Mostrar mensagens com a etiqueta emprego. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta emprego. Mostrar todas as mensagens

6.8.14

COMO SERÁ MALCATA DAQUI A 1O ANOS?

Contentores e ecoponto

   Há já uns anos que as gentes da aldeia aprenderam a despejar o lixo nestes contentores espalhados pelo povo. Antes da chegada destes contentores o lixo doméstico pura e simplesmente quase que não se via nas ruas. No mês de Agosto a população de Malcata aumenta consideravelmente e como consequência do aumento do consumo, aumentam os resíduos orgânicos e outros tipos de lixos.
   A Câmara Municipal e bem no meu entender reforça o serviço de recolha e preocupa-se em manter as nossas terras com ar limpo e sem maus cheiros.
   Lembram-se os malcatenhos do modo de vida que alguns emigrantes levavam nos primeiros anos lá por terras de França? Trabalhar na "povela" era saber que podiam encontrar surpresas, aquelas coisas inúteis para os franceses e muito úteis para os emigrantes: roupa, calçado, bicicletas, televisores...portanto para muitos era um trabalho que os satisfazia. Aqui onde moro quem anda a abrir estas caixinhas de surpresas são os emigrantes oriundos de países do Leste e africanos. Eles procuram surpresas que lhes possam garantir algum ganha pão.
   Em Malcata o despovoamento continua e a debandada ainda não parou. A falta de oportunidades de trabalho e as falsas promessas de potenciais empregos, sendo o empreendimento Ofélia Club o que mais dói, não deixa outra alternativa às pessoas.
   Apesar das grandes mudanças ocorridas na nossa aldeia ainda não são suficientes para parar a saída de pessoas. A aldeia hoje tem saneamento básico, água canalizada, ruas calcetadas, com uma rede eléctrica reforçada e que aguenta sem quebras de energia, uma rede de internet que muitas outras aldeias não possuem. Que nos falta então para que as pessoas se interessem em viver em Malcata?  A aldeia antiga morreu e nasceu uma nova. Na aldeia antiga existia o "pego" onde os garotos e rapazes davam mergulhos. Hoje os nossos avós e pais lembram-se das indemnizações que receberam pela venda dos terrenos ocupados pelas águas da albufeira da barragem. Os mais novos anseiam pisar as tábuas da piscina e dar uns mergulhos ou passear de barco até aos pilares da nova ponte.
   Malcata deixou de ser uma terra de casas de aspecto rude e sem estilo. Até os belos soutos de castanheiros desapareceram, restando dois ou três testemunhos, um deles nos jardins do Lar, apesar de já se tentar classificá-lo como árvore de interesse nacional, vai acabar por desaparecer sem o merecido reconhecimento.E não é aquele velho e seco tronco que melhor serve para perpetuar na memória dos nossos filhos e netos que nesta terra já foram grandes árvores.
   Como gostariam de ver Malcata daqui a 10 anos?
   É o desafio que vos deixo. Em 2014 estamos como estamos. E em 2025 ?
   Aceito propostas e planos, mesmo que sejam apenas sonhos, porque lá dizia um amigo meu
que "a realidade é a realização progressiva de um sonho".

4.11.11

OS SONHOS DOS ANTÓNIOS

   António Gata teve um sonho este Verão. E decidiu partilhar o seu sonho com os leitores do Jornal Cinco Quinas. Dada a minha tendência também para sonhar e porque gostei de ler o sonho do António Gata, vai daí pensei que seria importante partilhá-lo aqui convosco. E o sonho começa "numa viagem a uma dessas mais inacessíveis regiões do nosso Planeta, onde descobriu um povo que, apesar de identificado por exploradores destemidos, continua a viver num grande isolamento, lutando estoicamente para deixar intactos os seus usos e costumes ancestrais, fazendo de cada momento da sua vivência individual e em grupo motivo para defender e preservar as suas tradições.
   ...na primeira noite, enquanto deambulava pelas ruas de uma pequena aldeia, apercebi-me que algo de anormal se passava, pois alguma tensão era visível nos olhares e gestos de homens e mulheres, tanto dos mais novos como dos mais velhos. Ao chegar à praça principal deparei-me com grande aglomeração de pessoas que atentamente ouviam os diversos oradores que iam subindo a um palanque e, através de discursos inflamados, davam azo a aplausos de uns e a vaias de outros.
   Ia vendo e ouvindo, só que como não percebia o dialecto em que se expremiam não entendia nada do que se passava. Novamente me valeu a fada amiga que, assumindo o papel de interprete, me passou a descodificar o que ia acontecendo.
   Afinal, o que estava em causa eram uns terrenos com grande potencial turístico, onde investidores de longínquas paragens se propunham instalar equipamentos tanto na área da saúde como do lazer, que iriam proporcionar aos habitantes locais um futuro com mais e melhor qualidade de vida.


