24.9.17

SOMOS LIVRES DE VOTAR?

 
  Há juntas de freguesia que não fazem as obras necessárias, mas sim as que são convenientes para angariar votos. Não consigo compreender este povo. O que tenho feito, embora muitos lhes pareça o contrário, é lutar por ele e para ele, o povo, as pessoas, a fim de fazermos de Malcata uma aldeia que seja admirada por toda a gente.

  Com as ferramentas que comprei e que me permitem trabalhar à distância, quero combater o analfabetismo político, a falta de informação, a falta de decoro e cumplicidades dos que, estando há anos a gerir os destinos de Malcata, vêm praticando e parece querer continuar.
  Há muitos malcatenhos que vivem entretidos como os meus cães quando lhes dou um osso e quando se apercebem já eu saí de casa, já é tarde demais para sair de casa.
   É tempo de deixar de continuar a viver entre as quatro paredes da loja, sem uma janela sequer.
   É tempo de pedir contas do que se gastou e do que há para gastar. Aos malcatenhos é-lhes devido essa prestação de contas. É certo que muitos se desleixam e não têm conhecimento nem lhes facultam informação e esquecem-se que têm direito a ser informados mesmo sem o solicitar. Muitos acham que basta uma conversa à mesa do café e está feito. Nem dão conta do que deixam de conhecer.
   A uma semana das eleições os fregueses nascidos em Malcata e que vivem fora da terra não têm informação nenhuma vinda dos candidatos. O silêncio nas redes sociais é assustador, a não ser que os eleitores que vivem noutras freguesias e que mantêm a sua residência oficial em Malcata, tenham mais sorte e lhes tenha sido enviado por outros meios, a propaganda eleitoral e o respectivo chouriço devidamente identificado com a fotografia da candidatura que o embalou, ofereceu e enviou ou inseriu na caixa do correio, como já aconteceu lá para Braga!
   Que estratégia de desenvolvimento defende cada candidato para a aldeia?
   Hoje, a uma semana das eleições só a lista da candidata Sandra Varandas
revelou interesse e vai apoiar um projecto importante a ser realizado na aldeia. Há quem diga, nas conversas de café, que uma das candidaturas preparou um esquema para os levar à vitória. Essa “habilidade” passará pela participação de pessoas que trabalham na França, ou por lá vivem a sua reforma a maior parte do ano, vindo algumas vezes a Malcata, facilitando-lhes o transporte desse país até à nossa aldeia. A segunda “habilidade” dizem que no domingo virão mais pessoas que moram em Portugal, trabalham ou gozam as suas reformas noutros lugares que não Malcata, terra onde nasceram e que esporadicamente lá vão porque lá herdaram ou construíram casa, terrenos e onde os laços familiares e de amizade ainda os motiva a lá ir de vez em quando.
  No que respeita à saudade, às ligações familiares e de amizade, ainda bem que assim é, mas quanto ao manter a sua residência oficial, ou seja, a que consta nos documentos de identificação, apenas para que nas eleições autárquicas deixem de votar na freguesia onde habitualmente residem,onde o desenrolar das acções do poder local os pode afectar nas suas vidas cedam  às influências e tácticas menos democráticas, embora a lei o permita cumprindo-a, discordo totalmente desta forma que determinadas listas de candidaturas encontraram para alcançarem a vitória no próximo acto eleitoral.
   Mesmo que a lei permita estas habilidades, que não são outra coisa, não
me parece a melhor estratégia política, pois todos os candidatos devem procurar ganhar, sendo isso o seu principal objectivo, mas que não justifica utilizar todos os meios para lá chegar.
   Pensem no assunto e como o voto é secreto, vou rezar para que os eleitores que no próximo domingo votam na minha aldeia, mandem às favas tudo
aquilo que lhes prometeram ou ofereceram e por uma vez na suas vidas,
usarão de total liberdade para votar nas pessoas que desejam e querem para
estar ao serviço do povo e de todos os malcatenhos. Até porque o voto é secreto e livre!
                                                José Nunes Martins




  
  

17.9.17

MULHERES NA POLÍTICA AUTÁRQUICA

 


