeira e também   a junta de freguesia.     Malcata é um pouco isso. As pessoas corajosas e ousadas são as que partem. Ficam na aldeia, alguns está certo, pois não serão todos, os que não têm coragem de partir, mas que desejam partir, ou seja, não têm coragem de mudar, de inovar. E que bom seria que os que partiram e tiveram a coragem de aprender e inovar fossem audazes e ajudassem os malcaten

ISABEL MARTINS E A ARTE DO BRACEJO EM MALCATA

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Isabel Martins e as suas criações em bracejo (Foto do Jornal Cinco Quinas)    Isabel Augusta Martins, natural de Malcata, vive agora entrelaçada com o bracejo e um querer enorme de afirmação pessoal e com o trabalho que vem desenvolvendo na arte de trabalhar o bracejo, uma erva ou pequeno arbusto, se assim lhe podemos chamar, que desde sempre cresceu livremente nas serranias de Malcata. Todos ou quase todos os que hoje temos meio século de vida, nos lembramos das vassouras das nossas avós ou das nossas mães, sabedoras das qualidades do bracejo e da suas aplicações na vida quotidiana da aldeia. O que muitos de nós desconhecemos é que afinal o bracejo tem muitas mais aplicações e que sendo um material natural, quando trabalhado por mãos como as da nossa conterrânea Isabel Martins, não podemos ficar indiferentes a este trabalho e às suas potencialidades económicas.    A Isabel Martins soube agarrar aquela oportunidade lançada pela Câmara Municipal do Sabugal, em colaboração com as Al

O DIA DE ANO NOVO EM MALCATA

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    Quem ainda se lembra dos tiros de caçadeira ou rebentamento de bombas com que os malcatenhos matavam o Ano Velho?     E as borgas para festejar a entrada do ANO NOVO ?     José Rei, no seu livro "Malcata e a Serra", aviva-nos essas tradições de outros tempos:   O Dia de Ano Novo em Malcata    Tenham um BOM ANO e que para o ano corra pelo mesmo cano.