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20.8.15

VISÃO SOBRE O FUTURO DE MALCATA



   Se há tema de conversa ou reflexão sobre o qual não consigo ser desapaixoando, esse tema é Malcata, a aldeia onde nasci, cresci e passei os melhores momentos da minha infância e juventude. Era na aldeia de Malcata que passava as minhas férias e se há visitas que me têm permitido recuperar parte das minhas memórias, únicas, desses tempos, é precisamente aquelas experiências vividas na aldeia. Experiências únicas, porque Malcata é única, não existe outra aldeia igual e as outras nenhuma a consegue igualar.
   Para mim é assim mesmo, o que Malcata tem, mais nenhuma outra terra tem. Malcata não tem centros comerciais, com salas de cinema e muitas sessões de filmes, muitas lojas de pronto a vestir ou restaurantes. Não, em Malcata não há nada disso e também não vai haver. Por saber que nada disto lá existe, o que eu procuro quando lá vou são outras coisas e outras experiências que só o mundo rural me pode oferecer, que só podem ser vividas na aldeia de Malcata e no seu espaço territorial.
   Malcata tem pela frente desafios muito importantes e os malcatenhos já possuem o mais difícil de obter: valor e riqueza humana, florestal, patrimonial, material e imaterial. Muito ainda está por explorar. Precisamos de potenciar toda esta riqueza humana e natural e colocá-la ao dispor dos outros cidadãos, os nossos vizinhos raianos, os outros portugueses e todos os europeus ou até americanos, vivam onde vivam.
   Desafio dificil, não é? Pois é, mas os malcatenhos têm que enfrentar estes desafios, pois, se os ganharmos, teremos um desenvolvimento mais real e efectivo, melhores condições económicas, uma vida presente e futura bem melhor. Malcata tem que definir os seus valores principais e fortalecê-los como imagem de marca, aproveitar melhor os nossos recursos, desenvolvê-los através de parcerias com empresas, com o poder local e também com as associações locais e outras, dedicadas ao desenvolvimento rural e social. Actualmente estou particularmente empenhado na divulgação e no arranque da Associação Malcata Com Futuro ( AMCF ). A nova associação ( AMCF ) pretende ajudar a criar condições para que os bons projectos e as boas iniciativas tenham sucesso em Malcata. Confio no apoio e no empenho dos malcatenhos, na experiência e saber daqueles que já experimentaram, pois sei que não sei tudo e que sózinho nada poderei fazer. Por isso contem comigo para ajudar, porque acredito que os objectivos da AMCF de promover e fomentar o desenvolvimento económico, social, ambiental e cultural da nossa Malcata, com uma base de confiança, com humildade, seriedade e honestidade os resultados surgirão.
José Nunes Martins
Nota: visitem a página da AMCF na internet aqui:
          
http://www.malcatacomfuturo.pt

25.2.15

MALCATA: DEFESA E PROMOÇÃO DOS NOSSOS VALORES E PATRIMÓNIO

Casa em pedra de xisto, Rua do Cabeço
Há males que vêm por bem. A “ guerra pacífica “ com que hoje em dia nos debatemos em Malcata, motivada pela contestação à instalação de mais seis torres eólicas mais próximas da povoação que o Movimento Pró-Malcata em boa hora despoletou, tem-nos levado a refletir sobre um conjunto de valores e de atitudes que importa salientar. Em artigo anterior referi sobre o assunto o provérbio popular que “ quem não se sente não é filho de boa gente “. De uma maneira ou de outra as pessoas estão a reagir, o que a mim muito me agrada. Já lá vai o tempo em que a ignorância e o obscurantismo era apanágio e estratégia das classes sociais e religiosas. Quanto menos se soubesse sobre o assunto melhor. “ Santa ignorância …” Ler, estar informado, refletir abre os olhos às pessoas para que possam ter a sua opinião, para que possam intervir. Hoje em dia não explicação para a indiferença, para a nossa omissão ou falta de participação nos assuntos importantes da vida das nossas comunidades, da nossa sociedade. Claro que é mais cómodo e tranquilo não fazer nada, não se envolver. Mas será que, em consciência, quem pode fazer e não faz fica tranquilo?
 Malcata como todas as terras tem uma identidade que lhe é conferida por valores que ao longo da sua história foi desenvolvendo e transmitindo.
Será que o investimento feito em Malcata com as eólicas tem em consideração a nossa identidade como povo? Qual a mais valia sócio cultural que nos aporta? Onde está a nossa riqueza cultural – num saco cheio de dinheiro? Rico não é quem tem muito dinheiro mas quem sabe viver com aquilo que tem.
 Ninguém está contra o progresso e o bem estar das pessoas. Mas há um bem coletivo pelo qual temos de nos interessar e lutar. Só assim teremos hipótese de sobreviver e de enfrentar qualquer invasão que nos queiram impingir. O bem do povo no presente, claro, e no futuro. Que mundo vamos deixar aos que nos sucederem?
 Sejamos corajosos e lutemos pelo bem comum, para que a nossa terra e o nosso mundo sejam cada vez melhores.
 Rui Chamusco
Nota:O texto que acabou de ler é um enxerto de um outro texto mais completo, também escrito pelo nosso conterrâneo Rui Chamusco. O texto integral pode lê-lo no FaceBook, em diversas páginas, como por exemplo, na página do Movimento Malcata Pró-Futuro. Dada a importância do conteúdo tomei a liberdade de destacar aquilo que, no meu entender, tem importância para os que amam Malcata.


