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24.9.17

RELEMBRAR A ENTREVISTA DO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA DADA EM 2013 AO JORNAL CINCO QUINAS

   
  A pouco mais de uma semana das eleições autárquicas 2017 para a Assembleia de Freguesia de Malcata, tomo a liberdade de recuperar uma entrevista de 2013 que o senhor presidente da Junta de Freguesia de Malcata, Vítor Fernandes, concedeu ao Jornal Cinco Quinas a poucos meses das eleições autárquicas de 2013, às quais concorreu pela terceira e última vez.
    A entrevista original mantém-se inalterada, tendo acrescentado os meus comentários escritos a azul, revisitando e actualizando a resposta de 2013 com a realidade em 2017
(na 
minha opinião, claro está ).

 Há quase oito anos à frente da Junta de Freguesia de Malcata, Vítor Manuel Fernandes, com 57 anos de idade, realça nesta entrevista as principais obras realizadas na freguesia durante estes dois mandatos, da grande prioridade até Setembro de 2013, e muito mais.

Cinco Quinas (CQ) – Quais foram as obras mais significativas realizadas na freguesia durante estes anos que está à frente da Junta de Freguesia?
 Vítor Fernandes (VF) –  Nestes anos foram várias as obras realizadas nesta freguesia, das quais destacamos: A conclusão das obras do forno comunitário; Recuperámos o Rossio e a rua da Moita; Concluímos todo o calcetamento das ruas de Malcata até às casas que estão habitadas, (a sério que concluíram todo o calcetamento? De 2013 para cá, apareceram mais calçadas, ou vi mal?) no terceiro ano de mandato conseguimos que a Câmara nos recuperasse a estrada Municipal; Construímos, com o apoio da Associação Cultural, o Salão da Freguesia e Sede da Associação (O Salão da Freguesia está concluído? A começar pela qualidade das cadeiras, além de cada qual de seu modelo e feitio, algumas não oferecem conforto nem segurança; ao palco falta-lhe iluminação, cortinas pelo menos); Colocámos iluminação na rua do Cemitério, circular de Malcata e campo de futebol (depois de um desatino com os proprietários do terreno, onde alguém decidiu espetar os postes de cimento e se esqueceu de falar com os seus donos, lá estão do lado contrário); Reabilitamos o cemitério junto à Igreja Matriz como jardim e recuperámos também o atual, criamos o jardim junto à ponte (entrada de Malcata), (valha-nos este belo jardim, é um espectacular sítio para descansar, passar ali uns bons momentos a olhar a água, a serra e as eólicas, gosto deste jardim); Recuperámos a tradição das ladainhas com a construção do Calvário; Recuperámos a abertura de duas ruas, uma que liga a rua do cabeço à rua do Carvalhão e a outra que liga a rua do Carvalhão à rua da Fonte ( lá abrir abriram e voltaram a abrir porque a curva ameaçava a propriedade privada ali existente, mas não ficou calcetada, só o foi neste final de mandato; e a rua do Carvalhão até à rua da Fonte, mais uma vez por falta de capacidade de diálogo, manteve a mesma curva e largura de bêco, salientando a cedência de uns metros de terra pela família da Ti Dulce e Ti Coelho, que nos leva ao assunto do Bêco da Corela se passar a chamar Rua Dr. Artur Coelho, filho ilustre de Malcata e deste casal Coelho, muito respeitado em toda a aldeia. Deste episódio da mudança de nome de bêco da Corela para Rua Dr. Artur Coelho, faz parte de um processo longo, iniciado com um pedido da Junta de Freguesia em 17-04-2010, dirigido ao Presidente do Município do Sabugal, em que “por sugestão de um membro da Assembleia de Freguesia, a Junta de Freguesia solicitava a alteração ao nome de duas ruas de Malcata.
 Este pedido não foi atendido e deve ter sido considerado morto, caindo no esquecimento. Aqui o “investigador” José Martins, quando presenciou as obras do Bêco da Corela, após consulta das cartas do Plano Director Municipal do Concelho do Sabugal, reparou que nas cartas relativas à Freguesia de Malcata estava à vista de todos um novo arruamento, a que a Comissão de Toponímia do Município do Sabugal, publicou como Rua Dr. Artur Coelho. Perante o meu espanto, fui investigar mais sobre o assunto e até enviei pedido de informação à Câmara Municipal. A resposta veio enviada pelo Engenheiro Telmo, da Comissão Municipal de Toponímia que me informou que