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30.1.23

MALCATA: QUANDO O SONHO É DO TAMANHO DO HOMEM

    

Assim começou o sonho


   A ASSM (Associação Solidariedade Social de Malcata) foi fundada por um pequeno grupo de pessoas reunidas em Malcata e desde que abriu, tem sido o cartão de visita da nossa freguesia. Trata-se do maior investimento particular até hoje realizado na nossa freguesia, que conta com pouco mais de duas centenas de moradores.
   A oferta de instituições de apoio às pessoas idosas é suficiente no concelho do Sabugal. Mesmo com tanta oferta, a escolha do Lar de Malcata não deixa de crescer e de se alargar para lá da área geográfica do nosso concelho.  Foi baseado na procura que a direcção presidida por Carlos Clemente, partiu para a construção de um segundo pavilhão para funcionar como ERPI (Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas). Ao mesmo tempo, o novo espaço foi pensado também como salão multiusos onde se podem realizar algumas actividades culturais e recreativas, encontros e refeições de grupos.
   Toda a obra da ASSM está à vista de todos e tal deve-se ao trabalho das várias direcções que ao longo dos anos ocuparam essas funções de gestão.
   O lar de Malcata, como é vulgarmente conhecido, é uma realidade e a envergadura que hoje tem, deve-se principalmente ao senhor Carlos Clemente e às pessoas que o acompanharam e apoiaram. Ninguém põe em causa a importância desta obra e que tanto dignifica a nossa freguesia, o nosso concelho e todos os que nela exerceram e exercem alguma função.
   E meus caros, é um acto de justiça que as pessoas se lembrem dos que iniciaram esta grande obra, esta corajosa empreitada. Foram essas pessoas que tiveram a ideia, a vontade e a coragem de erguer uma instituição a que chamaram Associação de Solidariedade Social. Por isso, é justo que nos lembremos destas pessoas e ao mesmo tempo termos com elas um sentimento de gratidão.
   A ASSM que hoje conhecemos, é o somatório do trabalho e dedicação de todos quantos passaram e estão diariamente na instituição. O meu sentimento e o meu sincero desejo é que todos se unam em volta da ASSM, cumprindo cada um a sua missão e função. É   assim que uma associação de solidariedade social se transforma e se mantém coesa e com esperança no futuro.

 José Nunes Martins


6.2.21

O QUE MUDOU COM A VACINA NO LAR DE MALCATA?


    

  O que mudou?
  O dia 15 de Janeiro de 2021 ficará marcado para sempre na história desta instituição.
  A segunda toma da vacina contra a Covid 19 está para acontecer e esperamos todos que corra tão bem como a primeira.
Esta vacina foi a melhor notícia deste ano e é nas vacinas que todos nós estamos a depositar muitas esperanças.
  Contudo, mesmo depois de vacinados, todos temos de ser responsáveis e respeitar as indicações dadas pela Direcção Geral de Saúde e seus profissionais habilitados para esta tarefa.
  O que mudou com a vacinação dos idosos no lar de Malcata?

 

9.8.20

ERPI + CD + SAD EM MALCATA: QUOVADIS?

 



