21 janeiro 2008
PRESERVAR O PATRIMÓNIO DE MALCATA
Lembram-se das cangalhas? Agora, com a evolução dos transportes e o desaparecimento quase dos jumentos(burros) poucos das gerações mais novas sabem da existência e da utilidade das cangalhas.
As cangalhas, havia várias maneiras de as construir, mas todas eram colocadas por cima da albarda do animal e serviam para o agricultor transportar os feixes de "ferrem", os feixes de lenha ou de milho. Era colocado um feixe de cada lado de maneira a criar um equilíbrio nos dois lados e muitas vezes, colocavam um terceiro a meio e estava a carga completa. Por cima dos feixes passava-se a "cilha"(dava a volta completa) que se apertava com a ajuda do "arroxo" cujo "arroxar" tinha de ser feito por sabedores. É que uma "cilha" mal apertada podia ter como consequência a queda para o chão da carga que tanto custou a carregar.
As cangalhas da foto encontrei-as assim como as veêm e penso que alguém, por exemplo, a Junta de Freguesia, devia falar com o dono(a) e propor-lhe que as doasse para integrar o espólio de um futuro museu( no antigo forno?) que possa perpetuar as memórias dos nossos antepassados.
E quem diz cangalhas, podemos acrescentar todos os utensílios e alfaias agrícolas que hoje já não se usam, mas os nossos avós, os nossos pais e muitos de nós ainda utilizámos em muitas ocasiões.
AS OBRAS NA ESTRADA DE MALCATA VÃO FINALMENTE A TODO O VAPOR!
Estive em Malcata no dia 19 de Janeiro e pelo que me apercebi vai ser desta que as obras na estrada vão andar mais depressa. Quando me dirigia para a aldeia, pouco depois da "placa" lá andava um grupo de trabalhadores nas obras da estrada.
As imagens retratam as máquinas que neste momento estão prontas a ajudar na conclusão da referida obra. As primeiras estão ao lado do campo de futebol, onde também já há muita brita, areia e terra que serão necessário para a obra e as últimas estão a aguardar junto à serração, antes da "placa" para Malcata.
Oxalá que todo este aparato seja mesmo para acabar com as obras depressa e bem, caso contrário, as valetas começam a parecer um campo cheio de crateras e lama. Agora, há que apoiar a "Socongo" para que Malcata possa orgulhar-se d "nova estrada".
13 janeiro 2008
M A L C A T A - AO SABOR DA TRADIÇÃO
"A história e tradição estão connosco.
A história e tradição estão connosco. Sendo também a história "a narração de factos ou acontecimentos sociais, políticos, económicos, intelectuais, etc, que mais ou menos influíram na existência dos povos" (sfr. grande dicionário da língua portuguesa de Cândido de Oliveira) e a tradição "a transmissão desses factos, de idade em idade, através da transmissão oral ou de hábitos", (sfr. grande dicionário da língua portuguesa de Cândido de Oliveira), podemos dizer que Malcata fez história e tradição neste Natal de 2007. Foi uma véspera de Natal em cheio. A ACDM e a Junta de Freguesia organizaram a festa da matança da porca, com os rituais sobejamente conhecidos e o almoço aberto a toda a povoação. Muita gente participou nas tarefas exigidas. De tarde, homens e rapazes ocuparam-se alegremente em acarretar os madeiros e a fazer a fogueira que, diga-se a verdade hà anos não se via tão grande. Depois vem a ceia de Natal em família seguindo a tradição. Pelas 11 horas pega-se o lume à fogueira, e perante a expectativa geral comenta-se a direcção do vento, a orientação do fumo e das "mechanas", a queda dos grandes cepos, etc ... etc ... À meia-noite em ponto é o auge: A missa do galo com cânticos, representações, celebrando o nascimento do menino Jesus. Ao beijar do menino canta-se desalmadamente ("até que a voz me doa"), e este fervor é transportado depois para junto da fogueira. Culmina com a ronda do Menino Jesus, (pena é que este ano pouca gente tenha aderido) e o convívio no largo da igreja ao calor do lume e saboreando alguns petiscos e bebidas (as carnes da matança e as castanhas assadas). É com momentos assim que a tradição se mantém, que se transmitem valores do passado e se vive o presente. Em Malcata respeitou-se e viveu-se a tradição, fazendo história para o futuro (os novos que o digam)."