por engano dos serviços da Câmara apareceu no PDM a nova designação para o Bêco da Corela, pois nenhuma das alterações pedidas tinha sido aprovado e agradecendo a chamada de atenção, prometeu corrigir o erro, tendo sido entretanto corrigido. Montámos as piscinas flutuantes (boa ideia a da piscina flutuante, não piscinas, pois é só uma piscina! Que diga-se, tem andado ali para um lado e para outro, consoante o nível da água da albufeira); Construímos a estação de serviço para as autocaravanas; (Sim, a ASA-Estação Apoio Serviço Autocaravanas em Malcata já é conhecida por muitos amantes do caravanismo e campismo. O lugar é excelente, com boas vistas e o mínimo de condições de instalações de apoio ao turista. Nas trocas de impressões entre eles é referido a existência dos WC’S mas lamentam estarem fechados). Estamos a reabilitar o parque de S. Domingos; (Não sei a que reabilitação se referia em Julho de 2013 e que em 2017 se apresente assim tão diferente! Ou a calcetamento da Rua da Capela em toda a sua extensão conta para essa reabilitação? Não se esqueçam de retirar de lá o que resta do antigo coreto, porque a pedra principal já desapareceu e não havendo coreto, não há altar) Construímos os passeios até à Senhora dos Caminhos; Comprámos o antigo posto da Guarda Fiscal e reconstruímo-lo(apoiado, sim requalificou-se e valorizou-se).Estamos a instalar a sala de memória coletiva localizada numa sala da escola primária; (Desde Julho de 2013 que andam a instalar a sala de memória colectiva. As memórias são património e deve ser preservado, respeitado e tratado com dignidade. Após 4 anos quando essa sala abrir só tem que nos encher o peito de orgulho pois colocaram nela muito trabalho e cuidado); Cedemos à Associação de caça, através de protocolo, para sede, de uma sala na antiga escola primária, junto à sede da Freguesia (teve sorte essa associação, já não posso dizer o mesmo em relação a outras, em que lhes foi oferecido sede, com condições que não eram as necessárias nem nada que se pareça, pois a brancura exterior da casa não reflectia a idade e estado interior da mesma e ainda menos não poder ocupá-la com as ferramentas de trabalho que a associação lá ia querer colocar, para além de outras condicionantes que limitariam a actividade associativa); Recuperámos vários caminhos rurais, entre outras obras.
 CQ – Qual a grande prioridade para a freguesia até ao fim do mandato que termina em Setembro de 2013, altura em que se irão realizar as eleições autárquicas?
 VF –  Conclusão da recuperação do parque de São Domingos, do Quartel e a estrada de Malcata – Quadrazais, que nesta data está em plano e orçamento da Camara Municipal.
(Não entendi a resposta. Conclusão do Parque de São Domingos até Setembro de 2013?
Então ainda não está concluído e estamos às portas das eleições de 2017! OK, as obras do antigo Quartel já acabaram e a Estrada de Malcata para Quadrazais, para além de feita, este ano foi melhorada com mais 50 centímetros de calçada nas bermas da via, mas essa obra sabem quanto a Câmara Municipal pagou por ela? Muito dinheiro…e 
os cubos de granito colocados este ano nas bermas foi obra paga pela Tecneira, ao abrigo do protocolo assinado entre a Junta de Freguesia e a esta empresa e o mesmo apoio com as obras da calçada da Rua da Capela e recuperação da fonte de mergulho, que até aprecio as obras na fonte).
 
 CQ – Quais os principais problemas com que a freguesia se debate diariamente?
 VF –  Os problemas são os comuns a todas as freguesias do interior, a falta de oportunidades para a fixação de pessoas, (eu que não vivo na freguesia, conheço outros problemas com que os fregueses de Malcata se debatem quase diariamente, que é como quem diz, a mesma coisa. A falta de água nas torneiras em algumas casas, por exemplo, a falta de uma rede WIFI com rapidez aceitável, com igual acesso a todos os usuários e não existir utilizadores mais prioritários do que outros, porque se é wifi gratuita e livre, todos devem ter as mesmas condições de acesso independentemente da marca e do tipo de equipamentos informáticos que cada cidadão que vá a Malcata, ou resida num bêco ou numa rua da aldeia. Estes são para mim, alguns problemas diários dos malcatenhos…e o problema dos telemóveis...