  Os sócios da ASSM sabem agora que existem duas listas a concorrer às eleições, a realizar no próximo dia 16 de Agosto:
- Uma em que predominam nomes da última direcção; 
- Outra em que predominam nomes de pessoas que exercem ou já exerceram outros cargos políticos e associativos.
  Quem se candidata a um acto eleitoral é porque tem o desejo, as qualidades, as capacidades e competências para desempenhar as funções a que se apresenta.
   Sou pessoa de fazer muitas perguntas e interesso-me pela vida em comunidade. Hoje já conheço algumas das razões que levam certas pessoas a entrar nesta coisa das associações e eleições. As instituições podem até ter muitas semelhanças, pois os órgãos sociais têm nome muito parecidos. Bem diferente o objectivo e a missão dessas mesmas instituições. É com alguma surpresa que vejo pessoas da área política autárquica, meio onde permanecem há vários mandatos e ciclos políticos, cargos para os que legitimamente foram eleitos, mas sem experiência e competência na área social, se apresentem com uma lista, às eleições da ASSM-lar. Depois de ler o programa proposto para os quatro anos, de ter ficado a saber o nome das pessoas que fazem parte da lista “NOSSA LISTA”, fico surpreendido pela ausência de alguns nomes. Há dois meses, soube do pedido de demissão por parte de dois membros da direcção do Lar. De um dia para o outro, dois da equipa combinaram uma cena de faca com alguidar, durante uma reunião. O bom, o único capaz, competente e líder. ano após ano, naquele momento, passou a ser ditador nas tomadas de decisão, na estratégia escolhida para assegurar a vida da instituição, a pessoa que nunca ensinou como se devia escrever...e saíram batendo com a porta, deixando aquele bom homem sozinho e com a responsabilidade de aguentar o barco até às eleições de Agosto.
   Agora começo a entender a mudança de alguns comportamentos e atitudes, tomadas por alguns cidadãos, em relação à minha pessoa! Afinal, onde se esconderam esses peões de guerrinhas internas? 
   Todos sabemos agora que há obra feita, há dinheiro guardado num banco. 
   O dinheiro não tem cheiro a leite de vaca, por isso espero que os candidatos ao lar, não estejam a querer alimentar toda aquela gente com esse recurso, pois não lhes vai dar para muito tempo. O que eu espero, é que aqueles quem têm vindo a alimentar o animal, continuem a cuidar bem dele e aumentem os litros em depósitos.
   O que é importante é a instituição e os fins que ela prossegue. A ASSM e o lar nada têm que ver com gestão política autárquica. Nesta instituição não gostaria de assistir ao desmoronamento daquilo que custou muito a construir.
Os exemplos da competência em gestão de dinheiro público estão à vista de todos os sócios. Comparem a gestão das pessoas que compõem as duas listas, a obra feita e bem continua, as obras pagas com dinheiros públicos que valorizaram e continuam a contribuir para o bom nome da freguesia.   Cuidado meus amigos com as almas caridosas que por aí andam a bater nas portas onde vislumbrem qualquer sinal humano. 
   Até agora têm andado afastados da minha área de residência. Eu sei que algumas pessoas nem sequer lhes passa pela cabeça pedir o meu voto. Porquê? Amanhã eu explico!
                                                                                  José Nunes Martins
                                                                                      Sócio da ASSM

Nota: A foto que ilustrava este texto ( direcção do lar em 2019) a pedido de um familiar, foi retirada e substituída, logo que me foi possível.

6.8.20

LAR DE MALCATA PREPARA AS ELEIÇÕES

                                   


  

                                   UM DIA UM HOMEM SONHOU...

      Eu sei que não gozo da simpatia de algumas pessoas da nossa aldeia e de outras, que apenas têm familiares a viver na aldeia, visitando a terra de vez em quando, tal como eu. Não gosto de mandar, ao contrário de certas pessoas, que têm um fascínio pelo poder e pelos privilégios que esse status lhes confere, prolongam  essa forma de estar, mesmo após o fim desses ciclos que, legitimamente, desempenharam. Continuam a sentir-se com legitimidade para mandar, sabendo que já não a têm. Inconscientemente ou por medos, os súbditos acatam e cumprem as ordens como se fosse normal continuar a mandar. 

   Eu não sou assim e é por eu não ser assim tão submisso, que algumas dessas pessoas, quando puxo o assunto, ficam caladas e não me dirigem a palavra porque não perdoam o meu atrevimento, porque sou contra estes comportamentos e sou um inimigo a abater, assim  haja oportunidade de o fazer.
   É muito fácil marcar pontos na campanha eleitoral para o lar.   Constou-me por aí em Malcata que um dos líderes da lista “surpresa” andou (e anda) de porta em porta e de rua em rua, a convidar os sócios a votar na sua pessoa... porque o senhor Carlos Clemente vai sair e o fulano vai entrar para o seu lugar. Ou seja, anuncia-se como o candidato que irá substituir o presidente actual. A verdade é que a mentira tem perna curta e é muito fácil apanhar uma pessoa a enganar e a manipular. E quem se deixa manipular acaba por ser enganado, sem se dar conta que foi numa cantilena falsa. O povo e os sócios do Lar sabem que há uma lista liderada pelo actual presidente da ASSM, senhor Carlos Clemente. Essa conversa de dizer às pessoas que sai um para entrar outro é mentira. Porque para um entrar, outro terá que sair e todos sabem que cabe aos sócios decidir no dia 16 de Agosto quem irá ser presidente da ASSM.
   Que podem os sócios esperar de campanhas de um nível tão baixo? 
   A fome de poder é tanta que não dispensa vestir a pele de cordeiro manso, afável, atencioso para com todos e, ao mesmo tempo, sorrateiramente, vai de pés juntos às pernas do adversário com quem está a disputar o mesmo lugar. 
   Mas enfim, pouco ou quase nada do que possa acontecer até ao dia 16 de Agosto, será surpresa para mim. É caso para perguntar aos sócios da ASSM(Lar)
onde encontramos a seriedade, a solidariedade, a generosidade de gente trabalhadora, dedicada ao amor ao próximo, sem pedir nada em troca e sem usar o poder da manipulação? 
   A obra é visível e real, não se trata de promessas ou desenhos. Os utentes recebem os apoios necessários e possíveis e nunca lhes ouvi falar de guerrilhas ou de que foram entregues aos cuidados de outra instituição. Não tenho conhecimento da existência de sócios a exigir uma devolução, porque simplesmente, as IPSS’S da espécie da ASSM são construções edificadas sobre alicerces fortes, sólidos e se durante os 29 anos conseguiu aprender a andar, crescer e ainda continuar com ambição de melhorar, esqueçam algumas pedras e areias soltas que resultaram no aparecimento de pequenas fissuras, nunca com a capacidade de colocar a estrutura em eminente estado de ruína ou degradação. 
   Quando o homem sonha e trabalha, a obra nasce e o mundo pula e avança.
   E o que é um sonho? O que é a realidade? O que é hoje a realidade ASSM, começou em 1991 com um sonho.
   Pelo sonho é que vamos...                  
                                                                 
