11.6.17

PONTOS DE VISTA

 



Será que tenho que odiar aquelas pessoas ou instituições com as quais não estou de acordo? E as pessoas e instituições a mim?
   Parece que as minhas palavras escritas têm incomodado algumas pessoas. Ultimamente, quando ando por Malcata parece que a minha presença se torna suspeita e sinto que algumas pessoas já não olham para mim como olhavam há uns tempos atrás. Chegou-se ao ponto de se bloquear ou simplesmente não interagir nas redes sociais. E muito só porque penso ou estou em desacordo com algumas pessoas.
   Nos meus escritos e nos meus pensamentos apenas exprimo a minha ideia acerca de como gostaria que fosse a aldeia onde nasci e a ela me sinto ligado afectivamente. Felizmente para mim, quando apareceu um grupo de malcatenhos que concordavam comigo em muitas ideias e noutras não tanto, mas que havia espaço para todos, lançámo-nos ao trabalho. O povo é constituído por pessoas e cada cabeça sua sentença. Claro que é uma utopia conseguir que todo o povo acredite no mesmo e que concorde em tudo o que se diga, em tudo o que aconteça ou se planeia construir. Portanto, como sei que não acreditamos e nem concordamos todos no mesmo, lá vou trabalhando naquilo que acredito ser benéfico para a nossa aldeia e aos poucos entender a sensibilidade do povo, esforçando-me sempre por criar uma certa empatia com toda a gente.
   Acredito no valor dos malcatenhos, também não ignoro que tenho uma missão a desenvolver como malcatenho. É do conhecimento de alguns que há coisas com as quais não estamos de acordo e que às vezes, ao defender o meu ponto de vista e o dos que pensam como eu,  possa até magoar alguém com palavras mais azedas, todos nós desejamos  o melhor para o povo da aldeia e sabemos que existem muitos assuntos em que pensamos da mesma forma. Eu falo por mim e tenho estado disponível para encontrar a melhor solução ou soluções para resolver alguns dos problemas da nossa comunidade.
   Se reflectirem um pouco sobre as coisas em que discordo de algumas decisões na nossa aldeia, na verdade contam-se pelos dedos e não se trata de combater e contrariar só porque sim, só porque sou do contra. Não, longe disso! Quando discordo, é porque não estou convencido que é a melhor opção para a comunidade aquilo que outros defendem e nunca por ódio ou teimosia. 

8.6.17

ENTRE QUEM VIER POR BEM




Junta de Freguesia de Malcata
mantém páginas da internet
desactualizadas
…há anos!


A Junta de Freguesia de Malcata tem duas páginas na internet e uma página na rede social Facebook. Infelizmente, como acontece com outras juntas de freguesia, estão desactualizadas e as informações nelas contidas são insuficientes e se comparar a página que me parece ser a mais recente: http://www.malcata.org/, com esta mais antiga: http://www.malcata.sabugal.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=29&Itemid=39, para além de novo desenho gráfico, nada se alterou.


                 Primeira Porta:



Segunda Porta:


                                       As páginas da Junta de Freguesia na internet

   
   Um cidadão que pretenda consultar informação sobre a nossa aldeia, mais lhe vale procurar noutro sítio. É que nem a MENSAGEM  do senhor presidente temos o prazer de ler, não podemos saber quem são os líderes da freguesia, nada sobre a história da aldeia, o mesmo acontece o acesso a documentos, planos, orçamentos, porque a resposta que recebemos é sempre esta “informação brevemente disponível…” . Bem só me resta consultar as ÚLTIMAS NOVIDADES e algumas fotografias!
   Lamento que esta excelente ferramenta, diria mesmo uma boa ferramenta sobretudo para auxiliar a melhorar a qualidade de informação e de aproximação entre o poder local e os cidadãos. Mesmo aquelas pessoas mais avançadas na idade, quando lhes é dada a oportunidade de experimentar a internet, sentem-se até mais integrados na nossa comunidade e não tão distantes das ideias dos netos que se admiram porque não aproveitam a poupar tempo, dinheiro, filas de espera, ter curiosidade em saber o que se vai fazendo lá pela junta.
   A internet é considerada uma porta e todos sabemos que pela porta entram coisas boas e coisas más. Mas quando essa porta raramente se abre, pouco entra e pouco sai, pelo menos aqueles cidadãos que vivem na aldeia e já sabem e gostam de entrar por essa porta e todos os outros malcatenhos e cidadãos que por isto ou por aquilo, se interessam em conhecer melhor a aldeia de Malcata. Veja-se como hoje se marcam as férias num hotel, isso está à distância de uma consulta na internet! Eu se quiser marcar uma consulta no meu médico de família, já o posso fazer utilizando a internet…estão a ver as vantagens de manter a porta da junta de freguesia aberta dia e noite, mesmo que o pessoal da junta esteja a descansar após um dia de trabalho cansativo?
   Mas atenção, este desleixo relativamente ao funcionamento da página da junta de freguesia de Malcata não é só de agora, essa porta desde que ela foi inaugurada e pela qual todos nós pagamos, pouco ou muito, mas custa dinheiro à nossa comunidade, vem desde que foi instalada na nossa freguesia.
   Para lhes dar um exemplo concreto da utilidade de manter a página actualizada e de “porta aberta”, há uns tempos, através do sítio “A Minha Rua” a que a Câmara Municipal está ligada, pedi informação acerca do nome de uma rua em Malcata que encontrei numa das minhas pesquisas no site da Câmara do Sabugal. Entrei pela “porta” e pedi esclarecimentos a quem de direito e mostrei documentos a provar o que eu tinha visto. Depois de lerem a informação e consultarem os documentos existentes na Câmara do Sabugal, aperceberam-se que realmente tinha havido um erro e que ia ser corrigido e mais me foi dado a conhecer que as coisas ficaram em águas de bacalhau, ou seja, as possíveis alterações não tinham sido aprovadas. Como veem, desde Matosinhos, entrei na “porta” da Câmara Municipal e saí bem informado sobre a dúvida que tinha encontrado.
   Malcata já não é aquela pequenina aldeia, lá escondida aos pés da Serra da Malcata. A nossa aldeia obrigatoriamente, para o bem e para o mal, tem que abrir as portas e deixar que as pessoas entrem e saiam. Claro que há que estar vigilantes e saber quem entra e ao que vai…
mas por amor da santa, pelo futuro de Malcata e dos malcatenhos que andamos pela aldeia e por todo o mundo, vamos trabalhar mais com esta maravilhosa ferramenta, que cada vez está mais acessível, mais barata e que permite a tantas pessoas ganhar a vida!

José Nunes Martins
josnumar@gmail.com

MALCATA UMA ALDEIA INOVADORA


 Assinatura do Protocolo VPP



   No passado dia 26 de Maio de 2017, a aldeia de Malcata fez história, marcou pontos na transformação deste nosso território e na enertech 2017. Contra outras vontades e desejos, nesse Protocolo VPP-Lab “Laboratório Virtual Power Plant, devem participar os municípios de Penamacor e Sabugal, a Enerarea, a Universidade da Beira Interior e a AMCF , todos parceiros e envolvidos no mesmo projecto. Atrevo-me a dizer que há quem não queira o envolvimento da nossa aldeia, Malcata, argumentando que a VPP terá de ser do Sabugal e Penamacor. Ora, a AMCF na pessoa do seu presidente José Escada, está de acordo que os dois municípios participem neste projecto, mas defendeu acerrimamente que a aldeia de Malcata e a sua população não pode ser excluída e a sua participação neste projecto, representará o verdadeiro envolvimento de uma comunidade que irá auxiliar a aprovação de apoios comunitários, pois a VPP será para todos retirarem benefícios e a aldeia é uma das detentoras do território onde existem os recursos necessários à concretização do projecto. A VPP é a parte maior do projecto, sim porque é abrangente e inclui o concelho de Penamacor, de que faz parte, por exemplo, a aldeia do Meimão. Malcata, a aldeia e a sua comunidade humana, a sua situação económica e social, através da AMCF e de outros parceiros e entidades, está disposta e pensa que é a sua grande oportunidade para se transformar na Aldeia-Autossustentável do nosso país, para não ir mais longe. O que leva o presidente da AMCF e dos membros associados colectivos e singulares a defender a inclusão da nossa aldeia, para além da motivação pessoal dos membros que são naturais de Malcata e do verdadeiro e sincero afecto pessoal de José Escada, é todos nós vermos nesta VPP e na “Malcata-Aldeia Autossustentável” uma das poucas maneiras de trazer realmente benefícios directos para todos os malcatenhos.
   A associação continua a desenvolver a ideia de transformar a aldeia de Malcata numa aldeia diferente e a primeira das etapas deste caminho é o lançamento de um concurso de ideias que chamou de “Juntar Água para a Autossustentabilidade”.
   Toda a documentação relacionada com este projecto foi já enviada, para apreciação, dos Presidentes de Junta de Freguesia, de Assembleia de Freguesia, Associação de Solidariedade Social de Malcata (Lar), Associação Cultural e Desportiva de Malcata e da Associação de Caça e Pesca Malcatense.
  
