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21.11.20

QUANDO OS SINOS TOCAM EM MALCATA

    

  Os sinos da minha aldeia continuam a ouvir-se, apesar de já não terem a importância que tinham no passado. Na nossa freguesia há os sinos da igreja e o sino da Torre do Relógio. Não se confundem os seus toques e cada um tem a sua função e quando tocam a mensagem é enviada para todos os cidadãos.
  Os toques dos sinos da igreja mudam-se conforme a mensagem que se pretende transmitir. Sempre que o sino grande tocava a rebate desordenadamente, sem jeito e as badaladas soavam repetidamente sem parar, era sinal que estava a acontecer uma situação de perigo, de alguém que necessitava urgentemente de ajuda. Podia ser um fogo numa habitação, num palheiro ou numa meda de pão e o "toque a rebate" era a forma de clamar por auxílio. Nos casos de fogo, fosse lá quem estivesse aflito, todo o povo largava o que estava naquele momento a fazer e com baldes e caldeiros nas mãos, corria até ao local da tragédia e imediatamente formavam uma fila, passavam de mão em mão as vasilhas cheias de água para apagar as chamas e salvar os pertences que o fogo consumia. A prontidão e a rapidez era de tal ordem que, alguns casos de fogo, quando os bombeiros chegavam, já o povo tinha o fogo apagado ou sob controlo.
                                                      ++
  No que respeita a assuntos ligados à igreja e às práticas religiosas, o sacristão tinha a tarefa de tocar os sinos e chamar os fiéis para a igreja. Aos domingos, tocava três vezes antes da missa começar, no final de cada vez que tocava, o badalo do sino grande batia uma, duas ou três vezes, dando assim a conhecer aos fiéis o tempo que faltava para o padre se pusesse ao altar e começar as cerimónias religiosas. Todo o povo conhecia e entendia as badaladas dos sinos da igreja. Quando ouviam tocar as três badaladas do sino grande, era sinal que o padre estava a dirigir-se para o altar-mor e a partir desse momento quem ainda não se encontrava no interior da igreja, ia chegar atrasado e havia que despachar-se para valer a pena ir à missa.
  Isto de avisar o povo, com as três badaladas, que a missa ia começar, às vezes serviam de sinal para aquelas almas desejosas das coisas do alheio, pois sabiam que estavam todos dentro da igreja e portanto, podiam entrar na propriedade alheia com mais tempo e mais à vontade...
  Nos dias festivos também se tocavam os sinos e muitas vezes era dessa forma que o povo ficava a saber da cerimónia de um casamento, baptizado, funeral, etc.
  A história ensinou-nos que o som dos sinos era importante e respeitado por toda a gente. Tal como hoje as mensagens do telemóvel, outrora, nos tempos em que havia dois telefones na freguesia, não havia luz eléctrica e poucos tinham relógio em casa e muito menos no bolso ou no pulso esquerdo, os sinos enviavam as mensagens de interesse público e como hoje, o cidadão depois de ouvir a mensagem, tomava a sua decisão. 
  
  Continua...

                                                                                José Nunes Martins




10.1.18

NÃO, NÃO SOU O ÚNICO A FOTOGRAFAR E A PUBLICAR!

                                       
                                         
                                              OLHA, ESTÁS NA INTERNET!


