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2.8.22

FALTA DE CADASTRO ESTÁ A AFASTAR O LINCE IBÉRICO DA MALCATA?

                            

Só quem joga é que pode ganhar

   No nosso país, há muitos proprietários que desconhecem os terrenos que dizem ser seus, seja por heranças recebidas ou outros meios.
   É por isso importante elaborar o cadastro por todo o país. Assim, o Governo decretou que todos os donos de terrenos têm que fazer o cadastro. Para que o processo seja menos complicado, mais rápido e mais aceite, criou o BUPi
(Balcão Único do Prédio). O concelho do Sabugal é já um dos municípios que aderiu a este banco de registo.
   Ontem, 1 de Agosto, em Malcata, decorreu uma sessão de esclarecimento sobre o tema do cadastro dos terrenos. Segundo o que consegui apurar, poucas pessoas apareceram no salão da Freguesia e sede da ACDM, na Rua da Escola Primária.
Será que em Malcata já está feito o cadastro dos terrenos?
As pessoas não estavam ao fim do dia de ontem na freguesia?
A comunidade foi devidamente informada e sensibilizada para participar?
Agora que a reunião passou, o que se aprendeu?
Que compromissos ficaram escritos?
Que outras acções vão ter lugar?

Estou surpreendido, pela indiferença, das gentes da freguesia no que diz respeito ao património comum e particular.
Não meus caros, assim não saímos do estado em que está a floresta e a vida de toda a comunidade! Assim nem o lince ibérico desejará vir. Mas, quando a tragédia chegar, nem Cristo nos vai valer, pois está fartinho de nos enviar uns avisos!

                                                                      José Nunes Martins

16.6.22

TEM ESTÁTUA, TEM MURAL, TEM CENTRO DE INTERPRETAÇÃO, AGORA VENHA O LINCE !!!

 

                                      Centro de Interpretação
                   do Lince Ibérico - Malcata

                                                                  Malcata, Sabugal

   O edifício do antigo posto da Guarda Fiscal, património de referência na aldeia de Malcata, no concelho do Sabugal, foi recuperado há já alguns anos, sendo um espaço onde são desenvolvidas atividades culturais e de apoio à prática desportiva. Todavia, era pretensão da Junta de Freguesia dar maior visibilidade ao espaço, proporcionando mais uma atratividade aos turistas que visitam a região. 



Lince ibérico vindo daqui:
https://www.minhaterra.pt/centro-interpretativo-do-lince-iberico-da-malcata.T13958.php
porque as coisas são como são!
 

  Para concretizar esse objetivo, a Junta de Freguesia decidiu recorrer ao GAL PRÓ-RAIA, para, através de uma candidatura no âmbito da operação” Renovação de Aldeias” da medida LEADER do PDR2020, poder adaptar uma das salas do edifício, de forma a poder albergar o Centro de Interpretação do Lince Ibérico, animal que até há poucas décadas habitava na Serra da Malcata, hoje e por causa do lince, tem o estatuto de Reserva Natural da Serra da Malcata sendo partilhada pelos concelhos do Sabugal e de Penamacor.

Centro de Interpretação do Lince.
aldeia de Malcata(Foto Josnumar)


   A Junta de Freguesia, com o patrocínio da Câmara Municipal do Sabugal, apresenta assim um espaço que serve de divulgação, mostra, estudo e documentação sobre o Lince Ibérico, cuja sua presença já não é real, apenas existem ainda algumas memórias e a Junta de Freguesia achou por bem avançar para este centro de interpretação, nos modos seguintes:


Operação:
 10.2.1.6 – Renovação de Aldeias do PDR2020

Promotor: Junta de Freguesia de Malcata

Localização: Malcata, Sbugal

Investimento total elegível: 58.854,27 €

Despesa pública: 29.427,14 €

Postos de trabalho: - !!!!!!!

   Nota: a informação aqui reproduzida está baseada em pesquisas por mim realizadas, principalmente no sítio referido acima. 




15.6.22

MALCATA : ABRE NOVO CENTRO DO LINCE IBÉRICO

    

No dia 18 de Junho, este sábado, em Malcata, 
pode experimentar uma nova forma de conhecer 
o lince ibérico, que foi reintroduzido no Algarve,
continuando vazia a Reserva Natural da Serra da Malcata!