  
   

                                   Água, sol, energia eólica, floresta...pessoas,
                                   Malcata-Uma Aldeia Autossustentável
                                    



6.6.17

ERA BOM ABRIR A ARCA DA JUNTA DE FREGUESIA


                                    Sede da Junta de Freguesia de Malcata

   
Para que não fiquem dúvidas: nada tenho de pessoal contra as pessoas que ao longo da nossa democracia desempenharam e desempenham funções na Junta de Freguesia de Malcata.    Também quero deixar claro que não pretendo liderar uma candidatura  às próximas eleições autárquicas marcadas para o mês de Outubro.
   Todos os candidatos quando se apresentam à comunidade é porque assumem um compromisso de honrar e realizar um determinado programa.
   O assunto que me leva a escrever sobre as próximas eleições é porque entendo que é chegado o momento de preparar as candidaturas e depois apresentar à comunidade os seus programas eleitorais.
   Um dos passos que as candidaturas devem ter em conta é conhecer e solicitar à actual Junta de Freguesia todas as informações e esclarecimentos que acharem importantes saber para a partir daí e com base nesses dados elaborar os seus programas eleitorais. Não se trata de apenas abrir a arca do passado e do presente, só porque sim. Mas se uma pessoa quer exercer a presidência da junta de freguesia, antes de avançar será normal ter particular interesse em conhecer o estado em que se encontra a autarquia. Só na posse dessa importante informação é que qualquer dos candidatos que se apresente às eleições pode elaborar um bom programa para os quatro anos do seu mandato.
   Quando sugiro que as candidaturas peçam acesso a informação importante à actual Junta de Freguesia e esta lhe seja concedida, não pretendo e nem quero que pensem que é desconfiar nesta junta ou nas que a antecederam. Mas este tipo de abertura por parte da junta de freguesia é um importante contributo para todas as candidaturas que aparecerem saibam o estado da autarquia e a partir daí, pensar e escrever o seu programa para os quatro anos de trabalho à frente dos destinos da nossa terra.
   Este ano prevejo umas eleições bem diferentes das do passado. No momento em que escrevo estas palavras ainda não sei quem vai a jogo. Espero e faço votos para que estes próximos meses as pessoas se respeitem, não cultivem ódios e inimizades, mal entendidos entre familiares ou amigos, apenas porque são de partidos diferentes, são de ideias diferentes. Nisto das campanhas eleitorais, eleições e nestes casos há vencedores e vencidos. Muitos de nós conhecemos famílias que se respeitam, que se admiram e que afectivamente vivem unidos, mas politicamente defendem e lutam por diferentes causas, pensam que com as suas ideias é que a comunidade vai progredir e para isso não passam a ser inimigos uns dos outros, mas simples adversários que também querem jogar e ganhar.
   Ser cidadão democrata e livre é valorizar cada ser humano no seu livre pensamento e respeitar a sua vontade. O papel do político é ter um ideal, pensar nas ideias para o alcançar e ter vontade e dinâmicas que o auxiliem durante o caminho, tendo sempre presente que, como todos e cada um de nós, há sempre acontecimentos que nenhum ser humano consegue controlar por completo, pois somos malcatenhos, mas também fazemos parte deste mundo que pula e avança mesmo enquanto sossegadamente estamos a dormir na nossa cama em paz e sossego.
   Já agora, quem são os candidatos à Junta de Freguesia de Malcata?
 
  

  José Nunes Martins
      josnumar@gmail.com

11.5.17

MALCATA: O FUTURO DECIDE-SE HOJE

   


    Em Outubro deste ano vamos votar para escolher quem nos próximos quatro anos fica com a responsabilidade de liderar o poder político autárquico.
   Três pessoas já se apresentaram ao cargo de Presidente da Câmara Municipal:
   Alberto Martins Luís Paché, independente e apoiado pelo CDS/PP, António Dionísio apoiado pelo PS e António Robalo, apoiado pelo PSD e vai para o seu
terceiro mandato.
   De quatro em quatro anos lá vai o povo participar na democracia. Por todo o país vão sendo conhecidos os candidatos e as respectivas listas. Por Malcata com certeza que também deve estar a acontecer o mesmo. A pergunta a fazer é esta:
   Quem são os candidatos à presidência da Junta de Freguesia?
   É sabido que Vítor Fernandes está impedido pela lei eleitoral de concorrer ao cargo de presidente. Ouvi uns murmúrios que este ano haverá candidatos apoiados pelo PSD e candidatos apoiados pelo P.S. . Nas últimas eleições, em 2013, também houve uma lista independente. E este ano como será?
   Outubro já não é assim tão longe como parece. É chegado o momento de o povo ser informado do que se vai passar, das pessoas que se vão candidatar. Isto é também uma atitude democrática, de os candidatos se apresentarem e começar a dizer ao que vêm.
   Para que os malcatenhos possam escolher a melhor equipa têm que saber quem são e o que querem fazer nos próximos anos por Malcata.
   E para mim as verdadeiras questões são estas:
   Sabem os malcatenhos o que querem?
   Que caminhos deve seguir Malcata?
   Para onde e por onde é que lá chegamos?
   Queremos uma aldeia que saiba acolher novas gentes, novas ideias, novos negócios, ou queremos uma aldeia com quatro cafés e um minimercado, uma aldeia com cada vez mais casas vazias e em ruínas, com pessoas sem ambição e sem futuro?
   É importante que quem está a pensar candidatar-se que escreva e apresente o seu programa eleitoral e que o assuma como o documento orientador durante o mandato. A ausência de um programa orientador é meio caminho andado para governar a freguesia dia a dia e isso não leva os malcatenhos a lado nenhum.
É agora o tempo para estar a discutir os programas e pedir esclarecimentos aos seus autores ou até contribuir para o enriquecimento desses mesmos documentos.                                                  
                                                              José Nunes Martins
                                                             josnumar@gmail.com
   

