15.4.08

OS IDOSOS DO SABUGAL E O PCHI

PROGRAMA CONFORTO HABITACIONAL PARA IDOSOS




O Programa Conforto Habitacional para Idosos(PCHI) foi iniciado em Julho de 2007 e no concelho do Sabugal foram apresentados 19 projectos.
O PCHI tem um investimento para o concelho do Sabugal no valor de 66.500 euros e com um valor máximo por obra de 3.500 euros.

O Programa está lento na sua aplicação. Os processos para a aprovação dos projectos eram demorados e muito burocratizados. O Governo, através de um despacho, veio agora aligeirar toda a papelada necessária para que o beneficiário ( de idade avançada ) tenha facilidade em ver as obras feitas na sua casa.
A Câmara Municipal do Sabugal realiza a intervenção e o Ministério da Solidariedade Social suportará os encargos com os materiais.
Até agora, seis idosos do Distrito da Guarda, já podem usufruir de melhores condições de habitabilidade das suas casas.
Com este despacho governamental que agora saiu espera-se que o projecto ande e mais idosos venham beneficiar deste programa.

Vivemos, de facto, num país em que para estradas, aeroportos, pontes, barragens e todas essas obras de cimento, dinheiro é coisa que não falta.Gasta-se dinheiro em estudos prévios, em estudos do impacto ambiental, em saber se a ponte (mais uma) vai passar o Tejo daqui para ali ou dali para aqui. Gasta-se dinheiro e tempo e o país luta com falta de condições de higiene e segurança nas habitações dos mais idosos . Milhões e milhões de euros para a grande Lisboa, já campeã europeia de auto-estradas e vai ganhar o campeonato das pontes não tarda nada. Mas para um Programa de Condições de Habitabilidade e Conforto de pessoas Idosas, espalhadas por 14 concelhos do distrito da Guarda, o governo entrega um milhão de euros. Há pessoas que não possuem nas suas casas uma sanita para aliviar a bexiga ou o intestino. O frio e a chuva entra-lhes pelos buracos da telha partida, pelas janelas de madeira velha e podre ou pela soleira da porta. E os nossos governantes, iluminados e elogiados pelos grandes senhores do tijolo, do cimento e do alcatrão decidem que o desenvolvimento de Portugal se faz com a construção de auto-estradas, aeroportos, pontes e barragens.
Valha-nos a sabedoria e a riqueza das pessoas da nossa terra. Nasceram na aldeia e vivem na aldeia que, apesar de tudo, é o lugar onde se sentem mais felizes. A qualidade de vida para eles não é medida pelo número de divisões que a sua casa tem, nem pelo número de aquecedores espalhados pela casa, muito menos pelos canais que podem ver na televisão. Claro que não dispensam a lareira e os cobertores para aquecer o corpo enquanto dormem. Mas,quando se sentem apertados da bexiga ou quando lhes vem a vontade de deitar fora aquilo que o seu estômago já transformou em lixo, não há penico que chehue ao conforto da sanita. Mas, mesmo sabendo que nesses momentos a existência do quarto de banho em casa é necessário e o serviço feito noutras condições, o dono da casa continua a sua vida e a gostar mais da aldeia do que da cidade.É por estas coisas que quando falamos em conforto e qualidade de vida para as pessoas idosas deviamos pensar nas verdadeiras necessidades que há no nosso país.Porque razão os políticos não investem mais nas condições de conforto e habitabilidade dos portugueses, em melhores condições de conforto e funcionalidade das escolas, na formação e informação das regras básicas de saúde e bem-estar?
Eu, simples cidadão, tenho a convicção de que se tudo o que eu disse atrás desse votos eleitorais e tachos para os políticos nas administrações das grandes empresas do betão, alcatrão, cimento, tijolo...todas as pessoas tinham direito a uma casa com Wc's, aquecedores, ar condicionado, energia solar ou eólica e todo o conforto dos condomínios privados das cidades.
Resta aguardar que o Programa de Conforto e Habitabilidade para os idosos do concelho do Sabugal os faça mais felizes.



Mais conforto para idosos
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14.4.08

FUTSAL INTER-FREGUESIAS 2008

Aqui está o calendário de jogos da equipa da ACDM(Associação Cultural e Desportiva de Malcata)1ªfase, do 6ºTorneio de Futsal Inter-Freguesias do concelho do Sabugal(2008):




O torneio tem como objectivos essenciais promover a prática desportiva e proporcionar mais dinamismo às aldeias do concelho do Sabugal. Malcata, através da sua Associação Cultural e Desportiva, tem estado presente nestes eventos e o saldo tem sido bastante positivo.