Reunião do povo

   O responsável da aldeia, depois de tempos atrás ter reunido com os representantes do povo, que lhe tinham dado luz verde para negociar, tinha decidido ceder a preço simbólico os terrenos necessários para instalar o empreendimento. E foi esta decisão que, passado algum tempo, acabou por ser causa de desentendimentos e problemas. Apesar de ser uma sociedade tribal a propriedade é individual e existe uma grande ligação a ela, sentimento que se vai transmitindo e desenvolvendo de geração em geração.
   E se está decidido ceder os terrenos necessários aos investidores a preço simbólico, condição para que o processo avance, é também importante comprar o mais barato possível aos proprietários, defendem os representantes do povo, para não serem mais prejudicadas as finanças publicas, muito depauperadas nos tempos que correm, devido a grandes investimentos que foram feitos e para os quais foi necessário recorrer ao crédito.
   Um habitante da aldeia com espírito aventureiro, pouco dado a permanecer muito tempo no mesmo local, esteve numa cidade longe da aldeia e, acidentalmente, ouviu falar do empreendimento para a sua terra e que as intenções dos promotores do empreendimento não seriam bem as que tinham sido apresentadas às autoridades locais, ouvindo  pela primeira vez falar em especulação imobiliária, em enriquecimento fácil e outros  palavrões que não faziam parte do seu vocabulário.
   Suspeitando que alguma coisa de errado se passava, que poderá ser prejudicial para os seus conterrâneos, decidiu regressar de imediato e após ter transmitido ao chefe da aldeia as informações de que dispunha e que, diga-se em abono da verdade, às quais não deu a mínima importância, começou a falar do assunto em público.
   Foi este o motivo que levou a que o povo se reunisse em assembleia popular e foi esta assembleia que eu encontrei e que acompanhava tão interessadamente.

   Devido a compromissos assumidos pela fada amiga, que não conseguiu alterar, teve que abandonar o local onde nos encontrávamos. Fiquei, por isso, impedido de continuar a acompanhar o que se ia dizendo, só me apercebendo que os ânimos iam ficando cada vez mais exaltados. Foi no preciso momento em que o chefe da aldeia se dirigiu para o palanque para falar que acordei.
   Sei que não é fácil. Contudo, aguardo ansiosamente que a fada amiga me leve novamente a esse mundo de fantasia pois é grande a minha curiosidade em saber  como tudo isto acabou".

 Promessas de mais e melhor

As autoridades locais  interessadas no projecto


Localização do empreendimento

   Sim, sonhar faz bem e é gratuito. O sonho é uma palavra que apenas no dicionário vem antes da palavra trabalho. E como os sonhos só se tornam realidade com muito trabalho, há sonhadores que quando acordam para a realidade se apercebem dos pesadelos e angústias que causaram aos outros.

 Aqui encontra os sonhos do António Reis:
http://www.ofeliaclub.com.pt/index.php/pt/145

12.9.08

EMPREGOS PARA O SABUGAL




Pró-Raia quer criar 400 empregos


A Pró-Raia - Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro Norte anunciou apresentação de uma candidatura a fundos comunitários que prevê a criação de cerca de 400 novos postos de trabalho nos concelhos de Guarda e Sabugal.
Segundo Lurdes Saavedra, vereadora na Câmara da Guarda e presidente da Pró-Raia, que abrange os concelhos de Guarda e Sabugal, a candidatura, no valor de 11,5 milhões de euros, foi apresentada ao PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural, para vigorar entre 2008-2013.

A autarca adiantou que são objectivos estratégicos da proposta "o reforço dos tecidos económico, social e cultural e da economia de produção, de solidariedade, da conservação, recreação e lazer", sendo intenção da Pró-Raia "criar postos de trabalho e fixar as pessoas" nos territórios abrangidos pela associação.

Adiantou que, caso a candidatura global seja aprovada, serão as associações locais, as Juntas de Freguesia e os privados a apresentarem, posteriormente, os seus projectos no âmbito do programa.

No sector da economia, a proposta pretende promover o aumento do investimento produtivo, potenciar a fixação da população activa jovem, incentivar e acolher empreendedorismo jovem e elevar o campo de possibilidade da exploração agrícola, apostando na agricultura biológica e em outras formas de produção amigas do ambiente. Também está prevista a criação de um observatório para investimento produtivo e escoamento de produtos do território.
In Jornal de Notícias

17.5.08

A MELHOR ACADEMIA DE FUTEBOL

É assim que o Ministério da Educação vai transformar os analfabetos em mão de obra qualificada. Um curso de Equivalência Escolar ao 9ºAno de Escolaridade designado por "Jogador/a de Futebol" a iniciar em Dezembro de 2007(iniciou mesmo?), para jovens entre os 15 e os 25 anos, com o 6º ou 7º ano de escolaridade, cuja saída profissional é a de jogador/a de futebol.
Ora disto é que os grandes clubes não se lembraram de fazer. Mas o Centro de Emprego e Formação da Guarda lançou este curso. Como estará a decorrer o dito? Há muita miudagem que sonha ser jogador ou jogadora de futebol. Agora que isto dava equivalência ao 9ºAno de escolaridade...poucos devem saber. Será que o primeiro ministro sabe? E o secretário de Estado da Educação, sr.Walter Lemos sabia deste curso antes das palavras ditas aos jornais? Entre outras coisas, esse sr. secretário disse que "...o Ministerio da Educação mantém-se empenhado no desenvolvimento do Programa Novas Oportunidades, no qual foi possível, em dois anos, melhorar as qualificações de cerca de 100 mil adultos em todo o país." E depois afirma espantado que "não compreende as críticas de alguns sectores face á formação ministrada no Programa Novas Oportunidades"
Mas este senhor o que anda a fazer no Ministério da Educação? Como já li por aí o que os nossos jovens devem fazer é chutar na bola, completar o 9ºAno, a seguir completar o 12ºAno mesmo que seja a degustar cerveja...e se continuar a treinar bem, ainda acabam por tirar o Curso de Engenharia.
Ao que nós chegámos...e eu a inscrever-me no Programa Novas Oportunidades. Valerá mesmo a pena?Ou é mesmo para aproveitar?