     Quando em 2006 decidi abrir o blog Malcata.net (
www.aldeiademalcata.blogspot.com)
 pensava que podia transformar-se num espaço de informação, partilha e formação, um lugar de encontro, de união e diálogo entre todos os malcatenhos. Era o meu sonho e acreditei nele.
     Ao longo destes anos já aconteceu de tudo e a página Malcata.net continua a realização do sonho inicial. Como administrador deste espaço, continuarei a trabalhar no meu sonho de poder viver no seio de uma comunidade mais respeitadora dos valores da liberdade, do amor, da tolerância, do respeito à diferença de opinião e ao pensamento individual e colectivo.
     Viver em comunidade não é tarefa fácil e quando se trata de uma pequena comunidade onde todos se conhecem uns aos outros, é ainda mais difícil viver sempre num clima de paz e tranquilidade. Mas é normal e saudável à comunidade confrontar-se com dificuldades no caminho.
É normal e desejável a existência de opiniões diferentes mas que temos que respeitar, ouvir, aceitar e tolerar. Diferente disto, é seguirmos todos o mesmo caminho e os mesmos pastores, só porque dessa forma temos a vida facilitada, o caminho é mais cómodo e mais fácil. Nestas coisas de pastores de rebanhos, temos que conhecer quem nos dirige e para onde nos querem levar. É mais fácil fazer parte do rebanho e seguir o caminho que os outros carneiros fazem e caminhar todos na mesma direcção, caminhar e nunca nos interrogarmos para onde estamos a ir e para não sermos chamados de “ovelha negra” nem pensar em fazer perguntas ao pastor. Todos juntos vamos percorrendo o mesmo caminho, mesmo que esse caminho termine num precipício que leva todo o rebanho a um fim trágico e sem retorno. E mesmo assim, morreremos todos juntos e unidos!
   Sou por princípio uma pessoa optimista e são muitas as vezes que dou comigo a pensar na aldeia onde nasci e no potencial que ela tem para as pessoas viverem uma vida boa, tranquila, saudável e desafogada. Tenho dado conta que esse modelo de comunidade não passa ainda de uma das minhas utopias. Às vezes tenho vontade de desistir, principalmente naqueles momentos em que vou à aldeia e me ameaçam dizendo que vão chamar a judiciária, metem-me em tribunal porque lhes disseram que os viram na internet e não me deram ordens para fazer isso. Só para ficarem com uma ideia do incómodo que isto me está a causar, recordo aqui uma sexta-feira de Setembro, ainda não tinham passado duas horas da minha chegada à aldeia e fui abordado duas vezes, em dois locais diferentes e por duas pessoas diferentes com as mesmas palavras e cujo assunto tinha a ver com a publicação de fotografias na internet. Mais recentemente, voltou a suceder a mesma situação com outro cidadão, que numa daquelas tardes em que vulgarmente se diz que a pessoa já não anda sozinho, já bebeu e anda acompanhada. E numa situação destas, pouco há a fazer, resta respeitar quem fala connosco e lamentar a situação, pois desejar esclarecimentos e perdão é incompreensível para alguns.
   O que me entristece é que em Malcata há quem saiba utilizar os seus conhecimentos informáticos, mesmo que básicos, para criar confusão na cabeça de quem pouco ou nada percebe. São gente cheia de preconceitos e olha para uma árvore e diz conhecer toda a floresta. Essas pessoas que se acham mais inteligentes, na verdade não são tão sábias como pensam ser, daí falarem aos outros de coisas absurdas e fora dos seus contextos. Em vez dessas mesmas pessoas contribuírem para esclarecer, informar e elogiar, limitam-se a dar a conhecer e a mostrar um registo fotográfico.
   Como sabem, tenho um hobby que é a fotografia. Soube que pela nossa  aldeia,  tem aparecido gente com máquina fotográfica ao ombro que percorre todas as ruas a tirar fotografias. Passados uns dias, essas mesmas pessoas regressam trazendo consigo as fotografias emolduradas e procuram fazer negócio com os visados. Já mais de uma vez eu disse em Malcata que não ando a fotografar para vender e não vivo da fotografia, muito menos nada tenho contra  aqueles que  trabalhando honestamente, procuram  ganhar uns euritos, honestamente, pois só compra a fotografia da casa ou do cão quem quiser!
    Sou uma pessoa optimista e vou continuar a acreditar no povo, nas instituições e a abrir a porta a quem me procura. Corro o risco de por vezes abrir a porta a pessoas que não desejava receber. É um risco, mas tem solução. Tudo na vida tem solução, até as fotografias na internet. Na nossa vida só a morte não tem remédio e dela ninguém se livra.




1.2.15

AGENDAMENTOS

EDITORIAL
(Publicado no Boletim Municipal da Câmara Municipal do Sabugal-Jan-Fev-Março 2015)
A foto também é retirada do mesmo boletim.Penso que é importante divulgar esta mensagem aos malcatenhos, pois muitos nem sabem que existe um Boletim Municipal.

