A MORTE É CERTA
“O culto aos mortos deve ser controlado, para não exceder a nossa capacidade emocional e não ficarmos prisioneiros das emoções. A vida é bonita e complexa porque tem no seu âmago ternura, amor, recordações, mas, principalmente, tem muito de imprevisível e inesperado que nos choca, entristece, deslumbra, fazendo-nos sucumbir ante tanto sofrimento. São as frustrações e o sofrimento, consequentes da vida. Por isso, temos que saber viver com sobriedade, gerindo inteligentemente essas emoções. Não devemos ficar deslumbrados e desnorteados com as alegrias ou com as dores, como a borboleta perante a luz. O homem tem a tentação de ser guloso da vida, pensando que será permanentemente adoçado com o torrão de mel que, de vez em quando, a vida lhe proporciona. O ser humano tem de aceitar que terá de suportar dor e amargura, constantes da vida. No cemitério devemos privilegiar o respeito e a meditação para nos tornarmos melhores, ante as memórias benditas que os entes queri