4.5.17

É URGENTE O DIÁLOGO






    Há uns tempos atrás falei-vos do que pensava acerca de alguns nomes atribuídos a algumas ruas de Malcata. Longe de mim imaginar que ia causar tantas reacções e comentários por ter expressado apenas a minha opinião.

   Para mim são águas que já desaguaram na albufeira da barragem. Fiquei com a sensação que pior do que não concordar e falar sobre determinado assunto, seja de que natureza for, é não estar de acordo com isto ou com aquilo e ficar calado. Para mim até é mais sossego ficar calado, deixar as coisas andar e fazendo de conta que tudo está bem, tudo está em paz. Só que na verdade essa paz é uma paz podre e não beneficia ninguém, é como se vivêssemos com a cabeça enterrada na terra para não observar o que se passa à nossa volta.
        Mas digam-me lá uma coisa, o ficar calado ou olhar para o lado, andando pelas ruas da aldeia de olhos postos nas pedras da calçada, não caminhando a olhar para a frente ajuda a esquecer ou falar sobre aquilo que nos incomoda? Analisemos então friamente e sem preconceito de espécie alguma o que tem acontecido nestes últimos anos na nossa terra. Começo por vos referir aquelas reuniões que se fizeram com a ZIF de Malcata, a reunião que a Junta de Freguesia convocou para esclarecer a população sobre a instalação da antena de telemóveis. Já sei que alguns pensam que estes assuntos não lhes dizem respeito, não vos quereis chatear, tendes receio de melindrar alguém ou então não sabem como lhes falar dos assuntos. E o mais fácil é fazer vista grossa. Só que com o passar do tempo, muito silêncio sobre muito silêncio, enchem o copo e vai chegar o momento de substituir a toalha que ficou molhada porque deixaram encher demasiado o copo vazio. Ora com toalha molhada a seguir podemos continuar a entornar a tigela da sopa, aumenta o desconforto, os nervos revoltam-se e lá se vai aquele ambiente de paz e está tudo bem. Chegados aqui, vêm as divisões, as vinganças e a raiva. Tudo isto misturado resulta numa autêntica salada russa, misturamos alhos com bugalhos, um assunto com o outro e um assunto nada tem a ver com o que naquele momento se está a falar ou a esclarecer.
        Ó quantas e quantas vezes já falei e escrevi e ninguém disse que escrevi isto ou aquilo!
        Eu sou dos que acreditam naquela ideia de que Malcata se pode transformar e acredito que as boas relações institucionais, o diálogo e a união é sempre uma possibilidade. Mas para isso acontecer há que cada um de nós e todos em comum beber os copos cheios, deixar os copos vazios, deixar esvaziar as más memórias. As memórias de dor e voltar a beber à saúde de todos para o bem de todos.
   

José Nunes Martins
josnumar@gmail.com







     

3.5.17

VIZINHOS...MAS AFASTADOS !


   VIZINHOS MAS...CADA UM POR SI!




   Quem são os vizinhos da nossa terra?
   Quadrazais e Meimão pela sua proximidade marcam pontos e como vizinhos até nem nos damos mal uns com os outros. De quando em vez lá se encontram aqui e ali, numa festa, num encontro de amigos e cada terra lá vai percorrendo o seu caminho.
   Lembro que em 2015, quando da realização da I Audição Pública de Malcata, organizada pela AMCF, este assunto da "vizinhança" foi bem apresentada pela senhora presidente da Junta de Freguesia de Quadrazais. E se pensarmos um pouco e tivermos em conta Quadrazais ( Ozendo ), Meimão e Malcata a cooperar uns com os outros, os benefícios mereciam maior atenção por parte destas povoações.
   É importante virar a página e abrir os braços aos nossos vizinhos.
   É importante construir relações de cooperação com Quadrazais e Meimão.
   Digam de vossa justiça!


                                                                                                        José Nunes Martins