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10.7.14

MALCATA: PASSADO E PRESENTE COM FUTURO


Crianças na Fonte da Torrinha



Malcata é uma terra cada vez mais conhecida e o seu nome vem quase sempre ligada à serra com o mesmo nome e ao Lince da Serra da Malcata.
As recentes mudanças e melhorias ocorridas na pacata aldeia do interior têm contribuído enormemente para manter viva uma aldeia bem portuguesa e as pessoas que nela vivem, ainda acreditam num futuro melhor.
Muitos de nós recordamos aqueles tempos, não muito longínquos, em que se ia à Fonte da Torrinha ou à Fonte Velha com os cântaros de barro buscar a água para cozinhar, para lavar o corpo, para beber e claro, também para o gado.
Agora a aldeia tem saneamento básico e água nas torneiras, as curvas perigosas da velha estrada para o Sabugal desapareceram e a viagem faz-se com mais segurança e conforto, graças às obras de requalificação da via. Com a construção da barragem, surgiu uma enorme albufeira que até agora só tem servido os agricultores da Cova da Beira e leva a água às casas de muita gente. Os Caminhos Rurais de Malcata para o Meimão e de Malcata para Quadrazais foram arranjados e permitem uma ligação bem melhor. Também as comunicações telefónicas e a internet são agora uma melhoria sentida por aqueles que quiseram ligar-se ao mundo. Mas apesar de ser uma ajuda para vencer distâncias, por si só, não estão a ser capazes os custos da interioridade manifestada num êxodo das suas gentes e que levou ao encerramento da creche-infantário, da escola primária, de comércios, da queijaria e agora o desemprego está a atingir quem trabalhava na construção civil. 




 Cemitério de Malcata(ampliação)


Lar da Assm-pólo a ser inaugurado brevemente


A triste sina de Malcata é assistirmos às obras de ampliação do cemitério e do Lar de idosos. As consequências desta realidade estão à vista: as crianças e os jovens são obrigados a sair da aldeia e acabam por ficar pelas cidades que lhes proporcionam um melhor futuro. Com a escola está desactivada e servindo agora para outros fins,  os pais das crianças têm que deixar levar os seus filhos para outras escolas abertas noutra terra e acabam por lá ficarem todo o tempo da escolaridade obrigatória, que são muitos anos, levando-as inconscientemente a optar por “esquecer” a sua aldeia e viver a sua vida em qualquer outro lugar que lhes ofereça melhores empregos e um futuro  mais risonho.
Perante tantas dúvidas e tantas incertezas pergunto:
 Malcata tem futuro?
O passado de Malcata é ou não importante para compreender o presente e projectar o futuro?

28.12.10

OS SONHOS DO ANTÓNIO


   Desde a Idade Média que existem parques de diversões. Estes espaços têm levado as pessoas ao longo dos tempos a viverem momentos únicos de diversão, por vezes viajando até mundos longínquos do passado ou imaginários.  Os parques temáticos normalmente oferecem passeios excitantes e espectáculos tranquilos, comida, doçaria e tudo aquilo que possamos desejar para desfrutar de um dia que nos faça esquecer a rotina diária e apenas pensemos na diversão.
   Por estes dias, alguns jornais noticiaram que o Sabugal pode vir a acolher um Parque Temático Medieval. A ideia do presidente da Câmara do Sabugal é atrair para esta região um parque com atracção internacional  e segundo António Robalo, «a ideia seria instalar um parque de diversões que atraísse gente de todo o mundo, um parque que apostasse na divulgação e reinvenção da Lusitânia e dos seus habitantes, com Viriato e Sertório à cabeça», revelou em Junho de 2008 ao Blog Capeiaarraiana.
   A ideia parece não estar esquecida e há dias voltou a falar-se e segundo noticia o jornal Terras da Beira, o Presidente António Robalo confirmou a «intenção de um promotor», mas que não revela a sua identidade, em avançar com o tal projecto e António Robalo só fará declarações quando as coisas estiverem tudo          « preto no branco».
   Como podemos observar pelo vídeo acima, a ideia não é nova e já está concretizada em vários países e com vários Parques Medievais. Investimentos desta natureza requerem muito capital, terrenos, recursos humanos com formação adequada, infraestruturas de alojamento, de restauração, comércio, acessos rodoviários, etc. . Sonhar é verdade que não nos custa dinheiro, felizmente. Pensar grande e levar esses sonhos até à realidade já temos que dispor de muito dinheiro e toda a vontade.
   Quanto ao tema escolhido sobre a Idade Média, com o exemplo que temos na aldeia histórica de Sortelha, uma aldeia medieval, que está a ser severamente mal enquadrada no seu valor histórico, patrimonial e cultural por quem sonha com diversões medievais, devia começar já a olhar de outra forma para esse maravilhoso parque temático que é a Aldeia Histórica de Sortelha.
   Espero que esse «promotor» não se chame António G. Reis.