13/10/2021

É PRECISO CUIDAR DO PATRIMÓNIO

Cuidar é preciso

    

   A fonte-velha, é em certa medida, o exemplo concreto do desmazelo e abandono a que foi votada durante os últimos executivos de Junta, antes e depois de 2017.
   É certo que a água desta fonte há muito que só tem servido para regar os campos e as hortas e cada vez são menos os agricultores, mas sempre teve muita importância e como tal faz parte da história da nossa aldeia, uma memória colectiva que importa preservar.
   E como diria alguém, ainda sou do tempo em que diariamente se despejava a presa e muitas famílias dali levavam a água para dar a beber aos animais da loja, porque nesse tempo ainda não havia a rede de distribuição de água ao domicílio.
   Os tempo mudaram e os costumes também. Mas isso não explica o estado em que se encontra aquele lugar, pois sendo público, a autarquia tem a missão de zelar com limpeza e uma manutenção regular. É que nem sequer na altura das obras realizadas na Fonte de Mergulho, foram capazes de se interessar pelo embelezamento daquele espaço. Enfim, uma situação triste e que apenas vem dar razão aos que em surdina me dizem que a junta de freguesia não faz e pouco cuida do que já está feito.
   Com a tomada de posse da Assembleia de Freguesia, espero que se abra um novo ciclo, onde se exige mais respeito pelas coisas da comunidade. E há tanto para cuidar e arranjar!
                                           José Nunes Martins
                                           
              (Josnumar)

12/10/2021

MALCATA: NÃO, NÃO FICOU TUDO IGUAL COMO ESTAVA!

   


   


Começo por falar sobre as últimas eleições, aquelas em que fui delegado pela primeira vez.

   Foram muitos os que votaram e muitos nem sequer documento de identificação apresentaram. Para esses é normal e costume não apresentar o bilhete de identidade, ou cartão de cidadão, muito menos a carta de condução. Como é uma aldeia, toda a gente se conhece e nem é preciso nada destes documentos. E como a Lei diz que se pode votar sem qualquer documento de identificação, basta que as pessoas presentes na mesa da assembleia a reconheçam como eleitor, sem confirmar nome e número de cidadão, de carta de condução ou outro...mesmo que se confunda algum nome, tudo é normal e está-se a cumprir a lei. O problema e a confusão surgem, mas sob protecção legal, logo nada atrapalha.
   A realidade que vivi é gritante e reveladora de um total desrespeito e aceitação da excepção como regra e nunca o contrário.
   Pela primeira vez participei numas eleições no papel de delegado de uma candidatura. Foi uma experiência que me enriqueceu e me fez compreender muitas situações vividas nos meios rurais. Só vos digo que foi cansativo e passei o dia a tomar notas. Descobri, ao fim de tantas eleições, que para votar basta entrar e tudo se resolve, mesmo aos que perante o pedido de identificação, respondem não ser preciso, aqueles que agarram nos boletins de voto e vão perguntar aos autarcas como fazer a cruzinha, outros que ficam zangados porque são avisados para sair depois de votar, mesmo que se trate de assuntos que têm a ver com saúde, perguntar por fulano e cicrano, etc.
   Vi muita cara conhecida por trás da máscara e sei que muitos não conheci e nem eles a mim. Outros sabiam que desta vez não podiam falar, estava lá eu para fiscalizar e as regras eram para cumprir.
   Foi uma experiência à qual voltarei a falar sobre ela. Até porque vi alguns boletins com bonecos, mensagens, recados para a assembleia de freguesia, até daqueles símbolos das Caldas havia e até com a cruz no partido que nem sequer candidatura havia, mas o eleitor acrescentou com a lapiseira e fez o quadradinho para a cruzinha no seu partido.
   
   Dos 388 inscritos no caderno eleitoral, votaram 187, ou seja, menos 50 pessoas que nas eleições autárquicas de 2017. Dos 187 eleitores que votaram nestas últimas eleições autárquicas ficaram assim distribuídos: 28 votos em branco e 17 votos nulos. Há a registar que a maior parte dos votos nulos continham “recados” que revelaram o descontentamento dos que assim votaram.

   Com estes números e sem grandes e profundas análises aos resultados, podemos concluir que metade dos malcatenhos optaram por ficar lá por casa ou lá pelas terras onde habitam e passaram a desinteressar-se pelo acto eleitoral, pois só podia haver um vencedor no que toca à Assembleia de Freguesia. E claro. Em vez de irem votar e lutar pela defesa dos seus interesses e os dos seus filhos e primos, tios, madrinhas e padrinhos, deixaram-se ficar quietos.
   Também é graças a estes eleitores de ocasião que Malcata vai continuar nos próximos quatro anos, em direcção a nenhures e rumo ao definhamento.
   Para os 142 malcatenhos está tudo bem e para os restantes também está, porque nem se atreveram a apresentar uma lista alternativa. Assim sendo, os próximos quatro anos vão ser sossegados, sem membros da oposição na assembleia de freguesia para querer saber, reclamar das ruas sujas e com buracos, das faltas de água na fonte da Torrinha ou da piscina que não pode ser utilizada...etc., etc.
    Concluindo...porque carga de água é que, agindo estas pessoas da mesma forma do costume, esperam obter resultados diferentes do costume? 


