31.10.12

A MORTE É CERTA


  

 “O culto aos mortos deve ser controlado, para não exceder a nossa capacidade emocional e não ficarmos prisioneiros das emoções. A vida é bonita e complexa porque tem no seu âmago ternura, amor, recordações, mas, principalmente, tem muito de imprevisível e inesperado que nos choca, entristece, deslumbra, fazendo-nos sucumbir ante tanto sofrimento. São as frustrações e o sofrimento, consequentes da vida. Por isso, temos que saber viver com sobriedade, gerindo inteligentemente essas emoções.
   Não devemos ficar deslumbrados e desnorteados com as alegrias ou com as dores, como a borboleta perante a luz.   O homem tem a tentação de ser guloso da vida, pensando que será permanentemente adoçado com o torrão de mel que, de vez em quando, a vida lhe proporciona. O ser humano tem de aceitar que terá de suportar dor e amargura, constantes da vida.   No cemitério devemos privilegiar o respeito e a meditação para nos tornarmos melhores, ante as memórias benditas que os entes queridos nos legaram.   O ódio e o rancor são desperdícios que, infelizmente, só mais tarde sentimos. Estes sentimentos positivos são como depósitos numa conta bancária que somos nós próprios, a débito, porque só os fazem mal. Já os sentimentos positivos são créditos nessa conta e se aí efectuarmos muitos depósitos de paz, compreensão, perdão, alegria, auto-estima, seremos enormes capitalistas da vida.”

   Autor deste texto:  Manuel Martins Fernandes
                                no livro "Memórias de Infância...Raízes do Coração"


JORNADA MICOLÓGICA EM MALCATA

III JORNADAS MICOLÓGICAS em Malcata

COM A PARTICIPAÇÃO DO ENGENHEIRO GRAVITO HENRIQUES,
técnico da DRAP Centro e especialista em cogumelos.



Engº.Gravito Henriques

23.10.12

VENDA DE CASTANHEIROS




AOS PRODUTORES DE CASTANHA E PARTICULARES:
   A E. M. Sabugal+ tem à disposição dos produtores e do público em geral, Castanheiros Enxertados para plantações, Castanhas e Avelãs para venda. Podem ser comprados directamente na Colónia Agrícola de Martim Rei ou encomendados no Museu e Piscinas Municipais.
   Com o início do Outono chegam as castanhas, fruto dos frondosos e característicos castanheiros que carregados de ouriços embelezam as paisagens do nosso Concelho. Esta árvore de fruto que revela enorme potencialidade no nosso Concelho, emerge e eleva-se suportando o nosso clima rigoroso e de extremos.
   A fileira da Castanha tem um papel activo na economia local do nosso Concelho, podendo ganhar maior representatividade se continuarmos a apostar nesta espécie, desenvolvendo estratégias organizadas para optimizar a sua comercialização.
   A Colónia Agrícola, além das famosas castanhas de diversas variedades e tamanhos, possui ainda um viveiro licenciado pela DGADR (direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural) com o nº5061, habilitado a proceder à produção e venda de material de propagação vegetativa de Castanheiros.
   Martainha, Longal e Judia são as variedades de castanheiros disponíveis, com preços a partir de 8€ por castanheiro. Estas são as três variedades que melhor se adaptam à nossa região, apresentando as suas castanhas um bom valor económico e nutricional.

13.9.12

NEGÓCIOS NO SABUGAL


 Largo da Fonte, cidade do Sabugal


  Era uma vez um homem...
que vivia na cidade do Sabugal e tinha no Largo da Fonte uma roulotte para vender pizzas quentes , ali mesmo ao lado da fonte. Porque ouvia mal, não ouvia a Rádio Altitude e nem as notícias da região onde vive e que o jornalista Joaquim Martins divulga todos os dias na Star FM . E porque já via mal, deixou de ligar o televisor quando está em casa, não lia o jornal Cinco Quinas, nem o Amigo da Verdade e muito menos os jornais diários nacionais vendidos ali no quiosque ao lado da sua roulotte transformada numa pizzaria, a melhor pizzaria da cidade.
   Preocupava-se com o seu negócio,e por isso, pendurava no tronco das árvores cartazes de propaganda, oferecia uma fatia de pizza para o cliente provar, anunciava em voz alta as diversas pizzas que fazia e o povo gostava e comprava. Então no mês de Agosto é que o negócio rendia, pois todos os dias perto da hora do almoço, lanche e jantar não tinha mãos a medir. A sua principal preocupação era a satisfação do cliente: comprava a melhor farinha, os melhores azeites e óleos, os chouriços, cebolas, milho, queijo, alho, louro, diversas carnes eram adquiridos nos fornecedores da região, pois a qualidade desses produtos era o segredo para a fama das suas pizzas.
   Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar o Colégio do Soito ao filho. O rapaz cresceu e foi para a Faculdade de Economia de Coimbra tendo concluído os seus estudos com distinção. Acabados os estudos, o filho Doutor  regressa a casa e ao ver que o seu pai continuava com a mesma vida de sempre e a vender as mesmas pizzas, ele agora um doutor informado e educado virou-se para o pai e perguntou-lhe:
- Pai, tu não ouves rádio?
  Não vês televisão?
  Não lês jornais?
  Pai, o mundo está em crise. Portugal está mergulhado numa grave crise, o desemprego está a aumentar cada dia que passa, muitas pessoas não têm trabalho, estão sem dinheiro. Há que poupar, há que economizar.
   O pai escutou pacientemente o seu filho doutor e disse:
- Filho, tens razão. Vou tomar medidas e mudar umas coisas no negócio das pizzas.
   Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de farinha mais barato ( e é claro, pior ). Deixou de comprar aos seus fornecedores habituais da região do Sabugal e passou a comprar chouriças, queijos, cenouras, cebolas, pimentos, alhos, salsa, azeitonas, azeite e outros ingredientes a quem lhe vendesse mais barato, mesmo de inferior qualidade. Também decidiu retirar todos os cartazes de publicidade, deixou de oferecer a prova aos clientes, tudo com a ideia de que assim ganharia mais dinheiro.
   A verdade é que com o passar do tempo e apesar destas medidas que tinha tomado, as vendas começaram a cair e chegaram mesmo a níveis insuportáveis.
   O negócio das pizzas que antes gerava recursos, faliu.
   O pai, triste, telefona para o filho  e diz-lhe:
- Filho, tinhas razão. Estamos mesmo numa grande crise. Agora vou esperar que passe e pode ser que volte a abrir a barraca das pizzas quentes. Bem dita a hora em que te enviei para a faculdade estudar economia.

