16.4.18

MALCATA CONTINUA PROTEGIDA PELOS ANJOS


Malcata e a sua segurança
Na nossa região rural as propriedades florestais são de dimensão pequena. Esta característica dificulta a criação de estratégias que sejam eficazes para prevenir incêndios e aumentar o seu valor económico. Há muitos anos que a estrutura das propriedades se encontram muito divididas por muros, por heranças, por desacordos entre as pessoas. Quando uma família não se entende ou quando sabemos que são muitos os donos dos terrenos, que fazer para coordenar e trabalhar áreas maiores?
Em Malcata existe uma solução ao nosso dispor: gestão associativa ou ZIF, com ainda a vantagem de existir também os Baldios com uma equipa de sapadores florestais.
   O que nos falta então?
   Recorrer a mecanismos mais persuasivos, dos que foram usados até agora, para convencer o maior número de proprietários da importância que é apoiar a ZIF de Malcata, vinculando-se e marcando presença nas suas acções, nomeadamente nas reuniões periódicas e nas actividades que realiza.
   Alguns de nós sabemos que isto da ZIF ainda tem muito que amadurecer e o próprio Estado também tem que financiar devidamente estas entidades. Contudo, há decisões que estão apenas e só nas mãos dos proprietários e não nas ZIF’s ou organismos do Estado.
   Qual está a ser a maior dificuldade para que a ZIF de Malcata não tenha neste momento mais aderentes e mais visibilidade? Na minha opinião, sem estar aqui a apontar o dedo a alguém, o individualismo é o maior entrave à entrada de mais proprietários na Zif. Eu iria mais longe e estenderia esta dificuldade também à fraca participação das pessoas de Malcata no que toca ao trabalhar para o bem comum, sacrificando algum benefício pessoal ou familiar em favor de toda a comunidade.
   Nestes últimos meses ficámos cansados e fartos de ouvir falar da limpeza das florestas, da obrigação dos proprietários de limpar as suas propriedades, de se criarem zonas de segurança para as povoações rurais, etc. Muito se escreveu, colaram-se cartazes nas vitrinas dos cafés, na porta da torre do relógio. Limado o período das ameaças de notificações e multas, alargando no tempo os trabalhos de limpezas, podemos afirmar que a nossa aldeia está agora segura na eventualidade de ser rodeada pelos incêndios?
   O que foi feito e está ainda a ser feito deixa a população de Malcata descansada?
   Numa visita recente à nossa aldeia constatei que algumas propriedades já tinham sido limpas de matos e silvas, os espaços sob as linhas de electricidade são agora zonas sem arvoredo e mostram o trabalho feito. Ainda bem que se trabalhou para o bem de todos, mas não nos devemos contentar com o que se fez, há ainda terrenos por limpar e planos de segurança para aplicar. Agora que o Estado anunciou o programa “Aldeia Segura” e “Pessoas Seguras” a aplicar pelos municípios que possuem freguesias de risco, alguns “oficiais do município sabugalense” têm agora a oportunidade de tirar da gaveta os planos guardados e em colaboração com a Autoridade Nacional de Protecção Civil o demais entidades, tomem as decisões necessárias para proteger os bens e as pessoas e esqueçam a antecipação e o atrevimento da AMCF-Associação Malcata Com Futuro quando enviou um pedido de elaboração de um Plano de Segurança para a Aldeia de Malcata, no Verão de 2017, onde José Escada, presidente da AMCF e toda a direcção pensaram nas possíveis medidas a implementar e a resposta dada pela Unidade Sabugal+ foi esta:
"Relativamente ás questões que coloca sobre a proteção e defesa da aldeia de Malcata, cumpre-nos esclarecer que está expresso no Plano Municipal de Emergência e proteção civil do concelho do Sabugal compete á comissão Municipal de Proteção Civil de acordo com a Lei 65/2007 de 12 de Novembro dar resposta em articulação com as demais organizações às ações de socorro, emergência e assistência bem como tomar as decisões necessárias para alcançar os objetivos em situação de emergência seja ela causada pelos incêndios florestais, inundações ou qualquer outra situação natural.”
É em estreita colaboração com Autoridade Nacional da Proteção Civil que em cenários mais catastróficos é necessário tomar as decisões para proteger pessoas e bens assim  é pois  extemporâneo estabelecer de forma teórica locais de reunião das populações ou percursos de fuga uma vez que a arbitrariedade das situações de catástrofe é de tal maneira grande que apenas no cenário real e conhecendo todas as variáveis no momento se pode e deve estabelecer estas medidas.
Não sendo do domínio publico, por razões de segurança, a informação que solicita encontra-se na parte 2 do documento que está disponível no site do município do Sabugal.”
Que os anjos nos continuem a proteger!



