9.12.17

NESTE NATAL NÃO SE DEIXE EMBRULHAR


 PRESENTES ENVENENADOS

  
O Natal é uma das alturas do ano mais aguardadas por miúdos e graúdos. Os negociantes preparam-se a tempo e horas para nos meses de novembro e dezembro venderem tudo e mais alguma coisa, utilizando as melhores campanhas de marketing.
   As pessoas nestas datas festivas compram e algumas coisas são dispensáveis. Mas o assédio comercial é tão forte e tão intensivo que muitos não resistem e lá vão às compras confiantes que se o não fizerem perderão a oportunidade de comprar mais barato.
   Este ano a febre das promoções e dos créditos fáceis batem às nossas portas diariamente, recebemos mensagens das instituições de crédito com ofertas tentadoras e apelativas. Até parece que nos leram o pensamento e adivinharam que estávamos a pensar mudar de carro, os filhos exigem um televisor smart tv, tablet e mais rapidez na internet. Mesmo não sonhando em viajar, há quem nos queira oferecer uma noite gratuita a seguir à segunda, naquele espectacular sítio tranquilo e repousante. Até os supermercados entraram nisto de marketing natalício e da facilidade de pagar tudo aquilo que nos ajude a passar uma noite santa e alegre. Como é que eles sabem quase tudo, mas quase tudo o que nós procuramos? Como é que as grandes marcas descobrem que ando à procura de um aquecedor, de um computador, de um livro ou de uma varinha mágica? Digo isto porque cada vez que ligo o meu pc e estou no Google, sou massacrado com imagens e preços, das que foram mais procuradas por outras pessoas, comparam o que eu pesquisei com outras ofertas parecidas e ainda me brindam com os comentários de gente que comprou. Tudo entra e eu nem sequer pedi nada daquilo. Ora como não pedi também não respondo, ignoro, elimino e vai direitinho para a reciclagem, ou seja, lixo.
   Cuidado com a habilidade de algumas instituições de crédito, porque enviam uma primeira mensagem, passados uns dias enviam outra a completar a primeira. O consumidor que só leu a primeira, ficou contente com a oferta, foi na conversa  lá foi comprar baseado na primeira mensagem onde lhe dizia que “Surpresa! Não resistimos e antecipamos a sua prenda de Natal: Faca 2 compras de valor >=30€ de 7 a 30/11 e ganhe 20€ de oferta imediata na primeira compra ( de valor >=20€) entre 7 e 31/12. Saiba + em ….” Ao  passar na caixa de pagamento e no momento de exigir os benefícios da “oferta” a que tem direito, fica a saber que afinal é mentira e não leva desconto nenhum porque não leu a segunda mensagem que lhe foi enviada. Não cumpriu com o regulamento da campanha e apesar de lhe começar a subir os calores pelo corpo acima, a fila não avança, os outros consumidores impacientam-se, querem é que a menina da caixa pouse rapidamente o telefone, porque têm pressa e assim não pode ser, acaba por sair com as compras e direitinho ao “Apoio ao Cliente” tratar de resolver o problema. O consumidor continua a dizer que leu a primeira mensagem, não recebeu mais nenhuma e agora há que receber os 20€ que diziam oferecer de imediato.
   Ao menos há cadeira para o consumidor esperar sentado. A menina da caixa não fez o desconto, as três do Apoio ao Cliente também não. O consumidor falou que queria o livro de reclamações e…mais um telefonema….mais uma espera porque estava a chegar a Chefe e já tudo ficaria esclarecido. Sim chegou e foi a simpatia em pessoa e mostrou que sabe como tratar bem o cliente, pede desculpa pelo incómodo causado e solicita que deixe os dados e dentro de dias entrarão em contacto com o cliente.
      Antes de terminar deixo um alerta: cuidado com as mensagens enviadas para os telemóveis, se for ofertas de crédito, lembrem-se que o dinheiro tem um preço. Há ofertas que não são totalmente transparentes e poucos são aqueles que se dão ao trabalho de ler devagar essas mensagens. São para ler devagar, ler e seguir todos os passos que o emissor refere e nunca tomem uma decisão de aceitar a oferta sem primeiro ler tudo. Desta vez são 20€, não é muito dinheiro, mas é dinheiro e de prendas envenenadas ninguém gosta.