   A inauguração do Centro Interpretativo do Lince-Malcata, na freguesia de Malcata, concelho do Sabugal, está agendado para o próximo sábado, 18 de Junho, no edifício do antigo quartel da Guarda Fiscal, situado na Rua do Cabeço. É mais um centro dedicado a divulgar a história do lince ibérico, o seu passado, as ameaças a que está sujeito, a sua biologia e ecologia, bem como o processo de recuperação desta espécie em Portugal.
    Por isso, a partir do dia 18 de Junho, Malcata dispõe de nova forma de dar a conhecer o lince ibérico.
    Esta obra foi adjudicada pela Freguesia de Malcata, em parceria com a Câmara do Sabugal, à Glory-Box, tendo sido divulgado no Portal Base do Governo em 17 de Dezembro de 2019, pelo valor de 46.894,00 euros, mais Iva, com um prazo de execução de 180 dias (seis meses). Desconheço a distribuição das despesas alusivas a esta empreitada, tanto no seu custo total como na repartição desses valores pelas duas entidades autárquicas. Lembro que a obra sofreu significativo atraso, devido aos constrangimentos vividos no nosso país no combate à pandemia. Mesmo com a justificação da pandemia, um atraso de tantos anos, será que o valor da obra se manteve inalterado?
     A decisão de avançar com o Centro Interpretativo, foi tomada pela Junta de Freguesia, na reunião de 23 de Novembro de 2019, tendo que escolher de entre três, a empresa vencedora. Nunca antes da publicação do contrato a obra foi alvo de apresentação pública ou de algum processo de recolha de sugestões, ideias, estudos prévios, etc. E sendo um tema tão importante e tão abrangente para a região dos dois concelhos que integram a Reserva Natural da Serra da Malcata, é no mínimo, incompreensível estes investimentos acontecerem sem previamente serem efectuados trabalhos preparatórios, que possam valorizar e criar oportunidades de apresentar maiores ambições. Oxalá eu esteja errado e as instalações, cedidas pela Junta de Freguesia de Malcata, para ali exibir o Centro Interpretativo do Lince, em Malcata, correspondam ao que merece que se faça em divulgar, promover, preservar e ser local de muitas visitas ao lince de carne e osso. Sabemos todos que os recursos financeiros são escassos. Tendo em conta os custos da estátua ao lince no Largo da Fonte, na cidade do Sabugal, a que juntamos o Centro Interpretativo do Lince, em Malcata, estaremos a falar de custos na ordem dos 100.000€ a 150.000 euros, concordam? Seria interessante fazer uma comparação do Centro Interpretativo do Lince, em Malcata e o outros Centro de Interpretação e Observação do Lince Ibérico, em São João dos Caldeireiros.    
                                                                            José Nunes Martins

 

  

 

28.2.22

AIGP-TERRAS DO LINCE-Malcata



                                Reunião da Comissão Técnica da AIGP-Terras do Lince-Malcata

     O governo anunciou que tem 217 milhões de euros para as AIGP’s.

  “Ao longo de 20 anos, todos os anos virão 190 milhões para pagar serviços de ecossistemas e garantir que a empreitada de transformar não se esgote no dia em que parece estar concluída” ouvimos dizer ao Ministro do Ambiente, Pedro Matos Fernandes.
  A AIGP Terras do Lince-Malcata vai servir para ordenar a paisagem e aumentar a área florestal que será gerida em co-gestão, com o objectivo de promover e valorizar a economia local.
  As relações das AIGP’s com os proprietários dos terrenos terão em conta as várias possibilidades e a delegação, por exemplo, da gestão do terreno pode ser delegada à entidade que está a gerir a AIGP-Terras do Lince. Ou também o proprietário pode fazer ele a gestão seguindo o plano que a entidade gestora propõe.
  Se o dono do terreno não for conhecido, essa propriedade ficará à guarda do Estado durante 15 anos.
  E caso haja algum proprietário que se recuse a ceder o terreno, a entidade gestora recorrerá ao arrendamento forçado, pagando uma renda anual ao dono do terreno.
  E quem melhor pode ajudar e colaborar com os proprietários é a autarquia, a junta de freguesia, as associações ligadas à floresta e importante o apoio científico da Universidade da Covilhã.
  Os proprietários dos terrenos vão poder contar com a ajuda na identificação dos terrenos, a elaboração do cadastro e serão também informados sobre o projecto e o plano de execução.
  A AIGP-Terras do Lince-Malcata já está a funcionar. A população de Malcata, não pode abdicar dos seus direitos e também tem que estar presente nos seus deveres. A Área de Intervenção Gestão da Paisagem-terras do Lince é também gerida pela Junta de Freguesia de Malcata, pela Assembleia de Compartes dos Baldios de Malcata e penso que a Zif da Malcata! Estas serão as entidades da nossa freguesia, ao que acrescentamos outras entidades nossas vizinhas.
  Durante este mês de Fevereiro já foram realizadas reuniões com as populações, tendo havido uma na nossa freguesia. Tenho a informação de que participou pouca gente. E esse facto não é bom sinal, pelo contrário, é um alerta para a entidade gestora da AIGP-Terras do Lince.
  Esta é mais uma oportunidade que Malcata tem para sair do marasmo!