Por: Rui
A história e tradição estão connosco. Sendo também a história "a narração de factos ou acontecimentos sociais, políticos, económicos, intelectuais, etc, que mais ou menos influíram na existência dos povos" (sfr. grande dicionário da língua portuguesa de Cândido de Oliveira) e a tradição "a transmissão desses factos, de idade em idade, através da transmissão oral ou de hábitos", (sfr. grande dicionário da língua portuguesa de Cândido de Oliveira), podemos dizer que Malcata fez história e tradição neste Natal de 2007. Foi uma véspera de Natal em cheio. A ACDM e a Junta de Freguesia organizaram a festa da matança da porca, com os rituais sobejamente conhecidos e o almoço aberto a toda a povoação. Muita gente participou nas tarefas exigidas. De tarde, homens e rapazes ocuparam-se alegremente em acarretar os madeiros e a fazer a fogueira que, diga-se a verdade hà anos não se via tão grande. Depois vem a ceia de Natal em família seguindo a tradição. Pelas 11 horas pega-se o lume à fogueira, e perante a expectativa geral comenta-se a direcção do vento, a orientação do fumo e das "mechanas", a queda dos grandes cepos, etc ... etc ... À meia-noite em ponto é o auge: A missa do galo com cânticos, representações, celebrando o nascimento do menino Jesus. Ao beijar do menino canta-se desalmadamente ("até que a voz me doa"), e este fervor é transportado depois para junto da fogueira. Culmina com a ronda do Menino Jesus, (pena é que este ano pouca gente tenha aderido) e o convívio no largo da igreja ao calor do lume e saboreando alguns petiscos e bebidas (as carnes da matança e as castanhas assadas). É com momentos assim que a tradição se mantém, que se transmitem valores do passado e se vive o presente. Em Malcata respeitou-se e viveu-se a tradição, fazendo história para o futuro (os novos que o digam)."
Por: Rui
Texto retirado do Jornal Cinco Quinas.
09 janeiro 2008
CÁRITAS PAROQUIAL DE MALCATA
Maria Isabel Varandas Esteves
Presidente da Cáritas Diocesana da Guarda
Naturalidade: Vale de Espinho
Extratos da entrevista concedida ao jornal "A GUARDA" de 3 de Janeiro de 2008:
A Guarda: Como é que funciona a Cáritas da Guarda?
Isabel:O seu objectivo fundamental é a animação sócio-caritativa da Diocese da Guarda. Em cada paróquia deveria existir um serviço permanente de acção social. No entanto, não tem sido fácil de implementar. Existem cáritas paroquiais na Covilhã, Gouveia, Aldeia de Joanes, e Seia, São Romão, Vide e Malcata.
"Os rendimentos dos idosos são insuficientes para fazer face às suas necessidades".Palavras ditas por Isabel Varandas, ao jornal "A Guarda".
03 janeiro 2008
A MATANÇA DO PORCO E A ASAE
António Nunes, o responsável máximo da ASAE afirmou no dia 29 de Dezembro de 2007, numa entrevista ao semanário "Sol" isto:
"Tudo o que se fazia antigamente, dentro das casas das pessoas, continua a fazer-se; tudo o que diga respeito ao consumo público, tem que estar protegido por normas de inspecção sanitária. Se eu matar o meu porquinho, convidar uns amigos, e tudo isso se mantiver no domínio privado, não há problema nenhum".
Entenderam? Está claro como a água que bebemos na fonte de Malcata. A matança do porco do Ti Manel, do Ti João e de todos os tios e tias, primos e primas, vizinhos e amigos, desde que seja para consumo em casa desses familiares ou amigos, a Asae, através do seu dirigente máximo, diz que não há problema nenhum, desde que se coma em casa. Nada de fazer negócio de carne, de enchidos ou de presuntos...é que aí já a Asae entra em acção.
02 janeiro 2008
EM DEFESA DO LINCE E DA RESERVA NATURAL DA SERRA DA MALCATA
Deputado Luís Marques defende Centro Nacional na Reserva da Malcata
O Deputado Luís Carloto Marques (membro do MPT, eleito na lista do PPD/PSD pelo círculo eleitoral de Setúbal) questionou, recentemente, o Governo sobre a localização do Centro de Reprodução do Lince Ibérico. Em requerimento, enviado à Assembleia da República, com data de 6 de Dezembro, Luís Marques pede, ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, explicações sobre a “reprodução do lince ibérico em cativeiro”, nomeadamente a localização do futuro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do felino mais ameaçado do mundo.
De referir que em Julho deste ano, o ministro do Ambiente anunciou a instalação, em Silves do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico, esquecendo todo o trabalho realizado na Reserva Natural da Serra da Malcata. De salientar que a reprodução em cativeiro vai acontecer ao abrigo de um programa ibérico de repovoamento.