                   José Nunes Martins
                                                                                           Sócio ASSM


21.7.20

ELEIÇÕES PARA O LAR DE MALCATA

 

    Realiza-se no dia 16 de Agosto a eleição dos novos órgãos de gestão da ASSM para o próximo quadriénio, acto ao qual concorrem, para já duas listas. O actual presidente da instituição, Carlos Clemente, recandidata-se ao cargo de presidente.
    

   Carlos Clemente disse-me que quer continuar com uma boa administração e uma gestão responsável, manter a confiança e boas relações com os trabalhadores, os familiares  e os utentes do lar e trabalhar para consolidar a ASSM como uma instituição de referência.

 Quanto à outra lista, tenho a informação, não confirmada oficialmente, que Vítor Fernandes será o líder e diz-se que quer ganhar a presidência,  nada mais sei sobre o que pretende fazer.

                                                                                      José Nunes Martins
                                                                                                                                                                     Sócio AMSS
   

                                                                

   

    




 


   


  

20.1.20

UMA ESCOLHA DIFÍCIL


 
   Na manhã daquele domingo tudo mudou. A queda e os pedidos de auxílio foram os sinais que lhe indicaram que algo não estava tão bem até aqui. Esquecimentos, confusões com os dias da semana, pouca vontade de comer e confundir as horas das refeições já nele acontecia às vezes. Mas naquela manhã o tremer daquele corpo magro e frágil pôs à vista a segurança e o bem-estar daquele homem.
   Naquele domingo já não foi à igreja e ficou sentado numa cadeira junto à lareira, olhando de vez em quando para a cerimónia da missa que estava a ser transmitida pela televisão.
   Aquilo não tinha acontecido, não podia ter acontecido, mas aconteceu e sou invadido com uma carrada de perguntas. Tinha prometido a mim mesmo que ia retribuir nesta fase da vida dele, o amor e o carinho que recebi durante estes anos de vida, sem esconder que entre os dois, por causas ligadas à emigração e à minha abalada da aldeia, sentia que ainda nos podíamos dar a conhecer melhor um ao outro. Não era eu que o impediria de ir para outra casa, para a minha lá para o norte ou para a da minha irmã mais lá para o sul, sempre se mostrou sem vontade de voltar a deixar a casa, as suas coisas, as suas rotinas e não queria deixar as conversas com os vizinhos amigos, que às tardes se encontravam à sombra do castanheiro que ele viu crescer. Estava bem e ali é que ele se sentia como se sente o peixe dentro de água.
   Cada vez que o lar vinha ao de cima das conversas, o seu comportamento alterava-se e os seus gestos mostravam isso mesmo, o desejo de continuar na sua casa e com as suas rotinas. Não se imaginava a viver sem total liberdade individual, mesmo conhecendo a instituição e as pessoas que nela trabalham. Os horários para viver a sua vida, sejam da hora de levantar, de comer e voltar para a cama, sempre viveu, comeu e dormiu quando o corpo o pedia, principalmente depois de regressar da França.
   Chegou o dia de eu regressar para junto da minha esposa e das minhas filhas. Fui sem muita vontade, mas tinha que ser, pois sabia que o meu pai ia estar bem acompanhado pela minha irmã. Combinámos que dentro de dias eu regressaria para junto dele, pois tinha tempo para isso e ela tinha que ir trabalhar.
   O meu telefone tocou à noite e fiquei a pensar na mensagem que recebi. Conclui que aquela manhã de domingo ainda mexia com o homem, pois aceitou de bom grado a ida para o Centro de Dia e o regresso a casa para dormir. Fiquei espantado com esta decisão dele, mas se era a sua vontade, eu só tinha que a respeitar e compreender.
   Mais surpreendido me deixou ao saber que nesse mesmo dia, atreveu-se a perguntar se naquela noite, naquela primeira noite já ia dormir no lar!
   Que passou nos últimos dias do mês de Dezembro? Muitas coisas e parece que ele as compreendeu mais depressa e melhor do que eu. Sabia que no Natal tinha companhia e veio a saber depois que eu, para poder prestar auxílio à minha esposa que, por infortúnio, havia partido o pé em dois sítios, estaria longe dele durante bastante tempo, portanto a melhor opção era ir para onde não queria, mas as circunstâncias o obrigavam a ir para não passar outra vez por momentos de aflição naquela casa tão fria e sem mais ninguém.
    Então nesse dia de Dezembro, deixou tudo como estava, levou a roupa que tinha vestida e por obra e graça do senhor Moreira, que desistiu da sua entrada no lar, com os apoios e ajudas da instituição, ocupo o quarto onde agora descansa e dorme.
    Vou aguardar pela segunda oportunidade de o visitar, de o abraçar e ficar mais convencido do acerto da decisão que ele tomou, sem esquecer o empurrão que recebeu para lá chegar mais rápido.
                                                                                                       José Nunes Martins
  