                                                                                   
                                                                                                  (Josnumar)
                                                                                                  José Nunes Martins

10/10/2021

BEM VINDOS À FREGUESIA DOS BURACOS

 

Rua da Fonte, em Malcata


   Bem-Vindo à Freguesia de  Malcata!
   Há nova atração: buracos nas ruas.
   O buraco da Rua da Fonte já conta com um mês de vida. A nossa aldeia passou a poder organizar umas caminhadas pelas ruas para dar a conhecer a localização dos buracos...é claro que eu e vós, sabemos que uma ruptura numa conduta de água pode ocorrer a qualquer altura do dia ou da noite. Depois de reparada a avaria, o mais lógico é repor o piso como estava antes, ou seja, tapar bem a cratera e colocar novamente os cubos de granito. A realidade é que não é isso que está a acontecer em Malcata. Cada dia que passa, aumenta o número de buracos nas ruas. Sabemos quem os abriu, mas há um desinteresse total para os tapar devidamente. Onde andam os fiscais das obras?O cidadão paga impostos para quê? Já vi buracos a ser abertos e imediatamente a serem fechados, deixando a rua como estava, mas não foi na nossa terra. Disseram-me que só quando a terra estiver bem calcada é que recolocam os paralelos...
   Senhores da Junta de Freguesia e da Câmara façam o vosso trabalho e façam com que estas situações sejam resolvidas o mais breve possível; acabem com o martírio dos malcatenhos e daqueles que vêm a Malcata.
   Fotos:


Rua do Soitinho

      Rua da Escola Primária                                                                         


Rua da Escola Primária

                                                                             José Nunes Martins
                                          


04/10/2021

MALCATA: COMO ESTAMOS DE ÁGUA ?

Fonte da Torrinha em Malcata

    SERÁ VERDADE QUE A ÁGUA DA FONTE DA TORRINHA
    PODE SER UM PERIGO PARA A SAÚDE PÚBLICA ?


   A água da fonte da torrinha, onde praticamente toda a população da nossa aldeia recolhe água para beber, pode estar contaminada e a Junta de Freguesia pode vir a ter que colocar um aviso na fonte a avisar as pessoas da possível contaminação.
   A verdade é que as pessoas da aldeia ignoram os perigos que correm, o papel das análises lá continua à vista de todos e nele se diz que a água é boa para beber, ou seja, as pessoas e quem visita a aldeia e por ali passa, continuam a abastecer-se e a consumir aquela água.
   O consumo da água não causa problemas imediatos, mas com um consumo continuado, pode causar problemas reais de saúde, por exemplo, aumento das quantidades de ferro, lesões em alguns dos órgãos internos, etc. Esta é uma fonte com 84 anos e ao longo de décadas foi a maior fonte de abastecimento da nossa freguesia e de muitas pessoas de outros lugares.
   A água da Fonte da Torrinha sempre foi apreciada por todos, era uma água cristalina, pura e fresca. Ainda agora, depois da instalação da rede de abastecimento público de água ao domicílio, há quem continue todos os dias a vir buscar água para beber.
   Quase ninguém liga aos constantes enchimentos da mina das Eiras com água da rede pública, chegando a ser feito 1 vez por semana. Até parece que fazem um milagre, porque de cada vez que lhe injectam a água com a mangueira, assim que o ar sair (eu diria que quando o poço das Eiras encher) sai água com fartura. Sim, sai tanta água que deixa alegres e felizes os crentes. Eu sabendo da “fórmula milagrosa” para fazer sair água nas bicas, registo e sigo o meu caminho, convencido de que vou ter que continuar a comprar a água para beber.
   Sei que a água é periodicamente analisada e a Junta de Freguesia, e bem, afixa os resultados no espaço destinado a isso. Ora as últimas foram realizadas em Julho de 2021. Não contesto os resultados expressos no papel. Hoje, esses podem não estar certos e as características da água estarem diferentes. Basta ter em conta as vezes que os senhores da Junta de Freguesia já encheram o   das Eiras (mina) com água da rede pública para eu ter receio e deixar de beber dessa água, que deixa de ser água cristalina, pura e fresca, como aquela boa, cristalina e fresca de 1937 e anos seguintes.
   É urgente uma tomada de decisão séria e duradoura, por parte da Junta de Freguesia de Malcata. Saber que, a água que hoje sai daquelas bicas, é ou pode ser, água imprópria para beber ou consumir sem ferver, que me pode originar graves problemas de saúde, porque a consumo há muitos anos, é razão mais que suficiente para as entidades tomem medidas e resolvam de uma vez por todas o problema desta fonte, cuja idade e finalidade de dar de beber a quem tem sede, é a razão de ali continuar a existir, contribuindo para o bem-estar dos fregueses.
   Daqui lanço o alerta para se tomarem medidas urgentes e também para que a população ande atenta a qualquer sinal de alerta.
                                                                   José Martins