Perante estes dados o Deputado Luís Marques lembra que a Reserva Natural da Serra da Malcata foi declarada uma área protegida em 1981, exactamente para salvaguardar o habitat do felino mais ameaçado do mundo. “Apesar de as populações deste felino estarem extintas em Portugal, toda a estratégia que seguiu a Reserva Natural da serra da Malcata, teve sempre como primeira prioridade o lince ibérico” refere o documento. E acrescenta: “depois da sua extinção, que terá ocorrido na segunda metade da década de noventa, o esforço orientou-se para consolidar o seu habitat preferido, na esperança de atrair populações da Serra da Gata ou a sua reintrodução a partir de indivíduos nascidos em cativeiro”. O Deputado adianta também: “adquiriram-se terrenos, instalaram-se pastagens, efectuaram-se marouços, introduziram-se coelhos, contrataram-se técnicos qualificados, efectuaram-se inúmeras acções de educação ambiental, impediu-se a colocação de torres eólicas, as zonas de caça estão condicionadas ou interditas, tudo em nome de uma espécie prioritária. As populações e os empresários que investiram na região, ou que tencionavam efectuá-lo tiveram os seus projectos condicionados ou direccionados para outras zonas”.
No âmbito de uma reunião com o Governo de Espanha, o Governo Português acabaria por anunciar um protocolo para a cedência de linces do Centro de Reprodução de El Acebuche, destinados a um Centro Nacional para a Reprodução em Cativeiro que, de acordo com o ministro do Ambiente ficará localizado no Algarve.
Através do requerimento apresentado na Assembleia da República, Luís Marques, quer saber “quais foram os imperativos técnicos que impediram que o centro de Reprodução do Lince Ibérico fosse instalado na Reserva Natural da serra da Malcata”. Para o deputado “os concelhos de Sabugal e Penamacor foram, de alguma forma, penalizados pela criação da Reserva Natural da Serra da Serra da Malcata, mas o interesse nacional e mundial que representa o Lince Ibérico foi justamente considerado prioritário, sendo por isso de elementar justiça que o Centro Nacional para a Reprodução do Lince Ibérico, que receberá animais do centro andaluz de El Acebuche, se localize dentro da Reserva Natural da Serra da Malcata”.
De acordo com os dados disponíveis, até final de 2008, a Águas do Algarve estará em condições de activar o primeiro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico em Portugal, um projecto que decorre no âmbito da construção da Barragem de Odelouca e, em particular, das medidas para restauração de habitat e presas de lince-ibérico na área de influência da barragem, bem como a sua reprodução em cativeiro e posterior reintrodução em território nacional. Ao que tudo indica o futuro centro ficará situado num terreno adjacente à barragem do Arade, no concelho de Silves, no Algarve, e terá capacidade para acolher 16 animais.
Recorde-se que o lince-ibérico (Lynx pardinus) é considerado o felino mais ameaçado do mundo (Nowell & Jackson, 1996), estando originalmente confinado apenas à Península Ibérica. Neste momento, as últimas populações viáveis de lince-ibérico encontram-se na Andaluzia.
in "Jornal A Guarda" de 27/12/2007
31 dezembro 2007
MENSAGEM DE ANO NOVO
FELIZ ANO NOVO!!!
Porque razão desejamos "Feliz Ano Novo"?
Porque celebramos a passagem do ano?
Por esta altura do ano, é normal e geral "fazer uma limpeza",
esquecer o passado, pensar no ano novo que aí vem e desejar um futuro mais promissor.
Apesar de não termos alcançado todas as promessas feitas na passagem de ano do ano que está a chegar ao fim, o desejo de recomeçar volta sempre. O desejo da maioria de nós é o de "atirar o passado para trás das costas", "passar uma esponja no passado", estabelecer novos objectivos e trabalhar para um futuro próspero.
Em vez de decidir "Eu não vou fazer isto" ou "Eu não vou fazer aquilo", devemos dizer "Eu vou fazer isto" e "Eu vou fazer aquilo". Existe uma grande diferença e junta-se uma motivação maior, uma maior determinação e uma maior decisão.
Além do mais, estabelecer objectivos não se restringe ao dia do Ano Novo. Pode acontecer em qualquer altura do ano. Mas quando quer que aconteça, marca de facto um "Novo Ano" na vida de uma pessoa.
Recorda-se do ditado "Hoje é o primeiro dia
do resto da minha vida"
Sim! É verdade!
Mas também é verdade dizer: "FELIZ ANO NOVO!"
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