   Nota: este texto é baseado num  texto  original publicado em Fevereiro de 1958 num anúncio da Quaker State Metals.co

25.8.12

MALCATA: AECT-DUERO-DOURO APOIA NO PERCURSO PEDESTRE

  Percursos pedestres contribuem para desenvolver Malcata

 A aldeia de Malcata vai ser umas das freguesias do concelho do Sabugal que vão beneficiar do programa "Fronteira  Natural". Trata-se de um projecto-programa da responsabilidade do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro ( AECT-Duero/Douro) que tem como objectivo a recuperação, até ao final do ano, uma centena de espaços verdes nas localidades transfronteiriças de Portugal e Espanha. A Junta de Freguesia de Malcata apresentou a recuperação-conservação do Percurso Pedestre e que na passada sexta-feira foi aceite.
   Lembram-se das "cabras-bombeiro" e que ainda não arrancou no nosso concelho?
   Vamos lá ver o que teremos no final do ano!

http://www.asbeiras.pt/2012/08/agrupamento-europeu-apoia-recuperacao-de-espacos-naturais-no-concelho-do-sabugal/

16.8.12

CAMINHADA NOCTURNA DE MALCATA

Caminheiros da noite

   




Na noite de 4 de Agosto de 2012, a Associação Cultural e Desportiva de Malcata organizou mais uma Caminhada Nocturna. O início da caminhada estava marcada para as 21 horas, na sede da associação. Fui dos primeiros a chegar e aos poucos outros também apareciam, novos, maduros e mais idosos que me deixaram a pensar nas razões que a razão desconhece.   







           O amigo Gael, cidadão francês que uns amigos de Malcata convidaram a conhecer a nossa aldeia.



         















Rui Chamusco, presidente da ACDM, dá as boas vindas aos caminheiros e o seu vice-presidente,
José Manuel atento às suas palavras.




Novos e menos novos escutam as explicações



  
   Com o tempo a passar o largo da sede da associação ia-se enchendo com pessoas com vontade de ir passar uma noite de sábado bem diferente, mas nem por isso menos divertida.
   E a caminhada começou com o grupo a dar as primeiras passadas a descer a Rua da Escola Primária, seguindo pela Rua da Fonte, descemos a Rua de Baixo e pela Rua da Capela continuámos a caminhada, passando pelas Relvas das Casas, subimos até aos Chãos da Serra e sempre a abrir até à Machoca. Aqui, um grupo de amigos da ACDM esperava-nos para nos oferecer chá quente, leite quente, chocolate quente, bebidas refrescantes, biscoitos, sandes, chocolates de cereais e muita alegria.




A caminho da Fonte Velha












Caminheiros na Rua da Fonte

    
A chegar à Torrinha


Entrar na escuridão da Rua da Capela




A entre-ajuda é de louvar









Os flashes das máquinas assustavam alguns caminheiros





















































Os caminhos estavam cheios de pó e o nariz sentia-se sufocado...


















 Na ausência do luar, esta luz forte indicava que estávamos a chegar à Machoca, ponto mais alto da caminhada e também o local escolhido pela ACDM para nos aquecer as barrigas.























































































   E depois de retemperar as forças, é chegada a altura de reiniciar a caminhada. Enquanto que a primeira parte foi sempre a subir, agora vai ser sempre a descer até ao fim.


















As fotos enganam, o que os parece gotas de água, não são mais que pequenas partículas de pó que os caminheiros faziam levantar enquanto caminhavam!






    "Anda daí Zé, estamos quase a chegar!"




















  


O cansaço começa a aparecer....








E o jipe do Joaquim António serve de "botas"para os mais cansados...



















Mariana está a fotografar algum lince?








 







E chegámos ao fim com a oferta de caldo verde quentinho...e com chouriça!



























A nossa amiga holandesa aguentou até ao fim




   E como depois de caminhar 12 quilómetros e ainda por cima de noite, deu nisto, todos com fome e cansados mas com vontade de um dia voltar a repetir a caminhada.