13.4.08

GUARDAR A ROLHA DE CORTIÇA




A Quercus com o apoio da Unesco, está a desenvolver uma campanha de reciclagem de rolhas de cortiça. Para além de promover a recolha e reciclagem das rolhas de cortiça, já usadas, esta iniciativa pretende angariar fundos para financiar a recuperação e conservação de ecossistemas, através do programa "Criar Bosques, Conservar a Biodiversidade".
Os hipermercados "Continente" vão ter à disposição recepctáculos próprios para depositar as rolhas usadas, que serão posteriormente encaminhadas para reciclagem. O dinheiro adquirido com reaproveitamento de cortiça, a cargo da Corticeira Amorim, será usado para plantar carvalhos, azinheiras e sobreiros país.

A ideia da campanha é fantástica. Lamento é que as pessoas tenham que ir depositar as rolhas usadas às portas do hipermercado. Porque não espalhar por todo o país receptáculos para recolher as rolhas de cortiça? A rolha de cortiça é usada na maioria dos gargalos das garrafas e garrafões. Quem não faz compras nos hipermercados também devia ter a oportunidade de participar nesta campanha. Quantos mais pontos de recolha de rolhas, maior número de rolhas se irão recolher. E se aumentar o número de rolhas recicladas, aumenta-se também a cortiça reciclada, logo aumenta também o dinheiro a ser usado para plantar carvalhos, azinheiras e sobreiros. Ou estas campanhas são campanhas de marketing que os empresários utilizam para se promoverem? Que eu saiba nas aldeias como a de Malcata, rolhas de cortiça usadas deve existir uma por cada garrafa cheia de vinho e ainda haverá algumas rolhas nos pipos e pipas das adegas.
Quando a finalidade das campanhas é de facto criar bosques, quantas mais árvores plantadas mais estamos a contribuir para um melhor ambiente.

7.4.08

DIA NACIONAL DO MOINHO

Moinho de Malcata (entrada)





Moinho de Malcata(Rodízios)



Moinho de Malcata(Mó)

Hoje, em Portugal os moinhos têm o seu dia. Em Malcata, os moinhos movidos pelas águas do rio Côa foram completamente destruidos quando construiram a barragem. Lamento não se ter feito nada para preservar este património. A Junta de Freguesia ainda se lembrou de erguer um moinho novo e foi com a ajuda dos "moleiros" ainda vivos que a obra foi construida.
Estes moinhos, autênticas fábricas de moagem há uns anos atrás, trabalhavam graças à passagem da água que ao cair nas pás do rodízio faziam movimentar um veio ao qual estava ligada a mó de pedra. Ora o rio Côa, com tanta água que corria no seu leito, foi local priviligiado para a construção deste tipo de moinhos.
Este moinho que as fotografias mostram, para além de ser uma cópia dos antigos moinhos, foi erguido num local onde a água quase não existe. No Inverno é possível reter a água numa presa para ser encaminhada até ao moinho. No Verão, infelizmente, não há quase água e o moinho não pode mostrar o seu saber.
Contudo, foi louvável a construção deste moinho que vai ajudar a perpectuar a vida e a história de Malcata.

6.4.08

BARRAGEM DO SABUGAL

PLANOS DE EMERGÊNCIA


A barragem do Sabugal, desde que entrou em funcionamento, não foi notícia de televisão ou jornal por causa de situações de emergência. Ainda bem!
Todas as barragens têm um Plano de Emergência. E o Regulamento de Segurança de Barragens preconiza que se deve desenvolver um documento onde estejam definidas as regras e as recomendações relativas aos controlos de segurança.
Os Planos de emergência têm em vista uma rápida e adequada intervenção das autoridades e da população potencialmente afectada no caso de ocorrência de um acidente na barragem. É um documento que determina as obrigações hierárquicas e funcionais dos principais intervenientes, fixando as respectivas missões e coordenações dos meios materiais, recursos técnicos e humanos necessários para fazer face ao acidente e obriga também à definição de zonas de risco e de exercícios periódicos, entre outras obrigações.
Há em Portugal muitas barragens e há gente que se preocupa em manter os Planos de Emergência em estado de rápida intervenção, como demonstram as fotos a seguir. E até procuram ajuda e colaboração de "nuestros hermanos", pois, o exercício periódico de "acidentes simulados" para além de obrigatório, serve de aperfeiçoamento dos procedimentos a realizar numa situação real.