 CQ – Qual a situação financeira da Junta de Freguesia?
 VF –  A situação da freguesia de Malcata a nível financeira é confortável.
           (Bom, muito bom mesmo e oxalá em 2017 assim continue).
 CQ – Qual a relação com a Câmara Municipal do Sabugal? Na sua opinião este executivo tem feito um bom trabalho pelo concelho do Sabugal?
 VF –  Relativamente a Malcata penso que tem havido abertura total para a resolução dos problemas que têm surgido. (Senhor presidente, vou discordar desta afirmação que fez em 2013, porque de então para cá, na minha opinião, sendo os dois presidentes da mesma força política, ambos se abstiveram de colocar primeiro os interesses da comunidade de Malcata e escolheram fazer obra sem consultar a comunidade. Lembro, por exemplo, o triste facto da instalação da antena de telemóveis. Tivesse havido uma troca de prioridades e importância e hoje todos os cidadãos estavam a beneficiar de uma melhor cobertura da rede móvel em Malcata!

 CQ – Concorda com a lei que limita o número de mandatos possíveis a um presidente de Junta?
 VF –  Concordo. (Concorda ainda hoje? Não é o que está a parecer!)
 CQ – Qual é a sua opinião sobre a reforma administrativa ao nível das Juntas de Freguesia?
 VF –  Penso que é uma reforma que não teve em conta os interesses das populações locais e que vai dificultar ainda mais a vida das nossas gentes, pelo que estou contra a reforma administrativa que o poder central estar a tentar levar a efeito.
(a este respeito eu penso que já estamos muito descuidados no cuidar dos interesses das populações locais, por exemplo, a lei eleitoral em vigor, beneficia mais os interesses dos membros do poder local que a população. Por exemplo, se nas eleições autárquicas só fosse para quem realmente reside em Malcata, o número de eleitores seria o mesmo número dos censos do INE e não haveria tanta diferença entre os inscritos para votar e os votantes. Lembro que nas eleições de 2013, dos 441 inscritos, votaram 230. Pergunta óbvia: onde andavam os outros 211 eleitores? Sabem, este número de inscritos quanto mais alto mais dinheiro é atribuído às candidaturas, mantêm a Assembleia de Freguesia, mesmo que funcione de forma deficiente, caso baixasse o número de inscritos, os malcatenhos estavam no domingo a eleger uma Assembleia de Cidadãos e não Assembleia de Freguesia, deixando de ter Presidente de Junta e passar a ter Presidente da Assembleia de Cidadãos. É quase a mesma coisa, mas não é bem bem a mesma coisa…Isto dá que pensar, ou não? É melhor manter as aparências ou acabar de vez com elas e viver a dura realidade do despovoamento de Malcata?
 CQ – Sabendo que a vida de autarca nem sempre é fácil e nem sempre compreendida, onde fica a família no meio de tudo isto?
 VF –  A família é sempre a parte mais prejudicada, porque a grande maioria das vezes colocamos os problemas da freguesia em primeiro lugar, relegando os familiares para segundo plano, mas estou convencido que temos o aval familiar para a vida de autarca que escolhemos.
(Agora que está a chegar ao fim dos mandatos, sinceramente, também acredito que a família foi o grande apoio para o senhor presidente. Sim, não é nada fácil conciliar a vida política e pública com a vida familiar, apresento os meus agradecimentos pelo trabalho feito ao longo deste 12 anos à frente da nossa freguesia. Sou das pessoas que separo as duas vidas: a política e a familiar. Nestes anos, e de uma forma mais visível, desde 2013, fui um crítico do papel político do senhor presidente. Custa mesmo muito separar a política e os protocolos institucionais, não é? Essa foi uma das atitudes e decisões políticas, o de institucionalmente não praticar o protocolo oficial que todo o representante público deve fazer, mesmo que as instituições sejam do desagrado das pessoas do poder local, todas merecem um tratamento institucional igual e imparcial. Quero deixar claro esta minha opinião, nunca quis questionar a vida particular e familiar do senhor presidente. Politicamente e nas decisões tomadas ou não tomadas enquanto presidente de junta de freguesia, tinha que ser crítico e sempre, mas sempre porque sou apaixonado pela aldeia onde nasci e as pessoas que conheci, que conheço e nela residem, merecem sentir-se bem, felizes, orgulhosas das suas tradições, dos seus valores e tanto eu luto para que aproveitem bem e até às entranhas da nossa terra todo o enorme potencial que gratuitamente a mãe natureza lhes oferece: floresta, água, sol, ar limpo e tranquilidade).
 CQ – Qual é o balanço que faz destes mandatos?
 VF –  Considero um mandato positivo, embora não me encontre totalmente satisfeito, porque é sempre possível fazer melhor. (É sempre possível fazer melhor, é verdade, o homem tem que melhorar todos os dias. Também é verdade que se fizermos sempre o mesmo, da mesma maneira, nada adianta viver muitos anos, porque só estamos a viver o mesmo ano muitos anos, ou seja, não mudar é o mesmo que não inovar, não desenvolver, não crescer)!
 CQ – Pensa recandidatar-se?
 VF –  Sim. Depois de um convite que me foi endereçado, pela equipa do PSD, e depois de serem aceites algumas exigências que impus, para benefício da freguesia de Malcata, decidi recandidatar-me.
(Tenho a confessar um segredo: só agora compreendi a resposta que o senhor presidente deu ao Cinco Quinas em 2013. Ao fim de quatro anos entendo o alcance desta resposta.
“depois de serem aceites algumas exigências que impus, para benefício da freguesia de Malcata”( o senhor presidente decidiu recandidatar-se a um terceiro e último mandato! Aqui está a resposta que justifica o aparecimento do cabeça de lista da Candidatura PSD à Assembleia de Freguesia de Malcata (filho para continuar a herança do pai) e a candidatura do senhor presidente a membro da Assembleia Municipal da Câmara do Sabugal. Nestes quatro anos alguém soube das exigências impostas e aceites? Posso até estar errado, mas tenho este pressentimento).