1
.O Inverno é uma estação do ano que não reúne muitas simpatias, apesar dos seus naturais encantos. A estes, nós propomos algumas actividades e iniciativas que darão um acrescido deslumbramento a esta estação através da festa. No Sabugal, durante o período do Carnaval, é cada vez maior a afirmação de um conjunto de iniciativas que têm aglutinado diferentes participações, envolvendo diversos actores e forças vivas do concelho, nomeadamente, o movimento associativo. Cada vez mais povoações festejam o Carnaval, envolvendo as populações locais; o desfile de Carnaval do Sabugal é já um cartaz turístico de afirmação local e regional, e os Roteiros Gastronómicos um momento alto de promoção da nossa gastronomia.
Entre os dias 13 e 17 fevereiro, os Roteiros Gastronómicos irão proporcionar momentos ímpares de convívio à mesa, saboreando as delícias da gastronomia da época, onde não faltam à mesa os enchidos, o Bucho Raiano, o borrego e o cabrito, os caldos e a doçaria tradicional.
Fazemos com os nossos melhores produtos a boa mesa raiana. Sejam bem-vindos os que a nós se quiserem associar para desfrutar duma ruralidade envolvente, que não deixa ninguém indiferente e que a todos brinda com gratificantes  vivências. 
2 . A forte emigração e o intenso êxodo rural, sobretudo nas décadas de 60 e 70 do século passado, criaram uma imensa diáspora sabugalense. Espalhados pelo país e pela Europa, principalmente por terras de França, muitos dos que daqui partiram em busca do ‘el dorado’ fixaram-se nas zonas de acolhimento e aí criaram novas raízes. A numerosa diáspora sabugalense merece este ano, por parte do Município do Sabugal, uma atenção particular. Razão porque terão lugar três encontros/fóruns, com o objetivo de sensibilizar os que daqui partiram para o investimento no território, reforçar a auto-estima, e divulgar as potencialidades dos produtos locais deste concelho.
O primeiro encontro realizar-se-á no dia 21 de março, no Auditório do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa; segues-e, no dia 23 de maio, o fórum em Paris; e no dia 8 de agosto no Sabugal. 3. Ao longo de todo o ano uma agenda repleta de iniciativas e de atividades promoverão o território, as gentes, as tradições, o património e a cultura, reforçando o sentido de pertença e de identidade da comunidade sabugalense. Ao mesmo tempo, manter vivos os laços, os afetos e as raízes - âncora de afetos onde é sempre agradável regressar e, quiçá, voltar para cá ficar. No alvor de um novo ano faço votos de que 2015 nos traga a todos uma nova esperança para vencermos os desafios que temos pela frente. 
Bom Ano.