                                AMCF preocupa-se com a segurança da aldeia de Malcata:

15.4.18

MALCATA: UMA PÉTALA PARA DEGUSTAR

A natureza encanta a serra


   A aldeia de Malcata está envolta num magnífico espaço natural, onde abundam inúmeras espécies de plantas, flores, riachos e existe uma extensa albufeira seguida de uma reserva natural. Há espécies mais conhecidas do que outras e também há muitas que não são tão conhecidas. A flor de carqueja, o alecrim, o rosmaninho, a flor da giesta amarela e giesta branca, a flor da xara, etc.
   Utilizar algumas destas plantas nos jardins das nossas casas ainda não está lá muito em prática.           Algumas até são uma boa escolha para tornar os jardins mais belos e com a vantagem          de viverem com pouca água e pouca manutenção.
                                                                            

      





   A relva verde não esgota as escolhas e as flores que lhes estou a falar não necessitam de muita água, logo também não necessita de sofisticados sistemas de rega. Poupamos na água, nos tubos de rega e afins e ganhamos um espaço bonito, ecológico e mais económico. E se usarmos plantas comestíveis? Ora a verdade é que muitas das espécies deixam-se comer, outras afastam os insectos que não desejamos e atraem aqueles que nos ajudam a manter o nosso jardim.
   Carqueja, poejo, medronheiro, cardo, lírio, giesta e tantos mais nomes que fazem parte da flora que povoa as terras à volta da nossa aldeia, dão beleza aos espaços onde vivem, são plantas com passado e que nos legaram os nossos bisavós, para não ir mais além e testemunham a relação com a natureza que eles conseguiram alcançar.
   Este ano, vamos ter novamente a oportunidade de embelezar mais ainda as janelas, varandas, jardins e outros espaços que rodeiam as nossas casas.



  Um dos objectivos do 3ºEnquadramento Floral de Malcata passa pela recuperação dos usos, costumes e saberes do nosso povo. Para isso e mais do que isso, vão realizar-se dois worshop’s   -momentos de informação e formação  orientados por três especialistas na área.
   Estejam atentos e inscrevam-se no 3ºConcurso Embelezamento Floral de Malcata, cujos prémios este ano são bem apetecíveis e aproveitem a presença de especialistas da arte floral para enriquecer os vossos conhecimentos e arte de decorar, de espantar e de comer.


Irresistíveis


  

   