3.12.17

NÃO HÁ COMO VOLTAR ATRÁS



   A página da internet da Junta de Freguesia de Malcata ainda não foi actualizada desde que o novo executivo liderado por João Vítor, eleito pelo PSD, tomou posse. Aqueles que pretenderem consultar, dois meses depois das últimas eleições, para além de algumas notícias e fotografias de alguns eventos nada mais vão encontrar. O link que nos deveria remeter para as informações referentes ao Executivo, Documentos, Actas, Editais, Pontos de Interesse, limita-se a referir uma área “Informação brevemente disponível”. A mesma informação se aplica àqueles que pretendem actualizar-se sobre as Associações e Contactos nem sinal nenhum!
   A página www.malcata.org/quando foi apresentada para substituir esta mais antiga, http://www.malcata.sabugal.pt/ e tudo continua como dantes, ou seja, não está a contribuir para uma maior aproximação do poder local aos cidadãos e lamento o desinteresse pela ferramenta tecnológica na criação de melhores ligações a toda a comunidade, a todos os malcatenhos, residentes ou não em Malcata. É da competência da Junta de Freguesia promover uma rede de informação, divulgação e apoio aos seus cidadãos. Não creio que o povo goste de continuar a ignorar os benefícios das novas formas de o poder se relacionar com quem o elegeu. A decisão na escolha foi clara e o povo decidiu no sentido de uma continuidade do trabalho realizado e do que não foi conseguido por mau planeamento, por falta de tempo, por falta de mão firme…reconhecendo que tudo estava bem como tem estado até agora e assunto arrumado até daqui a três anos.
   O sucesso do poder local não depende exclusivamente do seu próprio empenho. E penso da mesma maneira em relação ao sucesso das associações. O sucesso da actual Junta de Freguesia e das associações da nossa aldeia, depende também dos malcatenhos que com a sua força, com a sua vontade generosa e determinada em fazer da nossa freguesia a aldeia que todos querem. Para que isso aconteça todos temos que contribuir. A qualidade dos malcatenhos não se esgota no dia a seguir às eleições. Malcata precisa da envolvência de todos os cidadãos nos processos decisivos, fazendo uso das ferramentas que temos ao nosso alcance para que a nossa participação seja mais activa e efectiva na construção de uma aldeia mais dinâmica e participativa. A nossa aldeia precisa de pessoas atentas, exigentes com o poder local, precisamos de pessoas que façam propostas, que não tenham medo de lutar pelas suas ideias. Malcata precisa de um povo que não se contente com o mínimo, o suficiente, o assim está bem…mas que exija sempre melhor. Um povo com pessoas activas e exigentes consegue criar maior aproximação entre o poder local e o cidadão. Um povo que quer andar bem informado consegue-o com a criação de canais constantes de diálogo, seja através da palavra escrita, falada ou difundida pelas redes da internet.
   Recentemente o Município do Sabugal aderiu à
«Comunidade Rural Digital – rede transfronteiriça para a inovação tecnológica das administrações locais do meio rural». Uma das áreas de intervenção deste projecto é a realização de formação para funcionários públicos locais, de seminários de sensibilização para cidadãos e empresas para usarem de forma inteligente as novas tecnologias da informação e comunicação.
  
A vida é célere e não podemos perder tempo. E eu sou malcatenho, mas também como muitos dos malcatenhos, somos cidadãos do mundo…
   Seguem-se umas imagens recentes da página oficial da Junta de Freguesia de Malcata ( mês de Dezembro de 2017 ):






22.11.17

MALCATA: QUANDO O DINHEIRO FALA MAIS ALTO

                                               

   O que se passa com a ACDM de Malcata é mau de mais para ficar tudo em águas de bacalhau. O povo, na sua maioria, tem beneficiado com as actividades da Associação Cultural e Desportiva de Malcata. Tem sido uma das associações que mais tem contribuído para que a aldeia de Malcata não tenha uma morte lenta como outras terras da nossa área territorial. Nos últimos anos os dirigentes desta associação elaboraram planos de actividades culturais e desportivas como nunca tinha acontecido. É costume dizer que "de mal agradecidos está o inferno cheio". Quem tem mais a perder? Quem deixa de ganhar? Por que motivo falam desta associação e dos seus dirigentes da forma que o andam a fazer? E meus amigos, quem fica calado e fica à espreita da oportunidade de lançar mãos a um punhado de moedas, que estes abnegados e voluntários dirigentes deixam na conta bancária da associação, não tenho palavras para classificar este comportamento. "O mundo é muito mais que Malcata" foi-me dito por um Homem em que a idade avançada  e a saúde não são obstáculo para continuar a ser feliz sempre que faça cantar e sorrir o próximo mais próximo, seja em que lugar for, porque avareza e abuso de confiança e má gestão da coisa pública, nunca em tempo algum, para isso foi tentado ou incentivado. Só mesmo os homens maus e sem carácter acreditam em tudo o que se conta. E se há quem não merecia levar murros no estômago ou facadas pelas costas, é esse grande ser humano que todos os dias procura a paz, a concórdia, o perdão, a compreensão e o amor.    Sempre o conheci assim e aqui me disponho para o que precisar ele e todos os outros membros da última direcção da ACDM.
 