30.8.13

FAZER O BEM SEM OLHAR A QUEM

Projecto Bricosolidário
     E aqui temos mais uma pérola escrita pelo nosso conterrâneo Rui Chamusco, publicada no Jornal Cinco Quinas hoje, 30 de Agosto de 2013:
   Todas as culturas estão recheadas de provérbios que, pela sua estrutura e dinâmica, não merecem qualquer contestação. Servem isso sim de conselhos sábios para quem  os quiser por em prática.
   Por circunstâncias próprias e em tempo de campanha eleitoral estamos a atravessar um tempo que nos obriga a ouvir, a pensar, a reagir muitas vezes de forma imprópria sobre o nosso comportamento e as nossas atitudes perante os outros. Tudo vale (excepto tirar olhos) para defender o que é meu, o que é do partido, o que é do grupo. Em tempo de necessidades continuamos a fazer guetos, capelinhas e política caseira. Claro que defendo a existência de partidos e da democracia! Mas o meu pensar vai mais além. E não entendo porque, podendo nós (eu, o grupo, o partido) fazer o nosso melhor nos fechamos em copas somente porque não fomos eleitos, não ganhamos as eleições. Se os outros tiverem boas propostas ou boas ideias porque não concordar ou apoiar? Serei eu menos por aceitar e ajudar a concretizar as ideias dos outros? Não será por isso que deixarei de ser o que sou. Há algum tempo que alguém, comentando a minha colaboração, me dizia: “Estão-se aproveitando dos teus préstimos, estão deitando-te a mão”.Pois que seja! Pior será nada fazer do que podia ser feito. Vou repetir o que há tempos escrevi sobre o episódio evangélico dos talentos. Um dia qualquer, todos nós seremos julgados, e a pergunta final será: O que é que não fizeste do que poderias ter feito (pecado da omissão). Que rendimento deste aos talentos (qualidades) que te foram dadas. Com ou sem rótulos religiosos ou políticos, crentes ou ateus, sejamos activistas. Fazer bem é difícil; fazer mal pode corrigir-se; não fazer nada não tem perdão. “Faz o bem e não olhes a quem.”
   Neste ano de eleições autárquicas nunca é demais lembrar de que todos somos responsáveis pelo bem comum, pela causa pública que todos apregoamos. Quem podendo dar nada dá, nada poderá exigir. Todos temos as nossas razões, as nossas ideias políticas, sociais, religiosas e é bom que as defendamos como sinal de riqueza e de pluralidade. Mas será que o bem comum não estará acima de qualquer diferença ou rivalidade? Discussões venham elas. É delas que nasce a luz. Honestidade e boas intenções são precisas. E, mesmo correndo o risco de ser utilizado, é preferível pecar por excesso de confiança nos outros. Cá por mim, alinho na mentalidade de Francisco de Assis cujo lema é “Paz e Bem”. Se puder ser instrumento de paz e bem para a nossa sociedade, e particularmente para os mais pobres e necessitados, sentir-me-ei feliz e cumprindo a minha missão. E já agora, o desejo de uma campanha eleitoral digna, com respeito mútuo e capacidade de esclarecimento de ideias e de projectos para bem das nossas terras e do nosso concelho.
Rui Chamusco
PS: Podem ler este texto e outros do mesmo autor aqui no Cinco Quinas:
http://www.cincoquinas.net/?p=8782

13.9.12

NEGÓCIOS NO SABUGAL


 Largo da Fonte, cidade do Sabugal


  Era uma vez um homem...
que vivia na cidade do Sabugal e tinha no Largo da Fonte uma roulotte para vender pizzas quentes , ali mesmo ao lado da fonte. Porque ouvia mal, não ouvia a Rádio Altitude e nem as notícias da região onde vive e que o jornalista Joaquim Martins divulga todos os dias na Star FM . E porque já via mal, deixou de ligar o televisor quando está em casa, não lia o jornal Cinco Quinas, nem o Amigo da Verdade e muito menos os jornais diários nacionais vendidos ali no quiosque ao lado da sua roulotte transformada numa pizzaria, a melhor pizzaria da cidade.
   Preocupava-se com o seu negócio,e por isso, pendurava no tronco das árvores cartazes de propaganda, oferecia uma fatia de pizza para o cliente provar, anunciava em voz alta as diversas pizzas que fazia e o povo gostava e comprava. Então no mês de Agosto é que o negócio rendia, pois todos os dias perto da hora do almoço, lanche e jantar não tinha mãos a medir. A sua principal preocupação era a satisfação do cliente: comprava a melhor farinha, os melhores azeites e óleos, os chouriços, cebolas, milho, queijo, alho, louro, diversas carnes eram adquiridos nos fornecedores da região, pois a qualidade desses produtos era o segredo para a fama das suas pizzas.
   Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar o Colégio do Soito ao filho. O rapaz cresceu e foi para a Faculdade de Economia de Coimbra tendo concluído os seus estudos com distinção. Acabados os estudos, o filho Doutor  regressa a casa e ao ver que o seu pai continuava com a mesma vida de sempre e a vender as mesmas pizzas, ele agora um doutor informado e educado virou-se para o pai e perguntou-lhe:
- Pai, tu não ouves rádio?
  Não vês televisão?
  Não lês jornais?
  Pai, o mundo está em crise. Portugal está mergulhado numa grave crise, o desemprego está a aumentar cada dia que passa, muitas pessoas não têm trabalho, estão sem dinheiro. Há que poupar, há que economizar.
   O pai escutou pacientemente o seu filho doutor e disse:
- Filho, tens razão. Vou tomar medidas e mudar umas coisas no negócio das pizzas.
   Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de farinha mais barato ( e é claro, pior ). Deixou de comprar aos seus fornecedores habituais da região do Sabugal e passou a comprar chouriças, queijos, cenouras, cebolas, pimentos, alhos, salsa, azeitonas, azeite e outros ingredientes a quem lhe vendesse mais barato, mesmo de inferior qualidade. Também decidiu retirar todos os cartazes de publicidade, deixou de oferecer a prova aos clientes, tudo com a ideia de que assim ganharia mais dinheiro.
   A verdade é que com o passar do tempo e apesar destas medidas que tinha tomado, as vendas começaram a cair e chegaram mesmo a níveis insuportáveis.
   O negócio das pizzas que antes gerava recursos, faliu.
   O pai, triste, telefona para o filho  e diz-lhe:
- Filho, tinhas razão. Estamos mesmo numa grande crise. Agora vou esperar que passe e pode ser que volte a abrir a barraca das pizzas quentes. Bem dita a hora em que te enviei para a faculdade estudar economia.