Presidente CMS Vítor Proença 
assina o protocolo AIGP-Terras do Lince



 

12.6.21

MALCATA: LUGARES E ESPAÇOS PÚBLICOS

Aguardando a abertura

 

      A aldeia de Malcata, pode até ser considerada aquela que apresenta a entrada mais bela e com uma fantástica paisagem. Mas a sua beldade também é feita de alguns pequenos pormenores. E quanto a dar importância às coisas, eu facilmente me perco e fixo neles, principalmente naquelas situações em que a grande diferença e os êxitos, por vezes, estão precisamente nos detalhes mais simples e mais pequenos. Para mim amar Malcata é também saber olhar para os pequenos detalhes, o que normalmente todos olham, mas são muito poucos os que deles falam.
   Os espaços públicos da nossa freguesia têm que existir e contribuir para atrair os habitantes da freguesia e quem a visita. Sempre que se pretende mexer nos espaços públicos, quem o faz, tem com certeza a ideia que vai melhorar ainda mais aquele lugar. Sabemos que quem governa a aldeia é que tem o poder de mandar executar. Vivendo nós numa democracia, ficava bem que algumas decisões, antes de aprovadas para execução, fossem colocadas em consulta pública e durante determinado espaço temporal as pessoas terem oportunidade de consultar e assimilar o que está em causa, dando até contributos para uma decisão mais abrangente.
    Desconheço como foi decidido a colocação do busto de Camões onde ele se encontra. O que sei é que a freguesia assimilou bem o novo ordenamento daquele espaço. A freguesia sentiu e continua a sentir-se agradecida pela homenagem que quiseram oferecer. Um lugar onde havia castanheiros, sem nome, sem identidade, a partir de 1965 passou a chamar-se “Camões”.
   E em Malcata tenho a certeza que há lugares e espaços públicos a precisar de serem valorizados, de se transformar em lugares atraentes. Não tenho dúvidas que a pintura do lince em Malcata, foi com a intenção de melhorar o Largo de Camões, atrair visitantes à freguesia e ser uma forma de lembrar uma das marcas identitárias da nossa aldeia. Se assim não foi, se foi simplesmente para imitar o que outras aldeias já têm, não querendo a nossa terra ficar para trás, então a coisa complica-se ainda mais. Gosto do lince e aprecio aquele lince pintado por Styler. A qualidade do artista e do seu trabalho é boa. gosto do colorido, tem vida de felino e os olhos dele seguem quem ali passa. Infelizmente já não consigo estar de acordo com a escolha daquelas paredes para o lince, mesmo até sabendo que a ideia foi dada pelo artista. Sabem, não consigo encontrar uma ligação, uma particularidade que ligue o Camões com o lince, ou dizendo de outra maneira, entre o que já existia e o que agora lá foi deixado. Ficou melhor o espaço? A pintura veio dar mais valor ao busto? Como se vê, são algumas das perguntas que eu me faço a mim mesmo. É que, por muito que imagine, aquele espaço não ficou melhor e está ali uma atração nova que ainda vai dar que falar. Não faltavam e não faltam espaços públicos na freguesia à espera de visibilidade e atração. Termino com uns pozinhos de ironia, sem maledicência, com um conselho aos futuros governantes: por favor, não mandem escrever os versos do Camões nas paredes do CILI, mas pelo menos, pintem coelhos!
                              José Martins


12.5.21

LINCE IBÉRICO CHEGOU A MALCATA PELA MÃO DE STYLER

 




                                                          CONHECE O ARTISTA?