                                                                                         José Nunes Martins
                                                                                             Sócio da ACDM

    

5.11.17

ESTAR PRESO SEM O SABER

   Há factos que nos merecem uma atenção especial. Nas aldeias por vezes falam de “factos” que não correspondem à verdade e muitas pessoas ficam indignadas com alguns desses episódios. Uma coisa é aquilo que se diz e a verdade das coisas, dos verdadeiros factos.
   Há por aí quem utilize estrategicamente e conscientemente métodos persuasivos e apresentam-se como se fossem um cordeiro manso e assim lá vão conseguindo influenciar o comportamento das outras pessoas, os seus pensamentos e as suas emoções. Dizem meias verdades, com aquele olhar de carneiro manso, falando das coisas e dos factos que são realmente verdadeiros, mas ao não dizerem toda a verdade e omitirem as partes verdadeiras dos factos, essas mesmas que ajudariam as pessoas a compreender as diferenças entre o “disse que disse” ou “ouvi dizer” e a informação correcta e clara de cada facto.
   Na minha opinião, este tipo de estratégia já foi usada recentemente e conscientemente  na nossa aldeia. Pessoas detentoras de poder aproveitando-se dessa circunstância, conseguiram fragilizar as pessoas que respeitando a liberdade individual, se propunham servir a comunidade.
   Que pensam daqueles que, para concretizar as suas ambições pessoais, em parte ocultas, socorrem-se de pequenas, mas bem-vindas “cadeaux” prometendo o paraíso na terra? Até agora impera um silêncio sepulcral e ninguém sabe quando alguma cabeça salta a cerca. E quando isso acontecer será a tristeza de uns e a alegria de outros. Até lá, nada melhor que seguir o exemplo dos gatos: comem e dormem!
 
                                                 
                                                José Nunes Martins
  


2.11.17

CARTA ABERTA À JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA

   Um mês após as eleições autárquicas e depois da tomada de posse da Junta de Freguesia, terminou formalmente, o mandato do anterior executivo.
    É o fim de um ciclo e o início de um mandato novo, com os eleitos nas eleições do passado dia 1 de Outubro.

   Estar próximo dos cidadãos, tanto na vida política, como na vida da comunidade é sem dúvida uma nobre missão.
   O que eu desejo e espero da acção deste Junta de Freguesia é que seja mais social e mais compreensiva e pouco agarrada à política partidária.
   A vida dos cidadãos é muito mais importante e tem muito mais valor do que os circunstanciais confrontos políticos e associativos. Como malcatenho eu aguardo que haja debates de ideias sempre que o assunto implique a vida da comunidade, tendo sempre em conta o sentimento dos fregueses e a vontade pessoal de cada um, de forma clara e transparente, com responsabilidade e a realidade de respeitar as diferenças de opinião e a forma como cada uma das partes olha para a realidade. É que ter uma opinião diferente nem sempre é sinal de espírito mau, mas sim de olhar de forma diferente para o mesmo assunto.
   Sabemos, pelos episódios e tomadas de posição por parte de alguns cidadãos, que nestes últimos tempos a participação cívica activa causou alguma surpresa na aldeia. Todos e cada um dos cidadãos têm o dever de zelar pela governação do bem público, da forma como gere e aplica na freguesia o dinheiro do erário público.
   Seria um passo bem dado pela Junta de Freguesia se nas obras a realizar na aldeia fossem atempadamente do conhecimento da população, evitando-se dessa forma aquele sentimento do cidadão sentir-se ignorado e de pouca importância quanto às decisões tomadas em reuniões de Câmara ou de Junta de Freguesia. Acrescento também a necessidade, por parte da Junta de Freguesia, informar com mais clareza quem paga esta ou aquela obra que se faz na freguesia, por exemplo, colocando um painel com a informação respeitante à obra em questão, quem adjudicou a obra, se é a Câmara que paga ou é a Junta de Freguesia; isto porque, a ausência dessa informação traz mal entendidos e todos devem ficar a saber quem manda executar e quem paga.
É que apesar de a Câmara fazer transferências de competências e de dinheiro há obras que não são pagas com o orçamento da Junta de Freguesia, mas sim com o orçamento da Câmara Municipal. Ou estou errado?
   Há muitos desafios para serem alcançados e, mais importante que o cimento e o tijolo, é a construção de uma comunidade unida, coesa e participativa na vida da aldeia.
   O respeito recíproco e as boas relações institucionais com todas as associações da nossa terra devem ser privilegiadas, promovidas e cultivadas procurando trabalhar para o bem comum e assim promover um ambiente saudável e melhorar a qualidade de vida de todos os que vivem na aldeia de Malcata.
    Uma relação franca e aberta, mais próxima do cidadão é a forma de exercer a democracia e das associações poder facilitar o dia-a-dia da junta.
   Votos de um bom trabalho, aqui deixo o meu desejo e  esperança que juntos somos mais capazes e mais fortes.
   Viva Malcata!
                                                                                                     José Nunes Martins
Nota:
Esta carta foi primeiro enviada para o mail da JFM.