12.4.18

CIRCULAR É VIVER

Aparelhos para actividade física ao ar livre, Viana Castelo

   Numa  visita recente aos meus familiares, em Viana do Castelo, num passeio à beira-rio, reparei num conjunto de aparelhos em ferro, todos bem pintados e alinhados. Soube depois que se trata de um circuito ao ar livre para as pessoas fazerem exercícios físicos quando ali passarem nas suas rotinas de actividade física.
   Chegado a casa, depois de descansar um pouco da viagem, dei comigo a pensar naquelas máquinas de ginástica ao ar livre e gratuitas. Qualidade de vida, exercício físico, caminhar, nadar é ter vida saudável.
   Para promover a qualidade de vida dos idosos é importante oferecer actividades físicas a essas pessoas. O andar, as caminhadas, os exercícios físicos recorrendo a aparelhos para esse fim, são formas de puxar pelos músculos, aumentando a força muscular e ao mesmo tempo consegue-se que os idosos melhorem a coordenação das pernas e braços.
   Os lares de idosos sentem com certeza a necessidade de arranjar maneira de combater o sedentarismo dos seus utentes. Sempre que entro numa sala de um lar encontro um grupo de homens e mulheres a dormitar no cadeirão ou até numa cadeira de rodas, um ou outro idoso vai passando as horas a olhar para o que a televisão apresenta e todos vivem à espera que o tempo ande e depressa.
   Ora porque não criar nos lares um espaço dedicado às actividades físicas?
   Chamem-lhe ginásio, sala da ginástica ou circuito geriátrico. O que é necessário é espaço, máquinas e um profissional habilitado. Tem eu ser um espaço confortável, seguro e adaptado para o frio e o calor. A colocação de algumas máquinas, adaptadas e apropriadas para serem utilizadas por pessoas com mais de 65 anos são peças imprescindíveis, bem como a presença permanente de um profissional da área.
   Se além das máquinas e da sala interior houver possibilidade de criar um circuito no exterior, espaço onde os idosos do lar e até da aldeia, pudessem fazer também actividades físicas ao ar livre, sempre que o estado do tempo for favorável…seria fantástico.
   Tenho quase a certeza que os funcionários do lar seriam os primeiros a aperceberem-se dos bons resultados e das melhorias quanto à mobilidade dos idosos. E os próprios utentes acabam por sentir que afinal ainda têm mais forças e capacidades  do que julgavam ter. Outra conquista que a actividade física, aliada ao espaço, às máquinas e a um bom profissional, as suas conversas e relações também  acabam por melhorar, desencadeando neles boa disposição, sorrisos, mais mobilidade e ao mesmo tempo cria-se mais um espaço de convívio e partilha de momentos alegres e descontraídos, fazendo esquecer o conforto do sofá ou cadeirão aquecido.
   Quem é que deseja participar na felicidade dos idosos?
   Todos temos que colaborar neste desafio que é tornar cada dia um dia alegre, bem passado, passar a mensagem aos idosos que viver feliz, tranquilo e em comunidade está nas mãos deles e também em todos e cada um de nós.

11.4.18

CONHECER A ALDEIA DE MALCATA

Busto de Camões


   Quem visitar a aldeia de Malcata saiba que há alguns lugares e monumentos que vale a pena conhecer. Logo à entrada da aldeia deparamos com o Busto de Luís Vaz de Camões. Foi inaugurado em Setembro de 1965, pelo padre Lourenço, pároco da paróquia nessa época e ao seu lado encontrava-se o casal Corceiro, mecenas desta obra. Continuando pela Rua da Fonte, escondida pela calçada, encontramos a Fonte de Mergulho que recentemente foi recuperada. No fim desta mesma rua deparamo-nos com a Praça do Rossio, também conhecida pela Torrinha, pois neste local, em 1959, foi construída uma torre, toda ela feita em pedra de granito, exibindo nas alturas e virado para o largo um enorme relógio. Durante muitos anos este relógio, que funcionava com o sistema de dois pêndulos, ditou as horas dos malcatenhos que aqui viviam e graças à altura da torre e às badaladas do sino que se ouviam por toda a aldeia. Quando visitar a nossa aldeia arranje tempo para uma subida ao varandim desta torre, pois é um dos miradouros mais vistosos sobre a povoação e a sua envolvente.
   Depois de conhecer a Torre do Relógio, ande uns passitos até ao Rossio e entre no Forno Comunitário. Para além do antigo forno a lenha, no seu primeiro andar encontramos uma sala onde está permanentemente uma mostra de vários artefactos antigos e relacionados com os usos, costumes e tradições de Malcata.
   Seguindo para a parte mais antiga da aldeia, podemos descer a Rua de Baixo até à Igreja Matriz. Também merece uma visita dada a sua boa conservação e não esqueçamos de subir as escadas do campanário e admirar a serra da Malcata e avistar a Capela de São Domingos.
   Depois de conhecer a igreja há que subir a Rua da Ladeirinha e admirar o património edificado em pedra de xisto e granito. Nesta rua e na Rua do Meio existem ainda muitas casas de habitação antigas, pequenas e baixas, com um só piso em terra. Os telhados são cada vez menos os que estão cobertos com telha de um canal, fabricadas em barro e que com o passar dos anos e muitos invernos ficaram mais escuras, cheias de musgos negros, não dá para esconder a idade. Há nesta Rua do Meio uma singularidade única e que merece atenção. Algumas paredes das casas assentam em grandes blocos de pedra, visíveis a olho nu, no exterior das paredes. É também nesta Rua do Meio que se encontra a Queijaria Tradicional da aldeia e nela já se fabricaram excelentes queijos.
   E chegados novamente à Praça do Rossio, ou à Torrinha, há que dar de beber à dor e nada mais fresco que ir beber água às bicas da fonte, olhar para a água armazenada nos tanques e se for o momento certo, olhar para a torre reflectida na água do tanque mais pequeno, ou a lua se for noite clara e serena.
   Para tomar uma boa refeição, infelizmente não há porta aberta com esse serviço, apesar de na aldeia existirem 4 estabelecimentos, ou cafés se assim lhe quiserem chamar. É uma área de negócio pouco considerada, mas que em boa verdade já se justificava a aposta num pequeno restaurante.
   Quanto a alojamento, felizmente a aldeia dispõe da Casa das Camélias, empreendimento particular inserido na rede do turismo rural, que oferece todas as condições e comodidades e a um preço acessível, ao aconchego de um casal, uma família ou grupo de amigos até máximo de seis pessoas.
   Hoje andámos um pouco pelo núcleo antigo de Malcata. Dei a conhecer alguns tesouros da aldeia, mas há mais e igualmente importantes. Voltarei ao assunto. Vejam as fotos:
  





Fonte de Mergulho

Torre do Relógio

Forno Comunitário

Rua do Meio

Fonte da Torrinha

31.3.18

SÁBADO DE ALELUIA EM MALCATA

Os sinos do campanário da igreja de Malcata
 
   
   Chegou o Sábado de Aleluia. Na aldeia de Malcata no Sábado de Aleluia era costume celebrar-se uma missa por volta da meia-noite. Era uma cerimónia bastante participada e animada. As pessoas levavam consigo campainhas e chocalhos que ainda hoje os ouço a badalar ao mesmo tempo que os sinos do campanário da igreja repinicavam e se anunciava a Ressurreição de Jesus Cristo, enquanto os fieis cantavam “Aleluia, Aleluia, Aleluia, Cristo Ressuscitou”.
   E no fim da Missa de Aleluia toda a gente regressava a suas casas alegres e bem-dispostos.
   Era assim o Sábado de Aleluia na minha aldeia, quando eu ainda era garoto.
   Em 2007 a Marta comentava com estas palavras o tocar dos sinos:
   "
O raio dos sinos que não nos deixaram dormir...
   Tocaram toda a noite, os sinos de Malcata!"

   E hoje como vai ser?

 
    CRISTO RESSUSCITOU!
    ALELUIA, ALELUIA,ALELUIA!

22.3.18

TRANSFORMAR O MUNDO A PARTIR DE MALCATA

As mãos que transformam o mundo
   
PLANTAR UMA ÁRVORE - MALCATA

O Dia Mundial das Florestas este ano ficará na memória de muitas crianças, jovens e adultos do nosso concelho. O Município, em colaboração com as Escolas do Concelho (pré-escolar, 1ºe2ºciclos"), Centro de Saúde do Sabugal, ICNF, Bombeiros Voluntários, Sapadores Florestais, Junta de Freguesia de Malcata, Assembleia de Compartes de Baldios de Malcata e Zif de Malcata assinalaram esta data com diversas actividades pedagógicas,informativas e lúdicas.













Um homem é capaz de transformar o mundo com a sua atitude.