14.3.16

EM MALCATA É POSSÍVEL ESTAR NUM LAR E SER FELIZ

No Lar da ASSM, em Malcata, luta-se para que o envelhecimento se torne belo
   Todos os anos a Associação de Solidariedade Social de Malcata faz um balanço acerca do ano que acaba relativamente ao plano anual de actividades. E normalmente a ASSM envia para publicação no jornal Amigo da Verdade. Foi neste jornal, na edição de 13 de Março, que tive conhecimento das actividades desenvolvidas ao longo do ano de 2015, tendo a ASSM destacado as seguintes:
- Visita ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, Senhora da Póvoa,
   Senhora da Ajuda, Santa Eufêmia e outras;
- Aniversário da ASSM ( 21º ) com celebração solene da Eucaristia;
- Festa da Sardinha, no mês de Agosto;
- Ceia de Natal com familiares, sócios, população, funcionários e direcção;
- Outras saídas quando e onde foram convidados ( Dia do Idoso, dos Avós…);
   “Estamos sempre prontos a associarmo-nos a novos projectos para que os idosos se sintam felizes, acompanhados e compreendidos. Chegámos ao fim de mais um ano e a ASSM faz um balanço do ano transacto, para tentar sempre melhorar cada vez mais o Plano Anual de Actividades para o ano seguinte, em prol de um envelhecimento activo dos nossos idosos.
   Em Malcata, trabalhamos para garantir que é possível estar num Lar 
e ser Feliz. 
   Lutaremos para que o envelhecimento se torne belo”.
   Foi desta forma que o Lar de Malcata deu a conhecer o balanço de 2015.

2.12.14

FAZER O BEM


  Malcata é uma aldeia como tantas outras do nosso país. Cada terra tem o seu personagem que todos conhecem e sempre que passa é apontado e rotulado de tontinho, de pessoa sem acareios, de mausinho e toda a gente se ri à custa dos seus disparates, mas ninguém gosta que seja da sua família, sempre faz parte de outras famílias e não da minha, da vossa. 
   Estamos a lidar com pessoas que são vítimas de doenças mentais, de imperfeições físicas, mas que os outros apenas lhes apontam os defeitos e nunca as qualidades.   Em Malcata também viveram, vivem e viverão tontinhos e tontinhas. Cuidado, porque desequilíbrios mentais involuntários nenhum de nós está livre de um dia também vir a sofrer, por exemplo, de uma depressão mais ou menos profunda. Por isso, cada um de nós, independentemente do que faz hoje, do que sente hoje e da vida que vive hoje, está sujeito a passar por situações limite e de um momento para o outro a vida dá uma volta completa.
   Para levar uma vida feliz gozar de uma boa saúde mental é essencial para viver com alegria e em harmonia com o mundo que nos rodeia.

    A Associação Solidariedade Social de Malcata ( Lar ) felizmente tem contribuído e ajudado algumas pessoas da nossa aldeia, ajudando-as a tomar a sua medicação diária ( necessária ), ajudando-as na alimentação e até no apoio emocional. Sabemos que o nosso Serviço Nacional de Saúde não consegue ajudar todos os que sofrem e muito menos aqueles que vivem em aldeias como a nossa. Daí a importância do apoio do Lar no empenhamento em prestar a ajuda que tanta falta faz.