   Nos últimos anos, o número de mulheres a candidatar-se à presidência de uma junta de freguesia tem vindo aumentar em relação aos primeiros anos das eleições autárquicas.
   No concelho do Sabugal este ano são 11 as caras femininas que vão a votos nas próximas eleições autárquicas. Destas mulheres conheço pelo menos três que têm garantido o primeiro lugar. Na freguesia de Águas Belas e na freguesia de Rebolosa tanto a lista do PSD como a do PS as mulheres lideram as respectivas candidaturas, ou seja, uma das mulheres vencerá e será presidente de junta. Em Sortelha, Fernanda Manuela que lidera o movimento Juntos Por Sortelha e única lista concorrente às eleições, ninguém lhe vai retirar a presidência.
   Apresento-vos as 11 caras femininas que tiveram a coragem de assumir um desafio político, aceitando serem as cabeças das suas candidaturas:
Sandra Maria (PSD) e Paula Alexandra (PS)-Freguesia de Águas Belas
Sandrina Fernandes (PS)- Freguesia da Bendada
Silvina Martins(Quadrazais Ozendo Unidos Vencemos)
Sandra Varandas (PS) – Freguesia de Malcata
Maria da Graça (PSD) – Freguesia da Nave
Maria Adélia (PSD) – Freguesia de Rebolosa
Natália Maria (PS) - Freguesia de Rebolosa
Fernanda Manuela (Juntos Por Sortelha) – Freguesia de Sortelha
Sara Carina (PS) – U.Freguesias de Aldeia da Ribeira
                              Vilar Maior e Badamalos
Maria Cândida (CDU) – U. Freguesias de Ruivós, Ruvina
                                    e Vale das Éguas.
   É importante o papel das mulheres na política no concelho do Sabugal. Na política como no assumir de responsabilidades noutras áreas, as mulheres são qualificadas, inteligentes e tão capazes como os homens e com o direito e o dever de participar em todas as esferas da vida.



  


16.9.17

A RESPOSTA ESTÁ NAS MÃOS DOS ELEITORES






  As eleições do próximo dia 1 de Outubro têm motivações bem diferentes das eleições para a Assembleia da República. Nas próximas eleições vamos eleger os membros que constituirão a Assembleia de Freguesia de Malcata durante os próximos quatro anos. É deste grupo de eleitos que sairá o próximo presidente da Junta de Freguesia de Malcata.
   Nestas eleições o voto dos eleitores de Malcata é ainda mais importante que qualquer outra votação, pois o voto deve ser preenchido naquela candidatura
que dê maior confiança, mais provas daquilo que são capazes de fazer, tendo presente o programa eleitoral e o modo como querem administrar os bens de toda a comunidade e dos quais a Junta de Freguesia é responsável.
   Uma equipa que se mostre ao serviço de todos, com sensibilidade e autenticidade nas suas acções e nas suas relações com todos os fregueses da nossa aldeia, independentemente da sua condição social, económica ou tendências políticas.
   Todos sabem que não voto em Malcata, pois o meu círculo eleitoral é outro. Não voto mas interesso-me pelas eleições na freguesia onde nasci, onde  vivi até aos meus onze anos e sempre  que posso vou aí.
   O mês de Agosto já passou e a aldeia regressou ao normal. Talvez agora haja mais tranquilidade para pensar e falar sobre as eleições e os candidatos.
   Deixo aqui uma pequena história que nos vai ajudar a pensar no que podemos, cada um de nós, fazer ou não fazer no dia das eleições:
   “Numa cidade grega, vivia um  sábio famoso por ter sempre resposta pronta para todas as perguntas que lhe fossem feitas. Um dia, um senhor conversando com um amigo disse-lhe:
- "Eu penso que sei como enganar o sábio. Vou agarrar num pássaro e levo-o
   na minha mão até ao sábio. E depois pergunto-lhe se o pássaro está vivo ou morto. Se ele responder que está vivo, aperto a mão, mato-o e deixo-o cair no chão; mas se ele responder que está morto, abro a mão e deixo-o voar”.
   E lá foram os dois ao encontro do sábio fazer-lhe esta pergunta:
- Mestre, o pássaro que tenho aqui na minha mão está vivo ou morto?
   O sábio olhou para os dois e disse:
- A resposta está na tua mão”!
   -----------
  Nas próximas eleições os eleitores vão responder a esta pergunta:
  Quem querem que governe a Freguesia nos próximos 4 anos?
  Resposta pronta e verdadeira: a resposta está nas mãos dos eleitores!
  São os eleitores que decidem e a forma como vão usar os conhecimentos que têm sobre cada candidatura.

