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A VISITA DA SAGRADA FAMÍLIA PELOS LARES DE MALCATA

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 Dª.Armanda mostra a Sagrada Família     Quem não se lembra da visita da “Sagrada Família” de casa em casa? Vem de muito longe a tradição em Malcata, em que as imagens de São José, de Nossa Senhora e do Menino Jesus, devidamente resguardados num pequeno oratório, percorre as casas da aldeia numa verdadeira manifestação de fé.  “No princípio havia só uma imagem. Como muitas pessoas queriam ter a “Sagrada Família”, decidiram comprar outra. Agora uma só imagem dá várias voltas à aldeia porque há menos pessoas que pedem para receber a imagem” revelou a Dª. Armanda, enquanto abria as portinhas do oratório. E continuou dizendo que “habitualmente a permanência da Sagrada Família em cada casa era de 24 horas, mas agora é de 2 dias”, e, no seu percurso, as pessoas vão colocando esmolas num pequeno compartimento. Após ter circulado em todas as habitações, uma zeladora encarrega-se de recolher as ofertas que, por sua vez, as entrega à paróquia para obras de caridade.    Com a popul

MALCATA: OBRAS NA IGREJA MATRIZ

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Interior da Igreja Matriz de Malcata está irreconhecível           Os emigrantes quando chegarem no Verão à aldeia, já vão encontrar a igreja matriz de cara lavada. Para já, o interior da igreja está transformado num emaranhado de ferros e madeiras e todos os altares encontram-se tapados com plásticos negros para ficarem resguardados das poeiras que invadem o espaço.    A população da aldeia não está incomodada pelo facto das cerimónias religiosas estarem a ser realizadas na Capela Mortuária, mesmo ali ao lado da igreja. O povo aplaude as obras de requalificação da igreja, pois, eram necessárias, a começar pelo telhado que precisava de ser mudado. A obra do telhado é mesmo completa, foi retirado o forro velho de madeira azul, retiraram todas as telhas e todas as madeiras. Na última semana de Maio as placas de subtelha já tinham sido colocadas e as novas telhas já aguardavam que os operários as colocassem no seu devido lugar. Novo telhado quase pronto Interior da igre

MALCATA: UMA REGIÃO COM VALOR NATURAL

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Com o Decreto-lei nº 294/81, de 16 de Outubro criou-se a Reserva Parcial da Serra da Malcata( . E com o Decreto-lei nº 384-B/98, de 23 de Setembro criou a ZPE ( Zona de Protecção Especial) para Aves Selvagens da “Serra da Malcata”, integrando a Rede Natura 2000.    Em 1999, foi reclassificada e de Área Protegida passou a Reserva Natural da Serra da Malcata, através do Dec. Regulamentar nº 28/99, de 30 de Novembro, tendo sido também redefinidos os seus limites.    A Serra da Malcata era nos anos 70/80 considerada um dos últimos refúgios naturais em Portugal de fauna e flora e também um dos habitats do Lince Ibérico, espécie em perigo de extinção. E na sequência da campanha nacional da LPN a que chamaram “Salvemos o Lince Ibérico e a Serra da Malcata” a Reserva Natural da Serra da Malcata passou a ser conhecida pelos portugueses e estrangeiros graças ao enorme trabalho de divulgação pela comunicação social. Malcata ( a serra ) deixou de ser ocupada pelas empresas de celulose e

FESTA DA CARQUEJA EM MALCATA

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PROGRAMA 2012    O tempo não pára e a data da festa aproxima-se. Nos dias 19 e 20 de Maio a aldeia de Malcata volta à Serra e por causa da carqueja as pessoas vão divertir-se à brava e rezar a Deus durante a missa campal. Este ano a ACDM ( Associação Cultural e Desportiva de Malcata ) preparou um programa diferente do que apresentou na festa do ano passado. Este ano, a Mostra de Sabores de Malcata vai trazer outro sabor à Festa da Carqueja de Malcata.    Esta festa da carqueja está viva e o sucesso destes últimos anos deve-se à capacidade de inovar e da procura de novas ideias que a ACDM se tem empenhado. Este é um desafio e uma oportunidade de chegar mais longe, de chamar mais pessoas a participar nesta festa.   

ÁGUA QUE ALIMENTA UM POVO

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Todos na aldeia conhecem a Fonte da Torrinha e a água fresca, leve e saborosa que há mais de um século jorra dia e noite nas suas duas bicas. Todos concordam que na aldeia não existe água como aquela. Ainda agora,apesar de haver água canalizada nas casas, muitas pessoas continuam a ir todos os dias a esta fonte encher de água os cântaros de plástico e assim poderem beber e dar de beber desta preciosa água.    Há uns anos não muito distantes, as cantareiras das casas estavam sempre com os cântaros de barro cheios de água desta fonte. Por comodidade e por serem mais leves, ao lado da cantareira, era costume existir uma ou duas cantarinhas, também de barro, para beber água quando havia sede ou então sempre que alguém amigo ou familiar entrava na casa.    Ainda me lembro as filas que se faziam ao fim das tardes dos meses de calor. Vinham da Moita, domCimo da Estrada ou do Cabeço com os cântaros vazios à cabeça e enquanto aguardavam a vez para encher, conversava-se e muitos

MALCATA NO MÊS DE MAIO

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Malcata, terra de encanto e hospitalidade. Com simpatia e singeleza o malcatanho recebe todos os que por lá passam. E não podia ser de outra forma, pois a natureza é um exemplo de beleza e simpatia. Maio é um autêntico raio de luz e as flores da carqueja atraem gente sedenta de ar leve e natural que invade os montes da serra por onde o lince andou, na companhia de coelhos, lobos, raposas, águias e um infindável mundo animal e vegetal.

O GUARDADOR DE CABRAS

   Ti Horácio, pastor de cabras A Primavera traz aos campos da aldeia de Malcata as cores das papoilas, das giestas, do rosmaninho, mas não consegue esconder o mal feito por um Inverno frio e seco.    O sol já quase abalou, está um vento frio e Ti Horácio deita os olhares para a pequena capela de São Domingos, ao mesmo tempo que a mão direita tira a boina da cabeça que uns segundos depois volta a tapar-lhe a cabeça. Continua a sua vida e olha para a nuvem de poeira provocada pelas cabras que regressam do Ozival para casa, depois de um dia inteiro a pastar.    - Nem no Verão elas levantam tanta poeirada! Nem no Verão isto está tão seco! Desabafa o Ti Horácio, um pouco irritado.    As cabras andaram desde manhã nos campos e nos caminhos à cata de mato e pequenas ervas. Mas nem as mais novas tiveram grande sorte e o pastor lança mais um desabafo:    - Ouve João, por esta altura do ano, era para andarem aos saltos além pela serra, a encher o bandulho. Mas este ano, a falta da á