Será que as populações de Sabugal e Malcata podem confiar numa rápida e adequada intervenção da corporação dos Bombeiros Voluntários do Sabugal no caso de ocorrência de um acidente ou de uma situação de emergência com origem na albufeira da barragem do Sabugal?
Que meios técnicos, materiais e recursos humanos possuem os Bombeiros do Sabugal e outras entidades responsáveis pela Segurança das populações?
Antes que nos assaltem a casa devemos tomar providências para evitar males maiores.O nosso concelho nos meses mais quentes é refúgio para muitos e como nem todos têm dinheiro para pisar areia e molhar os pés na água do mar, mergulham nas águas calmas e cristalinas da barragem do Sabugal. Era bom que as autoridades investissem na prevenção e em meios materiais,técnicos e humanos para uma efectiva segurança daquelas pessoas que aqui vivem e também dos que nos visitam.

4.4.08

A DESERTIFICAÇÃO DAS ALDEIAS


A desertificação e desenraizamento acontece em todo o mundo. Não se trata de um fenómeno exclusivo apenas das aldeias portuguesas. As pessoas sentem necessidade de procurar a felicidade e muitas partem da sua terra com a esperança de um dia a encontrarem.
"A desertificação significa o movimento contínuo e crescente de abandono das terras do interior por parte da sua população e a sua deslocação massiva para outras mais litorais e, sobretudo, para as duas grandes áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Não é que esse êxodo aconteça porque os lugares de origem estejam a transformar-se em desertos mas, antes, porque neles, já ninguém acredita e, pior que isso, já todos terão perdido a esperança.
..."As pessoas quando abandonam uma pequena aldeia do interior que, subitamente se viu reduzida a uma centena ou menos de vizinhos, para se ir fixar na vila mais próxima, forçasamente que deixa no sítio de onde saíu uma importante carga de memória que não vai encontrar, nem construir, nem reconstruir a curto prazo, no novo lugar que escolheu.
Outras vezes, a mudança é, porém, súbita e radical e faz-se mesmo, directamente da aldeia para a metrópole. Em qualquer caso, a mudança é, fatalmente acompanhada da alteração brusca do quadro de referência de vivências e valores, produzindo, por isso, o fenómeno que podemos designar de "desenraizamento". A característica principal deste fenómeno é, essencialmente, a não identificação do (e com o) novo lugar por parte de quem chega e desde logo, por inevitável incapacidade de leitura dos mais elementares sinais da memória da comunidade de "acolhimento" que, por sua vez, também não reconhece quem chega.
Acontece, porém, que, do fenómeno da "desertificação" resulta um outro que é possivelmente mais grave e de consequências mais destrutivas que é o do "desenraizamento". Ambos decorrem da incompreensão do novo e, simultaneamente, do apagamento(mais ou menos deliberado) do que já é passado, da não ligação aos diferentes "lugares"- aquele a que já não pertence e aquele a que ainda se não pertence - e, portanto, da importância fundamental dessa ligação para a construção da identidade individual e colectiva, como elemento essencial da cidadania que se perde quando, de pessoa se passa a um simples número que, por definição, não tem "lugar".
Este artigo foi escrito pelo arquitecto Manuel Correia Fernandes e publicado no Jornal de Notícias de 4/04/2008.

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2.4.08

ANTIGAS HABITAÇÕES SOCIAIS DO SABUGAL TRANSFORMADAS EM PÓLO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

A Câmara Municipal do Sabugal vai transformar 27 antigas habitações sociais num pólo de formação profissional que deverá começar a funcionar em Setembro deste ano, com dois cursos, disse ao Jornal A Guarda o presidente da autarquia, Manuel Rito.
O autarca explicou que a Câmara, em vez de optar pela venda dos edifícios, decidiu instalar naquele local um Centro de Formação Profissional, em parceria com a Associação para a Formação Tecnológica e Profissional da Beira Interior (AFTEBI), com sede na Covilhã, com quem já estabeleceu um protocolo de colaboração.
O projecto prevê que as antigas habitações sociais, que se encontram devolutas, sejam utilizadas como salas de aulas e residências de estudantes, e as garagens como oficinas.
in Jornal A GUARDA