10.9.17

AMANHÃ DE MANHÃ



        "O IMPOSSÍVEL 
           É AQUILO QUE NINGUÉM FAZ
   ATÉ QUE ALGUÉM FAÇA."




 


 



   Uma vez, numa conferência sobre “Sucesso” um senhor sentado na primeira fila levantou-se e interrompeu o orador e disse:
- Concordo com tudo o que você disse até agora, mas eu conduzo uma carrinha de entrega de pão há trinta anos; acordo todos os dias às cinco horas da manhã, pego no minha carrinha e vou às aldeias; volto e e lavo a carrinha, preparo tudo para o dia seguinte. Estou quase na reforma e pretendo continuar a conduzir a minha carrinha: não quero coisas novas e difíceis a partir de agora.
   O orador respondeu:
- Parabéns, alguém tem que vender o pão. O que não é acertado é ficar a conduzir a carrinha do pão e ao mesmo tempo culpar o Estado, a inflação, o desemprego, os inimigos ou qualquer outro motivo, por você não fazer outras coisas na vida. Assim não se anda para a frente. Não devemos culpar os outros por não sermos felizes. Devemos sim, olhar para nós próprios e retirar dentro de nós a ambição positiva, a vontade de ter sucesso. Se o senhor continuar a conduzir a sua carrinha, se o senhor continuar a fazer o que sempre fez, o que vai conseguir é conseguir o que sempre conseguiu. Mas se o senhor quiser coisas diferentes, tem é que fazer alguma coisa diferente.
   Ouça amigo, não lhe estou a dizer que mude da noite para o dia, mas apenas que assuma novas atitudes e visualize um destino realmente bom.
   E comece já a pensar o que vai fazer de diferente:
   - O que vai fazer de novo amanhã de manhã?
   - Vai comer menos?
   - Vai fazer uma caminhada? Durante quanto tempo?
   Eu quando me levanto, à segunda-feira e vejo que tenho uma mão cheia de problemas para resolver, fico muto feliz, porque isso significa que a sociedade precisa de mim
   Há aqueles que dizem:
   - “Ah! Não vou conseguir fazer, isto é impossível”. E, caro amigo, quem pensa assim, mesmo que se esforce, não consegue, porque não acredita.
   O impossível sabe o que é? O impossível é aquilo que ninguém faz até que alguém faça. Há 100 anos atrás seria impossível viajar de Malcata até à Vila do Sabugal em 20 minutos, porque nesse tempo não havia estrada, ou se ia a pé ou montados num cavalo ou burro. Hoje, os automóveis fazem esse percurso nas calmas em 20 minutos. E ir à cidade do Sabugal de automóvel e demorar vinte minutos, deixou de ser notícia, é para quem conduz nas calmas, porque sabemos que há condutores que demoram menos tempo a chegar.
   Tudo é possível. Basta ousar e querer.

                   
                                                            Rio Côa (pego em Malcata)

                                                                                           Texto baseado num livro de Lair Ribeiro
                                                                                                            

8.9.17

EM MALCATA HÁ DOIS CANDIDATOS PARA ESCOLHER


ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2017

ASSEMBLEIA DE  FREGUESIA DE MALCATA


Já são conhecidos oficialmente os dois candidatos ao cargo de Presidente de Junta de Freguesia de Malcata.
PSD -  João Vítor Nunes Fernandes
PS  -   Sandra Manuela Gonçalves Varandas.
   O que levou estes dois candidatos a candidatarem-se ao cargo de Presidente da junta de Malcata? Como é que cada um dos candidatos formou a sua equipa? Tiveram em conta as suas competências e as dos seus colaboradores, ou deixaram-se empurrar pelas afinidades pessoais e políticas?
   Os malcatenhos devem poder saber e quanto mais depressa melhor, quais são verdadeiramente os projectos e as estratégias que têm para Malcata durante os próximos quatro anos. Com clareza, sem meias palavras, sem embustes e com desassombro os agora pretendentes à cadeira do poder local, têm mesmo que abrir o jogo.
   O melhor serviço que os dois candidatos podem prestar aos malcatenhos é apresentar cada um o seu programa de trabalho, com ideias concretas, esclarecedoras, revelando as estratégias e as metas a alcançar, que ninguém fique com dúvidas ou perguntas acerca do que cada candidato se compromete realizar.
   Também é importante que aquele candidato que não ganhar deixe desde já esclarecido o que vai fazer sendo oposição, com ou sem cargo, de que forma vai honrar o seu programa e como vai contribuir na busca das melhores soluções para a freguesia. Por isso é importante saber se o candidato vencido vai ou não estar atento e ser consequente, tanto nas críticas como também na apresentação de propostas alternativas e contribuindo para o desenvolvimento de Malcata.
 