   Nota: este texto é baseado num  texto  original publicado em Fevereiro de 1958 num anúncio da Quaker State Metals.co

25.12.09

MENSAGEM DO PRESIDENTE DA C.M.SABUGAL


Mensagem de Natal e Ano Novo
O Natal marca cada um de nós,
porque reflectimos sobre a nossa vida,
porque abrimos o coração a todas as pessoas,
porque ajudamos quem mais precisa.

Saibamos todos, neste tempo de preparação para um Ano Novo, rejuvenescer e acreditar que é possível ser melhor e fazer mais pela nossa Terra!


Estamos a viver mais uma época da Festa da Família e da Solidariedade entre todos os Homens. Uma época em que, para além da natural alegria pela proximidade, ou da tristeza pela ausência forçada de alguns dos nossos mais queridos, deve também servir para uma reflexão individual e colectiva sobre um conjunto de valores que importa transportar para a nossa vivência diária como sabugalenses e agentes da promoção e valorização das nossas terras, do nosso Concelho.


Ao festejar o Natal e a sua simbologia de amor, fraternidade e solidariedade – devemos, igualmente, reflectir sobre a forma de, cada um de nós, e todos nós, contribuirmos para alterar o rumo daquilo que, tantas vezes, nos choca no dia a dia das nossas vidas e das vidas dos outros. A nossa felicidade nunca será possível enquanto ao nosso lado houver infelicidade, e principalmente, enquanto nada fizermos para ajudar os mais desprotegidos.


Temos, por isso, a obrigação de tudo fazer, enquanto responsáveis pelos destinos do nosso Concelho, de continuar a lutar com determinação e coragem para que as nossas crianças sejam mais felizes; para que os nossos idosos tenham ajuda e protecção; para que os deficientes sintam a total integração e apoio continuados; para que as famílias sem habitação condigna possam acreditar e “sonhar” com uma nova vida; para que os jovens se preparem com rigor e confiança para o futuro.


É esta reflexão, é este desafio para o Novo Ano que gostaria de lançar a todos os cidadãos que respiram este concelho e a todos aqueles, que mesmo “não vivendo diariamente O Concelho” o sentem na ausência e no imaginário. Falo daqueles que amando muito a sua Terra Natal não a podem viver por dentro das suas tradições do calor das fogueiras e das ceias de Natal, falo dos emigrantes, dos doentes e dos ausentes pela saúde, ou pelo trabalho. Deixo a todos um voto muito sincero de um Santo Natal e de um Novo Ano repleto de paz, saúde, êxitos pessoais e colectivos.


Da minha parte e de todos os funcionários e colaboradores da Autarquia, acreditem que tudo vamos fazer para que em 2010 o nosso concelho seja mais solidário, mais empreendedor, mais atractivo, mais acolhedor.