   







Styler é um artista de Arte Urbana que pinta as paredes de estruturas em espaços públicos por cidades, vilas e aldeias que o convidarem para esse trabalho. João Cavalheiro, é o seu nome próprio, é um artista luso-francês, com um currículo comprovado neste tipo de arte. 



Algumas das suas obras:



João Cavalheiro nasceu em nasceu em Lille, França nos anos 90. Iniciou a pintura mural em meados de 2004 e define-se como autodidata. Com o graffiti adquiriu a sua experiência e técnica com que hoje expressa maioritariamente a sua arte em spray sobre murais e espera vir a ganhar mais nome além fronteiras.

Mural na cidade do Sabugal



Para melhor conhecer a sua arte, que ele, com tanto génio, vai deixando gravada por todo o lado, consulte as suas páginas. E fique atento à Street Art de que Malcata e outras aldeias do Sabugal se podem orgulhar.

   Um agradecimento ao artista pela publicação das fotografias.

Faceboook: https://www.facebook.com/JoaoCavalheiroStyler/

Facebook: https://m.facebook.com/JoaoCavalheiroStyler/?locale2=pt_PT

Instagram: https://www.instagram.com/stylerone90/?hl=pt


STYLER MOSTRA A SUA ARTE EM MALCATA




Lince da Malcata by Styler, em Malcata

















25.1.20

AJUSTES DIRECTOS COM O POVO

Ajustes Directos


   Como malcatenho interesso-me pela comunidade, pelo património e tudo o que se relacione com a nossa freguesia. Sempre que me é possível, vou às reuniões da Assembleia de Freguesia e também às Assembleias Municipais. A minha participação tem sido através de perguntas colocadas à Mesa da Assembleia da Freguesia, ficando esclarecido em alguns casos e às vezes as respostas dadas não convencem mas sempre é melhor que nada e pelo menos vou assimilando o pensamento do executivo e dos membros que compõem a Assembleia de Freguesia. Às vezes fico com a sensação que se executa sem conhecimento e sem aprovação deste orgão deliberativo e que também tem a responsabilidade de "vigiar" o trabalho da junta.
     Como já se aperceberam, a Freguesia de Malcata adjudicou duas obras. São duas obras de grande vulto e importantes para a nossa freguesia. Há muito que são inseridas nas promessas eleitorais, mas por razões que se desconhecem não têm passado disso, de promessas. Bem desta vez alguma informação já é conhecida. Mas essa informação é tão escassa e tão irrelevante que me deixa preocupado. Basta constatar a ausência dos cidadãos nas reuniões da assembleia de freguesia, o lugar certo para esclarecimentos sobre a vida autárquica. E se o cidadão não pergunta, não coloca as suas dúvidas e sugestões é porque tudo está bem.       Eu não penso dessa forma e já até já sugeri a realização de uma reunião pública para a Junta de Freguesia informar devidamente todos os cidadãos acerca das obras que vai realizar. Refiro-me mais concretamente à empreitada do "Centro Interpretativo do Lince" e aquele rebanho de cabras sapadoras "Cabras Serranas". Sendo duas obras de grande vulto para a freguesia, prometidas  em várias campanhas eleitorais e se a estas juntarmos a "Sala das Memórias", sendo todos projectos comunitários, não acham que o povo devia estar mais esclarecido, mais envolvido nestes projectos? É que contrariamente ao pensamento e convencimento do senhor presidente, o povo pouco ou nada sabe acerca destas obras. E há perguntas cujas respostas podem levar a mais perguntas cujas respostas são importantíssimas: onde e porquê ali e não aqui? Como garantir o sucesso do investimento? Por exemplo, parece que o Centro Interpretativo do Lince vai para junto do antigo quartel. Quais as razões desta escolha? Será um ponto de chegada ou um ponto de partida à descoberta ?
   Eu tenho estas perguntas. Outros terão perguntas diferentes e ideias diferentes, mas obras desta envergadura e importância, devem ser apresentadas, discutidas e esclarecidas antecipadamente e com  abertura do poder local. Se este meu apelo tiver resposta positiva da junta e a participação do povo, então a freguesia sairá a ganhar.

