7.1.15

LINCES DE MALCATA APRESENTAM QUEIXA À UNIÃO EUROPEIA

    Parque Eólico de Penamacor 3B ( em Malcata )

Actualmente este  parque eólico tem 19 torres eólicas instaladas e a produzir energia. A empresa Lestenergia, promotora deste parque eólico, pretende aumentar a produção de energia à custa da instalação de mais 6 novas torres eólicas. As primeiras já se encontram encostadas à Reserva Natural da Serra da Malcata. Estas novas 6 que querem instalar vão estar mais próximas da povoação, vão aumentar o ruído, vão causar ainda maior impacto visual na paisagem e condicionar para sempre o regresso do nosso gato bravo, o lince da Malcata.Para defender o nosso património natural, a tranquilidade e o sossego de um povo, para  dar voz aos que não sabem protestar e lutar contra os abusadores desta gente trabalhadora, que ainda acredita na boa fé dos outros e aceita como verdade e justo o que lhe oferecem, nasceu em Malcata o movimento "Malcata Pró-Futuro", constituído por moradores da aldeia e que querem ser porta vozes dos seus conterrâneos, exigem ser ouvidos e respeitados quanto às suas vontades e anseios.E como no nosso país não os escutam, são pura e simplesmente esquecidos e tidos como pessoas ignorantes, incultas, que se contentam com esmolas, o movimento "Malcata Pró-Futuro" enviou uma carta dirigida à União Europeia, na pessoa de Karmenu Vella, Comissário do Ambiente, que eu vos incito e peço para lerem até ao fim e expressem a vossa opinião.Malcata necessita da vossa ajuda!Malcata não necessita, Malcata não quer,mais eólicas!




Carta enviada à Comissão Europeia




A

Comissário do Ambiente

Exmo. Senhor  Comissário KARMENU VELLA

Comissão Europeia
Secretário-Geral
B-1049 Bruxelas
BÉLGICA



Malcata, Sabugal, 14 de Dezembro de 2014



Assunto: Denuncia de incumprimento de directivas relacionadas com a Rede Natura 2000  por parte da APA (Agência Portuguesa do Ambiente) aquando da emissão da DIA (Declaração de Impacto Ambiental), relativa ao Sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B



Exmo Senhor Comissário,



Somos um Grupo de Moradores Permanentes da aldeia de Malcata que adoptou a designação “Malcata pro-futuro”. A aldeia pertence ao Concelho do Sabugal, Portugal. Situa-se na fronteira com o Concelho de Penamacor. É ladeada a norte pela barragem do Sabugal (rio Côa), a sul pela Reserva Natural da Serra da Malcata e a nordeste por uma autêntica barreira de aerogeradores. Este parque eólico situa-se exactamente na linha divisória de dois concelhos (Penamacor e Sabugal), mas impacta consideravelmente, ou quase exclusivamente, sobre a aldeia de Malcata. A densidade de geradores é muito acentuada. As fotografias emhttps://www.facebook.com/pages/Malcata-Pro-futuro/644326865688082 dão uma ideia dessa densidade.  

A instalação dos aerogeradores decorreu de uma maneira progressiva. Primeiro um, depois outro, outro..., e assim sucessivamente, sem que a população fosse consultada ou informada. O parque foi crescendo e chegou aos 19 aerogeradoressem EIA (Estudo de Impacto Ambiental).

A população considera que, mais uma vez, não foi ouvida. Pela segunda vez é desconsiderada na concretização de projectos de interesse nacional, mas de grande impacto nas suas terras.

A 1ª vez ocorreu na década de 90 aquando da construção da Barragem do Sabugal, uma barragem de fins múltiplos (abastecimento de água, rega e produção de energia eléctrica) inaugurada no ano 2000. A construção, enchimento e exploração da albufeira decorreu também sem EIA (Estudo de Avaliação de Impacto Ambiental). A população de Malcata viu alterado o seu território, em termos de paisagem, de geologia, de geomorfologia, de solos, de modificação do regime fluvial do seu rio, com alteração do meio aquático e dos habitats aí existente, sem aplicação de quaisquer medidas de compensação ou de minimização de impactes. Veja-se a esse propósito o estudo da Profª Adélia Nunes, Instituto de Estudos Geográficos, Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.


Este estudo, muito claramente, torna evidente o amplo domínio de acções produtoras de impactes negativos, derivados da construção da barragem e exploração da albufeira e o restrito número de actividades com efeitos positivos. Hoje a população de Malcata convive com um lago artificial que lhe roubou grande parte do seu território. As mais-valias para a economia local, para actividades recreativas, lazer, etc., são escassas ou quase nulas.

A população de Malcata está agora muito preocupada com o projecto de Sobreequipamento e com a possibilidade de instalação de mais 6 aerogeradores no perímetro da aldeia. Nesse sentido se expressou:

·         Em fase de consulta pública através da manifestação de uma posição desfavorável, pela Junta de Freguesia, coadjuvada por um abaixo-assinado subscrito por 61 pessoas (cópia em anexo);

·         Através de uma exposição, subscrita por 43 pessoas, relativa ao Plano de Monitorização do ruído dirigida ao Sr. Presidente da APA (cópia em anexo);

·         Através de uma exposição ao Sr. Presidente da APA, subscrita por 107 pessoas, sobre fragilidades encontradas na (DIA) Declaração de Impacto Ambiental (cópia em anexo).

Consideramos que o processo relativo ao Parque Eólico de Penamacor 3B apresenta enormes fragilidades, que se adicionam, todas em prejuízo da população de Malcata, a saber:

·         A implantação dos 19 aerogeradores não foi submetida a EIA, apesar de impactarem quase totalmente sobre uma única população e apesar de o parque se situar no limite da Reserva Natural da Serra da Malcata;

·         O EIA, agora efetuado, visando o sobreequipamento, abrangeu as povoações de Granja, Malcata, Santo Estevão e Meimão. Ora, Granja é uma Quinta com 9 ou 10 habitações que se situa na outra margem da albufeira do Sabugal, a cerca de 4 kms de distância, onde residem 4 casais em permanência. As outras são habitações periódicas. Meimão fica a cerca de 6/7 kms, num vale, no sopé da encosta e na vertente oposta à da implantação prevista. Santo Estevão fica também a cerca de 6/7 kms, e tal como o Meimão, na vertente oposta à da implantação.  Em todas, o relevo natural do terreno, oculta a quase totalidade do parque, nomeadamente os 6 aerogeradores previstos.Malcata sofre na totalidade o impacto, quer a nível paisagístico, quer a nível do ruído,etc. Perante este enquadramento o que vemos no EIA e que a DIA deixa passar? Um estudo diluído que não focaliza na população verdadeiramente afectada. Ao fazê-lo, minimiza efeitos e compromete resultados;

·         Apesar do ruido ser já hoje significativo, bastante incomodativo, em zonas limítrofes da aldeia, principalmente perante ventos de oeste, a DIA não manifesta preocupação nem determina a densificação de pontos de medição, na aldeia.

·         A DIA não considera e nem sequer aflora os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico.

Malcata, tal como outras povoações do interior de Portugal, tem problemas relacionados com o abandono e o envelhecimento acelerado da população. Não é fácil encontrar, no interior de Portugal, economia subjacente. A maior riqueza é o sossego, a qualidade paisagística e pouco mais. Tudo isso está hoje comprometido com os 19 aerogeradores e com a barragem.

As gentes de Malcata já dão, com os 19 aerogeradores e com a Barragem, uma contribuição significativa para a estratégia nacional de combate às alterações climáticas, sem contrapartidas económicas para a microeconomia local. Os únicos beneficiários são os proprietários dos terrenos de implantação das eólicas e mesmo assim confrontados com uma intermediação arrendatária que, aproveitando-se da ignorância das pessoas, se apropriou de 50% da renda, de um modo usurário e oportunista.

Sr Comissário o pretendemos é apresentar uma queixa à Comissão sobre o Estado Português e mais concretamente sobre a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) porque consideramos que a emissão da DIA é omissa em relação aos seguintes aspectos:

·         Não atende às preocupações da população relativamente ao ruido, não prevendo a localização de medidores em locais significativos e não preconizando medidas que garantam o cumprimento escrupuloso do Regulamento do Ruído;

·         Não apela a alternativas à instalação do sobreequipamento, como sejam, a não instalação, o armazenamento, a relocalização para longe da população de Malcata;

·         Não considera os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico, estudo que se justifica, de todo, porque não foram feitos EIA na devida altura. Nessa medida consideramos que estamos perante um desrespeito pelas directivas relacionadas com a Rede Natura 2000 (Aves, Habitats, e fauna, nomeadamente o Lince Ibérico) sendo evidente a não referência a medidas de compensação ambiental, de valorização e recuperação dos habitats, a monitorização de açudes tradicionais, de exclusão do pastoreio, etc.

·         Não apela à necessidade de envolver minimamente as comunidades locais, associações e proprietários.

Sr. Comissário, a população de Malcata considera que está em causa o seu supremo bem-estar, a sua qualidade de vida, o futuro da sua aldeia. O que legitimamente pretendemos é que o Estado Português considere as nossas preocupações e a nossa vontade de continuar a viver condignamente na terra que é nossa e que muito amamos: Malcata. O que desejamos é que as autoridades ambientais portuguesas desenvolvam um processo de  EIA “à posteriori” que, de uma maneira séria e completa, considere os efeitos ambientais conjugados dos dois empreendimentos – Barragem e Parque Eólico, uma vez que ambos decorreram à margem de princípios do direito comunitário.



Pelo Movimento “ Malcata Pro-futuro”

6.1.15

MALCATA PRÓ-FUTURO QUEIXA-SE À UE


Povo de Malcata

continua a sua luta contra mais eólicas!

O Movimento "Malcata Pró-Futuro, apresentou uma queixa à União Europeia sobre o Estado Português por causa do sobreequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, que a Lestenergia pretende levar a cabo na aldeia de Malcata.

Perante ausência de resposta das autoridades nacionais
Movimento “MALCATA PRO-FUTURO” apresenta queixa á União Europeia sobre o Estado Português
Depois de várias exposições e abaixo-assinados dirigidos ao Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, sem obter qualquer resposta, o Movimento “Malcata Pro-Futuro” apresentou uma queixa à Comissão Europeia sobre o Estado Português e mais concretamente sobre a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) por considerar que a emissão da DIA (Declaração de Impacto Ambiental) é omissa em relação aos seguintes aspectos:
• Não atende às preocupações da população relativamente ao ruido, não prevendo a localização de medidores em locais significativos e não preconizando medidas que garantam o cumprimento escrupuloso do Regulamento do Ruído;
• Não apela a alternativas à instalação do sobreequipamento, como sejam, a não instalação, o armazenamento, a relocalização para longe da população de Malcata;
• Não considera os efeitos ambientais conjugados da Barragem e do Parque Eólico, estudo que se justifica, de todo, porque não foram feitos EIA na devida altura. Nessa medida considera que estamos perante um desrespeito pelas directivas relacionadas com a Rede Natura 2000 (Aves, Habitats, e fauna, nomeadamente o Lince Ibérico) sendo evidente a não referência a medidas de compensação ambiental, de valorização e recuperação dos habitats, a monitorização de açudes tradicionais, de exclusão do pastoreio, etc.
• Não apela à necessidade de envolver minimamente as comunidades locais, associações e proprietários.
A população de Malcata considera que está em causa o seu supremo bem-estar, a sua qualidade de vida, o futuro da sua aldeia.
O que legitimamente pretende é que o Estado Português considere as suas preocupações e a sua vontade de continuar a viver condignamente nas suas terras.
O que deseja é que as autoridades ambientais portuguesas desenvolvam um processo de EIA “à posteriori” que, de uma maneira séria e completa, considere os efeitos ambientais conjugados dos dois empreendimentos – Barragem e Parque Eólico de 19 aerogeradores - uma vez que ambos decorreram à margem de princípios do direito comunitário.
http://malcataprofuturo.blogspot.com/

3.1.15

A IMPORTÂNCIA DA PAISAGEM QUE RODEIA MALCATA

Parque Eólico

O movimento Malcata Pró-Futuro defende o ambiente e a paisagem que rodeia a aldeia de Malcata.E cada vez mais nos damos conta que outros também defenderam e defendem o mesmo.
Eis um "recorte" de um estudo elaborado em 2013 e publicado na Revista Crítica de Ciências Sociais:

Ambiente, paisagem, património e economia:
Os conflitos em torno de parques  eólicos  em Portugal

Referência eletrônica
Ana Delicado, Luís Silva, Luís Junqueira, Ana Horta, Susana Fonseca e Mónica Truninger, « Ambiente, paisagem,
património e economia: Os conflitos em torno de parques eólicos em Portugal », Revista Crítica de Ciências
Sociais [Online], 100 | 2013, colocado online no dia 28 Outubro 2013, criado a 30 Outubro 2013. URL : http://
rccs.revues.org/5198 ; DOI : 10.4000/rccs.5198
Editor: Centro de Estudos Sociais
http://rccs.revues.org
http://www.revues.org
Documento acessível online em: http://rccs.revues.org/5198
Este documento é o fac-símile da edição em papel.
© CES
“Nos últimos anos temse assistido em Portugal ao crescimento exponencial do número de parques eólicos, respondendo as pressões  politicas e económicas para atingir metas ambiciosas no que concerne a produção de energia através de fontes renováveis.
A nível geral, este desenvolvimento temse pautado por discursos consensuais – mitigação das alterações climáticas, diminuição da dependência energética face ao exterior –, mas ao nível local e situado os conflitos tornamse visíveis (destruição visual da paisagem, impactes nocivos nos ecossistemas rurais, nas actividades turísticas, na saúde).
Não obstante os reflexos positivos associados aos parques eólicos, tendencialmente ligados a benefícios no combate às alterações climáticas, à redução da poluição, à diminuição da dependência energética de Portugal em relação ao exterior e aos proveitos económicos daí decorrentes, o aumento significativo do número e dimensão das infra-estruturas necessárias ao aproveitamento da energia eólica não passou despercebido. Controvérsias em torno das modificações introduzidas na paisagem, o seu impacte nas espécies naturais, nas actividades turísticas e até sobre a saúde, associadas a uma progressiva cobertura mediática com um forte enfoque nos custos associados à produção de energias renováveis (nomeadamente no peso que tal implica no custo mensal da eletricidade), contrabalançam o pendor aparentemente positivo do discurso em torno do tema.

Enquadramento teórico


   As questões energéticas constituem um desafio ambiental urgente. A ameaça
das alterações climáticas e a escassez de fontes de energia convencional têm
levado os países a investir crescentemente em fontes de energia alternativas
e renováveis. Ao contrário de outras tecnologias de produção energética
(como a nuclear ou os combustíveis fósseis, mas também os biocombustíveis
e as barragens), a energia solar e a energia eólica são geralmente percepcionadas como “limpas”, “verdes” ou “amigas do ambiente”, uma extensão de tecnologias tradicionais como os moinhos de vento (Nadaï e Van der Horst, 2010).
   E, no entanto, este é um domínio onde também têm surgido controvérsias
(no sentido de desacordo entre vários atores sociais, eminentemente
discursivo) e mesmo conflitos, designadamente movimentos de resistência
à implantação de parques eólicos em determinada localização, encabeçados
geralmente  por residentes, autoridades locais ou organizações não
governamentais  (de ambiente, de defesa do património, etc.). De acordo
com  Dietz et al. (1989), a literatura sobre conflitos ambientais tende a
caracterizar estes conflitos em quatro dimensões: como um problema
de conhecimento diferencial (concepção do público como ignorante), ou de
interesses diferenciais (o que suscita questões de justiça), ou de diferença
de valores (agravada em contextos de incerteza), ou ainda de desconfiança
face ao conhecimento dos peritos (suspeitos de parcialidade). Como abaixo
se verá, são estas três últimas dimensões que estão em causa no caso dos
parques eólicos.
   Na acepção de Warren et al. (2005), a energia eólica tende a suscitar controvérsias“verde contra verde” (“green on green”), uma vez que alguns dos
argumentos em oposição se sustentam em valores ambientais contraditórios:
a defesa de fontes de energia não poluente e mitigadora das alterações
climáticas opõese à proteção da paisagem natural e dos ecossistemas. Põese aqui também um problema de escala: benefícios ambientais globais são
obtidos à conta de impactes locais (Warren et al., 2005; Nadaï e Van der Host, 2010; Haggett e Futák­Campbell, 2011; Hall et al., 2013). Isto, porém, pode também ser visto pela perspetiva inversa, quando as necessidades de desenvolvimento económico local colidem com necessidades globais de proteção da natureza (Figueiredo, 2008).
   Estão amplamente documentados casos de oposição à instalação de parques
eólicos no Reino Unido (Woods, 2003; Bell et al., 2005; DevineWright e Howes, 2010), França (Nadaï, 2007), Alemanha (Zoellner et al., 2008), Holanda (Breukers e Wolsink, 2007; Wolsink, 2007a), ou Grécia (Kaldellis, 2005). Esta resistência tem sido motivada pela preocupação com questões como o ruído
ou a poluição sonora (Woods, 2003; Toke, 2005; Hall et al., 2013), os efeitos sobre a saúde (Woods, 2003; Barry et al., 2008; Hall et al., 2013), os impactes
mas também com a percepção de que os aerogeradores arruínam as paisagens
rurais e ameaçam o património natural e cultural (Woods, 2003; Toke, 2005;
Bell et al., 2005; Zoellner et al., 2008; Cowell, 2010; Hall et al., 2013), tendo
consequências não só simbólicas mas também económicas sobre o turismo
e o valor das propriedades (Woods, 2003; Warren et al., 2005; Toke, 2005;
Barry et al., 2008; Clarke, 2009; Nadaï e Van der Horst, 2010; DevineWright
e Howes, 2010; Hall et al., 2013).”








23.12.14

BOAS FESTAS

Quando entro nas instalações do Lar de Malcata, salta à vista a limpeza cuidada e a dedicação dos seus funcionários para com os idosos. 
   A ASSM abriu as portas em 1995 com as valências de Centro de Dia e Apoio ao Domicílio. Em 1996 passou a ter Lar.
   São cerca de 50 idosos que estão a cargo da instituição, estando 37 no Lar, 3 no Centro de Dia e 10 em suas casas, onde recebem apoio domiciliário, ou seja, levam-lhes as duas principais refeições do dia, almoço e jantar, lavagem da roupa pessoal e da casa, limpeza da casa. Estes utentes contam também com toda a ajuda, sempre que solicitada, para acompanhar nas consultas médicas, compras de medicamentos na farmácia…
   A instituição sempre procurou e procura o bem-estar e a melhoria de qualidade de vida dos idosos. Para tal, zela para que não lhes falte o essencial, ou seja, o carinho, o amor, a alimentação, a limpeza e a saúde.
   Quero expressar o meu maior apreço a todos os funcionários e colaboradores da Associação de Solidariedade Social de Malcata, que ao longo destes anos têm proporcionado uma vida mais confortável, mais segura e com mais dignidade aos nossos queridos idosos. Graças ao trabalho de todos, os idosos, que são merecedores dos vossos carinhos e afectos, vão vivendo os seus dias e as suas noites à espera de um gesto de gratidão pelos sacrifícios que passaram nas suas vidas, para que outros beneficiassem duma vida melhor do que a que eles viveram. Todos e cada um de nós lhes devemos aquilo que somos e aquilo que temos e por isso merecem todo o nosso carinho, apoio e solidariedade, enquanto viverem entre nós usufruindo duma qualidade de vida que os faz sentir felizes e aos seus familiares e amigos orgulhosos.
   A todos vós, que ajudam a engrandecer o nome e a alma da ASSM e a todos malcatenhos, Boas Festas e um Feliz Ano Novo. 





18.12.14

MALCATA CONTESTA EÓLICAS




Habitantes de Malcata
Contestam Expansão de Parque Eólico!


 Parque Eólico de Penamacor 3B
( Até os animais da Quinta do Ramalhas deixaram de ter sossego)






Ler mais em: 
http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/habitantes_de_aldeia_do_sabugal_contestam_ampliacao_de_parque_eolico.html

E também podem ler aqui:
Ler mais: http://visao.sapo.pt/habitantes-de-aldeia-do-sabugal-contestam-ampliacao-de-parque-eolico=f804761#ixzz3MI8MfrZG
Também é importante saber que:
Em 2011 o Parque Eólico de Penamacor produziu 269.263 MWh o que corresponde a uma facturação de 27.255M€. Quanto deste dinheiro beneficiou a aldeia de Malcata?
A Lestenergia iniciou em 2010 os procedimentos necessários ao sobreequipamento ( expansão ) do Parque Eólico de Penamacor. O Parque de Penamacor é composto por vários Subparques e o de Malcata é designado por Sub-Parque de Penamacor 3B. Neste momento já estão instalados e em laboração 19 aerogeradores. E apesar de a Lestenergia escrever no seu relatório de actividades de 2011 a expansão do Parque de Penamacor, os habitantes da aldeia de Malcata foram mantidos no esquecimento e só em 2014 é que conheceram as verdadeiras intenções dos promotores do parque eólico. Embora no que diz respeito ao licenciamento do sobreequipamento, a Câmara Municipal do Sabugal tivesse solicitado a elaboração de um Estudo de Impacto Ambiental, o povo não foi devidamente informado. Para além do atraso do início desta obra por causa da exigência da Câmara do Sabugal, que atrasou o processo de licenciamento, no Relatório de Actividade de 2011 da Lestenergia também podemos ler que a empresa teve dificuldade na obtenção de financiamento.


14.12.14

PERGUNTAS DIFÍCEIS


PORQUÊ?

Na aldeia e por muitos outros lugares há pessoas que levaram as mãos à cara e fizeram a temida pergunta: porquê? Porquê ela e assim como foi? Porquê?
Porquê três funerais numa semana? 
Grande mistério que mesmo vivendo longe e afastado me faz pensar na morte de tanta gente querida e que partiu. 
É difícil esquecer e não pensar na morte. A verdade é que a filha da mãe leva as pessoas amigas e aquelas que nasceram no mesmo lugar que eu e muitas vezes nem nos avisa, nem uma simples sms, apesar de ser gratuito e rápido. Valha-nos os amigos que nos avisam pelo facebook!
Há coisas na vida que a minha inteligência não me consegue explicar.
Disseram-me tantas vezes que Deus é Amor!
Tão difícil acreditar quando é Ele que decide tudo.
Apetece gritar e perguntar: Porquê? Ainda tinha tanto para viver, ainda tanto tempo para servir a comunidade paroquial...mas não adianta. É mesmo verdade o que aconteceu na minha terra que parece ter sido escolhida para não fazer mais nada que passar o tempo a andar o caminho que ninguém deseja já, logo, amanhã ou depois do Natal. Que distraídos andamos a maioria de nós! Um dia...será mesmo e não adianta escapar.
Por favor, vós que chegastes primeiro, dai um beijinho à minha mãe!

2.12.14

FAZER O BEM


  Malcata é uma aldeia como tantas outras do nosso país. Cada terra tem o seu personagem que todos conhecem e sempre que passa é apontado e rotulado de tontinho, de pessoa sem acareios, de mausinho e toda a gente se ri à custa dos seus disparates, mas ninguém gosta que seja da sua família, sempre faz parte de outras famílias e não da minha, da vossa. 
   Estamos a lidar com pessoas que são vítimas de doenças mentais, de imperfeições físicas, mas que os outros apenas lhes apontam os defeitos e nunca as qualidades.   Em Malcata também viveram, vivem e viverão tontinhos e tontinhas. Cuidado, porque desequilíbrios mentais involuntários nenhum de nós está livre de um dia também vir a sofrer, por exemplo, de uma depressão mais ou menos profunda. Por isso, cada um de nós, independentemente do que faz hoje, do que sente hoje e da vida que vive hoje, está sujeito a passar por situações limite e de um momento para o outro a vida dá uma volta completa.
   Para levar uma vida feliz gozar de uma boa saúde mental é essencial para viver com alegria e em harmonia com o mundo que nos rodeia.

    A Associação Solidariedade Social de Malcata ( Lar ) felizmente tem contribuído e ajudado algumas pessoas da nossa aldeia, ajudando-as a tomar a sua medicação diária ( necessária ), ajudando-as na alimentação e até no apoio emocional. Sabemos que o nosso Serviço Nacional de Saúde não consegue ajudar todos os que sofrem e muito menos aqueles que vivem em aldeias como a nossa. Daí a importância do apoio do Lar no empenhamento em prestar a ajuda que tanta falta faz.