 


António dos Santos Robalo


(Presidente da Câmara Municipal de Sabugal)









31.12.07

MENSAGEM DE ANO NOVO





FELIZ ANO NOVO!!!
Porque razão desejamos "Feliz Ano Novo"?
Porque celebramos a passagem do ano?
Por esta altura do ano, é normal e geral "fazer uma limpeza",
esquecer o passado, pensar no ano novo que aí vem e desejar um futuro mais promissor.
Apesar de não termos alcançado todas as promessas feitas na passagem de ano do ano que está a chegar ao fim, o desejo de recomeçar volta sempre. O desejo da maioria de nós é o de "atirar o passado para trás das costas", "passar uma esponja no passado", estabelecer novos objectivos e trabalhar para um futuro próspero.
Em vez de decidir "Eu não vou fazer isto" ou "Eu não vou fazer aquilo", devemos dizer "Eu vou fazer isto" e "Eu vou fazer aquilo". Existe uma grande diferença e junta-se uma motivação maior, uma maior determinação e uma maior decisão.
Além do mais, estabelecer objectivos não se restringe ao dia do Ano Novo. Pode acontecer em qualquer altura do ano. Mas quando quer que aconteça, marca de facto um "Novo Ano" na vida de uma pessoa.
Recorda-se do ditado "Hoje é o primeiro dia
do resto da minha vida"
Sim! É verdade!
Mas também é verdade dizer: "FELIZ ANO NOVO!"

18.12.07

MENSAGEM DE NATAL DE D.MANUEL FELÍCIO(BISPO DA DIOCESE DA GUARDA)


O Diário XXI divulga a mensagem de natal de D.Manuel Felício:

Diário XXI:

Bispo quer ver Interior a agarrar fundos europeus



Numa mensagem de Natal

que vai além de aspectos religiosos,

D. Manuel Felício pede uma aposta no Quadro de Referência Estratégico Nacional e faz um alerta renovado sobre os efeitos nefastos da desertificação.

D. Manuel Felício, Bispo da Diocese da Guarda, considera urgente “que os políticos e outros responsáveis pela vida pública assumam a coragem de construir um futuro equilibrado, de tal maneira que sejamos um País e uma nação onde todos têm vez e voz”.
Numa mensagem de Natal que denota preocupação pelo desenvolvimento da região, D. Manuel Felício entende que “é necessário assumir a coragem de promover a discriminação positiva para as regiões mais pobres de meios promotores do desenvolvimento, como a nossa, e com essa finalidade saber aproveitar a oportunidade única constituída pelo aproveitamento do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que vigora nos próximos seis anos”.
O Bispo da Guarda faz a analogia entre a história bíblica de Jesus, nascido num curral, por não haver lugar para ele numa cidade a viver a azáfama do recenseamento, e os dias de hoje, onde há “os bem incluídos no processo e nos programas do desenvolvimento, como também os que deles ficam excluídos”.

“LEGÍTIMAS QUEIXAS”
O Bispo da Guarda dirige uma palavra “especialmente aos responsáveis pela condução da nossa vida pública, pedindo-lhes que olhem preferencialmente para os que são parentes pobres do desenvolvimento” e recorda “as legítimas queixas feitas recentemente pelos autarcas do distrito da Guarda” ao Presidente da República, a lembrar-lhe “o drama da desertificação humana dos nossos ambientes”. “Compreendemos que o senhor Presidente da República tenha ficado sem palavras para responder, de imediato, com as medidas adequadas a esta situação preocupante. Mas já não compreendemos que a máquina da organização política, subordinada a interesses de crescimento económico fácil, não dê ouvidos a este apelo”, sublinha.



Desertificação: “Um drama de proporções alarmantes”
O problema da desertificação, segundo D. Manuel Felício, é “um drama de proporções alarmantes, que põe em risco a sobrevivência de muitas das nossas aldeias e obriga as populações locais a deixar as suas terras”. “Mas é também um drama que todo o País precisa de sentir como seu, pois sem o desenvolvimento das potencialidades que nos são próprias, todo o País fica mais pobre e a qualidade de vida de todos os portugueses irremediavelmente prejudicada”.

in Diário XXI, por Susana Margarido