                                                                                     José Nunes Martins
   

4.7.18

MALCATA: COM FAMA MAS SEM PROVEITO

                                           
                                             
                                                  SENTADOS NA PRAÇA DO ROSSIO

  

    
A aldeia de Malcata mantém-se no mesmo lugar e a serra lá continua a proteger o povoado. A tranquilidade que se vive nesta aldeia, apesar das eólicas, convida os visitantes a olhar para a paisagem e dali não sair até ao cair da noite. Ao entrar na aldeia os nossos olhares focam-se nas curvas da Serra da Malcata, nas eólicas e no azul da água que enche a albufeira da barragem e em cujas profundezas moram moinhos, lameiros, ponte velha e o nicho da Senhora dos Caminhos.
   O coração de Malcata é um lugar com história e muitas histórias, conversas de rua e de café, de ver quem passa e falar de fulano e sicrano, de cartas e jogos tradicionais, de comércios e de festas, de água fresca e sol e sombra. Para uns é o Rossio, para outros é a Torrinha. E quem olhar para a torre do relógio, ali presente desde 1959, fixar o olhar na pequena pedra em mármore, uns palmos abaixo do painel de azulejos, ao ler Praça do Rossio, não tem que se preocupar porque dos três nomes qualquer deles está bem.
  
José Nunes Martins
josnumar@gmail.com

15.7.17

EU QUERO IR À SERRA VER O LINCE DA MALCATA

                                       Inês, Sara e Sofia, à procura do lince da Malcata


   - Mãe, Carmo, eu quero ir ver um lince! Quando é que vamos à serra ver o lince?
   Esta foi a pergunta que a Sofia fazia à Olga, mãe da criança e que naquele mês de Agosto aceitou o nosso convite para deixar o Porto e ir até Malcata. A verdade é que eu sabendo que já não havia linces na Reserva Natural da Serra da Malcata, mas a insistência da Sofia em ir à serra e talvez encontrar um lince pelo caminho levou-nos a ir à procura daquilo que não íamos encontrar.
  Depois de umas horas a subir e descer, de olharmos para tudo o que mexia e andava, a Sofia um pouco desanimada disse:
- Zé vamos para casa! Sara e Inês o lince está escondido, ele deve ter medo de nós e não aparece. Vamos regressar e vimos amanhã mais cedo. Está bem?
- Tens razão Sofia. Vimos amanhã outra vez, quem sabe o lince apareça!
  Depressa chegámos a casa, porque a descer todos os santos ajudaram a andar mais depressa e o burro não tropeçou.
  Chegados a casa a Sofia disse-me ao ouvido:
- Ó Zé, prometes que amanhã vamos encontrar um?
- Sim Sofia, vamos lá amanhã outra vez!

24.2.16

QUEREM DECAPITAR MALCATA?

  Bandeira da Freguesia de Malcata

    A aldeia de Malcata tem o nome da Reserva Natural da Malcata. Está enquadrada na área da reserva natural e o seu próprio nome identifica e liga com naturalidade aos valores que também habitaram e ainda habitam: o lobo, o coelho, o javali, a águia, o grifo, o tordo, o gaio, o esquilo, a raposa, a lebre, o lagarto...e o lince da Serra da Malcata. Para que serviram os 6 milhões de euros já gastos na Reserva Natural da Serra da Malcata? É incompreensível que se venha agora, da noite para o dia, afirmar que a Serra da Malcata está excluída do Pacto Nacional para a Reintrodução do Lince Ibérico? Como é que um Ministro do Ambiente afirma que a Reserva da Serra da Malcata tem o habitat favorável ao lince, mas que lhe faltam coelhos para se alimentar? Porque razões um presidente e um vice-presidente de Câmara (Município de Penamacor, sede da Reserva Natural da Serra da Malcata), se esmifraram para conseguir o aprovamento de mais uma Zona de Caça Municipal, se já existem quase uma dezena delas? Li que ambos gostam de caça e são caçadores e interessados na gestão de zonas de caça associativa!


   Em que país vivemos nós?


21.10.15

UMA PEDRADA NO CHARCO DE MALCATA

 