23.9.14

LIBERDADE DE VIVER




  Desde que o lar de Malcata abriu as suas portas já acolheu muitos idosos. Sabemos que a população da nossa aldeia está envelhecida e são poucas as crianças nascidas nestes últimos anos. São tão poucas que a escola primária já está encerrada e a creche continua também de portas fechadas.
   Afinal, quantos idosos vivem em Malcata?
   Quantos vivem nas suas casas?
   Quantos deles optaram livremente para irem viver para o lar de Malcata?
   E quantos lá se encontram empurrados pela família ?
   Dos idosos que ainda permanecem nas suas casas, quantos são apoiados pelo lar? E o apoio que o lar lhes oferece é o suficiente, é o que eles realmente necessitam?
   São muitas perguntas que me preocupam nestes últimos tempos. Espaço no lar da aldeia é coisa que parece não faltar. Se faltava espaço e as condições não eram as melhores, com a construção do novo pólo que está prestes a ser aberto, as melhorias das condições para os nossos idosos vão melhorar substancialmente.
   Olhando para os velhinhos é fácil entender que já têm muitos anos de vida, as rugas do rosto, as mãos calejadas, o andar meio encurvado são sinais que nos indicam que estas pessoas já vivem há muitos anos e agora sentem-se cansados.
   Os idosos são pessoas com muitos anos de vida, mas continuam pessoas adultas com capacidade de tomar decisões por eles próprios, como o que querem ou não fazer hoje e amanhã. São ainda donos das suas vidas, quer queiramos quer não, quer gostemos ou não das suas decisões.
   Acontece muitas vezes e até acredito que seja com boas intenções, a família intrometer-se na vida dos idosos. Os familiares não se dão conta que, às vezes, estão a pisar o risco, estão a violar a vontade própria do idoso e a sua autodeterminação, a sua vontade própria de poder gerir a sua vida, as suas coisas, o seu património, em resumo, a sua vida.
   Tanto a família mais próxima como os profissionais de saúde, desde os que trabalham nos hospitais aos que cuidam dos idosos nos lares, por vezes esquecem-se que estas pessoas, apesar de idosas, têm direitos. Todas estas pessoas não estarão a interferir demasiado na vida do idoso e nas suas escolhas de vida?
   Quantos idosos entram nos lares mesmo contra a sua vontade? E quantas famílias os vão lá retirar à força, contra a vontade deles?
   Esta é uma realidade que se vive em muitos lares, em muitas famílias e Malcata não deve ser diferente. A maior parte de nós acreditamos que os idosos, a partir de certa idade, ficam sem capacidade para tomar as suas decisões quanto à sua vida. Muitas vezes o idoso pede ajuda porque o neto ou netos o querem meter no lar, mesmo contra a sua vontade. Ou outras vezes, são os filhos do idoso que por causa da falta de trabalho, sentem-se quase obrigados a retirar o seu pai ou a sua mãe do lar, mesmo contra a sua vontade.
   Isto é violência da autodeterminação, é violência económica e se lhe juntarmos a violência emocional, temos à nossa frente um grave problema para resolver. E a solução é difícil de encontrar porque os idosos têm medo de muitas coisas: têm medo e não querem denunciar os abusos da família, da direcção do lar e dos seus funcionários. Apesar dos idosos se sentirem mal tratados e incompreendidos, vivem tristes e sofrem em silêncio porque têm vergonha de denunciar o que se passa com eles ou do que vêem ao seu redor. Ficam com medo de sofrerem represálias por parte daqueles que deles cuidam. E muitas vezes, até têm medo de serem acusados de serem eles os responsáveis pela situação por que estão a passar e acham que o melhor é calar, não dizer nada e sem querer continuam a viver numa permanente tensão. Só que estas atitudes e a aceitação destas situações, com o passar do tempo, começam por ter perturbações no sono e deixam de dormir tranquilamente, estão em constante nervosismo interior, quase com sentimento de raiva. Agindo desta forma, estão criadas as condições para o aparecimento de variadas doenças.
   O que fazer então?
   A instituição e os seus responsáveis e todos os seus colaboradores devem prestar sempre atenção a este tipo de comportamento. Detectadas as situações, há medidas que devem ser postas em prática.
   Outra acção a ser levada a cabo é que os idosos peçam ajuda e apoio. Aqueles que ainda estão de perfeita saúde e com plenas capacidades de tomar decisões, no fundo, que apesar da idade avançada, possuem uma vivência e uma independência íntegra e total, devem ajudar aquele que já não está na mesma situação. Ajudar ou pedir ajuda à instituição ou a algum cuidador em quem confie é um início. Se essa ajuda não existir, existem outros apoios externos e que os idosos podem e devem saber que existem e que estão prontos a ajudar a resolver o seu problema.
   Deixo aqui dois importantes apoios:
  
LINHA SOS PESSOA IDOSA
Telef. 800 910 100
A linha “SOS Pessoa Idosa” é um apoio feito pela Fundação Bissaya Barreto, para prevenir a violência contra pessoas idosas.
Abusos de dinheiro e atentados à autodeterminação, como o direito a escolher onde viver, são atendidos.

SAÚDE 24 SÉNIOR
Telef.808 242 424
Serviço telefónico gratuito do Ministério da Saúde. Os enfermeiros, após receber a chamada do idoso, contactam o idoso que quer ser acompanhado.


  

9.9.14

MALCATA: UM LAR PARA TODOS

Carlos Clemente, guia-nos pelo novo lar


Com as portas abertas desde 1995, com Carlos Clemente a presidir a (ASSM) Associação de Solidariedade Social de Malcata, também sempre acompanhado por.Susana Marques, como directora técnica, Andreia Castanheira, como Animadora Social, Marta Clemente, a assegurar os serviços de enfermagem,  Manuel Carlos Gonçalves que preside às Assembleias Gerais, ainda com mais quatro elementos que não sei se ainda integram a equipa, mas que são: o seu Vice-Presidente, Joaquim António Fernandes, o seu Tesoureiro Armando Bernardo e o secretário João Paulo Varandas Nabais.
O sonho de criar o lar partiu de Carlos Clemente e de uns amigos de Malcata. A população da aldeia ajudou e muito a concretizar o sonho em realidade e como me dizia Carlos Clemente, a associação era a melhor maneira de construir este grandioso projecto. Para além do apoio do povo, a doação dos terrenos pelo seu dono, o senhor Manuel Augusto Cidades ( Ti Cidades ), contou-se logo com o apoio dos emigrantes e imigrantes e o próprio Estado, através dos serviços da Segurança Social da Guarda.

Quartos novos com camas novas

A ASSM nunca mais fechou e tem sabido manter as portas abertas e tem sabido ultrapassar as muitas dificuldades que vão surgindo ao longo do caminho.Neste momento, em Agosto de 2014, já estão terminadas as obras do novo pólo, situado ao lado do pavilhão multi-usos, estando apenas a aguardar as inspecções legalmente exigidas para que as novas instalações comecem a acolher os utentes da instituição.

W.C.com ajudas

Este novo edifício vai proporcionar uma melhor qualidade de vida aos utentes. O Lar mais antigo continua aberto, vai também beneficiar e quem nele permanecer ou entrar, terá também melhores condições, pois alguns dos idosos que agora vivem neste espaço mais antigo serão transferidos para o novo lar. Ou seja, ambos os edifícios ficarão com mais espaço e claro, os utentes serão beneficiados com estas mudanças.
Quarto com vista para a serra da Malcata


Carlos Clemente, durante a breve visita guiada pelas instalações novas, não escondia o contentamento e a satisfação de mostrar os novos quartos, as camas novas e todas com comando eléctrico, as mesinhas de cabeceira, os espaçosos quartos de banho, todos eles no interior de cada quarto e equipados com louças sanitárias e as respectivas barras de apoio para os idosos. Além do consultório médico, vestiários para os funcionários, salas de lazer e repouso, o quarto com o equipamento de hidromassagem que muito vai beneficiar e contribuir para o bem estar dos idosos, deixou-me confiante e seguro da qualidade e dos benefícios que estão à disposição de todos os que a instituição cuida. E como a vida não é só dormir, o exterior tem espaços para jardim, podendo cada utente abrir a porta do seu quarto e ficar a apanhar os raios solares no seu jardim ou ver a lua e as estrelas lá para a serra. Não foram esquecidos os espaços de apoio ao trabalho e ao serviço propriamente dito. A lavandaria vai deixar o edifício velho e será toda montada neste novo pólo. Com um espaço muito mais amplo e melhores armários para guardar a roupa lavada

Central de aviso 
.

Que mais posso referir? A segurança das instalações cumpre todas as normas exigidas para estes tipos de edifícios, desde extintores nos corredores, sistema automático de detecção de incêndio, em cada cama existe uma campainha que quando accionada, acende uma luz no exterior do quarto e em mais duas ou três pequenas centrais que indicam ao funcionário de serviço qual o utente a pedir auxílio. O mesmo sistema de campainhas foi instalado no gabinete de apoio médico, pois assim o auxílio poderá ser mais eficaz. De salientar que o gabinete de apoio médico está devidamente equipado com os equipamentos necessários que um médico normalmente precisa. Chamou-me a atenção a existência do armário refrigerado onde estarão os diversos medicamentos, especialmente aqueles que necessitam de frio.



Viver a olhar e cheirar a natureza

Que mais vos posso revelar?
A obra é de facto enorme e vai mesmo melhorar o bem estar dos nossos utentes. Malcata e o seu povo deve orgulhar-se de um dia ter sonhado com uma obra assim.
O homem sonha, Deus ajuda e a obra nasce.

14.6.14

MALCATA E A SERRA

Assm, novo lar de Malcata


MALCATA E A SERRA

Passado Presente com Futuro

Malcata é uma terra cada vez mais conhecida e o seu nome vem quase sempre ligada à serra com o mesmo nome, Serra da Malcata.
As recentes mudanças e melhorias ocorridas na pacata aldeia do interior têm contribuído enormemente para manter viva uma aldeia bem portuguesa e as pessoas que nela vivem ainda acreditam num futuro melhor.
Muitos de nós recordamos aqueles tempos, não muito longínquos, em que se ia à Fonte da Torrinha ou à Fonte Velha com os cântaros de barro buscar a água para cozinhar, para lavar o corpo, para beber e claro, também para o gado.
Agora a aldeia tem saneamento básico e água nas torneiras, as curvas perigosas da velha estrada para o Sabugal desapareceram e a viagem faz-se com mais segurança e conforto, graças às obras de requalificação da via. Também as comunicações telefónicas e a internet  são agora uma melhoria sentida por aqueles que quiseram ligar-se ao mundo. Mas apesar de ser uma ajuda para vencer distâncias, por si só, não estão a ser capazes os custos da interioridade manifestada num êxodo das suas  e que levou ao encerramento da creche-infantário, da escola primária, de comércios, da queijaria e agora o desemprego está a atingir quem trabalhava na construção civil. A triste sina de Malcata é assistirmos às obras de ampliação do cemitério e do Lar de idosos. As consequências desta realidade estão à vista: as crianças e os jovens são obrigados a sair da aldeia e acabam por ficar pelas cidades que lhes proporcionam um melhor  futuro.
Perante tantas dúvidas e tantas incertezas pergunto:  Malcata tem futuro? O passado de Malcata é ou não importante para compreender o presente e projectar o futuro?

8.5.14

LAR E CENTRO DE DIA DE MALCATA CELEBROU 19 ANOS

 Carlos Clemente acompanhado de Jacinto Dias
e Delfina Leal no 19ºAniversário da ASSM
(Foto Jornal Cinco Quinas)
  No passado dia 3 de maio, sábado, a ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata) comemorou 19 anos de vida.
   Como é habitual, a festa começou com a eucarístia presidida pelo pároco da aldeia, o padre Eduardo.
   Outras autoridades oficiais também marcaram presença: Delfina Leal, vice-presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Jacinto Dias, director do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda, todos os utentes e funcionários do Lar e Centro de Dia e os cidadãos que desejaram participar na festa.
  A ocasião foi aproveitada para anunciar que no próximo dia 28 de Junho, as obras de ampliação do Lar e Centro de Dia vão ser inauguradas. Estas novas instalações vão permitir a entrada de novos utentes e a transferência de alguns idosos que  já estão no Lar mais antigo.
   Ao Jornal Cinco Quinas, o director da Segurança Social da Guarda revelou que os 17 funcionários que agora trabalham na instituição irão ser reforçados com a entrada de novos colaboradores.
   Feliz e satisfeita esteve a direcção da ASSM, especialmente o seu presidente, Carlos Clemente.
 


  

10.5.13

MALCATA SOLIDÁRIA

Homenagem ao Presidente da ASSM
(
Foto do jornal Cinco Quinas )
    Foi em ambiente de festa que o povo de Malcata celebrou os 18 anos de vida do lar da ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata ) e que este ano teve como ponto alto a homenagem ao seu presidente, senhor Carlos Clemente, cargo que ocupa desde 1995. "Pavilhão Carlos Clemente" é o nome com que agora passa a ser conhecida a obra que foi construída em 1998 e que todos chamavam pavilhão multiusos.
Carlos Clemente agradece a homenagem
                                                              ( Foto do Jornal Cinco Quinas )
 
   


A homenagem a Carlos Clemente foi acompanhada pelo senhor Jacinto Dias, actual Director do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda, pelo senhor António Robalo, actual presidente da Câmara Municipal do Sabugal e pelo senhor Carlos Gonçalves, actual presidente da mesa da Assembleia Geral da associação.
   E antes de todos cantarem os parabéns, houve comes e bebes, música e cantares pelo Grupo de Cantares da Meimoa. A cereja em cima do bolo foi colocada pelo comovido presidente da instituição ao anunciar que brevemente se irão iniciar as obras da Unidade Residencial  Para Idosos, com capacidade para receber e apoiar 31 utentes. A unidade social ocupará os terrenos ao lado do Pavilhão Carlos Clemente.
   E pensar que tudo começou com um sonho, com a bondade doTi Cidades ( Manuel Augusto Cidades ), que doou à ASSM os terrenos onde em 1992 se iniciou a construção do lar. A sua inauguração decorreu no ano de 1994, em 1995 eram já 25 os utentes do lar, aumentando para 37 utentes em 1997, após obras de adaptação. Seguiu-se em 1998 a construção do pavilhão multiusos, um espaço que tem servido toda a população de Malcata sempre que dele necessita.
   A ASSM está VIVA e o céu é o limite dos seus sonhos. 