18.4.10

PATRIMÓNIO DE MALCATA

DIA INTERNACIONAL DOS MONUMENTOS E SÍTIOS

Em Malcata encontra este património e muito mais. As imagens falam por si mesmas. A mensagem é só uma: O património rural inserido numa paisagem cultural requere esforços de protecção e conservação. O Homem, mesmo aquele que nasce, vive e morre na aldeia, tem direito a usufruir de uma vida num meio patrimonial e ambiental harmonioso. Malcata merece.

27.9.07

AS REGRAS DO DR.PEDRO SANTANA LOPES MERECEM RESPEITO


Hoje, a notícia é a Sic Notícias. Os directores da estação, desdobram-se em desculpas de "alinhamento editorial", em que a Sic Notícias é um canal de informação 24 horas por dia...e a chegada de um treinador de futebol ao aeroporto de Lisboa, mesmo que esse treinador seja José Morinho, não justifica, no meu entender de tele-espectador, interromper uma entrevista. O treinador, que saiu e não disse nada, vinha acompanhado de mais portugueses que como ele, alguns vêm de férias, vêm de trabalhar...que raio de editores tem a Sic Notícias?
Santana Lopes, ontem, tomou a atitude correcta e mostrou aos portugueses como o ser humano deve ser livre e inteligente.

Foi um dos melhores momentos da Sic Notícias. A jornalista que entrevistava Pedro Santana Lopes, ex-primeiro ministro, ex-presidente do PSD, ex-ministro da cultura...ex-presidente da Câmara de Lisboa e convidado pela Sic para uma entrevista a fim de comentar as próximas eleições do PSD, não teve a mesma coragem que o entrevistado. A jornalista, por "critérios editoriais" foi obrigada a interromper a entrevista com o seu convidado e este não gostou e entornou o caldo mesmo à frente das câmaras de tv e vociferou:"A mim não me interrompem com a chegada de um treinador de futebol. Acho que há regras, a Sic tem regras diferentes das minhas.Tenho que ser respeitado".

Ora toma! E depois, e depois não quis continuar a entrevista e com educação abandonou o estudio com a certeza de que ninguém, nem mesmo os senhores directores, donos dos
"critérios"(deles)editoriais da estação de televisão o fizeram abdicar dos seus direitos e valores de liberdade, de relatividade dos acontecimentos que o rodeiam.
É assim mesmo. O futebol não é assim tão importante...mesmo que tenhamos o melhor treinador do mundo a chegar ao nosso país para passar uns dias de férias. Para alguns, o Mourinho deve ser importante ( para a sua mulher e filhos...)e para muitos ele é um cidadão com os mesmos direitos e deveres de qualquer pessoa. A diferença está tão só no facto de ele ser mais conhecido e de Ter mais dinheiro do que eu, por exemplo.

16.9.07

AUTONOMIA PARA O TIBETE

Dalai Lama: Líder religioso apela a portugueses
para levarem a causa tibetana ao Parlamento

" O Dalai Lama terminou hoje uma visita de cinco dias a Lisboa, apelando a milhares de pessoas no Pavilhão Atlântico para fazerem chegar a sua preocupação pelo povo tibetano aos parlamentos português e europeu.
"Vocês enquanto Estado-membro da União Europeia - e o Parlamento Europeu está atento a esta causa - podem ter influência neste país onde há uma preocupação pelo povo do Tibete. Podem fazer chegar essa vossa preocupação ao parlamento português", disse o líder espiritual do Tibete.

O 14º Dalai Lama exortou ainda os participante na conferência pública intitulada
"O poder do bom coração", para "visitarem o Tibete e estudarem o que aconteceu nos últimos 60 anos e vejam o que se está a passar agora".
"Contem o que viram" para serem "úteis" à causa do seu povo, desafiou.
Este apelo do Dalai Lama surgiu em resposta a uma pergunta que a organização apresentou, sugerida por alguém do público, que questionou "qual o apoio que os portugueses podiam dar em prol do povo tibetano.
Em 1950, o Exército Popular de Libertação chinês ocupou Lhasa, a capital do Tibete, e em 1959 os confrontos armados obrigaram o Dalai Lama a deixar o seu país e exilar-se na Índia, em Dharmsala.
Actualmente, Dharmsala é a sede do governo tibetano no exílio que, liderado pelo Dalai Lama, se dedica à causa da libertação do Tibete, através da não-violência.
Em Maio de 1951 foi feito o "Acordo dos 17 pontos para a libertação pacífica do Tibete", que entre outros pontos, dava soberania à China sobre o Tibete, mas reconhecendo a autonomia do governo tibetano no que respeitava aos assuntos internos.
A China comprometia-se a não alterar o sistema político existente, a não interferir com o estatuto do Dalai Lama e a respeitar a autonomia, religião e costumes dos tibetanos.
Em 1965, a China conferiu ao Tibete o estatuto de região autónoma mas segundo Dalai Lama, os tibetanos são hoje uma minoria naquele território.
Na capital, Lhasa, mais de dois terços da população é chinesa".
GC.
Lusa/Fim