   A hora aproximava-se e lá fora a chuva e o vento não parava de me inquietar. Aos poucos as pessoas iam entrando na sala a escorrer água da cabeça aos pés, olhavam à volta e não sabiam onde deixar o guarda-chuva a escorrer.
   Por momentos pensei que a audição ia ser um autêntico fracasso e que ninguém estaria naquela sala para ouvir os ilustres oradores que a associação tinha convidado. Sair do conforto da casa ou do convívio do café da aldeia, caminhar uns bons dois quilómetros de guarda-chuva na mão e esperar que o vento não mande para o lixo o raio do chuço para passar umas horas a ouvir uns fulanos a falar de Malcata, do futuro de Malcata, valerá o sacrifício?
   À medida que os ponteiros do relógio iam avançando, também as pessoas iam chegando, cumprimentavam quem estava e iam tomando o seu lugar. E poucos minutos após a hora marcada no programa, com a sala já bem composta,deu-se início aos trabalhos.
A meio da tarde, depois de todos os oradores terem dito ao que vinham, depois do café e alguns momentos de convívio, seguiu-se uma mesa redonda, com a presença de gente com saber e experiência de vida dando uma autêntica lição de boa cidadania.
   Hoje, uns dias após esse encontro, continuo a interrogar-me acerca daquele participante que entrou mudo e saiu calado. Aguentou durante horas em silêncio e nem uma frase em público, nem para o  povo que nele confiou e elegeu como líder . Se estava à espera que lhe fosse dada a palavra, era do seu conhecimento que o poderia fazer durante o decorrer da mesa redonda, nunca antes, como  era sua pretensão. E porque apenas lhe era dada a oportunidade de falar sobre o tema em discussão na altura devida, ou seja, durante a mesa redonda, recusou o convite para participar mantendo a cadeira ficou. Sabia que iria ter ao seu lado uma senhora que, por sinal, tem uma concepção de exercício de poder local diferente e que, nas diferenças encontra desafios onde primeiro está o dever como autarca e representante do seu povo, num momento em que qualquer político gostaria de mostrar que é líder de um povo acolhedor e simpático e que apoia quem se dispõe a ajudar essa gente,que muitas vezes vive abandonada e desamparada.
   Durante as horas que durou a reunião, falou-se da Malcata e de Malcata. Falou-se do território da Malcata, das pessoas da e de Malcata, do lince da Malcata, dos desafios que Malcata tem pela frente.
   Que lição de cidadania se viveu naquela sala, onde não aconteceu aquilo que alguns desejavam que acontecesse! Houve lição, fizeram perguntas e ouviram-se respostas e até algumas informações que foram do agrado dos participantes. Houve responsabilidade, respeito, café e bolinhos misturados com sorrisos e sonhos, muitos sonhos e muita vontade de os realizar, porque afinal o associativismo no território da Malcata tem muito mais valor que aquele que muitos pensam que tem. Saímos da audição convencidos que o rumo traçado pela Associação Malcata Com Futuro   e respaldado e apoiado por parceiros institucionais, como a Universidade da Beira Interior, a Associação Para a Economia Cívica de Portugal e a Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócios, pela Junta de Freguesia de Quadrazais, pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata, pela Associação de Solidariedade Social de Malcata e outras associações da região, é o caminho certo para assegurar o futuro das pessoas da Malcata.
   Mais informação aqui:
 (http://malcatacomfuturo.pt) e https://www.facebook.com/malcatacomfuturo


   

20.7.12

A CORRER PELA SERRA DA MALCATA





   A final da Taça de Portugal de corrida em Montanha concretiza-se no dia 21 de Julho, em Malcata (Sabugal- Guarda) amanhã.A competição organizada pela Federação Portuguesa de Atletismo, Associação de Atletismo da Guarda e pela anfitriã a Associação  Cultural e Desportiva de Malcata.
   A final terá lugar às 18h e 30m  e inclui atletas federados seniores, veteranos e juniores, com provas para o sexo  feminino e masculino, contando com 19 equipas inscritas.
   