 CQ – Quer deixar alguma mensagem aos habitantes da freguesia?

VF –
 Quero dizer que qualquer pessoa de Malcata e qualquer entidade, podem continuar a contar connosco como até aqui.
(senhor presidente, no fim destes anos à frente dos destinos da freguesia de Malcata, tenho a agradecer o seu trabalho em defesa da nossa terra e das suas gentes. E quero deixar o alerta que continuarei a olhar para o trabalho da pessoa que presidirá durante os próximos 4 anos aos destinos da freguesia de Malcata, a nossa aldeia, a nossa terra.
Prepare-se para arrumar a sua secretária lá da Junta de Freguesia, pense na fatiota e no discurso de despedida e não se esqueça de não faltar à atribuição da Medalha de Mérito
que o seu Presidente António Robalo lhe vai oferecer dentro de pouco tempo perante a plateia do Auditório Municipal.

Apesar de tudo, foram 12 anos e isso vai ficar para sempre com a sua pessoa.
Viva Malcata!
                                               
José Nunes Martins

Nota: A entrevista original pode ser lida aqui: 
http://www.cincoquinas.net/?p=7998#

7.9.17

O FUTURO DE MALCATA



   O FUTURO DE MALCATA É:

  AVALIAR CAPACIDADES, 
  IDENTIFICAR POTENCIALIDADES,
  TENTAR DESENVOLVÊ-LAS
  INCENTIVANDO A PARTICIPAÇÃO.


   
Aníbal Nabais Ferreira é um rosto muito conhecido em Malcata, terra onde nasceu. Em 1974, logo a seguir ao 25 de Abril, o Governo nomeou-o como Secretário da Junta de Freguesia de Malcata, com a missão de preparar as primeiras eleições livres e está neste momento quase a terminar o seu mandato enquanto Presidente da Assembleia de Freguesia de Malcata e aceitou fazer um balanço do seu trabalho.
   Aníbal Ferreira, que para quem não sabe, foi o introdutor dos Regulamentos que orientam o funcionamento da Assembleia de Freguesia de Malcata foi trabalhador da Administração Pública, tendo exercido vários cargos e terminou a sua longa carreira profissional em 2006, mas sempre disponível a participar activamente na vida pública, nomeadamente presidindo à Assembleia de Freguesia de Malcata.