Funcionários do Lar


 
   Uma palavra de apreço para todas as pessoas que fizeram parte da direcção da instituição. Também uma palavra de agradecimento e de ânimo para todos os funcionários da instituição que diariamente dão o seu melhor para o bem estar dos nossos queridos idosos.


   

16.12.11

CEIA DE NATAL NO LAR DE MALCATA

   Pela 16ª vez a ASSM(Associação de Solidariedade Social de Malcata) organizou a Ceia de Natal. A solidariedade e a alegria reinou em todos os utentes do lar, direcção, funcionários, amigos e familiares.
O Jornal Cinco Quinas publicou a notícia a notícia e acompanhoou-a com estas fotografias:





   Quando alguém sonhou que Malcata necessitava de ter uma instituição de apoio aos mais idosos, era um daqueles sonhos que por vezes não passam disso mesmo, sonhos e ilusões. A ASSM começou com um pensamento, um sonho que progressivamente se tornou realidade. A ASSM é uma instituição de enorme alcance social e humanitário e que dia a dia presta variados serviços às pessoas mais idosas de Malcata. O Lar e o Centro de Dia são o trabalho mais visível do seu trabalho. Também a pensar no desenvolvimento da aldeia, nas carências que a povoação possuía quanto a um local amplo, acolhedor e com todas as condições logísticas, para encontros, congressos, convívios, casamentos, baptizados e outras manifestações culturais, a ASSM construiu e colocou à disposição da freguesia um Salão que tem sido palco de muitos eventos.
   A todos os colaboradores da ASSM envio os meus votos de um Natal Feliz.

4.9.07

ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE MALCATA EM FESTA

REELEITA A DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL DE MALCATA









"ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE MALCATA EM FESTA"

Com encontro marcado todos os anos no mês de Agosto, é assim que a Associação de Solidariedade Social de Malcata reúne os utentes e seus familiares, assim como elementos da direcção da instituição, para um almoço convívio.
Eram cerca das 10.30 horas quando o Pe. César Cruz iniciou a celebração da missa campal nas instalações da instituição. Os utentes acompanhados pelos familiares sentaram-se no espaço envolvente enquanto assistiam atentamente às palavras proferidas pelo pároco.Seguiu-se, à semelhança de anos anteriores, a Assembleia Geral com a Direcção do lar, onde foram apresentadas as contas do ano anterior. Houve ainda lugar para, quer os familiares dos utentes do lar, quer os próprios utentes, se manifestarem acerca do funcionamento do mesmo.Em declarações ao CQ, Manuel Gonçalves, Presidente da Assembleia Geral da instituição referiu que «pelas manifestações havidas sabemos que o lar está a funcionar muito bem».Foi à sombra de um castanheiro milenar que todos se reuniram para o almoço convívio, também denominado festa da sardinha. Durante o banquete, todos os presentes foram saboreando a carne assada, a famosa sardinha assada e ainda o tradicional caldo verde. Houve tempo para conversar, conviver e ouvir os dotes vocais de um grupo de senhoras que se reuniu e cantou músicas tradicionais de Malcata.Tal como em anos anteriores, a seguir ao almoço o acordeonista deu início ao baile que se prolongou pela tarde fora.«É uma festa tradicional que se faz sempre no mês de Agosto com o objectivo de juntar as famílias. Um dos objectivos é congregar laços que se vão separando durante o ano uma vez que a população desta aldeia é maioritariamente emigrante», argumentou Manuel Gonçalves.Em ano de eleições (que decorrem de três em três anos) para a Direcção do Lar ganhou pela quinta vez consecutiva a lista encabeçada por Carlos Clemente, presidente da Direcção desde a fundação em 1995.À conversa com o CQ, Carlos Clemente explicou todo o processo eleitoral: «Entre 15 a 20 dias antes do data marcada para as eleições são afixados editais nos cafés e lido um aviso na missa pelo prior. Desde 1995, de três em três anos, temos eleições, e sempre no mês de Agosto, para que os sócios também votem. Até à presente data, nunca apareceu uma lista concorrente, o que me leva a pensar que as pessoas estão contentes e satisfeitas connosco e por isso o Lar continuará com a minha presidência até 2010.» "
Por: MD, in Jornal "Cinco Quinas"(www.cincoquinas.com)Secção: Pelas Freguesias


Parabéns à Direcção recentemente reeleita por mais três anos e votos de bom trabalho, acompanhado sempre de boa saúde.