15.5.12

MALCATA: UMA REGIÃO COM VALOR NATURAL




Com o Decreto-lei nº 294/81, de 16 de Outubro criou-se a Reserva Parcial da Serra da Malcata( . E com o Decreto-lei nº 384-B/98, de 23 de Setembro criou a ZPE ( Zona de Protecção Especial) para Aves Selvagens da “Serra da Malcata”, integrando a Rede Natura 2000.
   Em 1999, foi reclassificada e de Área Protegida passou a Reserva Natural da Serra da Malcata, através do Dec. Regulamentar nº 28/99, de 30 de Novembro, tendo sido também redefinidos os seus limites.
   A Serra da Malcata era nos anos 70/80 considerada um dos últimos refúgios naturais em Portugal de fauna e flora e também um dos habitats do Lince Ibérico, espécie em perigo de extinção. E na sequência da campanha nacional da LPN a que chamaram “Salvemos o Lince Ibérico e a Serra da Malcata” a Reserva Natural da Serra da Malcata passou a ser conhecida pelos portugueses e estrangeiros graças ao enorme trabalho de divulgação pela comunicação social. Malcata ( a serra ) deixou de ser ocupada pelas empresas de celulose e conseguiu alcançar alguma credibilidade e notoriedade. Contudo, passados mais de 20 anos, pouco se fez para preservar os valores então defendidos. A floresta tem crescido naturalmente, as casas florestais, que foram remodeladas, estão há anos abandonadas e sem utilidade nenhuma, cada vez há menos seres vivos e o Lince Ibérico desapareceu do seu espaço natural. Surgiram e em grande número as torres eólicas que ficaratem para m impunemente instaladas a escassos metros dos terrenos da reserva natural. Pela serra e pela Reserva Natural vão andando alguns vigilantes e os sapadores florestais de Malcata. Há ausência de equipas locais que abracem projectos com alma e coração, que os façam avançar. Os decretos governamentais nada valem se depois nada se fizer. O município do Sabugal como responsável por parte da Reserva Natural da Malcata, devia estar disposto a gastar dinheiro. É tempo de se perceber a importância que uma área protegida como é a Serra da Malcata, tem para o desenvolvimento local. Para a cidade do Sabugal, por exemplo, é ou não muito importante poder dizer aos seus visitantes e turistas e até aos seus habitantes, que têm ao lado uma Reserva Natural?
    Até que ponto a natureza pode ser importante para o desenvolvimento local?
    O que é que o Sabugal, como concelho, lucra com a Reserva Natural da Serra da Malcata?
    E a aldeia de Malcata tem ou não sido beneficiada?
    Continuamos a não entender que a paisagem é fundamental para o desenvolvimento económico do concelho do Sabugal, da aldeia de Malcata e para o turismo da região. Aqui no Sabugal, não temos água salgado do Atlântico, mas temos capeias únicas, castelos, muralhas, construções medievais, vestígios judaicos, floresta, rio Côa, muitas aves e repteis, para além de pessoas íntegras, humildes e trabalhadoras.
    Esta semana a senhora ministra do Ambiente defendeu a reintrodução do Lince Ibérico em Portugal e dizia que isso podia atrair pessoas para as zonas desertificadas, tendo sublinhado que as regiões para onde está prevista a introdução do lince serão valorizadas economicamente.
  
 “ Se daqui a uns anos, tivermos na nossa terra o lince ibérico com uma convivência sustentável com as actividades que aqui há, vamos ter zonas muito interessantes para  serem visitadas por portugueses e estrangeiros” palavras da ministra.

    Está a implementar-se o Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal. A Reserva Natural da Serra da Malcata tem que fazer parte activa deste plano, pois, caso contrário não se justifica a sua existência. 

23.3.12

MATERNIDADE PARA LINCES EM FUNCIONAMENTO

       

   O início da época de reprodução 2012 no CNRLI ocorreu em Dezembro de 2011 com o início do cio das fêmeas. Os acasalamentos foram planeados de acordo com critérios genéticos e respeitando as interacções comportamentais observadas entre os animais. Durante o período potencial de gestação as fêmeas são seguidas com particular atenção e são feitas análises às fezes e urina para testes de gravidez.
Ler mais aqui:

http://linceiberico.icnb.pt/newsdetail.aspx?menuid=26&exmenuid=42&eid=456

22.3.12

LINCES EM MALCATA


Promovida pela Liga para a Proteção da Natureza(LPN), está em exposição temporária, no Forno Comunitário de Malcata, a Banda Desenhada sobre o Lince Ibérico, que faz parte do Projeto «Life Habitat Lince/Abutre».
A exposição poderá ser visitada até ao dia 15 de Abril, nos seguintes horários: dias da semana das 15.00h às 17.00 horas, sábados e domingos das 14.00 às 18.00 horas.
Esta mostra destina-se em geral a todo o público, e particularmente às escolas, com o objectivo de sensibilizar os visitantes para a defesa e protecção desta espécie animal em via de extinção.
Forno comunitário em Malcata

24.5.11

RESERVA NATURAL DA MALCATA

Reserva Natural da Malcata
 O jornal "Público" dá a notícia:
«O projecto da Liga para a Protecção da Natureza (LPN) que, ao longo de três anos, recuperou o habitat do lince-ibérico no Alentejo, foi esta semana distinguido como um dos seis melhores projectos europeus de conservação de um total de 59».
Ler mais aqui:
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1495688&showComment=1