 

1- Quem é o Presidente da Assembleia de Freguesia de Malcata?
Aníbal Ferreira (AF):

 
 Espero ser breve nos esclarecimentos solicitados, que estamos em período de eleições.
   A propósito da minha pessoa penso que todos me conhecem assim como o meu passado. Nascido e criado em Malcata, tenho domicílio na cidade da Guarda, alternando com Malcata. Completei os estudos obrigatórios na Guarda. Desempenhei funções nas Finanças do Sabugal como aspirante estagiário. Cumpri durante três anos o serviço militar obrigatório. Incorporei um contingente militar destinado ao CTIG (Guiné) como sargento miliciano especializado em Administração Militar. Cumprido esse tempo regressei à vida civil como funcionário público, na CPAF do distrito da Guarda. Transitei para o Ministério da Saúde a meu pedido. Frequência de inúmeros cursos de informática e outros relacionados com o trabalho a desempenhar. Por minha opção transitei para o quadro de pessoal do C. Saúde de Manteigas. Progressão na carreira e nomeado Chefe dos Serviços Administrativos do C. Saúde e Hospital de Manteigas. Aposentado em 2006.
   Politicamente falando: Não pertenço a nenhum partido político. Não me filio em nenhum. Nunca tirei proveito algum da política. Sou um cidadão livre e todos os meus atos são feitos em democracia e liberdade. Sou um cidadão consciente do meu dever e sobretudo das minhas obrigações.
2- Quais são as competências da Assembleia de Freguesia?
AF:
As competências da Assembleia de Freguesia estão regulamentadas no Regimento da mesma, devidamente aprovado em Assembleia no início de cada mandato. Para os casos omissos no regimento, aplica-se a lei geral publicada em D.R. nomeadamente a Lei 75/2013 de 12 de Setembro.
3- O mandato de presidente da mesa da Assembleia de Freguesia de Malcata está quase no fim. Que balanço faz dos trabalhos da Assembleia de Freguesia?
AF: A resposta a esta pergunta não pode ser longa, pelos motivos atrás citados. No entanto, a Assembleia de Freguesia é o órgão deliberativo da Freguesia. Sempre que houve matéria levada às sessões, a mesma foi objeto de análise, discutida, ponderada e votada, sendo ainda quantificados os respetivos resultados. Todas as opiniões, decisões e votações estão exaradas em ata. Parece-me que, no essencial, se deu cumprimento às orientações estipuladas no legislado sobre os valores fundamentais para a atuação de pessoas que estão ao serviço do interesse público. Penso que a Assembleia de freguesia prestou um serviço com qualidade, transparência democrática, ética e rigor. Com isenção, imparcialidade, competência e proporcionalidade, probidade e cortesia.
4- Qual foi a maior dificuldade que sentiu no exercício do cargo?
AF:
 
A maior dificuldade foi a não união entre todas as instituições. Uma série de mecanismos e ferramentas inovadoras que levaram ao aparecimento do Facebook contribuíram para essa situação. Aí, onde tudo se escreve, de tudo se vê e o vale tudo é uma constante. Os políticos agarram-se a esta coisa para desbobinar algumas ideias e, pasme-se, para lavar roupa suja, pois os insultos, por vezes são mais que muitos. Neste triste espetáculo onde a ciência moral devia determinar que os responsáveis seguissem a razão, a ética foi arredada, fazendo com que a linguagem batesse no fundo. Houve ainda outras situações que não posso nem devo agora quantificar nem esclarecer.
5- A nível pessoal, como foi esta experiência?
AF: 
Não foi experiência nenhuma. Noutros tempos fui também eleito Presidente da Assembleia de freguesia por oito anos. Fui o introdutor dos regulamentos que orientam o funcionamento da assembleia. Em 1974, a seguir ao 25 de Abril fui nomeado pelo Governo de então, secretário da junta de Freguesia de Malcata para se prepararem as primeiras eleições livres.
  Algumas coisas se fizeram em prol do cidadão. Outras poderiam ter sido feitas. No geral parece-me que se cumpriu. Tanto o órgão deliberativo como o executivo, parece-me, tiveram uma atuação positiva. Mas, como já disse atrás, não me vou alongar mais sobre este tema.

6- Como olha para o futuro da nossa freguesia?
AF: 
O futuro é avaliar capacidades. Identificar potencialidades, tentar desenvolvê-las incentivando a participação. Projetos estruturantes que sejam um motor auxiliar de desenvolvimento económico e social da Freguesia. As Autarquias têm compromissos e obrigações, perante as instituições, empresas e cidadãos. Vamos também ter esperança em projetos comunitários. É necessário apresentar candidaturas. Só assim se pode acreditar que Malcata terá futuro.

19.3.17

MALCATA-ALDEIA AUTOSSUSTENTÁVEL

  O Jornal Cinco Quinas entrevistou  o senhor
José Alves Escada da Costa, na  qualidade de Presidente da Direcção da A.M.C.F.
( Associação Malcata Com Futuro ),com sede na Praça do Rossio, nº13, na nossa aldeia de Malcata.  O Jornal Cinco Quinas achou por bem dar a conhecer a todos leitores com assinatura digital e na edição mensal em papel, esta maneira diferente de olhar para o Concelho do Sabugal, território vastíssimo, uma região com riquezas naturais únicas, onde o lince ibérico,apesar da sua ausência, ainda é o maior elo da ligação do mundo à Reserva Natural da Serra da Malcata e onde crescem importantes manchas florestais  que muito ainda tem por explorar.
  
E José Alves Escada da Costa aproveita para fazer o balanço dos  19 meses de existência da A.M.C.F., uma associação gerada na sociedade civil, com pessoas inconformadas e pró-activas, dispostas a trabalhar em parceria com todas as instituições públicas, como seja a Câmara Municipal, as Juntas de Freguesia e outras entidades.
   O presidente da AMCF começou por referir as dificuldades que têm tido em fazer passar a mensagem da necessidade do desenvolvimento, pelo menos em algumas franjas da população. Mas espera e acredita que com o projecto
"Malcata - Aldeia Autossustentável" vai ser possível inverter a situação e colocar a aldeia de Malcata como um bom exemplo do desenvolvimento sustentável.

Legenda:
CQ ( Jornal Cinco Quinas )
JEC (José Escada da Costa )

CQ - O que é a Associação Malcata Com Futuro (AMCF) ?

(JEC) A AMCF foi constituída em julho de 2015.
Trata-se de uma Associação sem fins lucrativos para a Economia Cívica. Pretendemos apelar ao empreendedorismo e à inovação na exploração dos recursos. Pretendemos identificar potencialidades e oportunidades para gerar economia, nomeadamente, as ligadas à marca “Lince da Malcata”, aos Parques Eólicos, à Barragem do Sabugal, à Reserva Natural da Serra da Malcata, à Serra, propriamente dita, ao turismo sustentável. Queremos contribuir também para que surjam empreendimentos – âncora que tragam emprego e arrastem outros investimentos.
CQA AMCF nasceu apenas da necessidade de dar voz à chamada sociedade civil, ou teve por base outros pressupostos?
JEC
O surgimento da AMCF teve causas próximas e outras mais distantes. As mais distantes estão relacionadas com a forma como foi construída a barragem do Sabugal, com a não concretização de um apelidado “projeto Ofélia”, com a implantação de um parque eólico, com 19 turbinas, às portas da aldeia. Um conjunto de cidadãos de Malcata considerou que, em todo esse passado, ouve omissão, ausência de informação, de envolvimento da população, em suma, reduzida liderança por partes dos eleitos. Um rio lindíssimo foi substituído por uma barragem, construída sem estudos de impacto ambiental e sem medidas de minimização e de compensação. Um paredão planeado, prometido e não construído. As inúmeras expectativas criadas em relação ao dito “empreendimento Ofélia” saíram completamente goradas. Um parque eólico que ia crescendo e impactando sem que ninguém questionasse.
A gota de água foi a ampliação do parque eólico de 19 para 25 turbinas. Aí, o tal grupo de cidadãos disse basta e passou à ação, através do Movimento Malcata Pró – futuro. Esse Movimento aproveitou a consulta pública obrigatória e desenvolveu um processo reivindicativo, mediático e dialeticamente muito bem suportado. Processo esse que culminou com a criação da AMCF. Uma Associação com objetivos inovadores. Uma Associação que privilegia interesses de médio e longo prazo, na linha da sustentabilidade (económica, social e ambiental). Uma iniciativa de cidadãos livres e independentes.


