24.12.15

BOAS FESTAS

 

22.12.15

CARTA ABERTA AOS MALCATENHOS



   O que se tem passado estes últimos anos em Malcata é muito mais do que umas birras ou modas associativas. É antes uma mudança de mentalidades e de formas de organizar o futuro da nossa terra. Queremos que as mudanças se façam com tranquilidade, ao nível das ideias, do conhecimento e das atitudes. O movimento associativo que existe em Malcata tem vindo a assumir-se como um dos motores dessa mudança e as associações têm conjugado tradições e modernidade para manter e fortalecer o carácter da nossa terra como uma aldeia dinâmica e uma gente que faz da união a sua força.
   Malcata tem-se destacado e tem vindo a afirmar-se como umas das aldeias mais dinâmicas no que respeita a eventos desportivos e culturais, graças à existência de um movimento associativo com ideias determinadas, mas que às vezes lhes falta estratégias bem definidas, uma direcção precisa, apesar da enorme satisfação e entusiasmo pelo trabalho realizado.
   A Associação Malcata Com Futuro, que iniciou a sua caminhada em Julho deste ano, tem definido com clareza a ideia de uma aldeia com futuro. O desenvolvimento da Malcata de que falo, está definida na missão e nos valores defendidos pela AMCF e que oportunamente apresentou aos malcatenhos, na IªAudição Pública, tendo como suporte uma séria reflexão previamente elaborada, quanto ao papel de Malcata e dos seus habitantes quanto aos caminhos a desbravar no sentido de posicionar Malcata na senda do desenvolvimento.
   Há muito trabalho por fazer e a fazer, pois na nossa terra o empreendedorismo assusta muitas pessoas. Mas Malcata possui um elevado potencial de investimento e de crescimento.
   Um dos objectivos da AMCF é o apoio aos empreendedores que desejam criar e investir e que escolham Malcata para o fazer. O aparecimento de negócios em Malcata contribuirá para o desenvolvimento económico da nossa aldeia, cria valor e emprego e a AMCF quer ajudar essas empresas a crescer e a ter êxito.
   A AMCF quer e trabalha para o desenvolvimento da nossa terra e convoca todos os parceiros locais, públicos e privados, a partilhar a mesma visão, a trabalhar e a funcionar todos juntos como facilitadores e influenciadores, utilizando todos os meios disponíveis e em rede, sempre numa base de confiança e com a convicção de que todos podemos sair vencedores.
   A AMCF sempre desejou funcionar como um agente agregador de vontades, continua a trabalhar na facilitação da criação de estruturas de apoio e está a trabalhar em projectos que irão contribuir para o desenvolvimento da nossa terra.
   A AMCF pretende e luta pela construção de uma aldeia VIVA, onde todas as instituições vivam ligados aos cidadãos.
   Queremos posicionar Malcata no topo das aldeias portuguesas focada numa visão de desenvolvimento sustentado e assente numa economia cívica e com responsabilidade social.
   Boas Festas.
                                              José Nunes Martins
                                                          1ºSecretário da AMCF

19.12.15

PLANO DE GESTÃO FLORESTAL DA ZIF DA MALCATA




   O cumprimento do PGF da ZIF da Malcata é obrigatório para todos os proprietários ou produtores florestais aderentes à ZIF.
   As operações silvícolas mínimas constantes no mesmo devem ser cumpridas por todos os proprietários ou produtores florestais da área da ZIF, incluindo os não aderentes.   O PGF é um instrumento obrigatório, estruturante e fundamental, que promove a administração dos espaços florestais de acordo com as orientações definidas no Plano Regional de Ordenamento Florestal (PROF).
Este plano permite que a Afloestrela, na qualidade de Entidade Gestora, apresente candidaturas a diversas medidas de apoio do PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural, que de outra forma não estariam disponíveis para os produtores florestais da ZIF.


   Após a leitura deste documento aqui deixo as minhas sugestões e perguntas:













8.12.15

MALCATA NO TOPO






   E se Portugal tivesse os olhos postos em Malcata?
   O clima e as alterações climáticas andam no topo da agenda política mundial e os cidadãos começam a exigir que os países passem das palavras às acções globais e locais. Há 20 anos atrás o mundo despertou para o problema das alterações climáticas. E desde aí, os países lutam por obter resultados capazes de inventar o ciclo de aumento de emissões de gases de efeito estufa. E os sinais das suas consequências são cada vez mais impossíveis de ignorar. Grandes períodos de secas, de ondas de calor e frio, de inundações e grandes tempestades, de grandes incêndios são sentidos com maior impacto negativo na nossa saúde e no desenvolvimento económico.
   É urgente diminuir o uso de combustíveis fósseis e aumentar as fontes de energias renováveis.
   É importante e necessário o desenvolvimento de uma política de eficiência energética de maneira a diminuir o consumo de energia em Malcata. E em Malcata temos o privilégio de possuirmos uma mancha florestal já bem dimensionada, mas ainda há terrenos que podem ser alvo de florestação e outros de reflorestação. E toda a floresta é colocada ao serviço da nossa comunidade, podemos estar a aliviar o nosso país e a nossa comunidade das emissões de cO2 e ao mesmo tempo poupar dinheiro.
   Para isso é inadiável implementar bons planos de gestão florestal que ajude a economia da nossa comunidade, combata os incêndios e conseguir vender ar limpo a quem o não tem. Sim, a floresta é o nosso petróleo verde em Malcata. Chegou o tempo da acção, o tempo das mudanças determinadas e que vão ao encontro da protecção climática, do desenvolvimento sustentável e harmonioso da comunidade malcatenha.
   É portanto, chegado o momento de exigir o normal funcionamento da ZIF de Malcata e exigir às entidades publicas que sejam consequentes na determinação aplicar a nível local uma verdadeira estratégia de desenvolvimento sustentável. Malcata deve estar na primeira linha de acção no sentido de concretizar políticas e práticas de desenvolvimento sustentável e de economia cívica.
   A  AMCF ( Associação Malcata Com Futuro ) está a trabalhar no sentido de que estas ideias passem à prática. Como membro associado e dos órgãos directivos da AMCF, estou confiante que o trabalho que da AMCF dará os seus frutos muito em breve. Tenho fé que os malcatenhos viverão melhores dias.


28.11.15

MALCATA E A IMPORTÂNCIA DA FLORESTA



   O que é a floresta?
   Os malcatenhos têm realmente a consciência da importância da floresta?
   Estão os malcatenhos conscientes da necessidade em potenciar e valorizar a floresta?
   Como se aumentam os benefícios da floresta?
   Os engenheiros florestais dizem que aumentando a produção florestal também se conseguem retirar mais benefícios da floresta.
   E como podemos aumentar a produção florestal em Malcata?
   Criando em Malcata as condições que garantam a existência de uma floresta ordenada, limpa e bem gerida, de forma profissional.
   A ZIF ( Zona de Intervenção Florestal ) que foi criada em Malcata, é a solução capaz de, a médio e a longo prazo, alterar a floresta.
   Com uma ZIF organizada e empenhada na gestão responsável, podemos esperar pelo aumenta da floresta e do aumenta da sua potencialidade, trazendo mais benefícios para todos, em especial para os proprietários e membros da ZIF.
   É por isso muito importante participar na anunciada reunião da ZIF de Malcata, que se vai realizar no próximo dia 6 de Dezembro.

23.10.15

LOUVORES E AGRADECIMENTOS


José Escada, presidente da AMCF rodeado pelos ilustres oradores na mesa redonda

da 1ª audição pública desta associação.


   Celebrar faz parte da nossa vida privada e comunitária. São momentos que nos marcam, porque nos reconhecem o trabalho, o esforço e a ambição. Porque estamos unidos, estamos juntos e todos vestimos a mesma camisola.
   Por isso a AMCF (Associação Malcata Com Futuro) está de parabéns, sem inveja, mas com prazer, com orgulho daquele povo que acredita  nos projectos da associação e deles querem fazer parte e porque agora sabem que está apoiada por instituições e pessoas talentosas, porque só unidos e em associação cada um de nós podemos desenvolver a nossa aldeia e o seu potencial.
   O erro vai existir sempre e não o devemos ignorar ou mesmo esquecer, mas não tem que ter o papel principal, muito menos ser o único motivo de conversa entre as pessoas, entre os amigos ou entre as instituições públicas e movimentos associativos. Ninguém deve ser penalizado, todos devemos aprender com os erros que cometemos porque todos erramos, mesmo os grandes líderes. Importante é saber o que fazemos com os erros que cometemos e não deixar que eles nos condicionem o sucesso e o nosso futuro pessoal e comunitário. Assim, depois da audição realizada pela AMCF, devemos realçar os momentos de celebração, dizer que a associação fez um bom trabalho, porque todos nos alimentamos de elogios e todos gostamos de reconhecimento.
   “Porque acreditamos num melhor presente e num melhor futuro de comunidades vizinhas se, em ambiente de cooperação e de complementaridade, formos capazes de revisitar problemas velhos e encontrar soluções novas”,
como escreve José Escada da Costa, presidente da direcção da AMCF.
   Estamos contentes e celebramos aqueles momentos que se sentiram e viveram naquela sala enquanto lá fora a chuva e o vento não pararam, porque temos a certeza que são as pessoas que nos levam a trabalhar assim.
   Só quem arrisca ir mais longe
   é que sabe quão longe
   consegue chegar.


21.10.15

UMA PEDRADA NO CHARCO DE MALCATA

 

   A hora aproximava-se e lá fora a chuva e o vento não parava de me inquietar. Aos poucos as pessoas iam entrando na sala a escorrer água da cabeça aos pés, olhavam à volta e não sabiam onde deixar o guarda-chuva a escorrer.
   Por momentos pensei que a audição ia ser um autêntico fracasso e que ninguém estaria naquela sala para ouvir os ilustres oradores que a associação tinha convidado. Sair do conforto da casa ou do convívio do café da aldeia, caminhar uns bons dois quilómetros de guarda-chuva na mão e esperar que o vento não mande para o lixo o raio do chuço para passar umas horas a ouvir uns fulanos a falar de Malcata, do futuro de Malcata, valerá o sacrifício?
   À medida que os ponteiros do relógio iam avançando, também as pessoas iam chegando, cumprimentavam quem estava e iam tomando o seu lugar. E poucos minutos após a hora marcada no programa, com a sala já bem composta,deu-se início aos trabalhos.
A meio da tarde, depois de todos os oradores terem dito ao que vinham, depois do café e alguns momentos de convívio, seguiu-se uma mesa redonda, com a presença de gente com saber e experiência de vida dando uma autêntica lição de boa cidadania.
   Hoje, uns dias após esse encontro, continuo a interrogar-me acerca daquele participante que entrou mudo e saiu calado. Aguentou durante horas em silêncio e nem uma frase em público, nem para o  povo que nele confiou e elegeu como líder . Se estava à espera que lhe fosse dada a palavra, era do seu conhecimento que o poderia fazer durante o decorrer da mesa redonda, nunca antes, como  era sua pretensão. E porque apenas lhe era dada a oportunidade de falar sobre o tema em discussão na altura devida, ou seja, durante a mesa redonda, recusou o convite para participar mantendo a cadeira ficou. Sabia que iria ter ao seu lado uma senhora que, por sinal, tem uma concepção de exercício de poder local diferente e que, nas diferenças encontra desafios onde primeiro está o dever como autarca e representante do seu povo, num momento em que qualquer político gostaria de mostrar que é líder de um povo acolhedor e simpático e que apoia quem se dispõe a ajudar essa gente,que muitas vezes vive abandonada e desamparada.
   Durante as horas que durou a reunião, falou-se da Malcata e de Malcata. Falou-se do território da Malcata, das pessoas da e de Malcata, do lince da Malcata, dos desafios que Malcata tem pela frente.
   Que lição de cidadania se viveu naquela sala, onde não aconteceu aquilo que alguns desejavam que acontecesse! Houve lição, fizeram perguntas e ouviram-se respostas e até algumas informações que foram do agrado dos participantes. Houve responsabilidade, respeito, café e bolinhos misturados com sorrisos e sonhos, muitos sonhos e muita vontade de os realizar, porque afinal o associativismo no território da Malcata tem muito mais valor que aquele que muitos pensam que tem. Saímos da audição convencidos que o rumo traçado pela Associação Malcata Com Futuro   e respaldado e apoiado por parceiros institucionais, como a Universidade da Beira Interior, a Associação Para a Economia Cívica de Portugal e a Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócios, pela Junta de Freguesia de Quadrazais, pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata, pela Associação de Solidariedade Social de Malcata e outras associações da região, é o caminho certo para assegurar o futuro das pessoas da Malcata.
   Mais informação aqui:
 (http://malcatacomfuturo.pt) e https://www.facebook.com/malcatacomfuturo


   

8.10.15

MEMÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA

 

A obra "As Memórias Paroquiais de 1758" tem uma parte referente às freguesias dos concelhos do Distrito da Guarda. Foram 257 anos dificeis, com guerras pelo meio com vários anos de turbulências sociais, políticas, económicas e ambientais. Ora as guerras acabaram por condicionar o desenvolvimento deste terrritório, obrigando as pessoas a abandonar as suas terras e quem ficou, foi sobrevivendo. Depois das guerras de 1640-1668 ( 28 anos de guerra ) e 1702-1714, restaram ruínas, campos abandonados, casas vazias, castelos e fortalezas a desmoronarem-se, o comércio quase inexistente e pouco rentável.
   E hoje como esão as freguesias dos concelhos do Distrito da Guarda?
   Quais são as queixas que ouvimos na rua e nos cafés?
   As mesmas de há 257 anos: despovoamento, terrenos ao abandono, agricultura de subsistência, fraca economia...ou seja, continuamos a queixar-nos dos mesmos problemas de antigamente, o problema afinal não é de agora e não é tão recente como às vezes nos dizem.
   A pobreza e a miséria entranhou-se tão fortemente na vida das pessoas que vivem no interior que continuamos a sentir, hoje, dificuldades para a implementação de qualquer espécie de projecto inovador que possa dar a volta à este estado de coisas.
   A fartura de tanta água que hoje vemos na albufeira da barragem do Sabugal faz esquecer que, segundo está escrito nas  Memórias Paroquiais de 1758, nos anos 1753 e 1754, o Rio Côa secou completamente e em Quadrazais, até se passava o rio a pé enxuto.
   As terras junto às margens do Rio Côa foram sempre aproveitadas para o cultivo de boas batatas, feijão, linho, centeio, milho...de tão ferteis que eram.
   Coube ao padre Apolinário José Silva Rebelho, pároco de Malcata, redigir as Memórias Paroquiais de 1758.
   Nessas Memórias Paroquiais a certa altura, o pároco do Sabugal escreveu:
  "Muito se poderia produzir na terra
    se os moradores a trabalhassem, deixando de haver tanta gente ociosa,
    povoando as tabernas".
 
   Vale a pena pensar nisto!