17.2.11

TERRAS DO LINCE EM PENAMACOR

Cartaz da Exposição

Museu Municipal de Penamacor

   Está aberta ao público a exposição "Terras do Lince" até ao dia 20 de Abril. Trata-se de um conjunto de fotografias da autoria de Andoni Capela, fotógrafo espanhol, especializado em fotografia de natureza. 
   Esta exposição já esteve em Lisboa, Porto, Silves, Sevilha e agora em Penamacor, no Museu Municipal.
   O objectivo desta exposição é "estimular um clima favorável à reintrodução do lince ibérico na Serra da Malcata", também conhecida por Reserva Natural da Serra da Malcata e que este ano comemora 30 anos.
   Morada do Museu Municipal de Penamacor:
   Largo Tenente Coronel Júlio Rodrigues da Silva ( ex-quartel )
   6090-54 PENAMACOR
   Telefone: 227 394 064
   Horário do Museu: Aberto de 3ª a Domingo, das 9:00 às 12:30 e das 14:00 às 17:30.
   ( Informação retirada do sítio da C.M.Penamacor)


30.12.10

MAIS LINCES IBÉRICOS EM PORTUGAL

Centro Nacional Reprodução Lince Ibérico

«A população de lince-ibérico de Silves está diferente. Três dos 16 habitantes foram para Espanha e seis novos vieram, no âmbito do programa ibérico de reprodução da espécie em cativeiro, que já está em curso». Escreve o jornal "Público".

Leia aqui o resto da notícia:
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1472956

27.10.10

MALCATA: UMA RESERVA À ESPERA DA FÉNIX

Aí está o 1ºSeminário do Lince Ibérico em Portugal. É promovido pela LPN ( Liga para a Protecção da Natureza ) e patrocinado por muita gente poderosa. Esses que não descansaram enquanto não levaram para o Algarve a marca "Lince" que tanto custou e está a custar a Penamacor e ao Sabugal em transformar a RNSM  num pilar do seu desenvolvimento.
A LPN que tanto lutou pela criação da Reserva Natural da Serra da Malcata, andou pela Serra da Malcata a estudar, a planear e sempre com conclusões de que esta é uma área para preservar e a casa natural para o lince, afinal, foi de malas e bagagem para os ALLgarves e a Serra da Malcata seja o que o ICN quiser.
Actualmente a direcção da Reserva Natural da Serra da Malcata está em Coimbra. O Centro Nacional de Recuperação em Cativeiro do Lince Ibérico foi construído em Silves, as três zonas portuguesas para acolher os linces em habitat natural são uma no Baixo Guadiana, a segunda em Moura-Barrancos e a terceira na Serra do Caldeirão.
   E a Reserva Natural da Serra da Malcata, que foi criada com o objectivo de defender e preservar o Lince, fica de fora destas áreas de reintrodução? Eu sei que a região de Penamacor e do Sabugal têm uns Invernos frios e chuvosos. Mas, o lince sempre por aqui andou e não se queixou do frio, da chuva ou da neve.
   O poder e os lobbys conseguiram transformar Silves e arredores no local ideal para o lince. Penamacor, honra lhe seja feita ao Dr.Sarmento e ao Dr.António Cabanas, tudo têm feito para que a Serra da Malcata tenha a importância e o valor que realmente possui. O mesmo já não digo do Município do Sabugal e de quem por lá tem andado estas dezenas de anos. A Reserva Natural da Serra da Malcata é uma mina que aguarda a chegada da cápsula FénixII para ser resgatada do poder daqueles que em Lisboa ou em Coimbra
a têm mantido bem soterrada. Resta-nos apoiar o Dr.António Cabanas,ao participar na mesa redonda do 1º Congresso Português do Lince, com o tema "O Valor da Marca Lince" na próxima sexta-feira, convença esses poderosos que a Serra da Malcata ainda não ardeu, mesmo apesar de terem por lá crescido torres eólicas.

19.9.10

MORREU O LINCE CARÍBU


   Há cada vez menos linces ibéricos, apesar de todos os programas que os espanhóis e portugueses têm vindo a desenvolver, a vida está mesmo difícil para estes felinos. O último a aparecer morto foi o Caríbu, com cinco anos de idade, apareceu morto no Parque Doñana, em Espanha.
   A notícia veio no Público e pode lê-la aqui: