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29.7.22

A LIBERDADE DE VIVER

 

As duas Malcatas

   Há quem pense e persista naquela ideia de que para uma pessoa estar de boas relações com todos e com o mundo ficar quieto e em silêncio é mesmo indispensável, ou devia ser obrigatório. Eu felizmente não sou mudo, os meus olhos ainda veem mais ou menos bem e também escuto razoavelmente. Então qual a razão de auto submeter-me ao silêncio? Louvado seja Deus por me concederes o dom de pensar pela minha mente, de ver com os dois olhos, de ainda escutar com ambos os ouvidos e também dizer palavras em frases com sentido e mais ainda, agradeço-Te a Liberdade de utilizar todos estes dons, porque sem eles, iria ter uma vida mais difícil.
   Tenho sempre um motivo para escrever: dar utilidade ao talento que Deus me
concedeu e viver livre, em pensamentos e palavras.
                                                                                                  José Nunes Martins

7.2.20

A MELHOR VINGANÇA É A NÃO VINGANÇA



   Sentados na mesa da esplanada do Café Lince, tinham acabado de servir-nos o nosso café enquanto planeávamos o que íamos fazer nesse dia, quando se abeirou da nossa mesa. Cumprimentou e logo iniciou uma conversa que tinha a ver com as obras que mandou fazer no logradouro da sua casa da aldeia, sobre as quais eu sempre mostrei discordância e disso mesmo dei a conhecer aos leitores do meu blog, que desde 2006 mantenho na internet. Desta abordagem sobraram algumas palavras e alguns desacordos. Pelo meio, a intromissão totalmente descabida e sem sentido por parte da esposa que, contrariamente ao seu marido, estava visivelmente exaltada, se intrometeu na conversa que estávamos a ter, falando de assuntos que nada tinham a ver com o
tema da nossa conversa, originando um aumento do tom de voz, em autêntica gritaria e proferindo palavras em frases sem sentido, criticando os meus gostos pela fotografia, lançando para o ar em alto e bom som, afirmações e juízos falsos sobre a minha vida privada, pessoal e profissional. Perante as injúrias, a minha esposa pediu para terminar a conversa, pedido que ignorou, levando a que a minha esposa abandonasse o local justificando essa atitude dizendo que não tinha ido ao café para ouvir e assistir aquelas coisas, mas que apenas queria tomar café e estar em sossego. A dita mulher e aos gritos e só parou com a chegada do seu cunhado que, após ter sido atendido no interior do café, dali saiu e veio na minha direcção, com gestos e palavras muito duras e cheias de impropérios, como se estivesse a ser atacado por um cão raivoso, proferindo ameaças de morte e esforçando-se para me agredir fisicamente. A  agressão física só não aconteceu porque foi barrado e imobilizado pelos seus familiares presentes.Teve a intenção clara e consciente de me agredir e provocar, para que eu respondesse também com recurso à violência e ameaças.

 Eu mantive a calma e a serenidade suficiente e não reagi, nem por palavras ou actos.   O homem agressivo acabou por ser levado para a rua pelos seus familiares, que nada satisfeitos com o acontecido, a mulher olhou para mim gritando que eu não conhecia mas que um dia ainda ia ficar a saber a família dos ….e do que são capazes.
  Ali permaneci sozinho, sentado na cadeira onde sempre estive enquanto tomava o café da manhã, como era meu costume. Levantei-me quando vi passar na rua o carro da patrulha da GNR e fui ao seu encontro porque sentia necessidade de dar conhecimento dos factos ocorridos minutos antes e a gravidade assim o exigia. 
   Uns tempos depois, fui notificado pelas autoridades dando-me um determinado período para tomar uma decisão. E desde esse dia, apesar dos conselhos e apoios que recebi e dos apelos para que eu não deixe que o caso seja esquecido, que não devo ter receio de avançar com o caso, ainda nada decidi sobre o futuro.
   O povo costuma dizer que a justiça de Deus não é a justiça dos homens. Na nossa sociedade a justiça dos homens, tem prazos a cumprir e a respeitar, os incumprimentos dos prazos são constantes, o que parecia um simples processo é muitas vezes transformado num muito maior, os erros ou omissões são motivos para fazer justiça e quem tiver conhecimentos do funcionamento do sistema judicial e no interior do sistema, leva a muitas idas e vindas e nada fica decidido, apenas prolonga o sentimento de ansiedade e mal-estar e sempre a pensar numa absolvição ou num arquivamento.
   Ainda acredito que tenho liberdade para viver, acredito que gozo de liberdade de expressão, de pensar por mim e de sentir que é neste mundo que, como ser humano, quero viver feliz, alegre e essa aldeia do interior também faz parte do meu mundo.
   Tenho a consciência de ser uma pessoa de bem e que deseja o bem para o próximo. O bom nome dos meus pais e familiares, aliado à minha vontade de ajudar a construir um mundo melhor, com pessoas mais felizes, leva-me a pensar que também o posso conseguir através das minhas tomadas de posição, das minhas ideias e das minhas acções e ambições, apesar de pensar de forma diferente das outras pessoas, mas com a certeza que o faço com o sentido de responsabilidade de querer ajudar.
   Para mim, a vingança comparo-a aos remédios que o médico me receita: ele receita um remédio, mesmo em pequenas doses,  mas se eu o tomar em grandes quantidades, pode causar-me consequências muito graves para a minha saúde, pode até causar a morte.
   Quem me dera ter a força de responder como uma pessoa minha amiga que, às vezes, em certas situações como esta que se passou comigo, se sai com esta de dizer que
 “o pobre pode ir sem esmola, mas não vai sem resposta”!
                                                                 José Nunes Martins


5.11.17

ESTAR PRESO SEM O SABER

   Há factos que nos merecem uma atenção especial. Nas aldeias por vezes falam de “factos” que não correspondem à verdade e muitas pessoas ficam indignadas com alguns desses episódios. Uma coisa é aquilo que se diz e a verdade das coisas, dos verdadeiros factos.
   Há por aí quem utilize estrategicamente e conscientemente métodos persuasivos e apresentam-se como se fossem um cordeiro manso e assim lá vão conseguindo influenciar o comportamento das outras pessoas, os seus pensamentos e as suas emoções. Dizem meias verdades, com aquele olhar de carneiro manso, falando das coisas e dos factos que são realmente verdadeiros, mas ao não dizerem toda a verdade e omitirem as partes verdadeiras dos factos, essas mesmas que ajudariam as pessoas a compreender as diferenças entre o “disse que disse” ou “ouvi dizer” e a informação correcta e clara de cada facto.
   Na minha opinião, este tipo de estratégia já foi usada recentemente e conscientemente  na nossa aldeia. Pessoas detentoras de poder aproveitando-se dessa circunstância, conseguiram fragilizar as pessoas que respeitando a liberdade individual, se propunham servir a comunidade.
   Que pensam daqueles que, para concretizar as suas ambições pessoais, em parte ocultas, socorrem-se de pequenas, mas bem-vindas “cadeaux” prometendo o paraíso na terra? Até agora impera um silêncio sepulcral e ninguém sabe quando alguma cabeça salta a cerca. E quando isso acontecer será a tristeza de uns e a alegria de outros. Até lá, nada melhor que seguir o exemplo dos gatos: comem e dormem!
 
                                                 
                                                José Nunes Martins
  


23.3.15

O CORPO VAI MAS FICAM OS PENSAMENTOS E ACÇÕES


   O Ti Eugénio, de vez em quando gostava de visitar a família que vive nesta casa em Malcata. Cheguei a vê-lo a ele e à sua família em sã e alegre conversa e além da saudação mútua pouco conversei com este senhor pois os meus pais vivem mesmo em frente. Mas nunca deixava de ler as suas crónicas publicadas no jornal Cinco Quinas, a quem lhe deu o título "Baú de Memórias". Soube que faleceu e foi uma notícia que me deixou triste. Acabei de ler no Cinco Quinas um texto escrito por um dos seus três filhos, o professor João Duarte. O jornal Cinco Quinas que me desculpe, mas vou partilhar essas palavras que expressam bem quem foi Eugénio Duarte e desta forma homenagear este homem simples, alegre, trabalhador, afável e sempre pensou por ele e agiu de acordo com as suas crenças e liberdade de pensamento. O artigo diz:


"Sei que pode parecer pretensiosismo ser um filho a escrever um artigo sobre um pai, recentemente falecido, mas não pretendo que estas palavras sejam interpretadas assim.
Eugénio do Santos Duarte, nascido a 25 de Abril de 1927, no Soito, era filho de José Francisco Duarte e de Elvira dos Santos. Faleceu no passado dia 16 de Março de 2015, aos 87 anos de idade, no Soito, após internamento no Hospital da Guarda.
Do seu pai herdou as características de homem íntegro, com convicções e amigo do seu amigo. Quem o conheceu, sabe que não estou a mentir.
Cedo aprendeu a arte de carpinteiro com o seu pai. Trabalhou, como carpinteiro, em diversas obras particulares e comunitárias. Muitas igrejas do concelho foram, no que diz respeito à carpintaria, reconstruídas por ele. Também trabalhou no antigo Cinema D. Dinis, no Sabugal. Para além disso, fazia móveis para casas particulares. Trabalhou para pessoas ricas e para pessoas pobres, sendo por todos estimado. Embora não fosse homem de ir à igreja, muitos padres das freguesias onde trabalhou eram seus amigos.
Ainda criança foi viver para Quadrazais, onde terminou a 4.ª classe do Ensino Primário. Quadrazais marcou-o muito, a tal ponto que sabia as alcunhas de toda a gente que vivia nessa freguesia, naquele tempo. Mais tarde viveu em Aldeia Velha, onde participou no “Passeio dos Rapazes”, um facto que o marcou e de que, constantemente, falava. Referia ele que, tal como se dizia naqueles tempos em Aldeia Velha, “andou a passear”.
Casou com Alice Dias Aristides e teve três filhos: o João Manuel, o Luís Carlos e a Dulce Helena.
Tal como muitos seus contemporâneos tentou a sua sorte como emigrante em França, para onde foi com “carta de chamada” e passaporte legal, trabalhar como carpinteiro. Apenas foi emigrante durante nove meses, tendo regressado a Portugal.
Dedicou-se à construção civil e trabalhou nas terras da Raia, sobretudo na Lageosa, Aldeia do Bispo e Aldeia Velha, onde granjeou muitos amigos.
Esteve na génese das Festas de S. Cristóvão, no Soito, tendo sido por vários anos mordomo das mesmas, a última das quais em 1988.
Amante de música, sobretudo das Bandas Filarmónicas (mas não só), era a sua opinião que era atentamente escutada quando acontecia o concerto no adro da igreja. A opinião do Ti Eugénio era definitiva sobre a “performance” da Filarmónica.
Teve a suprema honra, de no dia do seu aniversário, em 1974, ter visto o país liberto da Ditadura, que ele tinha combatido, característica que herdou do seu pai.
Tornou-se membro do PCP, facto que nunca renegou até ao fim da sua vida, mas era amigo de pessoas de todas as ideologias políticas ou credos religiosos.
Participou nos peditórios para a compra da “carreta funerária” que existiu no Soito e contava, sempre, um facto muito cómico que aconteceu num desses peditórios. Ao dirigir-se a uma determinada pessoa e perguntando-lhe se queria ajudar nessa compra a pessoa responde: “Eu não dou nada! Eu vou a pé!”
Esteve na fundação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Soito, sendo o seu sócio número 5. Foi membro de várias direcções dos Bombeiros do Soito, nomeadamente da sua Assembleia Geral. Participou nos peditórios iniciais realizados no Soito para a compra da primeira ambulância e foi ele o Ti Zé Ferreiro que foram ao Porto buscar a primeira ambulância para os Bombeiros.
Foi ele que construiu, em madeira, a primeira maqueta do futuro Lar da 3.ª Idade da Santa Casa da Misericórdia do Soito, que esteve exposta no adro da igreja.
Quando se reformou dedicou-se a pequenos trabalhos de carpintaria, tendo executado inúmeros artefactos, nomeadamente bancos, “irgadilhos”, mesas, “talhadores”, etc., etc. que tiveram muita saída.
Começou a colaborar no jornal “Cinco Quinas”, em 2006, com a sua crónica mensal “Baú da Memória”, que durou meia dúzia de anos. Nestas crónicas, sobre o século XX do Soito (e também de Quadrazais e algumas outras terras do concelho), o Ti Eugénio contava episódios de antigamente que tinha guardado na memória, sem nunca ter tirado apontamentos. Cessou a sua colaboração com o “Cinco Quinas” em 2012.
Os textos sobre o Soito foram reunidos em livro, sob o título “Baú da Memória – O Soito de Antigamente”, que já teve duas edições. O livro foi lançado em 2009 no Auditório Municipal do Sabugal. O prefácio do livro é da autoria do Director do jornal “Cinco Quinas”, António Rito Pereira, que refere, a determinada altura, que “ a partir de agora, sobre o século XX do Soito passa haver uma referência indispensável de informação. É o livro do Ti Eugénio.”
A recordação que fica dele é de um homem livre, amigo do seu amigo, com fortes convicções, com grande memória e muito sentido de humor.
João Manuel Aristides Duarte

10.3.12

MALCATA: LIÇÕES DE VIDA

Malcata: Lições de vida



Ah se os humanos fossem todos como as cegonhas! Refiro-me à fidelidade, à entrega, ao cuidado, ao labor, à união da família. Quantos “filhos da mãe” da nossa espécie andam por aí demitidos das suas obrigações!


A mãe natureza continua a cuidar de nós, como seus filhos que somos. Não devemos também nós cuidar dela, prestar-lhe carinhos e atenções, bem como a todos os seus filhos e nossos irmãos? Francisco de Assis, no Cântico das Criaturas, não se priva de louvar e agradecer a Deus Este homem (santo) que abdicou de tantas coisas boas da vida – o pobrezinho de Assis, como soe dizer-se – teve a sensibilidade e a consciência de que o nosso peregrinar por este mundo está repleto de dons de Deus para que deles possamos servir-nos e construir um mundo melhor. O seu profundo respeito pela vida, em qualquer forma que se manifeste, é um estímulo e um exemplo que devemos seguir.
Hoje, a mãe natureza presenteou-nos com o regresso das cegonhas. Dizem os vizinhos que eram seis à procura do velho (!) ninho. Não o conseguiram encontrar, porque foi destruído. Mas em compensação foi-lhes preparado ninho novo num local próximo. Um casal apoderou-se desta mansão, e nela podemos observar, fotografar, admirar e até escrever o que nos vai na mente. São chamamentos sonoros (parecem as matracas da semana santa); são arrufos amorosos; são voos de encantar; são “galaduras”. Enfim, tudo o que é preciso para que a vida das cegonhas continue. Hoje o pai e a mãe; amanhã os “filhos da mãe” e do pai.
Ah se os humanos fossem todos como as cegonhas! Refiro-me à fidelidade, à entrega, ao cuidado, ao labor, à união da família. Quantos “filhos da mãe” da nossa espécie andam por aí demitidos das suas obrigações!
“Olá cegonha! Eu gosto de ti. Há quanto tempo te não via por aí?!”
Termino com o poema completo do saudoso Carlos Paião
 
Olá cegonha, gosto de ti!
Há quanto tempo, te não via por aí!
Nem teus ninhos nos telhados,
Nem as asas pelo céu!
Olá cegonha! Que aconteceu?
Ainda me lembro de ouvir-te dizer,
Que tu de longe os bebés vinhas trazer!
Mas os homens vão crescendo,
E as cegonhas a morrer!
Ainda me lembro...não pode ser!
 
Adeus cegonha, tu vais voar!
E a gente sonha...é bom sonhar!
No teu destino, por nós traçado!
Leva o menino, que é pequenino, toma cuidado!
 
Adeus cegonha, adeus lembranças...
A gente sonha, como crianças!
Faz outro ninho, nos altos céus!
Vai de mansinho, mas pelo caminho, diz-nos adeus!
    

Por: Rui Chamusco
Copiado daqui: http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=5714

22.4.09

A SALA DOS RISCOS

Todos os riscos têm um autor. As paredes da sala continuam a testemunhar momentos felizes que muitos jovens têm vivido em Malcata. Os donos do Café Lince ( Café do Quim ) aceitam e conservam estes testemunhos.
















































































27.9.07

AS REGRAS DO DR.PEDRO SANTANA LOPES MERECEM RESPEITO


Hoje, a notícia é a Sic Notícias. Os directores da estação, desdobram-se em desculpas de "alinhamento editorial", em que a Sic Notícias é um canal de informação 24 horas por dia...e a chegada de um treinador de futebol ao aeroporto de Lisboa, mesmo que esse treinador seja José Morinho, não justifica, no meu entender de tele-espectador, interromper uma entrevista. O treinador, que saiu e não disse nada, vinha acompanhado de mais portugueses que como ele, alguns vêm de férias, vêm de trabalhar...que raio de editores tem a Sic Notícias?
Santana Lopes, ontem, tomou a atitude correcta e mostrou aos portugueses como o ser humano deve ser livre e inteligente.

Foi um dos melhores momentos da Sic Notícias. A jornalista que entrevistava Pedro Santana Lopes, ex-primeiro ministro, ex-presidente do PSD, ex-ministro da cultura...ex-presidente da Câmara de Lisboa e convidado pela Sic para uma entrevista a fim de comentar as próximas eleições do PSD, não teve a mesma coragem que o entrevistado. A jornalista, por "critérios editoriais" foi obrigada a interromper a entrevista com o seu convidado e este não gostou e entornou o caldo mesmo à frente das câmaras de tv e vociferou:"A mim não me interrompem com a chegada de um treinador de futebol. Acho que há regras, a Sic tem regras diferentes das minhas.Tenho que ser respeitado".

Ora toma! E depois, e depois não quis continuar a entrevista e com educação abandonou o estudio com a certeza de que ninguém, nem mesmo os senhores directores, donos dos
"critérios"(deles)editoriais da estação de televisão o fizeram abdicar dos seus direitos e valores de liberdade, de relatividade dos acontecimentos que o rodeiam.
É assim mesmo. O futebol não é assim tão importante...mesmo que tenhamos o melhor treinador do mundo a chegar ao nosso país para passar uns dias de férias. Para alguns, o Mourinho deve ser importante ( para a sua mulher e filhos...)e para muitos ele é um cidadão com os mesmos direitos e deveres de qualquer pessoa. A diferença está tão só no facto de ele ser mais conhecido e de Ter mais dinheiro do que eu, por exemplo.