 
               LISTA DE CANDIDATOS 

                    À ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE MALCATA



Fonte: Cinco Quinas

7.9.17

O FUTURO DE MALCATA



   O FUTURO DE MALCATA É:

  AVALIAR CAPACIDADES, 
  IDENTIFICAR POTENCIALIDADES,
  TENTAR DESENVOLVÊ-LAS
  INCENTIVANDO A PARTICIPAÇÃO.


   
Aníbal Nabais Ferreira é um rosto muito conhecido em Malcata, terra onde nasceu. Em 1974, logo a seguir ao 25 de Abril, o Governo nomeou-o como Secretário da Junta de Freguesia de Malcata, com a missão de preparar as primeiras eleições livres e está neste momento quase a terminar o seu mandato enquanto Presidente da Assembleia de Freguesia de Malcata e aceitou fazer um balanço do seu trabalho.
   Aníbal Ferreira, que para quem não sabe, foi o introdutor dos Regulamentos que orientam o funcionamento da Assembleia de Freguesia de Malcata foi trabalhador da Administração Pública, tendo exercido vários cargos e terminou a sua longa carreira profissional em 2006, mas sempre disponível a participar activamente na vida pública, nomeadamente presidindo à Assembleia de Freguesia de Malcata.

 

1- Quem é o Presidente da Assembleia de Freguesia de Malcata?
Aníbal Ferreira (AF):

 
 Espero ser breve nos esclarecimentos solicitados, que estamos em período de eleições.
   A propósito da minha pessoa penso que todos me conhecem assim como o meu passado. Nascido e criado em Malcata, tenho domicílio na cidade da Guarda, alternando com Malcata. Completei os estudos obrigatórios na Guarda. Desempenhei funções nas Finanças do Sabugal como aspirante estagiário. Cumpri durante três anos o serviço militar obrigatório. Incorporei um contingente militar destinado ao CTIG (Guiné) como sargento miliciano especializado em Administração Militar. Cumprido esse tempo regressei à vida civil como funcionário público, na CPAF do distrito da Guarda. Transitei para o Ministério da Saúde a meu pedido. Frequência de inúmeros cursos de informática e outros relacionados com o trabalho a desempenhar. Por minha opção transitei para o quadro de pessoal do C. Saúde de Manteigas. Progressão na carreira e nomeado Chefe dos Serviços Administrativos do C. Saúde e Hospital de Manteigas. Aposentado em 2006.
   Politicamente falando: Não pertenço a nenhum partido político. Não me filio em nenhum. Nunca tirei proveito algum da política. Sou um cidadão livre e todos os meus atos são feitos em democracia e liberdade. Sou um cidadão consciente do meu dever e sobretudo das minhas obrigações.
2- Quais são as competências da Assembleia de Freguesia?
AF:
As competências da Assembleia de Freguesia estão regulamentadas no Regimento da mesma, devidamente aprovado em Assembleia no início de cada mandato. Para os casos omissos no regimento, aplica-se a lei geral publicada em D.R. nomeadamente a Lei 75/2013 de 12 de Setembro.
3- O mandato de presidente da mesa da Assembleia de Freguesia de Malcata está quase no fim. Que balanço faz dos trabalhos da Assembleia de Freguesia?
AF: A resposta a esta pergunta não pode ser longa, pelos motivos atrás citados. No entanto, a Assembleia de Freguesia é o órgão deliberativo da Freguesia. Sempre que houve matéria levada às sessões, a mesma foi objeto de análise, discutida, ponderada e votada, sendo ainda quantificados os respetivos resultados. Todas as opiniões, decisões e votações estão exaradas em ata. Parece-me que, no essencial, se deu cumprimento às orientações estipuladas no legislado sobre os valores fundamentais para a atuação de pessoas que estão ao serviço do interesse público. Penso que a Assembleia de freguesia prestou um serviço com qualidade, transparência democrática, ética e rigor. Com isenção, imparcialidade, competência e proporcionalidade, probidade e cortesia.
4- Qual foi a maior dificuldade que sentiu no exercício do cargo?
AF:
 
A maior dificuldade foi a não união entre todas as instituições. Uma série de mecanismos e ferramentas inovadoras que levaram ao aparecimento do Facebook contribuíram para essa situação. Aí, onde tudo se escreve, de tudo se vê e o vale tudo é uma constante. Os políticos agarram-se a esta coisa para desbobinar algumas ideias e, pasme-se, para lavar roupa suja, pois os insultos, por vezes são mais que muitos. Neste triste espetáculo onde a ciência moral devia determinar que os responsáveis seguissem a razão, a ética foi arredada, fazendo com que a linguagem batesse no fundo. Houve ainda outras situações que não posso nem devo agora quantificar nem esclarecer.
5- A nível pessoal, como foi esta experiência?
AF: 
Não foi experiência nenhuma. Noutros tempos fui também eleito Presidente da Assembleia de freguesia por oito anos. Fui o introdutor dos regulamentos que orientam o funcionamento da assembleia. Em 1974, a seguir ao 25 de Abril fui nomeado pelo Governo de então, secretário da junta de Freguesia de Malcata para se prepararem as primeiras eleições livres.
  Algumas coisas se fizeram em prol do cidadão. Outras poderiam ter sido feitas. No geral parece-me que se cumpriu. Tanto o órgão deliberativo como o executivo, parece-me, tiveram uma atuação positiva. Mas, como já disse atrás, não me vou alongar mais sobre este tema.

6- Como olha para o futuro da nossa freguesia?
AF: 
O futuro é avaliar capacidades. Identificar potencialidades, tentar desenvolvê-las incentivando a participação. Projetos estruturantes que sejam um motor auxiliar de desenvolvimento económico e social da Freguesia. As Autarquias têm compromissos e obrigações, perante as instituições, empresas e cidadãos. Vamos também ter esperança em projetos comunitários. É necessário apresentar candidaturas. Só assim se pode acreditar que Malcata terá futuro.

6.9.17

O CONTEÚDO E A FORMA

 






   A Comissão Nacional de Eleições considerou que o vídeo “Freguesia de Malcata” que a Junta de Freguesia de Malcata publicou no dia 3 de Agosto, na sua página oficial da rede social Facebook, se trata de uma publicação proibida nesta época de aproximação das eleições autárquicas.
   
   As informações que me foram transmitidas referem que o conteúdo desse vídeo e a forma como foi apresentado e publicitado se trata de uma forma de publicidade institucional proibida pela lei eleitoral. 

   A Comissão Nacional de Eleições deu um prazo de 24 horas para que o presidente Vítor Fernandes retire o vídeo e não o poderá divulgar até ao final das eleições. Caso não remova o vídeo incorre na prática de um crime de desobediência previsto e punido pela lei. A partir do momento em que foi marcada a data das eleições autárquicas, ficou proibida a publicidade institucional por parte dos órgãos do Estado e da Administração Pública de “actos, programas, obras ou serviços”, salvo em casos graves e urgentes de alguma necessidade pública.

   Este caso do vídeo chegou à Comissão Nacional de Eleições através de informação da Associação Malcata Com Futuro. O senhor presidente da junta, foi primeiro notificado, para se pronunciar sobre o assunto e após decorridos os trâmites normais, a Comissão Nacional de Eleições, reunida no dia 29 de Agosto, veio por estes dias tomar esta decisão.

   Temo que neste momento haja quem esteja a condenar a atitude da associação. E eu até posso entender o pensamento de certas pessoas, pois não se interessam e não querem saber destas coisas. Já não compreendo o silêncio dos membros da actual junta de freguesia, nomeadamente a falta de qualquer sinal de vida por parte do senhor presidente.
   Na vida pública há limites que não podem ser ultrapassados. Quando eu vi o vídeo até ao fim, desabafei dizendo mais ou menos isto “esta não é a Malcata que eu conheço”!
   Até posso compreender que a actual junta de freguesia tenha orgulho no trabalho que realizou ao longo de doze anos, ou seja, três mandatos consecutivos com o mesmo presidente. Até posso compreender o desejo de que o povo lhes reconheça valor e estando ainda no poder, se fizessem mais uma vez a auto-promoção (a que habituaram o povo ao longo dos três mandatos), mas não podendo o senhor presidente continuar no cargo, são trunfos valiosos para a campanha eleitoral do candidato que apoia,  não pelo nome ou competência, mas porque é tão só o filho do actual presidente, o candidato apoiado pelo mesmo partido do pai, o PSD. Nesse vídeo, a que chamaram de promoção da freguesia de Malcata, salta à vista de todos a exclusiva participação dos membros da junta de freguesia, destacando a obra feita e omitindo deliberadamente todo o movimento associativo, a não divulgação de imagens de empresas em laboração, por exemplo a queijaria tradicional Valfrades e o Lar de idosos. O próprio conteúdo de palavras que foram proferidas pelos membros da junta de freguesia, demonstram que tem objectivos óbvios de propaganda eleitoral e não de verdadeira promoção da nossa freguesia, porque Malcata é muito mais que ali se mostra.
   Para mim, o pior que um cidadão pode fazer, digo até que o pior que um malcatenho pode fazer é olhar para este caso do vídeo, ou outros, estou a lembrar-me do caso da calçada lá para a Moita, ou aquela garagem em cimento, encolher os ombros, pois está a permitir que o desrespeito pelo bem comum e os nossos direitos democráticos se faça regra e quem manda é que sabe como se fazem as coisas.
   Eu bato palmas à Associação Malcata Com Futuro. Mais uma vez, a atitude desta associação foi a mais acertada: encarar como um dever de cidadania. Sem medo de nada nem de ninguém, apenas manifestando publicamente que ainda não vale tudo na nossa terra.
   Até ao fim da campanha eleitoral deixo aqui um apelo a todos que se apercebam de algum atropelo às regras, participem para a Comissão Nacional de Eleições (cne@cne.pt) ou através do telefone 21 392 800.

   Deixo também aqui o convite às duas candidaturas para a Junta de Freguesia de Malcata e que queiram partilhar informação no blog
Malcata.net, as portas estão abertas. Sendo a aldeia de Malcata sedenta de informação, esta é uma forma de prestar um serviço público a todos os malcatenhos. Enviem a vossa participação para aqui: josnumar@hotmail.com.

                                              José Nunes Martins

   BASTA !
   Desde 2006 que mantenho este espaço aberto. Não tenho diploma universitário, mas não me considero estúpido, nem fui educado no anonimato. Não escolhi a terra onde nasci, quis o destino que fosse em Malcata. Há 56 anos que ando neste mundo, uns dias melhor e outros pior.Estamos no ano de 2017 e desde 2006 muita água já passou debaixo da ponte sobre o rio. Nunca tive necessidade de fazer o que era prática antes do 25 de Abril, nem nunca as palavras por muito duras que sejam me levaram a desistir. O meu blog só o lê quem quer, não obrigo ninguém a ler e sei que não é a primeira vez que a conversa resulta em desconversa e chovem insultos de todo o lado. Este espaço não é nenhum tanque ou máquina de lavar roupa ou o quer que seja. Quem quiser lavar roupa procure outro local.
 Sejam todos capazes de respeitar a opinião de outra pessoa e expressem a vossa sem cair na linguagem de baixo nível. Não me parece intelectualmente honesto fazer os comentários sob "anonimato". Há por aqui quem não saiba viver com a critica, a chamada de atenção, a querer confundir a realidade e os factos e dessa maneira esconder erros e incapacidades para gerir conflitos existentes na comunidade. Mais grave é ver que as pessoas não dão a cara, calam-se e ficam à espreita a ver o que acontece, sabem que alguém os defenderá com unhas e dentes. 
   É falso e mentira a notícia da decisão que a CNE deliberou sobre o assunto referido no meu texto?
   Este é que é o assunto a comentar, nada de misturar alhos com bugalhos!

Quero deixar claro que os comentários são bem vindos, sendo anónimos eu desconheço o seu autor(a) e dessa forma não me responsabilizo pelo seu conteúdo. Sendo eu o administrador desta página, retirarei todos os comentários que não respeitem uma boa conduta. Cada um de vós seja responsável pelo que escreve e peço-vos que evitem cair naquele tipo de linguagem baixa. Lembrem-se que a verdade é como uma colher de azeite num copo com água...o azeite vem sempre a tona da água.
   Já deviam saber que é proibido destruir uma amizade por causa da política. Que seria de Paulo Portas e o seu irmão Miguel Portas se não tivessem seguido este lema ?
 
José Nunes Martins