                                                                                                               







CQ – Quase dois anos depois de ter sido criada, AMCF está a cumprir a sua missão?
JEC
Ao trabalharmos sobretudo no domínio do imaterial, iniciámos um projeto ambicioso,  com reduzidas possibilidades de ser, de imediato, plenamente entendido pela grande maioria da população.
Nestes dois anos a AMCF desenvolveu um vasto conjunto de iniciativas conforme se pode verificar no Relatório de Atividades publicado no nosso site. Em 2015 a atividade mais importante foi a Audição Publica em que nos apresentámos à população, dissemos ao que vínhamos e o que pretendíamos. Foi uma iniciativa inovadora e muito participada. Em 2016 a atividade mais importante relacionou-se assim com a floresta. Malcata tem quase tudo. Tem uma ampla mancha florestal. Tem baldios florestados. Tem uma ZIF (Zona de Intervenção Florestal). Tem uma equipa de Sapadores. Tem um grande consumidor de energia, o Lar. O que lhe falta então? Falta colocar todos esses …

(CONTINUA)
  Podem ler a entrevista clicando neste link:



Algumas informações importantes sobre o presidente da AMCF:




                                                              
   

21.8.15

FALAR DA FESTA

 

 O mês de Agosto é sinónimo de férias e de festa, sobretudo para quem vive fora da nossa aldeia. A chegada dos emigrantes e de outros malcatenhos que não vivem em Malcata foi-se notando à medida que os dias da festa se aproximavam. Todas estas pessoas trouxeram mais animação ao povo.
   A festa deste ano decorreu conforme a programação do programa previamente pensado e organizado.
   Para aqueles que não estiveram presentes, aqui vos deixo uma pequena reportagem acerca da festa deste ano.
   E a pergunta que fiz a cerca de 30 pessoas, publico a resposta dos que responderam:
   Malcata.net : Qual a sua opinião acerca da festa "Malcata 2015"?
   
Emanuel Filipe: "Penso que correu bem. Foi equivalente à de anos anteriores";

 
 Ana Maria Martins:Este ano não fui a Portugal, mas muito agradecida na mesma;
 
 Chica Chiquita:A meu ver, na festa de Malcata correu tudo bem. Concordei com a decisão assumida pelos mordomos em fazer a festa separada da igreja, visto a atitude interesseira do padre. Agora que a festa passou, também gostava que o padre mudasse e que aceitasse fazer a festa como era feita antes, pois seria melhor, claro!
 

Tatiana Gomes:
A festa foi muito fixe!
   

Victorino Lourenço:Sobre a festa julgo que houve menos gente do que nos outros anos e talvez um pouco pobre na cativação dos jovens.
   

Sara Fernandes: Da festa não posso dizer nada, uma vez que este ano não estive presente.
  

Bruno Fernandes:Infelizmente, este ano não desfrutei da festa.
  Maurício Martins: Festa fraca!
  

Tiago Ramos: Este ano, não estive na festa de Malcata, devido à escola. 

Alberto Le Toss
:A festa para mim correu bem. Notei que faltava pessoas no domingo!
  

Bárbara Corceiro:Sinceramente vi grandes melhorias em relação a 2014. Bandas de sexta-feira e sábado foram muito boas. No entanto, a de domingo pareceu-me bastante mais fraca. Em relação à discoteca, adorei o DJ de sexta, o melhor de todos. O bar, sempre com stock, rápido no atendimento e simpáticos. As pizzas foram uma boa ideia!
   

Raquel Jorge: Este ano a festa foi bastante diferente, uma vez que mudar as tradições nunca resulta muito bem, sendo assim, acho que este ano a festa foi mais fraca do que o habitual, mas havendo alguma inovação não foi a suficiente. Não julgo os mordomos, uma vez que estes apenas jogaram pelo seguro e fizeram tudo para que a festa corresse pelo melhor.
   
   Lionel Dos Santos:Eu gostei muito da festa deste ano. Gostei das pizzas à noite. Foi uma excelente ideia. Não gostei da banda de sábado à noite!
   E aqui está a opinião de alguns malcatenhos acerca da festa de Malcata deste ano. Agradeço, em nome da página Malcata.net, a disponibilidade  das pessoas que aceitarem responder a uma simples pergunta que lhes coloquei. Podem continuar a enviar as vossas respostas, mesmo que sejam opiniões diferentes ou iguais a estas.
 
   Agradeço a colaboração das pessoas que aceitaram livremente responder à pergunta que lhes coloquei, via mail. Quem quiser pode também responder ou comentar o mesmo assunto.