22.5.13

FESTA DA CARQUEJA 2013








AMOSTRA DE SABORES DE MALCATA

   Pelo segundo ano da Festa da Carqueja fez parte a amostra de sabores de Malcata. A abertura aconteceu às 16 horas de sábado, 18 de Maio, na Praça do Rossio e na Torrinha, mesmo ali no centro da aldeia. Ao convite feito pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata responderam uma dezena de malcatanhos que exposeram os seus produtos nas tendas que a ASTA colocou à disposição da ACDM. 








EXPOSITORES















































































































































































15.5.13

MALCATA E A FESTA DA CARQUEJA




PROGRAMA DA FESTA DA CARQUEJA 2013


Dia 18 de Maio:

15h00 - Arruada: Gigantes e cabeçudos de Aldeia do Bispo
16h00 - Abertura da Amostra de Sabores de Malcata, no Largo do Rossio e Torrinha
(as pessoas de Malcata interessadas em participar devem fazer a sua inscrição junto de qualquer membro da direção)
21h00 - Sarau Musical
- Academia de Música do Sabugal
- Banda da Bendada
- Duo Malcatanho

Dia 19 de Maio:

09h00 - Ronda Musical
10h00 - Caminhada para a Serra/Peddy Paper: à descoberta de plantas e flores, até ao Espigal
12h00 - Missa Campal
13h00 - Almoço convívio (oferta da ACDM)
14h00 - Jogos tradicionais de entretenimento/Passeio livre pela Serra
17h00 - Regresso da Serra
18h30 - Encerramento da Exposição e Amostra de Sabores
Arruada Final

10.5.13

MALCATA SOLIDÁRIA

Homenagem ao Presidente da ASSM
(
Foto do jornal Cinco Quinas )
    Foi em ambiente de festa que o povo de Malcata celebrou os 18 anos de vida do lar da ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata ) e que este ano teve como ponto alto a homenagem ao seu presidente, senhor Carlos Clemente, cargo que ocupa desde 1995. "Pavilhão Carlos Clemente" é o nome com que agora passa a ser conhecida a obra que foi construída em 1998 e que todos chamavam pavilhão multiusos.
Carlos Clemente agradece a homenagem
                                                              ( Foto do Jornal Cinco Quinas )
 
   


A homenagem a Carlos Clemente foi acompanhada pelo senhor Jacinto Dias, actual Director do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda, pelo senhor António Robalo, actual presidente da Câmara Municipal do Sabugal e pelo senhor Carlos Gonçalves, actual presidente da mesa da Assembleia Geral da associação.
   E antes de todos cantarem os parabéns, houve comes e bebes, música e cantares pelo Grupo de Cantares da Meimoa. A cereja em cima do bolo foi colocada pelo comovido presidente da instituição ao anunciar que brevemente se irão iniciar as obras da Unidade Residencial  Para Idosos, com capacidade para receber e apoiar 31 utentes. A unidade social ocupará os terrenos ao lado do Pavilhão Carlos Clemente.
   E pensar que tudo começou com um sonho, com a bondade doTi Cidades ( Manuel Augusto Cidades ), que doou à ASSM os terrenos onde em 1992 se iniciou a construção do lar. A sua inauguração decorreu no ano de 1994, em 1995 eram já 25 os utentes do lar, aumentando para 37 utentes em 1997, após obras de adaptação. Seguiu-se em 1998 a construção do pavilhão multiusos, um espaço que tem servido toda a população de Malcata sempre que dele necessita.
   A ASSM está VIVA e o céu é o limite dos seus sonhos. 



Funcionários do Lar


 
   Uma palavra de apreço para todas as pessoas que fizeram parte da direcção da instituição. Também uma palavra de agradecimento e de ânimo para todos os funcionários da instituição que diariamente dão o seu melhor para o bem estar dos nossos queridos idosos.


   

15.4.13

OS SINOS TAMBÉM FALAM

Campanário da igreja matriz

     Ao chegar a Malcata não se assuste se de repente ouvir o som dos sinos. É ainda normal escutar esses sons na aldeia e nos campos que a rodeiam. E é normal que quem venha a esta aldeia pense e se interrogue porque estão os sinos a tocar.
   Acredito que, se perguntar a uma pessoa da aldeia que esteja ao seu lado e já for de idade avançada, obterá uma resposta acertada, mas se fizer essa mesma pergunta a um jovem, quase de certeza que não satisfará a sua curiosidade.
   Na nossa aldeia existem três sinos em pleno funcionamento: dois no campanário da Igreja Matriz e outro na Torre do Relógio. Durante muitos anos estes três sinos têm sido importantes na vida quotidiana das pessoas da aldeia. Os sinos do campanário continuam a enviar a mensagem a quem deseja participar nas diversas cerimónias religiosas que ao longo do ano se realizam na igreja, agora de cara renovada. E também o sino da torre do relógio continua a ser o marcador do tempo para muitas pessoas.
 
   



Última chamada para a missa

   Será que o toque dos sinos sempre foi feito como o sacristão o faz hoje? E por que razão só os homens tocavam e ainda hoje, é deles o exclusivo desta tarefa? Alguma vez os sinos terão sido tocados através da ajuda de cordas? Sabiam que há variados tipos de toques?
   A verdade é que na aldeia continuamos a poder ouvir os três sinos a tocar sempre que é necessário. Por mais quantos anos vamos continuar a ouvir os sinos do campanário? Hoje já muitas pessoas deixaram de dar importância ao som dos sinos. Aquilo que hoje chamamos internet e comunicação digital, desde há muitos anos que os sinos serviam de mensageiros rápidos e sem interferências no envio das mensagens importantes que eram necessário e urgente às vezes, transmitir ao povo.
   E o sino da torre do relógio? Lá continua a resistir e a transmitir as horas e as meias horas a quem quiser ouvir. Hoje o martelo eléctrico substitui os dois pêndulos que durante anos e anos davam a corda ao relógio e ajudavam os ponteiros a passar as horas do dia e da noite. Nunca compreendi a decisão desta mudança na forma de o relógio trabalhar, mas ninguém me venha dizer que a electricidade é melhor do que as duas pedras. Na altura deviam ter reparado o que estava defeituoso e nunca terem destruído uma sistema que hoje faria  do relógio uma máquina invulgar e única. 



São 5 horas da tarde no relógio da torre
        Como vêem, os sinos também falam e ainda conseguem enviar mensagens sem erros, desde que o operador saiba badalar correctamente.
   

16.3.13

A ALDEIA DO SOSSEGO E DO VAGAR


   Há lugares neste país em que ficamos com a sensação que o tempo anda a uma velocidade mais lenta. Quando deixo a confusão da cidade e ando pelos campos e caminhos da aldeia, fico convencido que em Malcata os ponteiros do relógio andam mais devagar, as horas parecem mais longas e os dias nunca mais acabam.

   
Pequenos jardins, onde ouvimos o vento e os pássaros, levam-nos a olhar para as águas calmas da albufeira e dou comigo a olhar e não vejo senão água e mais água e mais água. Ó Senhora dos Caminhos, para onde estamos a caminhar?

 

   Na aldeia é assim o trânsito nas ruas. E cada vez passam menos e o silêncio perdura durante horas e horas e raramente se ouvem as campainhas das cabras a descer a rua e aqueles inúmeros "caraços pretos de azeitona", mas que até nem eram assim tão mal cheirosos.


Os caminhos vêm da serra e vão para a serra. São caminhos ideais para esquecer os problemas e admirar paisagens de cortar a respiração. Lá do alto da Machoca, em dias claros e azuis celeste, os olhos conseguem alcançar a outra serra, a Serra da Estrela, a aldeia de Quadrazais, imaginamos os Fóios e as terras de Espanha e pensamos se por lá, as montanhas se encheram de ventoínhas que com a ajuda do vento fabricam electricidade. E até com sorte conseguimos ver a torre do Castelo de Cinco Quinas que há muitos séculos defende a história deste povo raiano.
   
   Olhando para a imagem nem parece que é o que é. Ah meu povo, olhai para esta magnífica paisagem e digam lá se nos enche a alma! Claro que sim. Hoje Malcata proporciona estas maravilhas e muitas outras.

9.3.13

OS ESPAÇOS DA ALDEIA


O ESPAÇO PÚBLICO NA ALDEIA DE MALCATA


Que espaços públicos existem na aldeia?
Como é que eles se  encontram  hoje organizados e que transformações sofreram ao longo do tempo?

Qual a importância desses espaços  públicos  e a sua configuração, da sua envolvente e da sua adaptação às
novas necessidades das pessoas?

Quais as principais características que os espaços públicos devem possuir, de forma a responder eficazmente e com qualidade aos novos e futuros desafios de Malcata?

A PRAÇA DO ROSSIO

(Torrinha)



  A Praça do Rossio, também conhecida pela Torrinha, foi e ainda continua a ser o espaço público mais concorrido da aldeia. Desta praça partem, ou confluem, cinco das ruas principais da aldeia: Rua da Fonte, Rua do Carvalhão, Rua de Baixo, Rua da Ladeirinha e a Rua da Moita.



Início da Rua do Carvalhão

 Rua da Ladeirinha, ao fundo, para a direita e
Rua da Moita para a esquerda

 Rua da Fonte



Rua de Baixo



Praça do Rossio ( Torrinha )



 Fonte e tanques

 Torre do Relógio


 A Torre do Relógio

   A Praça do Rossio, sendo o espaço público com maior importância na povoação, não deve ser descurado, pois tem representado um modo de vida dos nossos conterrâneos ao longo de séculos.
   Este espaço tem funcionado como o local de festas, bailes, mostras gastronómicas, etc. E quem não se lembra dos encontros e das cartadas que se jogaram nesta praça? Este lugar ainda hoje continua a ser um lugar de encontros, de convívios. A presença da Torre do Relógio, a fonte e a água sempre fresca, os comércios do Ti Tó ( casado com a Ti Rosa ), o outro comércio, do Ti Varandas ( casado com a Ti Deolinda ), muitos anos serviu como Posto dos Correios e até de posto de "enfermagem" que muitos nunca esquecem os saberes e os dons do Ti Varandas. Também nesta praça existiu a taberna mais conhecida da aldeia e não só, onde eu em garoto, via televisão, os adultos bebiam os quartilhos ou traçados, tendo sido mais tarde, o primeiro sítio a servir café expresso, muitos chamavam "bica". Esta taberna do Ti Joaquim "Rebino" e da Ti "Benbinda" muito contribuíram para que este local fosse o centro da terra.
   Era nesta praça que os homens se encontravam. Então aos domingos, no fim das missa, todos paravam por aqui e por aqui ficavam na conversa, bebiam uns copitos e as mulheres juntavam-se nas bancas dos vendedores que apareciam por aqui com as carrinhas a vender frutas, calçado, roupas, às vezes lá aparecia um latoeiro e quem tivesse caldeiros rotos ou quisesse comprar um novo, ou comprar uma almotelia para o azeite, ou comprar uma candeia nova, era de aproveitar.
   Hoje, já não é a mesma coisa.
   E tanto mais que eu tinha para escrever sobre a praça do Rossio, a fonte, o forno do pão. É por isso inquestionável a necessidade de olhar para este espaço público e estudar a forma de manter, preservar e melhorar este mesmo local continuando como sítio de encontro de pessoas.
   Olhando para o espaço da praça, observando as construções que rodeiam o Rossio e a Torrinha, que vos parece? Está bem como está? As casas e a sua conservação contribuem para valorizar este espaço público, ou pelo contrário, está a necessitar de intervenção urgente?